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quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Alta tensão: como evitar acidentes elétricos em áreas urbana

Chuvas aumentam a condutividade das altas descargas elétricas dos postes, fios e estruturas metálicas, afirma especialista do CEUB


Com as chuvas, aumentam os riscos de choques elétricos em áreas urbanas, devido ao contato com fios energizados. Somente em 2023, foram 2.089 acidentes elétricos e 781 mortes, envolvendo choques, incêndios e raios, segundo dados da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos de Eletricidade. Luciano Duque, professor de Engenharia Elétrica do Centro Universitário de Brasília (CEUB) alerta para a atenção redobrada e indica como prevenir acidentes com fios ou postes de energia no período.

 

Confira entrevista, na íntegra:

 

Quais são os principais riscos de postes eletrificados em áreas residenciais, especialmente em dias de chuva?

LD: O risco de postes eletrificados é o risco de choque elétrico e ele aumenta muito no período de chuva. Isso porque a condutividade da corrente é muito maior, e, ao encostar em um poste eletrificado, a pessoa recebe uma descarga. O risco de postes eletrificados é grave e pode resultar em fatalidades.

 

De que forma o roubo de cabos de energia aumenta o risco de choques elétricos nos postes?

LD: Muitas vezes, o roubo de cabos elétricos ou atos de vandalismo trazem riscos adicionais para a população. Às vezes, quem provoca esse dano não leva todo o cabo e parte dele fica energizada, podendo encostar em algum poste ou outra estrutura metálica. Esses atos de vandalismo ou roubo deixam partes energizadas expostas, podendo eletrificar o poste e causar choques elétricos em quem encostar.

 

Quais são os sinais de postes ou fios eletrificados para evitar acidentes?

LD: A população pode identificar um risco ao ver um cabo solto na rua ou no poste. Nesse caso, é importante acionar imediatamente a concessionária de energia da localidade. Mesmo que o cabo solto não pareça energizado, é preciso contatar essas empresas para avaliar a situação com segurança.

 

Quais são as medidas de segurança imediatas que uma pessoa deve tomar caso presencie alguém recebendo uma descarga elétrica de um poste?

LD: Se uma pessoa estiver sendo eletrocutada, a recomendação é não tocar nela diretamente, pois quem tenta ajudar pode acabar tomando choque também. A melhor opção é usar algum objeto que não conduza eletricidade, como um cabo de PVC ou uma vassoura seca, para afastar a vítima do ponto energizado. Nunca toque diretamente na pessoa, use sempre algo que seja isolante.

 

Por que a chuva aumenta o risco de acidentes com descargas elétricas? 

LD: Sim, durante a chuva, o risco aumenta porque a resistência elétrica diminui. Se uma pessoa toca uma estrutura energizada com o solo molhado, a corrente flui com mais facilidade pelo corpo, aumentando o risco de morte. Essa redução na resistência elétrica afeta tanto a estrutura quanto o corpo da pessoa, facilitando o choque.

 

Que tipo de calçado ou equipamento de proteção seria recomendável para quem costuma caminhar em áreas onde há postes, especialmente em dias de chuva?

LD: Em dias de chuva, é aconselhável evitar caminhar perto de postes sem calçado adequado. O tênis pode oferecer alguma proteção, mas o ideal é não encostar em postes de iluminação ou energia, pois não sabemos se há falhas de manutenção que possam causar eletrificação.

 

Quais são as recomendações específicas para proteger crianças e animais de acidentes com eletricidade em espaços públicos?

LD: Em espaços públicos, é essencial supervisionar as crianças para que não toquem em postes de iluminação, pois o estado deles nem sempre é seguro. Em áreas como parques e quadras de esportes, deve-se exigir que as autoridades realizem verificações periódicas nas estruturas metálicas, especialmente escorregadores e equipamentos onde crianças brincam, para garantir que estejam livres de qualquer eletrificação acidental.

 

Quais medidas preventivas podem ser adotadas para reduzir o risco de choque elétrico em locais próximos a postes e fiações?

LD: Para reduzir os riscos, o ideal é que sejam feitas manutenções preventivas frequentes em aparelhos como postes de iluminação e equipamentos de playground. No caso dos postes de iluminação pública e de distribuição de energia, essas inspeções e reparos devem ser feitos tanto pela concessionária de energia quanto pela administração pública para prevenir acidentes.

 

Em caso de acidentes como esse, quais os primeiros socorros recomendados até que o socorro profissional chegue ao local?

LD: Ao presenciar alguém recebendo um choque, o primeiro passo é acionar o Corpo de Bombeiros. Até que a ajuda chegue, a massagem cardíaca e a respiração assistida, quando necessárias, podem ajudar a salvar a vida da pessoa afetada.

 

Semana Nacional da Conciliação: um incentivo à responsabilidade e ao cumprimento das obrigações paternas

Lucas Costa, advogado do “Escritório para Mães”, destaca a importância da conciliação para garantir os direitos das mães e o comprometimento dos pais com os filhos 

 

Entre os dias 4 e 8 de novembro de 2024, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) promove a XIX Semana Nacional da Conciliação, uma iniciativa que envolve Tribunais de Justiça, Tribunais do Trabalho e Tribunais Federais de todo o país para promover acordos entre partes e agilizar a resolução de conflitos. Para Lucas Costa, advogado especializado em Direito de Família e fundador do “Escritório para Mães” (@escritorioparamaes no Instagram), essa é uma oportunidade valiosa para incentivar pais a assumirem suas responsabilidades financeiras e afetivas com os filhos, mesmo após a separação. 

  

“A conciliação não é apenas uma forma mais rápida e pacífica de resolver disputas; é um momento importante para que os pais reflitam sobre seus compromissos. Cumprir a pensão alimentícia, manter o apoio emocional e estar presente na vida dos filhos não são favores, mas deveres que asseguram o bem-estar e o desenvolvimento de uma criança”, afirma Lucas. Ele observa que, em sua prática diária, muitas mulheres enfrentam dificuldades para receber o apoio necessário dos pais de seus filhos, um dos desafios que a Semana de Conciliação visa atenuar, buscando soluções que evitem os longos processos judiciais. 

  

O evento, realizado anualmente pelo CNJ desde 2006, seleciona processos com potencial de acordo e convoca as partes envolvidas para negociações. A ideia é que, ao buscar uma solução amigável, as partes cheguem a um entendimento sem recorrer a batalhas judiciais prolongadas, o que beneficia diretamente as crianças, que são sempre as mais impactadas por essas pendências. Lucas Costa explica que muitos desses processos envolvem o descumprimento de deveres básicos, como o pagamento da pensão alimentícia, que não é apenas para a compra de alimentos, mas essencial também para a educação e saúde das crianças. 

  

“A Justiça não deveria ser necessária para que um pai reconheça e cumpra seus compromissos, mas, infelizmente, muitas vezes ela é a única forma de garantir que os direitos das mães e dos filhos sejam respeitados. O acordo, quando alcançado, pode ser um ponto de virada para que os pais deixem de falhar com os filhos e passem a enxergar suas obrigações com mais seriedade”, comenta Lucas. 

  

O advogado também destaca que o foco da Semana da Conciliação não se restringe aos aspectos financeiros; questões como guarda compartilhada, convivência regular e a presença afetiva do pai são igualmente importantes. Ele observa que pais ausentes ou que negligenciam seu papel causam um impacto emocional negativo nos filhos, algo que a Justiça busca prevenir ao promover a conciliação e incentivar acordos que beneficiem a criança. Em sua atuação no “Escritório para Mães”, Lucas Costa tem testemunhado como a falta de apoio emocional e financeiro dos pais prejudica o desenvolvimento das crianças e a qualidade de vida das mães, que acabam assumindo sozinhas a responsabilidade familiar. 

  

Para ele, a Semana da Conciliação é também uma oportunidade de educação, conscientizando os pais sobre o papel fundamental que desempenham, mesmo após o divórcio. “Muitos pais não entendem que, ao falharem com seus filhos, estão não apenas descumprindo um dever legal, mas também deixando de construir uma relação significativa com eles. A conciliação permite que esses pais repensem seu papel e iniciem um caminho de compromisso verdadeiro com o futuro de seus filhos”, afirma. 

 

Com uma abordagem que combina empatia e rigor, Lucas Costa utiliza a conciliação como ferramenta para resolver disputas com agilidade e humanidade, sempre buscando garantir o direito das mães e das crianças. Em momentos como este, ele acredita que a sociedade também se aproxima de uma Justiça mais eficaz e humanizada, em que o Direito de Família cumpre seu papel de proteger e fortalecer os laços familiares. 

  

Para Lucas, a luta é clara: assegurar que as mães, muitas vezes sobrecarregadas pela ausência do pai, encontrem justiça, e que os pais, por sua vez, assumam seu lugar na vida dos filhos. “Conciliação é um caminho para a paz e para a justiça, que devolve às mães o que lhes é de direito e garante que as crianças cresçam amparadas. O Direito de Família existe para isso, e é nossa responsabilidade como sociedade fazer com que esses compromissos sejam respeitados.” 

 

Lucas Costa - Advogado, formado pelo Centro Universitário Curitiba (UNICURITIBA), com pós-graduação em direito processual civil pela Academia Brasileira de Direito Constitucional (ABDCONST). Por dois anos foi membro do grupo de pesquisa em Direito de Família da UNICURITIBA. Foi membro do Grupo Permanente de Discussão da OAB/PR na área de Planejamento Sucessório. É membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM). Tem nove anos de experiência na defesa de mulheres em ações envolvendo violência doméstica e nas áreas de família e sucessões. Possui escritório físico há seis anos na cidade de Curitiba/PR, atendendo em todo o Brasil.


Mais de 100 mil alunos do EAD usam IA no Brasil

Ferramenta que assiste aulas com os estudantes, esclarece dúvidas e cria questões, conquistou gigantes do setor como Descomplica e Sanar

 

Três em cada quatro professores concordam com o uso de Inteligência Artificial como ferramenta de ensino, é o que mostra um levantamento feito pelo Instituto Semesp - entidade especializada em análise de dados sobre o ensino superior. Para alguns milhares de alunos, isso já é realidade. Somente nas instituições que usam a emy - IA que acompanha e tira dúvidas dos estudantes 24 horas por dia, 7 dias por semana, dando suporte aos professores e monitores - a tecnologia já é utilizada por mais de 100 mil alunos no Brasil. 

”Ouvimos estudantes. Sabemos que há quem busca respostas fora dos ambientes da universidade, seja por vergonha de perguntar ao professor, ou por estudarem em um horário em que o professor não está disponível. As respostas da emy são baseadas no próprio conteúdo das universidades, o aluno aprende de uma base de informações confiáveis, em tempo real”, destaca o CEO da Cubos Academy, empresa desenvolvedora da emy, José Messias Junior. 

Segundo Júnior, a IA tem uma particularidade provocativa, estimulando os estudantes a pensarem em outras questões além da dúvida inicial ou serem mais objetivos na resposta. “Isso é uma configuração de “personalidade” possível na emy, que fica a cargo da instituição de ensino”, acrescenta José. 

Enquanto algumas escolas e universidades brasileiras ainda discutem o uso ou não de ferramentas como o ChatGPT, grandes instituições do setor como o Descomplica colhem os frutos do uso da Inteligência Artificial. A startup de educação em saúde Sanar, apurou que o NPS dos alunos que usam a emy no aprendizado é 30% maior. De acordo com Junior, no uso na Cubos Academy, a monitora virtual tem 96% de aprovação por parte dos alunos. Contando todas as instituições de ensino até agora, a emy soma mais de 600 mil perguntas respondidas. 

A tecnologia tem ainda outras vantagens sobre soluções como o ChatGPT, por exemplo. Por estar acompanhando a aula junto ao aluno, a emy aceita perguntas sem necessidade de contextualização como “o que significa este código que aparece na minha tela?”. Não é preciso explicar qual e onde o código está. A IA também elabora e sugere perguntas ao final da aula, de acordo com o conteúdo, para ajudar a fixá-lo.

"A IA não veio para substituir professores e sim cooperar. Com a emy, por exemplo, a instituição consegue entender, através de um dashboard, os conteúdos em que os estudantes têm mais dificuldades, acelerando a revisão de materiais e conteúdos. Além de outros dados disponibilizados sobre a utilização da plataforma pelos alunos", finaliza José.

 

A nova face da transformação digital da Indústria 5.0

Existem transformações que são disruptivas, mudando completamente as regras do jogo e levando negócios a dar saltos de competitividade (e outros a desaparecer). Essas são raras. E existem transformações que são “correções de rota” de transformações anteriores, acelerando o desenvolvimento tecnológico sem, necessariamente, tornar obsoleto tudo o que veio antes.

Em todo o mundo, diversos setores industriais estão vivendo esse último tipo de transformação. É o que vem sendo chamado de Indústria 5.0 e que traz a ideia de que se trata de uma quinta Revolução Industrial. Lamento dizer, mas não é. Só que isso não a torna menos necessária, e nem menos importante para que os mais variados setores da economia continuem sendo relevantes.

Recapitulando rapidamente mais de 200 anos de revoluções na indústria:

  • Indústria 1.0 (ou Primeira Revolução Industrial): mecanização, uso de energia hídrica e de energia a vapor;
  • Indústria 2.0 (Segunda Revolução Industrial): produção em massa, criação das linhas de montagem, uso da eletricidade;
  • Indústria 3.0: computação e automação;
  • Indústria 4.0: adoção de sistemas ciberfísicos.

A chamada Indústria 5.0 é um movimento que surgiu no Japão em 2017 para corrigir decisões que não foram tomadas de forma assertiva na Indústria 4.0. Isso porque a Indústria 4.0 teve como foco trazer uma melhoria para os negócios de base industrial, aumentando o retorno para os acionistas em um cenário no qual o mundo ocidental se via ameaçado pelas indústrias chinesas.

Na Indústria 4.0, tecnologias como IoT, computação em nuvem e manufatura aditiva são desejáveis, mas não se tornaram o paradigma dos negócios – ao contrário do que aconteceu nas revoluções anteriores. E principalmente, faltou colocar as pessoas no centro. Por isso, em minha opinião, a Indústria 5.0 está mais para “4.0.1”: uma atualização da Indústria 4.0, com foco na interação tecnologia + pessoas, e aperfeiçoamentos para trazer mais performance e gerar resultados efetivos para os negócios.

A Indústria 4.0 procurou responder a um desafio muito claro: como criar vantagem competitiva.

No setor industrial, por mais bem definidas que sejam as estratégias das organizações, o que sustenta o modelo de negócios é uma máxima eficiência na transformação de matérias-primas em produtos. Hoje, isso se faz não apenas com as ferramentas da Indústria 4.0, mas também (e principalmente) com um novo componente: a Inteligência Artificial (IA).

É por meio da IA que as empresas podem sair do estágio de identificar um problema para prever que ele irá acontecer em algum momento (e atuar antecipadamente para evitar paralisações e perda de performance), por exemplo. Na Indústria 5.0, a Inteligência Artificial é o grande impulsionador dos ganhos de eficiência, confiabilidade e flexibilidade operacional.

A chave para gerar esses ganhos é melhorar a qualidade e impacto das decisões operacionais. Reduzir a latência entre a ocorrência de um evento no ambiente produtivo, e o tempo decorrido da análise desse evento, entendimento do evento, decisão e impacto da decisão, é o que determina a agilidade e eficiência dos negócios. Com base em dados, monitoramento em tempo real e uso massivo de IA para suportar as operações, é possível reduzir essa latência e gerar organizações industriais mais responsivas, resultando performance melhor e como consequência, vantagem competitiva.


Hora da transformação digital

Para que a transformação digital aconteça no setor industrial, as empresas precisam realizá-la envolvendo as principais lideranças. Mais do que a incorporação de novas tecnologias, trata-se de uma transformação da cultura organizacional suportada por tecnologias emergentes. É um processo que não acontece do dia para a noite e que, na realidade, é a convergência de várias iniciativas que acontecem em diferentes níveis:

  • Digitização: iniciativas que informatizam processos manuais;
  • Digitalização: iniciativas que melhoram processos de negócios a partir do uso de tecnologias digitais.

Em negócios digitalizados é possível realizar a verdadeira transformação digital: o uso de tecnologias emergentes para criar sistemas de negócios, modelos de negócios e experiências para colaboradores e consumidores.

Ninguém faz a transformação digital de uma empresa de uma vez. É preciso percorrer primeiro a digitização de rotinas operacionais, digitalizar as estruturas e processos e, somente então, realizar a transformação digital. Para isso, é preciso tempo, disposição e uma visão de longo prazo – o que torna ainda mais importante começar o mais rápido possível.

Encurtar o ciclo digitização / digitalização / transformação digital também é essencial, pois aumenta a competitividade das empresas. Para isso, é necessário direcionar os investimentos para as iniciativas que geram resultados – e isso tem origem no uso de dados de forma intensiva e estratégica.

A questão é que, na indústria, muitos dados estão disponíveis em fontes distintas, de forma desintegrada. E se conseguirmos passar por essa jornada de dados, obteremos sucesso para atingir os objetivos de negócios, a partir dos recursos da Indústria 4.0, potencializados pela Inteligência Artificial.


Pelo fim dos vieses

Outra forma de enxergar a evolução da indústria na transformação digital é confrontar a organização orientada por vieses com a organização data-driven. A organização que toma decisões baseadas em percepções e vieses utiliza um método que vem se tornando obsoleto - mesmo quando têm dados à disposição. Como essas decisões afetam os indicadores operacionais do negócio, é preciso tomar decisões com base em dados fidedignos, sem viés, para entregar as melhores soluções e experiências para seus clientes.

Aqui está outro ganho enorme trazido pelas tecnologias emergentes que fazem parte do movimento Indústria 5.0 (IA, IoTs e outras): é cada vez mais comum que os dados existam e estejam disponíveis, mas sem qualidade. Sempre que existe uma lacuna de dados, as tecnologias emergentes podem ajudar as empresas a encontrarem as melhores respostas. E com a IA cada vez mais acessível e disponível, faz muito sentido automatizar ao máximo as operações e abraçar o uso de tecnologia.

Em um de nossos clientes, a avaliação das informações de estoque por meio de visão computacional fez com que a atualização do inventário caísse de 24 horas para 60 minutos, com uma assertividade que subiu de 90% para 98%. Especialmente em ambientes hostis ao ser humano, o uso de aplicações de Internet das Coisas (IoT), drones, imagem computacional e sistemas preditivos usando Inteligência Artificial traz uma enorme precisão na coleta e análise de dados.

Não se trata de uma transformação disruptiva como foi a máquina a vapor no século XVIII. Trata-se, isso sim, de uma evolução que gera ainda mais competitividade para negócios já desenvolvidos, tecnologicamente avançados e que buscam um novo salto.

Na nossa visão, a tecnologia vem se tornando uma base obrigatória para o sucesso da indústria em um mundo cada vez mais conectado. Cabe a cada negócio identificar, dentro das tecnologias emergentes disponíveis, quais ajudam no processo de exploração de todo o valor dos dados.

Pois são os dados que, quando organizados e estruturados, permitem o uso de modelos de IA baseados em estatística, que eliminam os vieses. Mas por que, então, vemos ainda muitos desafios para a transformação digital dos negócios?

3 fatores para o sucesso da transformação digital na indústria

Estima-se que, atualmente, cerca de 70% das iniciativas de transformação digital dos negócios fiquem pelo caminho, sem alcançar os resultados esperados. Essa trágica estatística decorre de 3 grandes fatores:

  • Falta de pessoas no centro: as metodologias e processos precisam ser desenhados para colocar as pessoas no centro das transformações. As mudanças acontecem a partir das pessoas (seus colaboradores), para beneficiar outras pessoas (seus clientes, mesmo internos). Por isso, quem não considerar as diferentes perspectivas das pessoas de dentro e fora da organização nessa trajetória de evolução acabará fracassando.
  • Sustentabilidade: os investimentos em tecnologia precisam levar em conta os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da ONU, mas a maioria dos CFOs não considera essa agenda prioritária na decisão dos investimentos. Mas é possível investir em sustentabilidade e trazer retorno financeiro para o acionista – como no caso de uma grande mineradora, que, usando IA, reduziu os vazamentos em rejeitodutos e minerodutos, subindo o ponteiro de eficiência operacional.
  • Resiliência: resiliência é a capacidade de reação às ameaças e mudanças, seja por meio da adaptabilidade ou pelo combate aos ataques. A resiliência é o que permite a continuidade das operações mesmo em caso de ataques cibernéticos à infraestrutura dos negócios. Empresas resilientes conseguem acelerar sua transformação, pois estão em contínua adaptação e modernização de seus sistemas.

A partir desses 3 pilares da transformação digital, a Indústria 5.0 passa a ter condições de ganhar competitividade, ser mais eficiente em suas operações e entregar mais valor aos acionistas. O uso de tecnologia, nesse sentido, vem a reboque dos pilares, o que mostra que as empresas vivem uma evolução do movimento Indústria 4.0.

A grande pergunta é: como sua empresa tem se movimentado nesse ambiente de transformação digital? Está aumentando competitividade ou está, perigosamente, ficando para trás?




Gustavo Brito - diretor global da IHM Stefanini, empresa do Grupo Stefanini especializada em consultoria e inovação para a transformação digital industrial.


Corrupção, assédio e discriminação: após 5 anos de análise, raio-X do comportamento dos profissionais no Brasil é lançado

 "Os 7 Pecados Organizacionais" é resultado de 5 anos de análise de dados comportamentais de mais de 24 mil profissionais no país

Pesquisa do IPRC Brasil (Instituto de Pesquisa do Risco Comportamental) é apresentada no I Congresso de Risco Comportamental 

59% dos profissionais cederiam à corrupção, 63% estão vulneráveis a expor dados sensíveis de suas organizações. e 40% não reagiriam adequadamente a situações de assédio sexual - esses e outros achados a seguir 


Após 5 anos estudando mais de 24 mil profissionais de variados setores do mercado brasileiro, O Instituto de Pesquisa do Risco Comportamental (IPRC Brasil), pioneiro nos estudos dos gatilhos que levam pessoas a atos de fraude e assédio traz à luz um inédito raio-X do comportamento humano em ambiente corporativo. Os dados serão apresentados no “I Congresso de Risco Comportamental - Desvendando os 7 Pecados Organizacionais”, promovido também pelo IPRC Brasil, que acontece no dia 6 de novembro de 2024, 100% online com mais de 20h de conteúdo com 50 especialistas.

“Desde novembro de 2018, nos dedicamos a investigar os desafios éticos e comportamentais enfrentados por organizações em todo o país”, explica Renato Santos, co-fundador do IPRC Brasil. “Nossas análises se baseiam no que chamamos de 7 Pecados Organizacionais, sob os quais dentro de todos os desvios comportamentais, sistematizamos os riscos em: corrupção, assédio moral, assédio sexual, desvios, discriminação, vazamento de informações e manipulação de resultados”.

O relatório da pesquisa 2025 “Os 7 Pecados Organizacionais”, apresentado dia 6 de novembro, é resultado da análise estatística da ferramenta PIR – Potencial de Integridade Resiliente®. Processo aplicado para candidatos e funcionários que ocupam posições sensíveis em suas organizações, sensibilidade essa que pode estar atrelada à vulnerabilidade das atividades que seu cargo propicia ao lidar com informações confidenciais, bens, dinheiro, negociações, entre outras. 


Resultados alarmantes

Por 5 anos a pesquisa  envolveu 24.326 profissionais de 174 empresas. Os níveis hierárquicos corporativos dos respondentes são 4% nível estratégico: conselho, sócios, C-level, diretoria e gestão executiva; 35% nível tático: gestão operacional, especialistas, coordenação; 61% nível operacional:  estagiários, técnicos, executores, analistas e assistentes. Confira mais detalhes da amostragem na pesquisa na íntegra. 

“Ao explorar os resultados desta pesquisa, esperamos fomentar um diálogo contínuo e real sobre Riscos Comportamentais, incentivando organizações a adotar medidas proativas para prevenir, combater e remediar esses riscos.”, diz Renato Santos.


Confira achados do levantamento dos 7 Pecados Organizacionais:

1)Corrupção:

  • 59% dos profissionais estão em risco de ceder à corrupção.
  • Subornos, favores indevidos e conflitos de interesse estão à espreita, com apenas 41% dos colaboradores mostrando capacidade de resistir a essas práticas.
  • Mais assustador: 12% dos trabalhadores não hesitariam em ceder a influências corruptas, colocando em risco a integridade de suas empresas.
  • Apenas os mais experientes parecem estar à altura: profissionais com pós-graduação têm 41% mais chances de resistir à corrupção

2)Assédio Moral:

  • A cultura de assédio moral persiste: 15% dos trabalhadores têm baixa resistência a esse comportamento tóxico e 39% estão em uma zona perigosa de resiliência moderada
  • Líderes operacionais são os mais vulneráveis: apenas 27% deles conseguem se manter firmes contra o assédio moral, enquanto 65% dos profissionais em níveis estratégicos se mostram resilientes
  • 23% dos trabalhadores acima de 50 anos são particularmente vulneráveis ao assédio, expondo o envelhecimento da força de trabalho a uma realidade ainda mais cruel.

3)Assédio Sexual:

  • O dado mais alarmante: 40% dos profissionais ainda podem ser coniventes ou incapazes de reagir ao assédio sexual em suas organizações.
  • Homens estão mais vulneráveis: 48% mostram alta resiliência contra o assédio sexual, em comparação com 53% das mulheres.
  • Os jovens de 18 a 29 anos são os mais resistentes, com 57% demonstrando forte capacidade de combater comportamentos inadequados.

4)Desvio:

  • 71% dos profissionais têm alta resiliência, mas atenção: 27% ainda flertam com o risco de cometer desvios, como roubo de recursos ou fraudes.
  • Os níveis operacionais são os mais expostos: 13% dos trabalhadores sem experiência profissional já são propensos a comportamentos antiéticos.
  • Profissionais mais experientes, com mais de 21 anos de carreira, são os mais confiáveis, com 80% de alta resiliência.

5)Discriminação:

  • A geração mais jovem parece ter dado um passo à frente: 85% dos profissionais entre 18 e 29 anos mostram alta resiliência contra a discriminação, mas o perigo ainda ronda os mais velhos.
  • Líderes operacionais estão à deriva: apenas 82% conseguem resistir à tentação de discriminar.
  • 85% dos trabalhadores com pós-graduação não toleram comportamentos discriminatórios, em contraste com os menos educados.

6)Vazamento de Informações:

  • Este é um dos maiores perigos: 63% dos profissionais estão vulneráveis a expor dados sensíveis de suas organizações.
  • Apenas 37% demonstram capacidade de resistir a esse risco, colocando milhares de empresas à beira de um desastre potencial.
  • No nível operacional, o risco é ainda maior: só 31% possuem alta resiliência a situações que envolvem o vazamento de informações.

7)Manipulação de Resultados:

  • 69% dos profissionais têm resiliência moderada contra a manipulação de resultados, o que significa que a maioria pode ceder a pressões para falsificar dados ou "maquiar" números.
  • No nível operacional, a vulnerabilidade é gritante: apenas 12% mostram alta resistência contra a manipulação de resultados.
  • Profissionais com mais de 21 anos de experiência são a linha de defesa mais forte, com 50% de alta resiliência.

Sobre o I Congresso de Risco Comportamental 

O 1º Congresso de Risco Comportamental, promovido pelo IPRC Brasil, terá mais de 20 painéis e contará com a participação de mais de 50 especialistas, abordando temas como Corrupção, Assédio, Fraudes, Discriminação, entre outros. O evento será totalmente online e traz grandes discussões com profissionais do mercado.

Agenda Congresso

Abertura: 09h

Painéis: 09h30 - 17h30

Encerramento: 17h30

Para mais detalhes, acesse: 1º Congresso de Risco Comportamental.


Proclamação da República: entenda a simbologia da data para o brasileir



Para cientista político do CEUB, um dos principais feriados nacionais celebra a história da mudança do regime político e prova lições de cidadania

 

A Proclamação da República, celebrada no dia 15 de novembro, marca um dos momentos mais significativos da história do Brasil. Para além da troca de regimes - da monarquia parlamentarista ao período republicano presidencialista - simboliza a transformação na forma de governo, com impacto nas estruturas políticas nacionais e nos princípios que ainda hoje moldam o ideal de cidadania no Brasil. Cientista político e professor de Direito Constitucional do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Alessandro Costa detalha a importância do episódio para o país. 

Apesar de ser feriado nacional, a Proclamação da República muitas vezes é confundida com o Dia da Independência, celebrado em 7 de setembro. Segundo Costa, os dois eventos são fundamentais, mas refletem momentos e objetivos históricos distintos: “A Independência, em 1822, simbolizou o grito de soberania do jovem Estado brasileiro, enquanto a Proclamação da República, em 1889, representou o rompimento com a monarquia e a redefinição da estrutura política. Ambos moldaram a formação da identidade nacional, mas a república buscava afirmar a figura do cidadão em substituição ao súdito do império.” 

Segundo o docente do CEUB, a transição do status de súdito para cidadão brasileiro foi um processo que levou tempo e enfrentou inúmeras limitações. Embora a república representasse uma nova organização política, a estrutura da pirâmide social permaneceu praticamente inalterada. "As camadas mais baixas, compostas em grande parte por ex-escravos e seus descendentes, continuaram em posição desprivilegiada. Somente as oligarquias locais, as camadas mais altas da sociedade, inicialmente se beneficiaram, assumindo o poder e moldando o novo sistema político a favor de seus interesses próprios", explica. 

Após o ato da proclamação, o professor considera que o cenário começou a mudar à medida que o sistema republicano foi consolidando direitos e garantias para a população. Para Costa, a atual Constituição foi fundamental nesse processo, pois incorporou plenamente os direitos e garantias individuais dos cidadãos, ampliando a rede de proteção e assegurando a cidadania a todos os brasileiros. "A Constituição de 1988 cumpre esse papel ao consolidar direitos que, anteriormente, não tinham a mesma proteção e aplicabilidade", ressalta o especialista.
 

Coisa pública

A título de curiosidade: do latim res publica, que significa “coisa pública”, a palavra República reforça a noção de que os bens e os interesses do Estado pertencem ao povo. Nesse sentido, o docente do CEUB salienta a importância desse princípio no texto constitucional. "Nossa Constituição deixa claro, no artigo 1º, que ‘todo o poder emana do povo’, o que fundamenta a noção de que o Estado deve satisfazer as necessidades de seus cidadãos, protegendo seus direitos fundamentais, como o direito à vida, à liberdade, à educação e à cultura”. 

Sobre a ideia de ser um cidadão republicano, Alessandro explica que o conceito se baseia em indivíduos que acreditam na igualdade civil e no equilíbrio entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, que atuam como contrapesos. “Ser republicano é respeitar os direitos de todos, acreditar na lei e na democracia, preservando a ética pública e os valores que fundamentam a república”, finaliza o cientista político.


Brasil é eleito melhor destino de turismo de aventura do mund



Ranking global destaca o país como referência em atividades de aventura e turismo sustentável

 

O Brasil foi escolhido como o melhor destino mundial de turismo de aventura, segundo a lista de 2024 do portal US News & World Report, elaborada em parceria com a Wharton School, da Universidade da Pensilvânia. A pesquisa ouviu quase 17 mil pessoas de diferentes partes do mundo, que avaliaram 89 países em categorias como qualidade de vida, mudanças climáticas, influência cultural e, principalmente, aventura. O Brasil ficou à frente de destinos conhecidos, como Itália, Grécia, Espanha e Tailândia. O Hurb, empresa de tecnologia que atua no mercado de turismo há 13 anos, listou alguns dos principais destinos de aventura no país. 


As opções de turismo de aventura no Brasil são variadas e incluem experiências em paisagens naturais de diferentes regiões. Em São Bento do Sapucaí, São Paulo, a Pedra do Baú atrai quem gosta de trilhas e escaladas, com um percurso que leva ao topo pela "Via Ferrata", uma subida com degraus fixados na rocha. Na Serra do Roncador, em Mato Grosso, as trilhas atravessam cânions e cachoeiras escondidas. Em Bonito, no Mato Grosso do Sul, o Abismo Anhumas convida os visitantes a descerem de rapel até um lago subterrâneo, explorando as águas de uma caverna alagada.


Já em Goiás, na Chapada dos Veadeiros, uma das atividades mais procuradas é o Voo do Gavião, uma tirolesa que passa sobre as florestas do cerrado e revela paisagens como a Serra Almécegas. Na Paraíba, o Parque Estadual da Pedra da Boca oferece trilhas e atividades em um cenário de formações rochosas. No Piauí, o Delta do Parnaíba permite a exploração de dunas e lagoas em passeios de quadriciclo. No Maranhão, a Chapada das Mesas impressiona com suas cachoeiras e rios, proporcionando aos visitantes um roteiro de aventura e contato com a natureza.


Marcelo Freixo, presidente da Embratur, apontou que o reconhecimento global reforça o projeto de transformar o turismo brasileiro em uma atividade segura e sustentável. Ele destacou que o país possui normas técnicas nacionais e internacionais para o turismo de aventura, além de certificações ISO. Freixo também citou as parcerias firmadas com a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta) e com o Coletivo Muda!, ambas voltadas para fortalecer o ecoturismo brasileiro no exterior.

 

 Posicionamento global do Brasil 

Além de liderar o turismo de aventura, o Brasil conquistou posições importantes em outras categorias do ranking global, ficando em 11º em influência cultural, 12º em potencial econômico e 12º em herança cultural. Esses fatores reforçam o reconhecimento internacional do Brasil como um destino com rica diversidade cultural e oportunidades de desenvolvimento econômico sustentável.

 

Com essa liderança, o país se consolida como destino para os apaixonados por aventura e natureza, oferecendo experiências que vão desde escaladas desafiadoras até expedições em cenários naturais.

 


Hurb
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Inclusão digital: pesquisa da USP apresenta diretrizes para facilitar uso de tecnologias por idosos

Fruto da tese de Sandra Rodrigues, o trabalho destaca a importância de utilizar ferramentas de design mais acessíveis ao público da terceira idade


De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população idosa (60 anos ou mais) brasileira quase duplicou nos últimos anos, subindo de 8,7% em 2000 para 15,6% em 2023. Diante dessa nova realidade, a inclusão digital passou a ser um desafio para os desenvolvedores de tecnologias. Para ajudar os envolvidos nessa tarefa, uma pesquisa realizada no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, apresentou diretrizes de design para auxiliar na criação de aplicativos e plataformas digitais que atendam às necessidades específicas do público dessa faixa etária. O estudo foi reconhecido no último mês com o Prêmio Junia Coutinho Anacleto de Melhor Trabalho de Doutorado no XXIII Simpósio Brasileiro sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais (IHC 2024)

Desenvolvido por Sandra Rodrigues durante seu doutorado no ICMC, o trabalho propõe soluções para tornar o uso dessas tecnologias mais acessível e seguro, facilitando o engajamento de idosos com as inovações digitais que podem impactar positivamente sua saúde e bem-estar. “Em seus estudos de literatura, Sandra percebeu que essas tecnologias são de difícil interação para idosos. Não consideram suas dificuldades de visão, audição, destreza e as dificuldades cognitivas inerentes do processo de envelhecimento”, explica a professora do ICMC e orientadora de Sandra, Kamila Rodrigues.

A tese de Sandra se destaca pelo olhar sensível para a utilização dessas tecnologias pelo público 60+. Nesse contexto, as diretrizes propostas abordam questões como letras grandes e contraste claro para aumentar a legibilidade do conteúdo, interfaces simples, uso de botões grandes, feedback tátil (vibração) e sonoro, além de mecanismos para facilitar a recuperação de erros. Quando respeitados, esses elementos tornam as tecnologias mais acessíveis aos idosos. Segundo dados da Febraban de 2022, dificuldade de usabilidade, falta de familiaridade com as ferramentas e medo são os principais motivos que impedem a inclusão desse público.

Acessibilidade na prática – Dentre as soluções sugeridas pela autora do trabalho, os dispositivos tecnológicos que monitoram saúde, segurança e bem-estar representam grande oportunidade de transformação em relação à acessibilidade. Em cima disso, o design desempenha um papel primordial para construir tecnologias que se preocupem com a população idosa. “Pensar um design inclusivo deve ser um requisito básico para produtores de soluções computacionais”, reforça a professora Kamila.

Quando dispositivos como smartwatches e smartphones são conectados à internet, lembretes sonoros e visuais podem alertar sobre necessidades diversas da rotina, prevenindo acidentes e aumentando a segurança. Para uma senhora de 75 anos que mora sozinha, por exemplo, as recomendações oferecidas no trabalho de Sandra incluem monitoramento de segurança adaptado às necessidades da rotina. Dentre eles estão: lembretes para levar a chave ao sair de casa, tomar remédios nos horários determinados e cuidados redobrados no banheiro, para evitar quedas.

Aplicação no universo da internet das coisas – Do inglês Internet of Things, a internet das coisas se refere à capacidade computacional incorporada pelos objetos e serviços do nosso cotidiano. Nela, dispositivos físicos conectados à internet trocam dados entre si e com outros sistemas. Ou seja, objetos do dia a dia, como eletrodomésticos, carros e aplicativos, equipados para receber e transmitir dados, alimentam um sistema capaz de aprender e se adaptar às nossas necessidades.

Assim, com as diretrizes indicadas por Sandra, é possível produzir esses dispositivos considerando aspectos que antes eram negligenciados ou excluídos durante o processo de desenvolvimento. Essa preocupação vai ao encontro dos principais critérios de avaliação do prêmio IHC, que preza pela relevância do problema investigado e dos resultados obtidos, originalidade e contribuições da pesquisa para a sociedade.

Orientada inicialmente pela Professora Renata Pontin do ICMC, que precisou se afastar devido a questões de saúde, Sandra deu continuidade ao trabalho sob a supervisão da professora Kamila Rodrigues, que destacou a responsabilidade de substituir alguém com grande trajetória. Com a orientação mais focada nas etapas finais do projeto, Kamila elogiou o trabalho realizado anteriormente. “Ela [Sandra] já estava muito bem formada pela professora Renata, se tornou uma profissional excelente”, finaliza.

 

Carolina Pelegrin
Fontes Comunicação Científica


Consumidores de São Paulo, Pará e Mato Grosso lideram contratações de financiamento de painéis solares no Brasil

 Segundo mapeamento da plataforma Meu Financiamento Solar, paulistas representam 14,8% do total de créditos liberados para instalação de sistemas fotovoltaicos no terceiro trimestre deste ano   

 

Os aumentos recentes na conta de luz e a maior oferta de soluções para financiamento de kits de energia solar no Brasil têm elevado o volume de contratações de crédito pelos brasileiros para instalar painéis fotovoltaicos. De acordo com balanço da plataforma Meu Financiamento Solar, especializada em financiamento para projetos fotovoltaicos de geração própria de energia solar no País, os consumidores do estado de São Paulo lideram as contratações para implantação de sistemas solares em telhados e pequenos terrenos.   
 

Segundo o mapeamento, os paulistas representam 14,8% do total de aquisição de crédito na plataforma no terceiro trimestre deste ano. Em seguida, o ranking traz os estados do Pará e do Mato Grosso, com 12,2% e 8,3%, respectivamente (veja top 5 estados abaixo).   
 
São Paulo é protagonista na geração própria solar entre os estados brasileiros, registrando maior potência instalada da fonte em telhados, pequenos negócios e terrenos. Segundo recente mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a região possui 4,6 gigawatts em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.
 
O estado possui mais de 486 mil conexões operacionais, espalhadas por todos os 645 municípios paulistas. Atualmente são mais de 583 mil consumidores de energia elétrica que já contam com redução na conta de luz, maior autonomia e confiabilidade elétrica.
 
Desde 2012, a geração própria solar já proporcionou à São Paulo a atração de R$ 21,8 bilhões em investimentos, geração de mais de 138 mil empregos e a arrecadação de R$ 6,5 bilhões aos cofres públicos.
 
Já o Pará acaba de ultrapassar 1 gigawatt (GW) de potência instalada de sistemas fotovoltaicos em telhados, fachadas e pequenos terrenos, com mais de R$ 4,9 bilhões em investimentos acumulados na geração própria solar. A geração própria solar abastece atualmente mais de 130 mil consumidores no estado do Pará. A região possui mais de 102 mil conexões operacionais da fonte fotovoltaica, espalhadas por 143 cidades (99,3% do total).
 
No caso do Mato Grosso, o estado registra mais de 2 gigawatts (GW) de potência instalada na modalidade. A região possui mais de 154 mil conexões operacionais, espalhadas por todas 141 cidades da região. Atualmente são mais de 185 mil consumidores de energia elétrica que já contam com redução na conta de luz, maior autonomia e confiabilidade elétrica.
 
Desde 2012, a modalidade já proporcionou ao Mato Grosso a atração de R$ 9,5 bilhões em investimentos, geração de mais de 62 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 2,9 bilhões aos cofres públicos.
 
Para Carolina Reis, diretora do Meu Financiamento Solar, a energia solar é acessível a todos os perfis de consumidores, tendo nas ofertas de crédito um fator determinante de democratização da tecnologia junto aos brasileiros. “O crescimento exponencial do uso da energia solar em residências, empresas e propriedades rurais, sobretudo nos últimos dois anos, está ligado às soluções cada vez mais simplificadas de financiamento, bem como à queda no preço do kit solar e às altas tarifas de energia elétrica no Brasil”, explica a executiva.    
 
TOP 5 estados com mais contratação de financiamento de painéis solares no Brasil
 
São Paulo - 14,8%
Pará – 12,2%
Mato Grosso – 8%
Bahia – 7,1%
Pernambuco – 6,9%
 
Fonte: Meu Financiamento Solar (3º trimestre de 2024)
meufinanciamentosolar.com.br

 

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