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segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Outubro Rosa no West Plaza terá programação especial de apoio e conscientização sobre o câncer de mama



Shopping na zona oeste de São Paulo lança campanha em parceria com o Instituto Amor em Mechas. Durante o mês de outubro, o empreendimento terá corte de cabelo solidário, roda de conversas, oficinas artesanais, entre outras atividades temáticas


O mês de outubro é internacionalmente reconhecido como “Outubro Rosa”, período dedicado à conscientização sobre o câncer de mama e a promoção da importância da detecção precoce da doença. Segundo dados do INCA – Instituto Nacional de Câncer, no Brasil, são esperados 704 mil casos de câncer no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025, com destaques para as regiões sul e sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência. Visando propagar a importância do assunto, o West Plaza, tradicional shopping na zona oeste de São Paulo, terá uma programação especial repleta de atividades que apoiam pacientes e conscientizam sobre a importância da prevenção durante todo o mês de outubro. 

Desde o dia 1º, o shopping, em parceria com o Instituto Amor em Mechas, terá diversas ações gratuitas em uma loja temporária e exclusiva. Serão oferecidos consultoria sobre direitos de pacientes oncológicos, onde será possível ter mais informações e tirar dúvidas relacionadas ao tratamento e aos recursos disponíveis; aula sobre confecção de brincos grandes e de cachecol, permitindo aos participantes expressarem a criatividade na produção de diferentes peças; rodas de conversas; corte de cabelo solidário para arrecadação de mechas que podem compor perucas, entre outras atividades.

A ideia é promover a interação entre pacientes de quimioterapia e pessoas que se solidarizam, com o objetivo de conscientizar sobre a importância do checkup para prevenção do diagnóstico da doença.

O espaço no West Plaza estará no 2º Piso do Bloco B e a expectativa é receber dezenas de visitantes durante a programação ao longo de todo o mês de outubro. “Este é o segundo ano em parceria com o Instituto Amor em Mechas. Em 2022, a ação atendeu dezenas de pessoas e contribuiu para elevar a autoestima de muitas mulheres, além de propagar informações relevantes sobre um assunto tão relevante. Mais do que apenas um espaço de programação gratuita, a proposta é terapêutica para quem participa, já que existe troca de informações, acolhimento e conforto”, comenta Geraldo Carvalho, superintendente do West Plaza.

É importante ressaltar que o câncer de mama não afeta somente as mulheres, mas também os homens, embora seja menos comum. O Outubro Rosa desempenha um papel crucial na conscientização e educação sobre a doença e na promoção da importância da detecção precoce, o que pode salvar vidas.

 

Outubro Rosa no West Plaza

Quando: de 1 a 31 de outubro

Loja social:  2º Piso – Bloco B

 

Agenda de atividades e horário de funcionamento do espaço:

Corte solidário -14h às 17h

  • 03/10 – 10h às 20h
  • 05/10 – 10h às 20h

Consultoria sobre Direitos de Pacientes Oncológicos com a especialista Dra. Edna Patriota –  10h às 12h

  • 06/10 – 10h às 20h
  • 07/10 – 10 às 20h

Aula de confecção de Brincos grandes com a Equipe de Jane Alves - 14h às 16h

  • 08/10 – 14 às 18h

Aula de Cachecol com as mãos com Yohan Hugger – 15h às 17h

  • 09/10 – 10h às 20h

Corte de cabelo solidário - 12h às 16h

  • 10/10 –16h às 20 h
  • 12/10 – Feriado: 14h às 18h
  • 13/10 –10h às 20h
  • 14/10 –10h às 20h

Roda de Conversa: Como seu pensamento pode melhorar a sua saúde. Com Douglas Rodrigues & Rodrigo Dantas @osmeninosdaconsciencia –15h às 17h

  • 15/10 –14 às 18h

Aula de Cachecol com as mãos com Yohan Hugger – das 15h às 17h

  • 16/10 –10h às 20h

Corte solidário das 14h às 17h

  • 17/10 –10 às 20h
  • 19/10 –10h às 20h

Roda de conversa – A importância do acompanhamento psicológico durante o tratamento quimioterápico – com a psicóloga Daiane Daumichen – das 18 às 20h

  • 20/10 –10h às 20h
  • 21/10 –10 às 20h

Aula de confecção de Brincos grandes com a Equipe de Jane Alves - das 14h às 16h

  • 22/10 –14 às 18h

Aula de Cachecol com as mãos com Yohan Hugger –15h às 17h

  • 23/10 –10h às 20h

Corte solidário 12h às 16h

  • 24/10 –10 às 20h
  • 26/10 –10h às 20h

Consultoria sobre Direitos de Pacientes Oncológicos com a especialista Dra. Edna Patriota –10h às 12h

  • 27/10 –10h às 20h
  • 28/10 –10 às 20h

Aula de confecção de Brincos grandes com a Equipe de Jane Alves - 14h às 16h

  • 29/10 –14 às 18h

Corte de cabelo solidário – das 15h às 18h

Aula de Cachecol com as mãos com Yohan Hugger – das 15h às 17h

  • 30/10 –10h às 20h

Corte de cabelo solidário –15h às 18h

  • 31/10 – 10h às 20h

 

Endereço do shopping: Avenida Francisco Matarazzo - Água Branca, São Paulo – SP

Site: www.westplaza.com.br

Telefones: telefone (11) 3677- 4000 e (11) 94516-3051

Redes sociais:

Instagram @westplaza

Facebook @shopwestplaza


Mutirão gratuito de mamografia é promovido pela ONG Américas Amigas, com apoio da Konica Minolta, em Paraisópolis - São Paulo

Divulgação
 

A ação Américas Amigas no Outubro Rosa estará entre os dias 03 e 07 de outubro em Paraisópolis, São Paulo, para doar exames de mamografia para pessoas em situação de vulnerabilidade social


No mês da Conscientização Sobre o Câncer de Mama, a ONG Américas Amigas, com apoio da Konica Minolta, promove entre os dias 03 e 07 de outubro, um mutirão de mamografia gratuito em Paraisópolis, São Paulo, na Rua Itamotinga, 100 - Paraíso do Morumbi, São Paulo, em frente o pavilhão do G10 Favelas.

A semana dedicada ao Coletivo Pink tem por objetivo promover acesso a exames de mamografia para as mulheres da comunidade. Os exames são realizados de terça-feira a sábado, das 7h às 17h.

No triênio de 2023 a 2025, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que ocorrerão cerca de 73 mil novos casos de câncer de mama no país. Infelizmente, parte desses casos só será diagnosticada tardiamente, o que pode levar a um tratamento mais agressivo e pior prognóstico. “Nosso intuito é promover o acesso a mamografia em diversas partes do Brasil e com isso contribuir para a diminuição da mortalidade de câncer de mama no país”, afirma Andréa de Veiga Pereira, presidente da Américas Amigas.

A carreta tem capacidade de realizar 80 exames de mamografia por dia. A expectativa deste ano é atender mais de 400 pessoas em Paraisópolis.

As imagens dos exames serão impressas em filmes Konica Minolta, na impressora DryPro da multinacional japonesa pioneira e referência no desenvolvimento de equipamentos médicos voltados à detecção e diagnóstico por imagem. “Estamos extremamente satisfeitos com essa parceria, que tem um papel crucial na redução da taxa de mortalidade por câncer de mama”, comenta Livia Magnani, coordenadora de produtos da Konica Minolta Healthcare do Brasil.

Para realizar o exame, é necessário preencher um cadastro no link https://www.americasamigas.org.br/mamografias-gratuitas e atender critérios médicos e sociais, entre os quais:

  • Idade: acima dos 40 anos;
  • Nunca ter feito mamografia ou ter realizado o exame há mais de 12 meses;
  • Ter histórico de câncer de mama em familiares de primeiro grau (mãe, pai, irmãos ou filhos).

Após realizar o cadastro, a equipe da Américas Amigas entrará em contato para realizar o agendamento do exame.  

 

Sobre a Konica Minolta Healthcare do Brasil

A jornada da Konica Minolta começou há 150 anos, com a visão de ver e fazer as coisas de maneira diferente. Inovamos para o bem da sociedade e do mundo. O mesmo propósito que nos manteve em movimento, nos mantém em movimento agora.

Saiba mais em: https://www.konicaminoltahc.com.br/

 

Sobre a ONG Américas Amigas

Fundada em 2009, a Américas Amigas é uma Organização da Sociedade Civil, que tem como propósito contribuir e promover a redução da mortalidade por câncer de mama, principalmente para a população em situação de vulnerabilidade social, por meio de conscientização, informação e promoção de acesso à detecção e ao diagnóstico precoce da doença. A atuação da Américas Amigas está estruturada em três programas principais: doação de equipamentos e insumos, capacitação e treinamento de profissionais de saúde e doação de exames, além de ações de conscientização e informação sobre a doença.

Entidade sem fins lucrativos, a Américas Amigas cumpre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e, em 2022, foi considerada uma das 100 melhores ONGs em atividade no Brasil. Suas ações e projetos são desenvolvidos por meio de doações de empresas e pessoas físicas, além de parcerias com outras ONGs e serviços de saúde.

Para mais informações, www.americasamigas.org.br  e @americasamigasoficial.


Artrite Reumatoide: doença marcada pela dor atinge cerca de 2 milhões de brasileiros[1]

Tratamento adequado garante qualidade de vida, mas o longo caminho até ele é um dos desafios do paciente de doença crônica

 

Outubro é o mês de Conscientização da Artrite Reumatoide (AR), doença autoimune inflamatória e crônica que afeta as articulações gerando dores intensas e que pode provocar desgaste ósseo, limitações físicas e até comprometimento psíquico como transtornos de ansiedade e depressão, ocasionados principalmente pelo fator incapacitante da doença[2]. É importante estar atento aos principais sintomas para não demorar a procurar o médico. Entre eles destacam-se: dores intensas, inchaço e vermelhidão nas articulações, especialmente nas mãos, e dificuldade em se mexer ao acordar, durando pelo menos uma hora. Os sintomas também podem aparecer separadamente. 

“Conhecer melhor a jornada do paciente de AR é importante para compreender os principais obstáculos enfrentados durante esse percurso desafiador e marcado pela dor. A demora no diagnóstico e sua luta até chegar ao tratamento adequado, em alguns casos pode levar anos, e isso acaba impactando fortemente a qualidade de vida de quem tem AR”, afirma a Dra. Ana Cristina Medeiros, reumatologista Ana Cristina de Medeiros Ribeiro, pós-doutora e coordenadora do ambulatório de artrite reumatoide do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. 

O especialista responsável pelo tratamento da AR é o reumatologista, peça fundamental na jornada do paciente, o que já derruba um dos mitos que rondam a doença, como o de que reumatologista cuida apenas de idosos. A percepção de que a AR afetaria exclusivamente idosos é um dos mitos frequentes sobre a doença contribuindo para o atraso no diagnóstico[3]. Os primeiros sintomas costumam se manifestar em plena idade produtiva, ameaçando a realização das atividades diárias. “A doença pode começar a se manifestar ainda antes 40 anos, por volta de 35 a 55 anos em mulheres, e um pouco mais tarde em homens, mas pode atingir qualquer faixa etária. Quanto mais demorar para fazer o diagnóstico e o tratamento, maior é a perda da qualidade de vida”, declara a especialista. 

Dores nas juntas, sobretudo das mãos, também é sinal de alerta. “Os médicos precisam reconhecer a necessidade de encaminhar o paciente para o reumatologista quando a queixa for dores nas mãos. O especialista precisa saber fazer o diagnóstico precoce e conhecer todas as opções de tratamento para a doença”, afirma a reumatologista. 

 

A AR não tem cura, mas tem tratamento 

O tratamento da AR pode variar de acordo com o estágio da doença, sua atividade e gravidade. Além das medidas não-farmacológicas, o tratamento inclui os fármacos antirreumáticos modificadores da doença (Disease Modifying Anti-rheumatoid Drugs - DMARD) e terapia alvo com agentes biológicos[4]

De acordo com especialistas, o tratamento com imunobiológicos é um dos últimos avanços no campo da saúde para tratar as doenças autoimunes trazendo mais qualidade de vida ao paciente. Fisioterapia e terapia ocupacional também contribuem para que o paciente possa continuar a exercer as atividades do dia a dia[5]. 

“Identificar os sintomas, buscar o especialista correto para ter o diagnóstico precoce e ter acompanhamento médico que indique o tratamento adequado é a jornada que esse paciente deveria percorrer para ter mais qualidade de vida e conseguir realizar atividades básicas como se alimentar, se higienizar, trabalhar, entre outras”, afirma a reumatologista. 

 

Artrite Reumatoide além das dores 

Aderir ao tratamento adequado o quanto antes possibilita evitar também o desenvolvimento de outras doenças. A AR é sistêmica, ou seja, ela afeta todo o corpo humano, ao invés de apenas um órgão ou região, e causa efeitos variados. Ela também é autoimune e outras doenças desencadeadas pelo mesmo mecanismo são mais frequentes nestes pacientes quando comparados com quem não tem a doença. Por isso, elas também são associadas a comorbidades[6].

Complicações comuns em pacientes com artrite reumatoide são doenças que estão relacionadas a deposição de placas de gordura (colesterol) nos vasos sanguíneos. Assim, doença coronariana, aterosclerose nas artérias carótidas, doença vascular periférica e acidente vascular cerebral (AVC), em especial o tipo isquêmico, podem ocorrer[7]. “Outras condições frequentemente associadas são insuficiência cardíaca congestiva, diabetes mellitus tipo 2, osteoporose com fraturas, distúrbio dos lipídios (colesterol e triglicerídeos) e doenças respiratórias associadas ao tabagismo. É importante que essas doenças sejam reconhecidas e tratadas de forma adequada. Por isso, a abordagem multidisciplinar é fundamental”, complementa a reumatologista.

 

Artrite reumatoide e saúde mental 

O afastamento das atividades sociais, a interrupção das práticas esportivas e o abalo na vida profissional, podem impactar também a saúde mental dessas pessoas[8]. Achados científicos reforçam a ligação entre a enfermidade e quadros depressivos, por exemplo. Estudos revelam que a prevalência de transtornos depressivos em portadores da doença varia entre 13% e 47%[9]. 

Alguns trabalhos apontam que a depressão teria um efeito direto sobre as citocinas, substâncias que estimulam o processo inflamatório relacionado à artrite reumatoide. Um artigo recente, publicado no Arthritis Care & Research diz que 1/3 dos adultos norte-americanos com artrite, com mais de 45 anos de idade, relatam ter ansiedade ou depressão. Também há grande impacto no trabalho: um terço das pessoas com AR tem afastamento do emprego nos primeiros 5 anos[10]. “A dor crônica e o prejuízo da capacidade funcional facilitam o aparecimento de depressão e ansiedade, que também podem interferir na adesão ao tratamento, agravando o quadro. A AR também pode ser um perpetuador de síndromes de amplificação de dor, como a fibromialgia. Por isso é tão importante o olhar integral para o paciente”, finaliza a especialista. 

Para mais informações sobre a Artrite Reumatoide: https://www.janssen.com/brasil/blog/viveremovimentar

 

Janssen

 https://www.janssen.com/brasil/.

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Referências

https://www.reumatologia.org.br/noticias/sociedade-brasileira-de-reumatologia-promove-campanha-nacional-de-conscientizacao-sobre-as-doencas-reumaticas-com-medicos-e-pacientes-nas-ruas-no-dia-16-de-outubro/

https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/depressao-e-ansiedade-podem-atingir-quem-tem-artrite-reumatoide-2/

Sociedade Brasileira de Reumatologia. Disponível em: https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/artrite-reumatoide/

https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/06/905463/medicamentos-biologicos-para-el-tratamiento-de-artritis-reumatoide.pdf

https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/artrite-reumatoide/https://www.reumatologia.org.br/download/artrite-reumatoide/?tmstv=1695299462

https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/comorbidades-doencas-associadas-em-pacientes-com-artrite-reumatoide/

 

Fonte: Ipsos, Patient Journey Imunobiológicos. 2021

Dickens C, Creed F: The burden of depression in patients withrheumatoid arthritis. Rheumatology 40: 1327-30, 2001. /  Velasquez X, Pizarro C, Pizarro P, Massardo L: La depresion em artritis reumatoidea. Reumatologia 18(2): 49-52, 2002

Fonte: Ipsos, Patient Journey Imunobiológicos. 2021

[10]  Fonte: Ipsos, Patient Journey Imunobiológicos. 2021



[1] https://www.reumatologia.org.br/noticias/sociedade-brasileira-de-reumatologia-promove-campanha-nacional-de-conscientizacao-sobre-as-doencas-reumaticas-com-medicos-e-pacientes-nas-ruas-no-dia-16-de-outubro/

[3] Sociedade Brasileira de Reumatologia. Disponível em: https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/artrite-reumatoide/

[5] https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/artrite-reumatoide/

[6] https://www.reumatologia.org.br/download/artrite-reumatoide/?tmstv=1695299462

[7] https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/comorbidades-doencas-associadas-em-pacientes-com-artrite-reumatoide/

[8]   Fonte: Ipsos, Patient Journey Imunobiológicos. 2021

[9] Dickens C, Creed F: The burden of depression in patients withrheumatoid arthritis. Rheumatology 40: 1327-30, 2001. /  Velasquez X, Pizarro C, Pizarro P, Massardo L: La depresion em artritis reumatoidea. Reumatologia 18(2): 49-52, 2002

 

Problemas de saúde mental materna são desafio para saúde pública

Psicóloga da equipe Livre Maternagem, Camila Barros, e diretora-presidente do Instituto Opy, Heloisa Oliveira, abordam a importância da discussão sobre prevenção, diagnóstico e o tratamento da depressão pós-parto     


Dados recentes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estimam que 25% das mães de recém-nascidos no Brasil são diagnosticadas com depressão pós-parto. O alto número de puérperas identificadas com a doença acendeu um alerta sobre a necessidade de se discutir sobre a saúde mental maternal, especialmente durante o puerpério. Considerado pela medicina obstétrica como o período que vai do momento logo após o parto até 40 dias que se seguem, o puerpério é o tempo em que, fisiologicamente, a mulher retoma seu estado mais próximo do anterior ao da gestação.  

Para Camila Barros, psicóloga especializada em saúde mental materna e que faz parte da equipe Livre Maternagem,do ponto de vista psíquico, o puerpério está relacionado ao tempo necessário para que a fusão primária mãe-bebê reduza significativamente sua intensidade e a mulher se sinta reequilibrada em seus diferentes papéis sociais – mulher, mãe, profissional, companheira, etc”.  

A nova configuração hormonal somada a um período de vulnerabilidade da mulher contribui para o aparecimento da doença. “Nesse período, a mulher é submetida a transformações radicais em seu estilo de vida e precisa tomar uma série de decisões que dizem respeito não apenas a ela. Também é preciso lidar com pressões sociais e ainda elaborar psiquicamente uma nova vida que dependerá absolutamente dela e a quem ela deve um compromisso eterno”, explica Camila.   

 

Para a diretora-presidente do Instituto Opy, Heloisa Oliveira, a prevalência da depressão pós-parto no Brasil é bem mais elevada do que a estimada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para países de baixa renda. “Uma pesquisa da Fiocruz mostrou que as mães que mais apresentaram sintomas de depressão pós-parto, de acordo com o modelo final da análise, não tinham planejado a gravidez, eram de cor parda, tinham baixa condição socioeconômica, apresentavam antecedentes de transtorno mental e praticavam hábitos não saudáveis, como o uso excessivo de álcool. A grande prevalência dessa condição no Brasil é um alerta de que é preciso se ter uma política específica para a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da depressão pós-parto”, relata.  

Em tramitação na Câmara dos Deputados está o Projeto de Lei Nº 1.704, de 2019 que Institui a Política Nacional de Diagnóstico e Tratamento da Depressão Pós-Parto e seu substitutivo.  “É evidente e necessária a aprovação dessa proposta. É um passo importante e dá amparo legal para que o executivo regulamente a política no Sistema Único de Saúde e na relação com as operadoras privadas de saúde”, defende Heloisa. 

 

Segundo o Centro de Pesquisa em Saúde Materna e Infantil da City University, em Londres, o suicídio é a principal causa de morte materna até o 1º ano após o parto, no mundo. “Mais de 90% dos suicídios poderiam ser evitados com diagnóstico e tratamento adequados”, salienta Camila. Falar sobre saúde mental ainda é um tabu na sociedade, especialmente quando são as mães que estão adoecidas mentalmente. “Muitas mulheres não falam sobre seus sofrimentos, não buscam ajuda e são invisibilizadas nessa dor, seja na normalização desse sofrimento, seja por medo. A Saúde Mental Materna deveria ser pauta nos Sistemas de Saúde desde a educação sexual passando pela tentativa de engravidar, a gestação em si e o atendimento de mulheres até o 2º ano após o parto’, afirma a psicóloga.  

 

Alguns sintomas são sinais de alerta para buscar ajuda especializada: perda de interesse em assuntos relacionados ao bebê, diminuição dos autocuidados no pré-natal, vergonha da gestação, preocupação excessiva com aborto, maior isolamento social, entre outros. “É importante dizer que a gestação e o puerpério são momentos que normalmente a mulher apresenta sinais de vulnerabilidade emocional e, por isso, é tão comum as pessoas normalizarem sentimentos vistos como mais negativos. Por isso é crucial que toda e qualquer reação que seja intensa demais ou que dure tempo demais e/ou tire a mulher de seu funcionamento habitual seja olhado com cuidado”, aconselha Camila.  

Para apoiar mulheres que estão em processo de redescoberta pós-maternidade, a psicóloga criou uma cartilha, disponível gratuitamente no site https://www.livrematernagem.com.br/).    

“A Organização Mundial de Saúde (OMS) trabalha com um conceito de saúde que é bem mais abrangente que a simples ausência de doença: Saúde é um completo estado de bem-estar físico, mental e social e, por isso é importante cuidar de todas essas dimensões da saúde. Nesse contexto, a promoção da saúde mental é essencial para que o indivíduo tenha a capacidade necessária de se manter em equilíbrio e assim viver de forma saudável”, conclui Heloisa. 

 

Absorção da luz por moléculas tem aplicações em microscopia, medicina e armazenamento de dados

Representação da molécula orgânica estudada,
com moléculas de água ao redor
(
imagem: Tárcius Nascimento Ramos)
Método alternativo proposto por físico brasileiro reduz de vários dias para algumas horas o tempo de simulação computacional do espectro de absorção


Conhecer a energia da luz absorvida por uma molécula possibilita entender sua estrutura, seus estados quânticos, sua interação com outras moléculas e suas possíveis aplicações tecnológicas. Moléculas com alta probabilidade de absorver simultaneamente dois fótons de luz de baixa energia apresentam uma ampla gama de aplicações: em sondas moleculares em microscopia de alta resolução, como substrato para armazenamento de dados em estruturas tridimensionais densas ou vetores em tratamentos medicinais.

O estudo do fenômeno por meios experimentais diretos apresenta, porém, dificuldades. Por isso, simulações computacionais têm sido feitas em complemento à caracterização espectroscópica. Além disso, as simulações propiciam uma visão microscópica de difícil acesso em experimentos. O problema é que simulações envolvendo moléculas relativamente grandes demandam vários dias de processamento em supercomputadores ou meses de processamento em computadores convencionais.

Para contornar essa dificuldade, um método alternativo de cálculo foi proposto pelo físico Tárcius Nascimento Ramos e colaboradores em artigo publicado em The Journal of Chemical Physics.

Doutorado em 2020 no Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP) com bolsa da FAPESP, Ramos é atualmente pesquisador do Fonds de la Recherche Scientifique (F.R.S.-FNRS) na Université de Namur, na Bélgica.

“Avaliamos a performance de um método semiempírico que foi muito utilizado nas décadas passadas, mas, devido ao seu caráter aproximativo, passou a ser negligenciado por parte da comunidade científica. Com ele, conseguimos reduzir o tempo de cálculo para quatro horas em computador convencional. O baixo custo computacional permitiu considerar uma ampla amostragem estatística para simulações de moléculas em soluções, algo inviável com o método atualmente hegemônico”, diz Ramos à Agência FAPESP.

O método atualmente hegemônico a que o pesquisador se refere é a Teoria do Funcional da Densidade (DFT, da expressão em inglês Density Functional Theory). Trata-se de uma ferramenta teórica amplamente utilizada em mecânica quântica, que permite descrever as propriedades eletrônicas de sistemas complexos por meio da densidade eletrônica do sistema, sem que seja necessário recorrer às funções de onda individuais de cada elétron.

“O método alternativo que utilizamos foi o INDO-S [sigla em inglês para negligência intermediária de sobreposição diferencial com parametrização espectroscópica]. Ele se baseia na função de onda do sistema molecular, mas a resolve de forma aproximada. Partes dos complexos e custosos cálculos computacionalmente são substituídos por valores tabelados obtidos por ajustes com dados espectroscópicos experimentais. Isso torna o método altamente eficiente para o estudo teórico de grandes compostos moleculares”, afirma Ramos.

Para avaliar a praticidade de utilizar um método como esse, é preciso considerar que a molécula estudada, derivada do estilbeno, possui mais de 200 átomos – de carbono, oxigênio e hidrogênio. Além do número de componentes, que por si só tornaria as simulações convencionais extremamente trabalhosas e caras, essas grandes moléculas apresentam uma complicação adicional. Elas são flexíveis e suas mudanças conformacionais (como torções, por exemplo) modificam suas propriedades eletrônicas.

“No final do estudo, nós preenchemos a lacuna experimental, caracterizando, em nível microscópico, o espectro de absorção de um e dois fótons para essa classe de moléculas. E verificamos que o método semiempírico que testamos, frequentemente negligenciado devido ao seu caráter aproximativo, é a forma mais recomendada para prever os espectros de absorção de um fóton e dois fótons por grandes moléculas em solução. Isso abre espaço para engenheiros moleculares desenvolverem novos compostos com maior eficiência nos seus diversos ramos de aplicações”, comenta Ramos.

Aqui é necessário levar em conta as diferenças entre a absorção de um fóton e a absorção de dois fótons. O princípio geral é que as moléculas absorvem fótons apenas quando podem assumir estados excitados que sejam compatíveis com as energias dos fótons. Mas as regras de seleção para absorção de um fóton ou de dois fótons não são as mesmas. Por isso, estados excitados proibidos para a absorção de um fóton podem ser permitidos para a absorção de dois fótons. Essas características diferenciais – somadas à alta resolução espacial da excitação por dois fótons, resultante de sua natureza óptica não linear – fazem com que moléculas capazes de absorver dois fótons se prestem a utilizações muito mais refinadas.

“No caso da microscopia, o imageamento apresenta resolução muito maior, possibilitando caracterizar tecidos profundos com menor dano para as estruturas do entorno. No caso do armazenamento de dados, a alta resolução permite que estruturas tridimensionais sejam criadas com grande precisão e detalhes, viabilizando codificar pontos no interior dos materiais com alta densidade de dados por volume”, informa o pesquisador.

A modelagem computacional do fenômeno de absorção de dois fótons por moléculas orgânicas em solução foi o principal tema de Ramos durante sua pesquisa de doutorado. O presente artigo é um passo adiante nessa investigação. Além da bolsa de doutorado conferida ao pesquisador, o estudo foi apoiado pela FAPESP por meio de outros dois projetos (14/50983-3 e 15/20032-0). Colaboraram Leandro Franco (Karlstad University, Suécia), Daniel Luiz da Silva (Universidade Federal de São Carlos) e Sylvio Canuto (USP).

O artigo Calculation of the one- and two-photon absorption spectra of water-soluble stilbene derivatives using a multiscale QM/MM approach pode ser lido em: https://pubs.aip.org/aip/jcp/article-abstract/159/2/024309/2902110/Calculation-of-the-one-and-two-photon-absorption?redirectedFrom=fulltext.



José Tadeu Arantes
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/absorcao-da-luz-por-moleculas-tem-aplicacoes-em-microscopia-medicina-e-armazenamento-de-dados/49848

 

CBD, THC e drogas K: desvendando a sopa de letrinhas

O mundo científico tem um dialeto próprio, com regras de escrita para os nomes de espécies animais, vegetais e substâncias químicas, que são oficialmente aceitas em todo o mundo. Por exemplo, Leucanthemum vulgare é o nome científico da flor popularmente conhecida como margarida e 1,3,7-Trimetilpurina-2,6-diona é o nome químico da cafeína. Além desses nomes complicados, é comum os cientistas utilizarem jargões próprios, como o acrônimo DDT, que se refere ao dicloro-difenil-tricloroetano, um inseticida antigo e bastante conhecido. Essa sopa de letrinhas muitas vezes causa confusão e interpretações falsas.

Um exemplo claro dessa confusão são as novas drogas chamadas “drogas K”. Conhecidas pela ciência há pelo menos três décadas, essas substâncias foram inicialmente desenvolvidas e estudadas como tratamentos para várias doenças, como dores crônicas, mas acabaram sendo comercializadas no mercado ilegal como entorpecentes potentes, com efeitos imprevisíveis. E, para piorar, são frequentemente confundidas e associadas ao canabidiol, que no mundo científico é chamado pelo acrônimo CBD.

Segundo o DEA, órgão de controle de entorpecentes nos Estados Unidos os produtos podem ser encontrados com várias nomenclaturas, tais como: Spice, K2, K4, K9, RedX Dawn, Paradise, Demon, Black Magic, Spike, Mr. Nice Guy, Ninja, Zohai, Dream, Genie, Sence, Smoke, Skunk, Serenity, Yucatan, Fire, Skooby Snax, and Crazy Clown (DEA, 2023).

É fundamental esclarecer que tais drogas não apresentam nenhuma relação com formulações produzidas com Canabidiol obtido através da planta, nem com Canabidiol sintético utilizado na produção de medicamentos. Como descrito acima, a droga possui moléculas específicas “fabricadas” para ocasionar alteração de sistema nervoso central, alterações sensoriais e de percepções de uma droga de abuso ilícito. Já medicamentos são desenvolvidos com moléculas com segurança e eficácia comprovadas através de inúmeros ensaios de performance, não-clínicos e clínicos.


Vamos então esclarecer?

O CBD (canabidiol) é um dos principais compostos encontrados na planta cannabis sativa, conhecida como maconha ou marijuana. Essa substância faz parte de um grupo de compostos chamados fitocanabinoides. Além do CBD, outro fitocanabinoide encontrado na planta é o THC (acrônimo de tetrahidrocanabinol). O CBD e o THC são substâncias químicas diferentes e agem de forma distinta no organismo humano: o THC tem efeito psicotrópico ou psicoativo, alterando o estado mental e afetando a função psicológica do indivíduo, enquanto o CBD não apresenta esse efeito.

Na década de 1980, John W. Huffman, professor de química da Universidade de Clemson, Estados Unidos, estudava substâncias químicas produzidas em laboratório que poderiam substituir o THC no desenvolvimento de tratamentos para dor, inflamação e alguns tipos de câncer de pele. Ele e sua equipe criaram mais de 470 compostos sintéticos diferentes para testes em animais de laboratório.

O pesquisador comparou os efeitos desses compostos sintéticos com os efeitos já conhecidos do THC, que seria como referências nesses estudos, e descobriu que alguns deles eram até 100 vezes mais potentes. Ele reuniu os resultados de sua pesquisa e os publicou em revistas científicas. Essas substâncias produzidas em laboratório, por interagirem de maneira semelhante ao THC no organismo humano, foram chamadas de canabinoides sintéticos.

Mas após a publicação do trabalho da equipe de Huffman, foi percebida a possibilidade de produzir drogas ilícitas misturando os compostos sintéticos, seguindo a “receita” divulgada pelo professor em seus artigos científicos, com ervas inofensivas para criar uma semelhança com a maconha. Assim surgiram as chamadas “drogas K”, que são compostos ilícitos “fabricados” para causar alteração de sistema nervoso central, alterações sensoriais e de percepções. Importante destacar que são completamente diferentes e não apresentam nenhuma relação com produtos farmacêuticos à base do canabidiol, que tem estudos demonstrando sua segurança e eficácia terapêutica para síndromes de epilepsia e epilepsia refratária e que apresentam potencial terapêutico para várias outras indicações como Alzheimer, dor, ansiedade, entre outras.

Além de possuir seu próprio dialeto, o mundo científico exige responsabilidade. É nos laboratórios que são descobertas formas de atenuar dores, curar doenças e garantir uma melhor qualidade de vida. Anos de estudos e testes têm permitido que pessoas ao redor do mundo tenham oportunidades de tratamento e novas chances de viver com saúde. Somente com informação e valorização da ciência conseguiremos evitar e combater os usos inadequados dessas descobertas.

 

Liberato Brum Junior - farmacêutico e gerente de Inovação e Pesquisa Clínica da Prati-Donaduzzi

Nelson Ferreira Claro Junior - Diretor de farmoquímicos da Prati-Donaduzzi

 

Cinco ações para proteger o coração

 Nosso coração está pedindo socorro! Segundo o Cardiômetro, indicador criado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, o cenário é preocupante, pois só no Brasil são 1.100 mortes por dia, uma média de 46 por hora e 1 a cada 90 segundos.  

Sou médico assistente do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo, desde 1977, e atuo na Unidade de Cardiogeriatria. Com essa experiência, de quem, há quase 50 anos, tem a missão de cuidar da saúde cardíaca de homens, mulheres e suas famílias, atesto que: está em nossas mãos a grande chance de combater as doenças cardiovasculares.

 

Na minha prática clínica, tenho verificado os fatores responsáveis pela ocorrência das doenças cardíacas nos meus pacientes. Todo mundo quando fala de infarto pensa que ele ocorre somente de maneira fulminante, do dia para noite. Só que não é assim! Não se trata de estar andando e, do nada, um infarto “cai na sua cabeça”. O infarto de amanhã foi construído por todas as escolhas erradas que você fez hoje. 

 

As principais doenças da atualidade estão relacionadas ao infarto: obesidade, diabetes tipo 2, depressão e insônia. Não faltam estudos científicos publicados por instituições renomadas que apontem: o estilo de vida atual é muito mais determinante para um infarto do que a genética.

 A ciência nos mostra hoje que somente 20% dos problemas é culpa dos genes que recebemos de nossos pais. A boa notícia é que os outros 80% estão em nossas mãos. Ou seja, são os nossos hábitos de vida, os alimentos que escolhemos, a forma como gerenciamos o estresse e abrimos espaço para a espiritualidade que nos protegem ou nos adoecem.  

Nós vivemos hoje um estilo de vida altamente inflamatório, cercados de químicos tóxicos da poluição, dos agrotóxicos, dos cosméticos. 

 

O corpo fica tão sobrecarregado que torna-se ainda mais fundamental seguir os passos essenciais para sair da rota do infarto. Por isso, cinco recomendações são essenciais para proteger o coração: alimentação do estilo mediterrâneo, com mais frutas, legumes, vegetais, azeite de oliva, oleaginosas, mais peixes do que carnes vermelhas e sem industrializados e ultraprocessados; movimentar-se (caminhar, passar menos tempo sentado), afinal o sedentarismo hoje é o “novo cigarro” e usar o corpo é a forma mais eficiente que existe de proteger o coração; aprender a respirar de forma consciente e a gerenciar as emoções, pois o estresse adoece o coração da mesma forma que o tabagismo e alcoolismo: pavio curto é igual a vida curta; viva em comunidade, isto é, faça conexões profundas - elas já foram mapeadas como o fator mais decisivo para a longevidade ativa e saudável -, trabalho voluntário, estabeleça uma rede de apoio e boas relações familiares, pois trazem sentido para a existência; pratique a espiritualidade: o exercício da fé e a espiritualidade, além de preencherem o vazio interno que é gatilho de doenças, também acionam mecanismos anti-inflamatórios no organismo que são protetores do coração e do cérebro, influenciando até na redução da mortalidade.

 

Melhore seus hábitos e tenha um coração saudável e uma vida longa! 


Dr. Roque Savioli - cardiologista, médico assistente do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo, desde 1977, e integra o corpo clínico do Hospital Sírio Libanês e do Hospital Israelita Albert Einstein. Já escreveu 15 livros, sendo um deles “Um Coração de Mulher”, um dos títulos publicados pela editora Canção Nova.


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