Bruno Grillo
Castello, da Bcast Consultoria, especialista em apoiar o desenvolvimento de
startups da saúde, alerta que a Covid-19 potencializou o mercado das health
techs, contudo, é preciso atenção aos novos comportamentos e necessidades que
chegaram com ela
Uma das grandes tendências em tecnologia previstas
para 2020 era o crescimento das startups com soluções na área da saúde, as
chamadas Health Techs. A proliferação do coronavírus, que acelerou a
digitalização de negócios em todos os segmentos, colocou holofotes sobre essas
empresas abrindo o mercado para sua expansão. Contudo, precisam se adaptar às
transformações das tendências que conheciam e para as quais se prepararam.
Bruno Grillo Castello, da Bcast Consultoria, alerta
sobre a importância de acompanhar o novo comportamento e as novas necessidades
das pessoas. “As startups da saúde vêm acompanhando o mercado se abrindo para
suas soluções e inovações, há algum tempo. 2020 pode ser, ainda mais agora, o
ano das health techs, assim como tivemos o boom das fintechs. Mas, elas não
podem se acomodar e acreditar que apenas o cenário promissor vai impulsionar
sua escalada da mesma forma como vinha acontecendo antes da pandemia”.
De acordo com o consultor, o modelo de negócio
precisa estar alinhado em como o mundo vai se comportar no pós-pandemia e faz
algumas previsões que podem guiar o desenvolvimento de novas soluções:
Prevenção – A preocupação cada vez
maior com a prevenção, um comportamento bastante comum nos serviços de saúde pública
dos países desenvolvidos, começa a ganhar espaço no Brasil. A precaução, como a
população faz hoje em dia com máscaras e luvas ou mesmo a suplementação, será
uma realidade cada vez mais forte na rotina das pessoas.
Novas fontes de informação de saúde – Esta é
uma tendência apontada em diversos estudos, contudo, o ranking de buscas do
Google já nos dá essa pista. Buscas de como se proteger e sintomas da Covid-19
explodiram, assim como a procura por como se exercitar em casa, por exemplo.
Isso significa que o médico não é mais a única fonte de informação da saúde.
Um estudo recente da Demanda Pesquisa, que
verificou a rotina das pessoas em quarentena, identificou que a menção aos
médicos ficou em quarto lugar, antes deles as pessoas citaram como principal
fonte de informação a internet, a televisão e os jornais.
Saúde no estilo de vida – As
pessoas passarão a priorizar em seu dia-a-dia comportamentos mais saudáveis,
desde cuidados com a alimentação, como a preferência por alimentos orgânicos,
até atitudes mais sustentáveis e ecológicas. Além, de outras rotinas de
autocuidado com as terapias alternativas, como meditação e atenção a saúde
mental e espiritual.
Inteligência artificial e big data – O
destaque dado às pesquisas científicas durante à pandemia, em busca de vacina e
drogas, mostraram como a inteligência artificial e o processamento de grande
quantidade de dados é essencial à saúde.
Uma tecnologia que também é uma importante
ferramenta para diagnósticos e tratamentos de doenças. Uma evolução que nem sempre
será tão invisível e distante do cidadão comum. Muito em breve, teremos os
hospitais inteligentes com robôs que medicam e alimentam pacientes, por
exemplo, evitando contato e diminuindo muito a chance de contaminações.
Saúde mental online já é realidade
O atendimento médico online, a chamada
telemedicina, demorou a ser liberada no Brasil, contudo foi autorizada e se
popularizou rapidamente durante o isolamento social com suas receitas enviadas
por mensagem de celular. Contudo, o que já acontecia e, hoje em dia, ganhou
ainda mais confiança é o atendimento psicológico online.
Um exemplo é a PlenaVi, uma das health techs que
contam com a expertise e mentoria da Bcast. Uma plataforma de atendimento
psicológico online que conecta profissionais da psicologia a pacientes, além de
oferecer produtos de apoio também para empresas e seus colaboradores.
Acompanhamento de pacientes com câncer
Outra inovação que caminha
alinhada com todas essas tendências e novas demandas, e já está entre nós, é a
solução desenvolvida pela startup InnoveCare, também acompanhada pela
consultoria de Castello. Trata-se de uma plataforma que facilita a gestão dos
efeitos colaterais do paciente com câncer, acompanhando intercorrências e
tratando reações.
Além de um software clínico e um serviço de
telemedicina, a health tech desenvolveu um aplicativo para dispositivos móveis
para que pacientes em tratamento oncológico possam informar à sua clínica e
ao seu médico sintomas que estão sentido após passarem por uma sessão de
quimioterapia ou radioterapia. Eles podem ser orientados à distância em busca
de bem-estar e reduzir as visitas à clínica ou a um serviço de pronto
atendimento.
Busca pelo bem-estar mudando o estilo de vida
“Observando o que está acontecendo com o mundo, as
tendências de comportamento e como se comportam as health techs de sucesso
podemos concluir que tudo isso sempre envolve a procura pelo bem-estar, pela
qualidade de vida. Não vamos mais esperar o problema acontecer para
depois procurar ajuda, seremos mais conscientes de nosso corpo”, conclui o
consultor da Bcast.
Castello ainda destaca que a saúde e suas
especialidades estarão cada vez mais conectadas e trabalhando juntas. “O que
chamamos hoje de ‘terapias alternativas’ estão se transformando para um
conceito de ‘terapias complementares’ e, muitas vezes, até como ‘medicina
complementar’. A tecnologia vai permitir que profissionais trabalhem alinhados,
trocando informações de forma ágil e eficiente com o objetivo de um cuidado
mais global do paciente”.
Bcast
Consultoria
R. Armando Oliveira Cobra 50- São José dos
Campos - SP - Sala 1211
Telefone: 12 98162-0375
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