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segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Câncer de ovário é o 8º tipo de tumor mais comum entre as mulheres brasileiras

Doença está entre as principais causas de mortalidade relacionadas ao câncer 

 

O câncer de ovário é uma doença complexa que afeta cerca de 7.310 mulheres no Brasil anualmente, sendo esse o oitavo câncer mais incidente nas mulheres e o segundo no ranking dos cânceres ginecológicos. Apesar de existirem diversas opções de tratamento disponíveis, muitas pacientes ainda enfrentam dificuldades no acesso a essas terapias, especialmente as mais modernas. 

Em tratamento contra um câncer de ovário desde 2022, a advogada baiana Aline Deda Machado, de 45 anos, vivia uma rotina profissional e pessoal intensa quando foi surpreendida com o diagnóstico após notar um inchaço na barriga e um desconforto pélvico. 

“O câncer de ovário, por ser menos falado, muitas vezes é negligenciado por mulheres que tenham pouco acesso à informação e por isso precisamos de mais campanhas para que outras mulheres não passem pelo que eu passei”, comenta Aline. 

Após duas cirurgias e quimioterapia, Aline faz hoje um tratamento de manutenção, que a ajuda a ter qualidade de vida e controlar a progressão da doença. “O medicamento tem sido, até hoje, uma parte crucial do meu plano de tratamento, ajudando a impedir que as células cancerosas se recuperem e se multipliquem”, conta Aline. 

Apesar de eficaz, muitas pacientes ainda enfrentam dificuldades no acesso a terapias mais modernas como a de Aline. Recentemente, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) abriu recentemente a Consulta Pública nº 68 para discutir a incorporação de niraparibe como tratamento de manutenção para as pacientes com o câncer de ovário avançado com mutação BRCA, no SUS. 

Segundo o médico oncologista Dr. Fernando Maluf, cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo, estudos mostram que até 85% das pacientes com câncer avançado apresentam recorrência mesmo após obter resposta completa ou parcial com quimioterapia associada à cirurgia, o que justifica a necessidade de ampliar o acesso a novos tratamentos. 

“O número de óbitos causados pela doença chega a 4 mil por ano no Brasil. Isso evidencia a necessidade de abordagens terapêuticas inovadoras e seguras que não apenas prolonguem o tempo livre de progressão, mas também reduzam a chance de recorrência, minimizando complicações mais graves e a necessidade de tratamentos adicionais, como cirurgias, quimioterapia e internações”, enfatiza o Dr. Maluf. 

Ainda de acordo com o oncologista, a ampliação do acesso às novas terapias é vital para assegurar que todas as pacientes, independentemente de sua condição socioeconômica, possam ter acesso aos melhores tratamentos. “A participação e engajamento da sociedade na consulta pública é um passo essencial para fazer com que essas novas opções de tratamento sejam incluídas no sistema público de saúde e garantam mais qualidade de vida a pacientes com câncer de ovário”, complementa.


No Mês da Menopausa, especialista alerta: falta de informação ainda é um obstáculo para muitas mulheres

CEO da Menospausa, Leila Rodrigues pesquisa sobre o tema desde 2017 e traz dados importantes: apenas 15% das mulheres afirmam compreender plenamente a menopausa

 

A busca pelo termo “menopausa” cresceu 185% no Google entre setembro de 2014 e setembro de 2024. Embora o interesse pelo tema pareça estar aumentando, a desinformação ainda é um obstáculo. De acordo com Leila Rodrigues, CEO da Menospausa, a falta de conhecimento entre as mulheres é alarmante: apenas 15% das participantes de uma pesquisa online afirmaram ter pleno entendimento sobre a menopausa, enquanto em um estudo de campo, esse número é ainda menor, com apenas 3% relatando conhecimento completo sobre o que acontece com seus corpos durante esse período.

"O aumento de interesse e o aparecimento do assunto na mídia é significativo, pois até pouco tempo atrás a menopausa era um tema ignorado. Mas a menopausa real, aquela que as mulheres vivenciam no cotidiano, é muito diferente da retratada nas telas”, comenta. “Já ouvi relatos de mulheres que pensaram estar tendo um infarto quando o primeiro fogacho chegou, tamanho o desconhecimento que tinham”, complementa.

Há sete anos, Leila tem conduzido pesquisas sobre menopausa, incluindo um levantamento de campo com mais de 600 mulheres em Minas Gerais, entre 2017 e 2023, e uma pesquisa online em seu Instagram, realizada no primeiro semestre de 2024. Na rede, a executiva construiu uma comunidade de mais de 190 mil seguidores com o objetivo de desmistificar a menopausa com informações acessíveis e práticas.

Embora sejam públicos distintos, alguns dados chamam a atenção pela repetição com que aparecem. Na exploração presencial de Leila, a palavra usada pela maioria das mulheres para descrever como se sentiam naquele momento foi “exausta”, seguida de “sozinha” e “perdida”. Na pesquisa online, as palavras se repetiram, mudando apenas a ordem. “Perdida” foi a mais usada, seguida de “exausta” e “sozinha”.

Esses sentimentos se justificam quando essas mulheres respondem qual é o seu nível de conhecimento sobre a menopausa. A compreensão sobre o tema é limitada, bem como sobre as possibilidades de tratamento: na pesquisa online, 55% das mulheres disseram não saber o suficiente sobre a Terapia de Reposição Hormonal (TRH) para decidir sobre seu uso. No estudo de campo, 28% afirmaram ter conhecimento insuficiente sobre TRH.

A Terapia de Reposição Hormonal é um tratamento médico que consiste na administração de hormônios, como estrogênio e progesterona, para aliviar os sintomas da menopausa e equilibrar os níveis hormonais no corpo.


Educação em menopausa para as empresas

Para mudar esse cenário, Leila Rodrigues fundou a Menospausa. A empresa, formada por ela e uma equipe de profissionais mulheres da área da saúde, tem como objetivo levar informação sobre o tema para um dos ambientes em que as mulheres mais encontram obstáculos quando chegam à menopausa: o trabalho.

Embora o âmbito pessoal também seja fortemente atravessado pela queda hormonal que acontece naturalmente com a idade, é no trabalho que os sintomas mais atrapalham. Dos fogachos às falhas na memória, esses sintomas levam muitas mulheres a pedir demissão ou transicionar de carreira. Segundo Leila, isso acontece porque nem as mulheres nem as organizações estão preparadas para lidar adequadamente com a menopausa.

Nas entrevistas que realizou em Minas, Leila descobriu que a irritabilidade é o principal sintoma psíquico que aparece, seguido de oscilações de humor, angústia e necessidade de se isolar. “Algumas contam, bem baixinho para ninguém ouvir, que perderam o “timing” de executar tarefas rotineiras, estão mais lentas e temem que isso seja prenúncio de algo pior. A memória falha, também acarreta outros problemas como culpa, vergonha e medo de doenças mais sérias”, revela.


Preparar o ambiente, flexibilizar a rotina e treinar as equipes

Na consultoria que presta às empresas, a equipe da Menospausa faz um diagnóstico completo, seguido de orientações que podem ser seguidas pelas organizações para acolher e facilitar a vida das colaboradoras que estão na menopausa. 

Preparar adequadamente o ambiente, flexibilizar os horários para que elas possam praticar exercícios físicos (algo que ameniza muito os sintomas) e treinar as equipes de Recursos Humanos ou psicólogos são alguns exemplos de direções apontadas por Leila e seu time. 

“Às vezes, só proporcionar um momento de conversa entre as colaboradoras já faz diferença. Porque quando uma mulher chega nessa fase, muitas vezes ela não sabe a quem recorrer”, comenta.

Para Leila, a menopausa é o próximo tabu a cair. E levar essa pauta para o ambiente corporativo é um passo necessário e definitivo para que isso aconteça.

 

Dados adicionais: 


  • Pesquisa presencial (Minas Gerais): 
      • 85% das mulheres se descreveram como "exaustas".
      • 63% relataram fogachos intensos.
      • Apenas 3% têm pleno conhecimento sobre a menopausa.
      • 32% das mulheres relataram constrangimento relacionado à baixa libido. 
  • Pesquisa online (Instagram): 
    • 78% afirmaram sentir cansaço constante.
    • 68% relataram mudanças de humor frequentes.
    • 25% mencionaram dificuldades com a libido.
    • 39,3% não fazem nenhum tipo de tratamento para a menopausa.

 

Leila Rodrigues - fundadora da Menospausa, empresa dedicada a apoiar mulheres durante o climatério e a menopausa. Com mais de 25 anos de experiência como empresária no setor de tecnologia, Leila agora concentra seus esforços na disseminação de conhecimento sobre essa fase crucial da vida das mulheres, oferecendo consultoria, palestras e treinamentos voltados para empresas, operadoras de saúde e órgãos públicos. A Menospausa busca desmistificar a menopausa e promover bem-estar e produtividade, contribuindo para um ambiente corporativo mais inclusivo e preparado para lidar com essa etapa da vida feminina. Leila também é autora do livro “Hormônios me ouçam!" e compartilha diariamente conteúdos sobre o tema nas redes sociais.



COCEIRA ÍNTIMA? ESPECIALISTA EXPLICA POSSÍVEIS CAUSAS DE INCÔMODO QUE ATINGE MILHARES DE MULHERES

Coceira constante de ex-participante do reality show ‘A Fazenda 16’, Raquel Britto, virou alvo de discussão nas redes sociais e chamou atenção para importância de cuidados íntimos  


Nos últimos dias, a ex-participante do reality show ‘A Fazenda 16’, Raquel Brito, viralizou nas redes sociais por coçar constantemente suas partes íntimas durante a sua participação no programa. De acordo com a sexóloga da Rilex, Li Rocha, esse incômodo que é tão comum entre as mulheres pode ser causado por diversos fatores, porém, é importante estar atento aos sinais e aos cuidados necessários para cada caso. 

“Uma das principais causas da coceira vaginal é a alergia na região íntima, o que muitas vezes acontece pelo uso de alguns produtos íntimos, sabonetes, calcinhas de material sintético, entre outros. No entanto, ela também pode ser causada por candidíase, câncer vaginal, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) ou até mesmo pela baixa imunidade que deixa o PH desequilibrado e isso favorece a proliferação de fungos. É importante ressaltar também que quando a nossa imunidade está em dia temos menos chances de sermos expostos a ISTs”, comenta a especialista.

Além da coceira, é importante estar atento a outros sintomas que possam estar interligados a ela como vermelhidão ou inchaço do local, placas esbranquiçadas na vagina, corrimento, cheiro intenso, dor ou queimação ao urinar e a presença de pequenas bolinhas na vagina. “Ao sentir essa coceira nas partes íntimas, principalmente se estiver acompanhada por outros sintomas, é importante consultar um ginecologista para identificar a causa e iniciar o melhor tratamento que pode envolver a realização de banho de assento, uso de pomadas ou de antibióticos, entre outros medicamentos”, explica Li Rocha, acrescentando que apesar de comum, esse incômodo muitas vezes é tratado como um tabu e ignorado por grande parte das pessoas. 

“A coceira vaginal e outros incômodos que envolvem a região íntima, não devem ser tratados como piada ou ignorados. Tanto o homem quanto a mulher que sente algum desconforto nas partes íntimas precisa sim procurar ajuda, investigar e tratar. Isso não deve ser considerado algo nojento ou inadequado e sim um sinal que deve ser levado em consideração”, reforça a sexóloga, pontuando alguns cuidados que podem ser realizados para evitar esse tipo de incômodo. 

“Para evitar a coceira na vagina e na vulva é fundamental manter uma boa higiene íntima, evitar o uso de calças muito justas, trocar o absorvente a cada 4 ou 5 horas, porque a vagina fica em contato direto e constante com fungos e bactérias presentes na região íntima e também usar preservativo durante as relações, para assim evitar a contaminação com as ISTs”, comenta Li Rocha. 



Rilex
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Proteínas presente no esmalte dentário ajuda na prevenção de doenças, mostra novo estudo

Getty Images
Dentista especialista em saúde integrativa explica a relação da saúde bucal com a saúde do organismo

 

Uma nova abordagem para estudar o esmalte dos dentes pode oferecer aos cientistas uma oportunidade de compreender de forma mais aprofundada a saúde das populações humanas. É o que concluiu um estudo publicado no final de setembro na revista científica Journal of A Archeological Science. Para a realização da pesquisa, foram examinadas duas proteínas imunológicas que se encontram no esmalte dentário de humanos, que é a imunoglobulina G, um anticorpo que combate as infeções, e a proteína C reativa, que está presente durante a inflamação no organismo. De acordo com a dentista biológica integrativa, dra. Sandra Chagas, a nossa saúde bucal carrega informações valiosas sobre a saúde restante do corpo, e agora, com este novo estudo, é preciso levar a relação boca-corpo mais a sério. 

De acordo com as descobertas, as proteínas imunitárias presentes no esmalte dos dentes podem fornecer informações mais específicas sobre a saúde do que as que os cientistas conseguem obter ao observarem as alterações estruturais nos ossos ou nos dentes. Isso porque muitas doenças não deixam vestígios visíveis no esqueleto, enquanto as proteínas dos dentes podem registar respostas a doenças ou inflamações.

Segundo os pesquisadores, esse método também tem o potencial de alimentar descobertas sobre os efeitos do stress, das doenças e do estilo de vida nos humanos modernos.

 

Imunoglobina G e prevenção de doenças 

A imunoglobulina G (IgG), que está presente no esmalte dentário, é um tipo de anticorpo essencial para o sistema imunológico, sendo fundamental no combate a infecções. A IgG é a imunoglobulina mais abundante no sangue e nos fluidos corporais, representando cerca de 70-75% dos anticorpos em circulação. 

“Ela desempenha um papel importante na resposta imunológica ao se ligar a patógenos como vírus, bactérias e fungos, neutralizando-os ou facilitando sua eliminação. A IgG também promove a fagocitose, um processo no qual células do sistema imunológico (como macrófagos) englobam e destroem os microrganismos”, explica a especialista. Além disso, a IgG ativa o sistema complemento, que ajuda a destruir microrganismos e células infectadas.

 

Proteína C reativa 

De acordo com a especialista, a proteína C reativa é produzida pelo fígado e liberada no sangue em resposta à inflamação. Ela é um marcador importante utilizado em exames laboratoriais para detectar a presença de inflamação ou infecção no organismo. “Quando há uma inflamação aguda, como em infecções, lesões teciduais ou doenças crônicas inflamatórias (como artrite reumatoide ou doenças cardiovasculares), os níveis de PCR no sangue aumentam rapidamente”. 

Essas descobertas são de extrema importância para os cuidados com a saúde, isso porque as proteínas imunitárias presentes no esmalte dos dentes poderiam fornecer informações mais específicas sobre a saúde do que as que os cientistas conseguem obter. Os pesquisadores explicam ainda que muitas doenças não deixam vestígios visíveis no esqueleto, enquanto as proteínas dos dentes podem registar respostas a doenças ou inflamações. 

Dra. Sandra explica que, muito além do esmalte dentário, todos os procedimentos que realizamos na boca tem alguma interferência no restante no nosso organismo. “Os nossos dentes estão ligados a todo o nosso organismo. Por isso, uma inflamação no dente é capaz de causar uma série de problemas, como alterações neurocomportamentais, alterações cardíacas, alterações cerebrais, imunológicas, hormonais e até intolerâncias alimentares. Por isso, precisamos estar sempre atentos à nossa saúde bucal e agora, com este novo estudo, preservar o máximo o nosso esmalte dentário”, pontua a especialista. 



Dra. Sandra Chagas - Com 40 anos de experiência como cirurgiã-dentista pela USP e especialista em odontologia biológica, a Dra. Sandra Chagas se destaca como autoridade em saúde integrativa. Seu canal no YouTube, “Dra. Sandra Chagas”, com 420 mil inscritos e quase 2 mil vídeos, a consolidou como referência em temas como desparasitação, inflamação, saúde digestiva e hepática. Além disso, possui uma grande comunidade de seguidores nas redes sociais com mais de 240 mil followers no Instagram. Sua vasta formação inclui pós-graduação em nutrição e atuação como terapeuta sistêmica integrativa, especialista em modulação hormonal e nutracêuticos, além de terapeuta neural. Autora do livro digital "O que há por trás da doença", a Dra. Sandra já impactou mais de 3 mil pessoas em todos os continentes com seus programas.
@Drasandrachagas


Dia Mundial e Nacional de Combate à Osteoporose

Mulheres a partir dos 50 anos têm mais chances de desenvolver a doença, alerta FEBRASGO

Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que cerca de 50% das mulheres a partir dessa faixa etária devem sofrer uma fratura osteoporótica em algum momento ao longo da vida.
 

Conhecida também como doença osteometabólica sistêmica, a osteoporose é caracterizada pela redução na densidade e na qualidade óssea, e entre as consequências mais graves pode ocasionar fraturas. Neste Dia Mundial e Nacional de combate à Osteoporose, 20 de outubro, a Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) reforça a importância da conscientização da população para prevenção e diagnóstico precoce, especialmente para mulheres a partir dos 50 anos de idade. 

Entre os principais fatores que contribuem para o seu desenvolvimento da doença entre as mulheres está a mudança hormonal que acontece durante o período do climatério e menopausa. A Doutora Patrícia Leite da Comissão Nacional Especializada em Osteoporose da FEBRASGO, explica que nesta fase o ovário deixa de produzir esteroides sexuais. “Com a falta de estrógeno, conhecida como hipoestrogenismo, há um aumento do número e da sobrevida de osteoclastos, responsável pela reabsorção óssea. Por consequência, o paciente apresenta perda óssea, e torna-se mais suscetível a fraturas”, explica. 

Para que o diagnóstico seja realizado de maneira precoce, a especialista reafirma a importância do acompanhamento ginecológico durante as mais diferentes fases da vida da mulher. “Dificilmente, a paciente terá sintomas na fase inicial da doença. Por isso, é importante que ela realize consultas periódicas e tenha acompanhamento médico, especialmente no climatério e menopausa. Se for necessário, recomenda-se a reposição hormonal”, diz. 

Além disso, a médica esclarece que é importante estar atenta aos fatores de risco como sedentarismo, tabagismo, alcoolismo, diabetes, deficiência de cálcio e/ou vitamina D, baixa produção hormonal e alimentação inadequada. E, quando há uma suspeita, o exame mais indicado é o de densitometria óssea. 

“Infelizmente, o paciente acaba procurando o profissional da saúde quando começa a apresentar fraturas recorrentes, o que indica o diagnóstico tardio da doença. A prevenção depende de hábitos saudáveis constituídos ao longo da vida como praticar atividade física e manter uma alimentação equilibrada. Hoje é possível suplementar a alimentação com vitaminas e minerais caso exista alguma deficiência. Estamos vivendo mais e precisamos aprender a viver melhor”, finaliza a Dra. Patrícia.


Conhecer reserva de folículos é fundamental para planejar gravidez

Médico ginecologista da Origen BH comenta sobre 'estoque' de óvulos que já nasce com a mulher 

 

Muitas mulheres desconhecem que têm uma reserva de óvulos determinada no seu nascimento. A chamada reserva ovariana é o “estoque” de folículos com potencial para ovular, presente nos ovários. Para aquelas que sonham em ter filhos, o primeiro passo é conhecer sua reserva ovariana para entender sua realidade e chances de ter uma gravidez natural.

A maioria das mulheres geralmente nasce com um estoque que varia entre 1 milhão e 2 milhões de folículos. Mas este número, no entanto, diminui até a puberdade, para cerca de 400 mil. E, a cada ciclo menstrual, os folículos disponíveis que não se desenvolvem, são eliminados, reduzindo, assim, essa reserva.

De acordo com o ginecologista da clínica Origen, Rodrigo Hurtado, mestre e doutor em Saúde da Mulher e professor do Departamento de Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), diferentemente do homem, que produz espermatozoides ao longo de toda a vida, a mulher já nasce com seu estoque de folículos determinado. E ainda diminui essa quantidade com o passar dos anos. “Além disso, a qualidade dos óvulos muda, por causa do envelhecimento natural das pessoas. E todas essas mudanças impactam diretamente nas taxas de gravidez, aumento no risco de aborto e nascimento de crianças com alterações cromossômicas, entre outras questões”, explica.

De acordo com Hurtado, o fator de maior impacto da capacidade reprodutiva de um casal é a qualidade dos óvulos. E essa qualidade, assim como a quantidade, diminui drasticamente com a idade. “O congelamento de óvulos, portanto, minimiza essa perda de capacidade reprodutiva porque garante um número de óvulos suficiente para fazer tentativas de fertilização in vitro e qualidade muito superior em comparação a óvulos mais velhos. E nesse contexto, as técnicas de vitrificação e desvitrificação ultra rápidos têm se mostrado superiores às técnicas de congelamento convencionais”, acrescenta.

Além do envelhecimento natural dos gametas, outras condições também podem levar à diminuição da reserva ovariana, como a chamada falência ovariana precoce (FOP), conhecida também como insuficiência ovariana primária ou menopausa precoce, caracterizada pela falência da função dos ovários antes dos 40 anos. A FOP pode ser provocada por diferentes condições, como  distúrbios genéticos ou tratamentos para o câncer, ou pode ser idiopática, ou seja, ocorrer por causas desconhecidas.


Tratamento – A falência ovariana precoce pode vir acompanhada de sintomas como ressecamento e perda da elasticidade da vagina (que leva à dor ao ter relação sexual), irregularidades menstruais (ciclos mais longos ou mais curtos que o que vinha ocorrendo), sensação de calor no corpo às vezes com sudorese abundante, perda de libido e irritabilidade. O tratamento mais comum é a reposição hormonal, especialmente de estradiol, que tem potencial para reverter os sintomas e resultar numa melhor qualidade de vida.

“Não há como reverter uma baixa reserva mas, se sabemos que ela está presente, conseguimos nos organizar, seja por meio da tentativa de gravidez espontânea o mais cedo possível, seja pelo congelamento de óvulos”, diz o ginecologista. Para congelar os óvulos, as pacientes recebem medicamentos hormonais com o objetivo de estimular o desenvolvimento de mais folículos, a estimulação ovariana. O desenvolvimento é acompanhado por exames de ultrassonografia, que indicam o momento ideal para que seja induzido o amadurecimento final dos óvulos. “Após a indução, os óvulos maduros são coletados por punção folicular. Os óvulos são então identificados em laboratório e congelados. Quando há desejo da mulher em engravidar, seus óvulos são descongelados e usados no tratamento de reprodução assistida, via fertilização in vitro”, explica Rodrigo Hurtado.


Como conhecer sua reserva - Para conhecer melhor sua reserva ovariana, a mulher pode solicitar ao(à) seu (sua) médico(a) exames como a ultrassonografia transvaginal para a contagem dos folículos nos ovários; dosagem do hormônio antimülleriano; e FSH (folículo hormônio estimulante) associado ao estradiol (esses, no 2º ou 3º dias do ciclo menstrual).

“Tirar essas e outras dúvidas sobre o ciclo reprodutivo com o (a) médico (a) que a acompanha é muito importante para a mulher. Assim, ela pode fazer escolhas, como ter filhos, com ideias já amadurecidas e informação sobre o seu corpo e seu funcionamento”, acrescenta o ginecologista. “É importante ressaltar que, quanto mais cedo a mulher tem informação sobre sua reserva ovariana, maior será a chance de conseguir engravidar quando iniciar as tentativas, uma vez que as estratégias vão ser direcionadas para cada tipo de pessoa. Individualização é primordial”.


Clínica Origen de Medicina Reprodutiva


Caso no RJ acende debate sobre importância de programas de acreditação para Controle de Qualidade de Laboratórios

 A Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) também defende a implementação de políticas públicas governamentais voltadas à segurança do paciente e ao controle da qualidade em instituições de saúde públicas.

 

Nas últimas semanas, a infecção com o vírus HIV por pessoas que receberam transplantes advindos de um laboratório de patologia clínica no Rio de Janeiro mobilizou as autoridades e a opinião pública. Diante desse cenário, especialistas apontam a necessidade de fortalecimento de programas de acreditação e controle de qualidade de sociedades médicas voltados a laboratórios privados e de políticas governamentais voltadas à segurança do paciente em laboratórios públicos e privados. 

O Dr. Emilio Assis, vice-presidente para assuntos profissionais da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), analisa que a investigação do caso no Rio de Janeiro dá uma perspectiva do contexto. Para ele, a situação pode ser semelhante em outros laboratórios públicos e privados tanto de patologia clínica, que analisam exames de sangue, quanto de anatomia patológica cujos especialistas realizam diagnóstico a partir de tecidos sólidos de biópsias e de outros exames como moleculares e são representados pela SBP. 

“O laboratório de patologia clínica não seguia os parâmetros de controle de qualidade recomendados pelo programa de acreditação da sociedade médica representante, o que ocasionou os erros desastrosos. Isso chama atenção de outras sociedades médicas de especialidade para o fortalecimento das ações de seus respectivos programas de acreditação, como da SBP”, comenta ele. 

O especialista exemplifica que a SBP possui programas de acreditação voltados aos laboratórios de anatomia patológica. “Temos boas práticas e recomendações do que fazer para que o atendimento ao paciente tenha como principal objetivo a segurança do paciente”, diz. 

No caso da patologia, a falta de rigor na qualidade pode resultar em diagnósticos imprecisos de doenças como o câncer. “Isso pode acontecer, por exemplo, quando a biópsia fica mais tempo que o ideal em formol e quando o laboratório não realiza o teste de controle para cada exame de imuno-histoquímica que realiza do tecido coletado”, explica Assis. 

Programas de acreditação - Entre seus programas, a SBP possui o Programa de Incentivo ao Controle de Qualidade (PICQ), que tem como objetivo estimular a atualização científica de patologistas e também, o Programa de Acreditação e Controle da Qualidade (PACQ), que visa auxiliar os laboratórios de anatomia patológica a alcançar a excelência nos processos e procedimentos, considerando a legislação vigente e proporcionando a segurança ao paciente e aos colaboradores. 

Assis detalha que para um laboratório participar do PACQ, os patologistas colaboradores têm que ter o certificado do PICQ, garantindo a qualidade dos especialistas e da instituição: “Com isso, trimestralmente, os patologistas participam de uma avaliação à distância em que respondem sobre a análise de casos e perguntas teóricas sobre o nível de conhecimento em medicina e patologia”. 

Além disso, anualmente, o laboratório deve submeter documentos internos que são avaliados por auditores do PACQ. Se o laboratório satisfazer os requisitos administrativos, se qualifica para uma visita presencial de inspeção e ao final recebe a certificação de Acreditação. “A SBP também disponibiliza manuais de boas práticas, guidelines e manuais de padronização de laudos que orientam o trabalho de patologistas em laboratórios”, complementa ele. 

O Dr. Clóvis Klock, presidente da SBP, lembra que o PACQ é o único programa de patologia brasileiro a ser reconhecido pela Sociedade Internacional para a Qualidade nos Cuidados de Saúde (ISQua, da sigla em inglês). “O que significa que é uma acreditação de qualidade, muito bem vista no exterior”.

 

Políticas de saúde - Para Klock, a acreditação e o controle de qualidade são necessários também na saúde pública, visando a segurança do paciente, mas faltam políticas públicas governamentais que fortaleçam tais iniciativas. 

“Estamos em uma campanha para que todos os laboratórios de anatomia patológica que atendem os pacientes do Cacon [Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia] e Unacon [Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia] tenham um controle de qualidade. Nós já discutimos essa demanda com o Ministério da Saúde, porque a gente vê que trabalhar com segurança do paciente e qualidade é primordial”, pontua ele.  

O especialista menciona ainda a importância de a Agência Nacional de Saúde (ANS) determinar que os serviços de saúde tenham um controle de qualidade: “Também propomos que haja uma remuneração diferenciada para o laboratório que tiver a certificação ou que exista nas RDCs [Resolução de Diretoria Colegiada, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária] a obrigatoriedade de todo o serviço para atender na área da saúde de ter controle de qualidade”, afirma.

Para Assis, “Quando há controle de qualidade por um programa de acreditação uma negligência como essa não ocorre.”, conclui.


Câncer de mama na gravidez: a luta silenciosa de mães que enfrentam o diagnóstico no momento mais delicado de suas vidas

No Outubro Rosa, histórias de mulheres diagnosticadas com câncer de mama durante a gestação mostram a importância de apoio emocional e familiar para enfrentar esse desafio



Para muitas mulheres, a gravidez é um período de alegria e expectativa. Mas, para algumas, esse momento é marcado por um inesperado diagnóstico de câncer de mama. Foi o que aconteceu com uma mulher de 36 anos, grávida de seu primeiro filho, que recebeu a notícia de que estava com câncer no oitavo mês de gestação. Ela, que optou por não se identificar, compartilhou como essa descoberta inesperada mudou sua trajetória materna.

"Eu estava no banho quando senti um caroço no seio. Meu marido disse que provavelmente era só leite, mas dentro de mim sabia que havia algo errado. Depois de alguns exames, os médicos confirmaram o diagnóstico, mas optaram por esperar até o nascimento do bebê. Quando o meu filho nasceu, veio o choque: eu tinha câncer", conta. 

Segundo a psicóloga perinatal Rafaela Schiavo, fundadora do Instituto MaterOnline, esse tipo de notícia durante a gestação traz um peso emocional enorme. "O câncer muda completamente a experiência da maternidade. Embora os estudos ainda não indiquem uma prevalência segura, estima-se que uma a cada três mil a dez mil mulheres seja diagnosticada durante a gestação ou no primeiro ano após o parto. Isso afeta tanto a saúde física quanto emocional da mulher, que precisa lidar com questões de identidade, autoestima e a própria maternidade", explica. 

O câncer de mama é a neoplasia maligna mais comum entre as mulheres no Brasil, com mais de 73 mil novos casos por ano, segundo dados do Ministério da Saúde. “Hoje, vemos uma tendência de mulheres acima dos 30 anos engravidarem, o que, infelizmente, eleva o risco de câncer de mama. O pré-natal é importante não só para a saúde do bebê, mas também para cuidar da mãe", comenta.


A interrupção da amamentação é um luto dentro do luto

Logo após o nascimento de seu filho, com apenas três dias de vida, a mãe teve de enfrentar outro desafio: não poderia amamentar por causa do tratamento. "Eu sonhava em amamentar. Quando me disseram que não seria possível, parecia que eu estava perdendo algo muito importante", desabafa.

A psicóloga perinatal explica que muitas mães se sentem frustradas por não poderem amamentar. "Muitas mães não podem amamentar, seja por causa do câncer, prematuridade ou outros motivos. A relação com o bebê pode ser construída de outras formas. Gestos simples, como o carinho, o olhar e o cuidado diário, são essenciais para criar uma conexão profunda entre mãe e filho". Rafaela Schiavo sugere que, em casos como o diagnóstico após o nascimento, as mães conversem com o bebê e expliquem, de maneira carinhosa, o motivo dessa mudança, para ajudar a criar um ambiente de confiança e afeto.

Durante o tratamento, a mãe relatou que o apoio do marido foi fundamental. "Ele cuidou de mim e do nosso filho como se estivesse no controle de tudo. Foi meu maior suporte. Quando cheguei da minha primeira sessão de quimioterapia e peguei nosso filho no colo, o sorriso dele me deu forças para continuar lutando", conta. 

Rafaela também reforça que ter essa rede de apoio é um pilar importante no processo de recuperação. “Elas precisam de pessoas ao redor que ajudem nas tarefas do dia a dia e ofereçam apoio. Até mesmo o parceiro e os familiares são afetados emocionalmente, e é import

ante que todos tenham um espaço de acolhimento durante esse processo". 

A importância de detectar cedo

A psicóloga perinatal também aponta algumas orientações para as mães lidarem com o diagnóstico durante ou após a gestação: 

  • Realize exames preventivos: Esse é um momento crucial para cuidar da sua saúde. Exames como o ultrassom das mamas e mamografia são opções para detectar qualquer alteração.
  • Fique atenta aos sinais do corpo: Se perceber algo diferente, como um nódulo no seio, procure orientação médica o quanto antes. A detecção precoce aumenta as chances de um tratamento eficaz.
  • Converse sobre o histórico familiar: Se há casos de câncer de mama na sua família, compartilhe essa informação com o seu médico. Isso pode ser importante para que ele acompanhe sua saúde com mais atenção.
  • Busque apoio emocional: Conte com uma rede de apoio formada por familiares, amigos e profissionais de saúde. Não enfrente o câncer sozinha.

Por fim, Rafaela reforça que o pré-natal psicológico pode ser um valioso aliado para ajudar as mulheres nesse período. "O acompanhamento psicológico especializado, principalmente por profissionais perinatais, ajuda essas mães a elaborar o luto, a aceitar o diagnóstico e a criar uma nova relação com seu corpo e sua maternidade", conclui.


Geriatra explica importância da abordagem multidisciplinar nos cuidados paliativos para idosos

 Dr. Marcos Alvinair, do Mater Dei Santa Genoveva, destaca a relevância do papel do geriatra na equipe de cuidados paliativos e o impacto do envolvimento familiar no processo.

 

Os cuidados paliativos têm como objetivo oferecer alívio de sintomas, dor e estresse a pacientes com doenças graves, visando melhorar sua qualidade de vida. No coração dessa abordagem, está a equipe multidisciplinar, que trabalha em conjunto para proporcionar um atendimento completo e humanizado, focado nas necessidades físicas, emocionais e psicológicas do paciente. 

O Dr. Marcos Alvinair, geriatra do Hospital Mater Dei Santa Genoveva, detalha o papel central do geriatra na equipe multidisciplinar de cuidados paliativos. Segundo o especialista, a maioria dos pacientes indicados para cuidados paliativos pertence à terceira e quarta idade, devido à prevalência de doenças degenerativas e neoplásicas. Como profissional que acompanha o envelhecimento e os múltiplos diagnósticos ao longo da vida do paciente, o geriatra tem um papel fundamental na minimização do sofrimento, proporcionando conforto físico, respiratório e cardiovascular.

"O geriatra detém um conhecimento mais abrangente, especialmente quando já é médico do paciente, o que lhe permite identificar intolerâncias alimentares, farmacológicas e outros detalhes importantes no histórico clínico. Isso o coloca numa posição de liderança, respeitando as vontades do paciente e orientando os demais profissionais da equipe para melhores resultados", afirma o Dr. Alvinair.


Benefícios da abordagem multidisciplinar 

Dr. Alvinair destaca os benefícios da abordagem multidisciplinar para pacientes em cuidados paliativos, sobretudo no manejo de doenças crônico-degenerativas e neoplásicas. Ele aponta que, além de médicos e enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e outros profissionais são essenciais para garantir o conforto e reduzir o sofrimento dos pacientes.

"Cada membro da equipe multidisciplinar traz um conhecimento específico, e quando essas especialidades são somadas, os resultados são mais robustos. O objetivo final é sempre proporcionar conforto ao paciente, especialmente nos casos em que não há expectativa de cura", explica o médico.


Envolvimento da família no processo de cuidados paliativos

O geriatra também enfatiza a importância do envolvimento familiar no processo de cuidados paliativos. Segundo ele, a equipe multidisciplinar deve esclarecer e motivar os familiares a participarem ativamente do cuidado, considerando o crescente número de pacientes terminais que enfrentam o isolamento social, mesmo tendo familiares vivos.

"Envolver os familiares tem um valor emocional e espiritual significativo. Muitas vezes, é uma oportunidade para resolver problemas de convivência ou de relacionamento, ajudando tanto o paciente quanto seus entes queridos a encontrar paz nesse momento final", ressalta.


Critérios para integrar cuidados paliativos ao tratamento geriátrico

Em relação à definição do momento ideal para integrar cuidados paliativos ao tratamento de um paciente geriátrico, Dr. Alvinair observa que os critérios são individualizados. Ele considera o prognóstico da patologia, o preparo físico, mental e financeiro do paciente, além de discutir as opções com o próprio paciente, quando possível, ou com seus familiares.

"Os critérios são sempre balanceados e discutidos caso a caso, respeitando as condições específicas do paciente e buscando o melhor momento para introduzir a equipe multidisciplinar", conclui o especialista.


Cuidado com o idoso no Mater Dei Santa Genoveva

No Mater Dei Santa Genoveva, o cuidado com o idoso é uma prioridade. A equipe multidisciplinar trabalha em conjunto para garantir que os pacientes recebam o atendimento adequado às suas necessidades, promovendo conforto e qualidade de vida. O foco no paciente e na família, aliados à excelência médica, faz do hospital uma referência no atendimento a idosos em cuidados paliativos.

A Linha do Cuidado do Idoso, oferecida pela equipe multidisciplinar do Mater Dei Santa Genoveva, proporciona um atendimento completo e humanizado, com foco no bem-estar físico e emocional do paciente. Essa abordagem colaborativa é essencial para garantir qualidade de vida e suporte integral, tanto para os pacientes quanto para suas famílias.


Nos primeiros sete meses de 2024, São Paulo registra quase 30 mil internações por AVC

 

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Neurologista do Hospital Japonês Santa Cruz fala sobre a importância do socorro rápido para evitar sequelas ou a morte

 

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo registrou 29.910 internações por Acidente Vascular Cerebral (AVC) entre janeiro e julho deste ano, um pequeno aumento em relação ao mesmo período de 2023, quando foram contabilizadas 29.211 internações.

 

Em todo ano de 2023, foram registrados 53.025 internações e 22.294 mortes pela doença, o que representa uma redução de aproximadamente 1,27% nas internações e 3,59% nos óbitos em comparação com 2022, quando o estado de São Paulo registrou 53.709 internações e 23.125 mortes.

 

“O AVC ocorre quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. O AVC pode ser classificado em dois tipos: isquêmico, que representa cerca de 85% dos casos e é causado por um bloqueio nos vasos sanguíneos, ou o hemorrágico, quando há o rompimento de um vaso sanguíneo”, explica o neurologista do Hospital Japonês Santa Cruz, Dr. Flávio Sekeff Sallem.

 

Estima-se que uma em cada quatro pessoas com mais de 35 anos terá um AVC durante a vida, por isso, é essencial reconhecer os sinais da doença, como fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo, confusão mental, alteração da visão, fala ou compreensão, desequilíbrio, falta de coordenação, tontura e dor de cabeça súbita ou intensa.

 

“A cada minuto sem receber tratamento adequado, cerca de 1,9 milhão de neurônios morrem. Portanto, ao notar qualquer um dos sinais, o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) deve ser acionado, ou a pessoa deve ir imediatamente a um hospital”, destaca o neurologista.

 

Segundo a Organização Mundial do AVC, 90% dos casos de AVC poderiam ser prevenidos por meio do cuidado com a saúde e da atenção aos fatores de risco, como hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol alto, sobrepeso ou obesidade, tabagismo, uso excessivo de álcool, idade avançada e sedentarismo.

 

No dia 29 de outubro, quando será celebrado o Dia Mundial do AVC, é importante reforçar a conscientização sobre a prevenção e os sintomas da doença, que afeta milhões de pessoas. “A prevenção é a chave para reduzir a incidência do AVC. Cuidar da saúde diariamente e conhecer os sinais são passos fundamentais para salvar vidas”, conclui o especialista.



Menstruação anormal: como identificar?

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A saúde menstrual é um indicativo crucial do bem-estar feminino, entenda o que é normal e quando buscar ajuda.


Sabemos que a menstruação é uma parte natural da vida das mulheres, por isso, entender e identificar se está tudo dentro do esperado no ciclo menstrual pode ser um importante aliado para evitar problemas de saúde futuros e na identificação de problemas já existentes na saúde feminina.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30% das mulheres em idade reprodutiva relatam irregularidades menstruais, por isso é importante destacar que é considerado uma menstruação normal quando o fluxo menstrual tem duração de até 8 dias, com um intervalo que varia de 24 a 38 dias. Tendo um volume de 5 a 8 ml por ciclo. Então, qualquer sangramento que não tenha estas características é considerado anormal pelos médicos e deve ter atenção maior.

Para a Dra. Ana Maria Crosera, diretora científica da AMCR (Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil), algumas doenças e até mesmo o uso de alguns medicamentos podem estar relacionadas ao aumento do fluxo menstrual da mulher. 

“Algumas destas causas para um sangramento anormal são pólipo, adenomiose, mioma, câncer, distúrbios da coagulação do sangue, distúrbios da ovulação ou pode ser causado pelo uso de medicamentos. Assim, é necessário que apresente a queixa ao médico para que ele possa estabelecer qual a causa.” destaca a Dra. Ana Maria.

Além disso, algumas alterações hormonais podem causar menstruações com fluxos abundantes, sendo causas importantes de sangramento uterino especialmente nos extremos da vida reprodutiva, sendo os primeiros dois anos após a primeira menstruação e próximo à menopausa. 

“Na adolescência, nos primeiros dois anos após a primeira menstruação, a irregularidade menstrual pode ser consequência da imaturidade das glândulas que controlam a secreção dos hormônios. É preciso lembrar que o sangramento anormal pode ainda ser uma consequência de problemas na coagulação do sangue, infecções, outras doenças que você possa ter, ou mesmo estar associado a uma gestação. Já as mulheres com mais de 40 anos e até a menopausa, comumente apresentam irregularidades no padrão dos ciclos menstruais, decorrentes de flutuações na função das glândulas que secretam os hormônios que controlam o ciclo, mas também podem ter alterações na menstruação devido a doenças como miomas, pólipos e até câncer de útero. Assim, é necessário que apresente a queixa ao seu médico para que ele possa estabelecer qual a causa,” explica a médica da AMCR. 

A menstruação excessiva pode causar uma anemia e ou uma deficiência de ferro. Os sintomas da anemia incluem fadiga, fraqueza e tontura, mas qualquer alteração na rotina da mulher deve ser levada em consideração no momento do diagnóstico, é o que destaca a Dra. Ana. “Mesmo que os exames de sangue se mantenham normais, se a mulher perceber um aumento da menstruação a ponto de causar alteração de sua vida, limitando trabalho, atividades esportivas ou sociais, também deve merecer tratamento.” 

Para as mulheres que desejam engravidar, a menstruação intensa pode afetar a fertilidade, dependendo do fator. “Dependendo da causa da menstruação intensa pode sim afetar a fertilidade, como por exemplo na síndrome dos ovários policísticos, doenças da tireoide, doenças da hipófise. Por isso é importante consultar seu médico para diagnosticar e tratar adequadamente as doenças e não subestimar o sangramento,” diz a médica.

Por fim, a Dra. elaborou uma lista de perguntas essenciais para identificar problemas relacionados à menstruação.

  1. Você troca o seu absorvente interno ou externo a cada duas horas ou com mais frequência?
     
  2. Você precisa usar absorventes internos e externos de alta absorção ao mesmo tempo? Sua menstruação dura mais de 8 dias?
     
  3. Você apresenta coágulos ou episódios de “vazamento” (início repentino de sangramento intenso) nas suas roupas ou na roupa de cama?
     
  4. Você tem episódios de sangramento após uma relação sexual ou sofre de dor pélvica e sangramento entre os períodos menstrual?

A partir desses questionamentos, é possível determinar o momento certo de se consultar com um médico para realizar o tratamento específico para a menstruação excessiva. Além disso, é fundamental manter consultas de rotina com o ginecologista para garantir a saúde de forma contínua.




AMCR – Associação Mulher Ciência e Reprodução Humana do Brasil
Para saber mais informações, acesse o site.



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