Para retomar as atividades, setores deverão
reforçar as medidas de segurança e de higiene
O prefeito Bruno Covas assinou no sábado, 27 de
junho, os termos de compromisso com entidades ligadas a clubes sociais, centro
paralímpico e estabelecimentos de tecnologia da informação. Os espaços poderão
reabrir a partir de segunda-feira, 29 de junho, desde que implementem as
medidas necessárias de segurança e higiene, que podem incluir o fornecimento de
máscaras, distanciamento social, modificações físicas no local de trabalho e
regras de triagem de usuários. Já o centro paralímpico volta aos treinos dia 1º
de julho.
"Eu não tenho a menor dúvida de que parte do
segredo da estratégia de reabertura aqui na cidade de São Paulo ter dado certo
foi ter chamado os setores para dialogar e discutir com os próprios setores
como deve se dar essa reabertura", destacou o prefeito. "Ninguém
conhece melhor as atividades de vocês do que vocês mesmos", reconheceu
Covas. "É muito melhor os setores apresentarem suas propostas para serem
avaliadas pela vigilância sanitária", completou. O prefeito também lembrou
que tanto o setor de TI quanto o de clubes decidiram fechar durante a pandemia
para colaborar com a Prefeitura, pois poderiam estar funcionando, mas acharam
melhor apresentar seus protocolos de segurança antes.
Na última sexta-feira, 26 de junho, a cidade de São
Paulo avançou para a fase amarela do Plano São Paulo, do Governo do Estado,
porém aguardará até a próxima sexta, 3 de julho, para analisar se os setores
poderão adotar as regras da fase amarela. Durante a próxima semana os setores
deverão seguir as regras da fase laranja do Plano São Paulo.
“É muito bom vermos a cidade avançando pouco a
pouco para podermos retomar a economia e continuar apoiando a geração de renda
de empreendedores da capital”, declara a secretária de Desenvolvimento
Econômico e Trabalho, Aline Cardoso. “Acreditamos que com essa transição para a
fase amarela do Plano São Paulo poderemos retomar as atividades de mais alguns
setores, contribuindo com o desenvolvimento da capital, mas sem deixar de se
prevenir contra o coronavírus”, complementa.
As entidades setoriais enviaram à Secretaria de
Desenvolvimento Econômico e Trabalho suas propostas de protocolos sanitários de
reabertura pelo site www.prefeitura.sp.gov.br/retomada.
A equipe técnica da Coordenadoria de Desenvolvimento Econômico avaliou os
protocolos dos setores de acordo com as orientações já estabelecidas pelos
órgãos de saúde e vigilância sanitária, para que não haja propagação do vírus
na cidade.
Além de autorizar o funcionamento de acordo com o
protocolo proposto pelas entidades, a Prefeitura irá orientar constantemente esses
setores sobre informações sanitárias que auxiliem na execução do protocolo e
como proceder em caso de confirmação da doença em colaboradores das empresas
representadas. Já as entidades deverão acompanhar os estabelecimentos que
integram o seu setor econômico a cumprirem com o protocolo, apoiando a
administração municipal na supervisão e fiscalização das empresas.
Todos os setores devem permitir o trabalho no
sistema de teletrabalho para empregados que não tenham quem cuide de seus
dependentes incapazes no período em que estiverem fechadas as creches, escolas
ou abrigos. Se não for possível o teletrabalho, o empregador deverá acordar com
o empregado, uma forma alternativa de manutenção do emprego, podendo utilizar
os recursos previstos na legislação federal atualmente vigente.
Confira as principais ações que deverão ser
adotadas para reabertura:
Tecnologia da Informação
Estabelecimentos que fazem parte do setor de
tecnologia da informação deverão redobrar os cuidados para retomar as atividades
presenciais. Além das recomendações anteriores de distanciamento mínimo de 1,5
metro, barreiras protetoras, uso de máscaras e evitar atividades que causem
aglomerações, as empresas também deverão realizar treinamentos periódicos
informando os funcionários sobre os devidos cuidados contra o coronavírus.
As empresas precisam estabelecer um horário de
atendimento ao público em escritórios de no máximo quatro horas por dia se a
cidade de São Paulo se encontrar na classificação laranja no Plano São Paulo,
no máximo de 6 horas se estiver na classificação amarela, lembrando que o
Comitê de Contingência à Saúde solicitou mais uma semana para a confirmação da
fase 3 na cidade, e horário livre caso se encontre na classificação verde.
Os profissionais de campo deverão oferecer sempre
que possível a manutenção ou configuração remota de dispositivos, redes e
outras infraestruturas críticas de conectividade. Em caso de necessidade de
atendimento presencial, sempre utilizar equipamentos de proteção e observar o
distanciamento mínimo de 1 metro.
Durante o procedimento de agendamento das visitas,
é necessário sempre confirmar se na residência se encontra alguém com caso
confirmado ou suspeito de coronavírus.
Centro Paralímpico
O retorno das atividades será feito em duas etapas:
a primeira com treinos realizados individualmente com atletas medalhistas e a
segunda com treinos em grupos pequenos. Os atletas e funcionários deverão ser
avaliados pelos médicos antes do início dos treinamentos com testes PCR e
rápidos. Os testes deverão ser repetidos a cada dez dias.
Para o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro
(CPB), Mizael Conrado, a volta aos treinamentos vem numa hora muito boa.
"Atletas de outros países rivais do Brasil já voltaram aos
treinamentos", informou. Segundo ele, iniciam os treinos 43 atletas de
atletismo, natação e tênis de mesa.
Mais de 140 atletas treinavam nas instalações,
antes da pandemia. Nesta fase de reabertura, não mais que 50 pessoas, em
horários distintos, poderão fazer uso do equipamento esportivo.
Todos os usuários do centro terão treinamento e
receberão orientações sobre as maneiras corretas de higienizar as mãos e se
prevenir do contágio do vírus. Os ambientes deverão ser ventilados, a limpeza
reforçada e os vestiários ficarão fechados. Os treinos serão realizados em
espaços abertos e com agendamento de horários, evitando o contato com outros
atletas antes do ambiente ser higienizado. Os serviços de massoterapia;
crioterapia; hidroterapia e terapias manuais prolongadas estão suspensos.
Clubes
Deverão permanecer fechados áreas infantis, como
parquinhos, atividades coletivas (culturais, esportivas e físicas) orientadas
por profissionais (técnicos, instrutores e preparadores físicos), quadras
poliesportivas, bares, restaurantes e lanchonetes, piscinas e academias.
"Funciona aqui o mesmo que ocorreu com o setor
dos shoppings, o restaurante só vai reabrir na fase de reabertura dos
restaurantes. Nos clubes as áreas comuns, que são privadas e já poderiam estar
reabertas, reabrem agora, e os restaurantes só vão reabrir quando os
restaurantes reabrirem na cidade de São Paulo, e as atividades esportivas só
vão voltar, quando voltarem as atividades esportivas na cidade de São Paulo.
Portanto estamos falando aqui apenas da reabertura das áreas comuns, que nunca
tiveram a obrigação de estarem fechadas", explicou o prefeito.
Nos setores de atendimento deverão ser adotadas as
mesmas medidas já determinadas para outros estabelecimentos, como a instalação
de placa de acrílico entre o atendente e o funcionário.
Para evitar a superlotação das dependências do
clube em horários determinados, estabelecer rodízio de dias ou horários para a
frequentação dos espaços por parte dos sócios.
A obrigatoriedade do uso de máscaras por todos os
colaboradores e sócios permanece, especialmente nas reuniões e nos ambientes
compartilhados. Será fundamental realizar um treinamento específico com a
equipe para adoção de procedimentos técnicos de desinfecção, semelhantes aos
realizados em hospitais.
Os clubes deverão recomendar a idosos, portadores
de doenças crônicas como diabetes, cardiopatias, hipertensão e asma, grávidas e
puérperas, que permaneçam em isolamento nas suas respectivas casas.
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