Pesquisar no Blog

sábado, 30 de abril de 2022

Como planejar uma viagem sem dor de cabeça em 13 passos



Se você quer viajar e não sabe como se organizar, o coordenador de Turismo do Sesc Goiás preparou orientações que vão minimizar os riscos


Ao realizar uma viagem sem planejamento você corre vários riscos. Talvez o dinheiro reservado para a viagem não dê, talvez o clima do lugar escolhido não seja apropriado, talvez o destino escolhido não atenda às necessidades. 

 

Por isso, um bom planejamento é parte fundamental de uma boa viagem. Para te ajudar a organizar o passeio dos sonhos, o coordenador do Turismo Social do Sesc Goiás, Juliano Barcelos, preparou 13 passos para você se planejar e viajar sem dor de cabeça. 

 

Passo 1 – Companhia

Com quem você pretende viajar? Vai viajar sozinho, acompanhado? É importante que isso seja definido no início. O companheiro (a) de viagem precisa participar desse planejamento. A viagem tem que ser boa para todos os participantes. 

 

Passo 2 – Motivação

O que te motiva a viajar? Sua viagem vai atender qual necessidade? Para realizar qual desejo? É a motivação que vai conduzir para a decisão do destino e para o restante do planejamento. 

 

Passo 3 – Destino

Qual lugar te satisfaz? A praia, o campo, as montanhas? Antes de definir os serviços que você utilizará na sua viagem, defina que tipo de lugar te atende. 

 

Passo 4 – Época

Em qual época do ano você pretende viajar? É importante alinhar a época certa para o lugar certo. Afinal de contas, quem quer chegar na praia e pegar chuva?

 

Passo 5 – Recursos Financeiros

Quanto de dinheiro você tem para investir em seu passeio? Alguns gastos são extremamente necessários para que uma viagem ocorra com tranquilidade; outros são, inclusive, obrigatórios, como a hospedagem e o transporte. Outros ainda são tidos como necessários, a exemplo da alimentação. Por fim, existem os gastos desejáveis, que são os passeios, as visitas e tudo aquilo que você deseja fazer, mas que não é obrigatoriamente necessário para que sua viagem aconteça.

 

Passo 6 – Hospedagem

Decida o tipo de hospedagem. Aqui ainda não é hora de escolher o meio de hospedagem que será utilizado, mas o tipo de hospedagem que você pretende utilizar. Existem várias opções como hotéis, pousadas, hostels, hotéis fazenda, de charme, de campo, de selva, entre outros. 

 

Passo 7 – Meio de transporte

De que forma você realizará sua viagem? A intenção é ir de avião, ônibus, carro, moto ou outro veículo de transporte? Tenha uma atenção especial à documentação para que sua viagem transcorra de forma tranquila. 

 

Passo 8 – Organização

Quem irá organizar sua viagem? Você ou uma agência especializada? Se for você, fique atento ao site que disponibilizará o meio de hospedagem que você utilizará, às empresas que disponibilizarão recursos e canais para que você utilize e escolha meios de transporte, seguro viagem, guia de turismo, alimentação e todos os serviços que são necessários para compor seu pacote. 

 

Agora se você optar pela contratação de uma agência especializada, fique bastante atento às referências dessa empresa para saber se é segura e tem boas avaliações. 

 

Passo 9 – Conhecendo o destino

Faça uma pesquisa, levante os atrativos, os pontos de interesse turístico, os pontos de visitação e tudo aquilo que o destino escolhido te oferece de opção. Para que o roteiro saia da melhor forma possível é necessário que você saiba o que te espera, não de forma a antecipar todas s surpresas, mas para que você tenha informações suficientes para criar o roteiro ideal.

 

Passo 10 – Roteiro

Quantos dias você tem disponível para realizar sua viagem? A partir dessa informação, somada àquelas que você já apurou sobre o destino, você vai então montar o cronograma do dia a dia para que a viagem aconteça de forma tranquila e segura, pois ninguém quer fazer uma viagem na correria. Portanto, separe todos os atrativos que você terá condições de visitar para conhecer mais sobre o local, sobre as características da cultura local e as pessoas. 

 

É a partir da definição de um bom roteiro que você terá, de fato, uma experiência no destino e não fará apenas uma visitação. Dedique um tempo a mais para esse passo!

 

Passo 11 – Bagagem

Esse é um ponto que gera muita dúvida no viajante. Afinal, o que levar durante a viagem? O que não pode faltar? 

 

Feito um bom planejamento é claro que você terá informações suficientes para que a escolha seja assertiva. O mais importante é que o viajante observe se há um limite de bagagem para ser levado. Companhias aéreas, por exemplo, limitam a quantidade de peso. Mas o fato de viajar em transporte rodoviário não quer dizer que você possa levar muita coisa. Uma bagagem muito grande pode representar um transtorno para o viajante. 

 

Se atente à roupa que você deve levar com base no destino e na época do ano. Quais os equipamentos e acessórios você vai precisar durante a viagem? Se for uma viagem aérea, esses equipamentos podem ir em sua bagagem? É bom verificar!

 

Sobre medicamentos, leve aqueles que são básicos e essenciais para não ser pego de surpresa com algum tipo de problema de saúde que pode ser resolvido facilmente. Mas fique atento em caso de viagem internacional e se informe sobre quais remédios podem ser levados em sua bagagem. 

 

Passo 12 – Documentação

Muitas pessoas não param para pensar, mas a ausência de uma documentação correta na hora do embarque pode representar um impedimento para que o viajante inicie sua viagem. Portanto, tenha o documento de identificação civil atualizado. Se a viagem for nacional, o documento de identificação civil básico, ou seja, carteira de identidade, certidão de nascimento e CNH são documentos aceitos na hora do embarque, entretanto eles devem estar atualizados. 

 

Se a viagem for internacional, fique atento à validade do passaporte. Ele está válido? Você se lembrou de procurar a Polícia Federal para emissão desse documento? 

 

Além disso, dependendo do país que escolher você precisa se atentar para a necessidade ou não de vistos. Se o país exigir visto de entrada para turistas, é necessário procurar a embaixada do país. Geralmente em Brasília (DF) estão as principais embaixadas. 

 

Por fim, atente-se para o cartão de vacinação. Ele é exigido para entrar em alguns países. Procure a Anvisa e emita o seu cartão de vacinação internacional. Lembre-se de que estamos no meio de uma pandemia e o cartão de vacinação pode ser solicitado para que você tenha acesso a alguns atrativos. 

 

Passo 13 – Cartão ou Dinheiro

No planejamento você já identificou qual a quantidade de dinheiro vai precisar, principalmente para os gastos essenciais. Para esses é importante que você tenha dinheiro no bolso e o cartão de crédito facilita a vida do viajante. Atualmente, também existem outros recursos, como o PiX.

 

Em casos de viagem internacional é importante que a moeda local do destino visitado esteja também no nosso bolso e para isso é importante recorrer a uma casa de câmbio. Lá eles também vão informar sobre os cartões que você poderá usar no seu destino fora do Brasil.

 

Turismo Social Sesc Goiás

sescgo.com.br ou portalturismo.sescgo.com.br.


Top 10 viagens para fazer com sua mãe

Visitar o sul da Argentina; embarcar em uma aventura de neve nos Alpes franceses; passear pela Avenue of Stars na ensolarada L.A.… há poucas maneiras melhores de enfrentar as maravilhas do mundo do que com sua mãe ao seu lado. E se você é aventureiro ou amante de design, bebedor de vinho experiente ou fanático por comida, aqui estão 10 viagens que achei perfeitas para criar laços.

 

1.        O Circuito Italiano: Veneza, Roma e Costa Amalfitana


Comece sua estada italiana em Veneza, saindo de seu avião e pegando um táxi aquático de madeira brilhante. Em Veneza seu tempo juntos pode ser gasto explorando os principais locais - a Piazza San Marco, a Ponte Rialto e a Basílica - mas também vendo o lado mais tranquilo desta cidade de várias camadas. A Coleção de Arte Peggy Guggenheim, obras em vidro soprado em Murano e simplesmente passear pelas ruas laterais (e canais) preenchem facilmente de dois a três dias.

Próxima parada: a Cidade Eterna, Roma. É um agitado e delicioso caldeirão da cultura italiana, mergulhado na história antiga, com ruínas impressionantes aparentemente em cada esquina. Espere uma culinária de dar água na boca em bairros agitados como Trastevere (também lar de uma deliciosa fábrica de biscoitos de propriedade familiar), o Gueto Judeu e algumas das melhores coleções de arte barroca do mundo de artistas como Caravaggio e Bernini. E enquanto você saboreia o Aperol ao ar livre antes de mergulhar em uma pizza preparada com perfeição por décadas de tradição familiar, você esquecerá por um momento que, eventualmente, terá que ir para casa. 

Após dias de caminhada pelas ruas de duas das cidades mais fascinantes da Itália, uma fuga para a Costa Amalfitana oferece o relaxamento necessário. As cidades coloridas à beira do penhasco, como Amalfi, Ravello e Positano, são perfeitas para fotos, e se você está tomando café expresso ou limoncello em sua varanda florida ou passando um dia tomando sol e explorando enseadas isoladas de barco sobre as águas cristalinas (e fazendo compras nas butiques chiques), você pode ficar tranquilo sabendo que você e sua mãe fizeram a Itália bem juntos.

 


2. O exótico duo marroquino: Marrakech e as montanhas do Atlas

  


Arquitetura mourisca extravagante alinhada com palmeiras verdejantes, montanhas cobertas de neve que se erguem sobre oásis exuberantes… Mergulhe na história de Marrakech na imponente Mesquita Koutoubia e no Jardin Marjorelle, que já foi propriedade de Yves Saint Laurent. Em seguida, mergulhe na cultura explorando a arte africana de Dar Si Said e fazendo compras nos souks da medina (recomendamos um guia para quem realmente estiver interessado em fazer compras em Marrakech). E não perca uma viagem de um dia - ou uma visita noturna - ao Desert D'Afagay, onde você pode saborear a cozinha tradicional marroquina em uma tenda berbere em meio ao extenso deserto. 

Em seguida, aventure-se nas montanhas do Atlas, onde o remoto Kasbah Tamadot de Richard Branson, um resort da Le Experiénce, se assemelha a um palácio rosa de conto de fadas envolto na paisagem árida. Aqui, você pode escolher entre o máximo de relaxamento e aventura ao ar livre (ou uma combinação de ambos). Caminhadas, cavalgadas, quadriciclos e passeios de camelo ou mula oferecem ampla oportunidade para desfrutar do terreno deslumbrante e fazer algum exercício, enquanto de volta à propriedade, você pode desfrutar de uma aula de culinária marroquina, visitar a aldeia berbere vizinha ou terminar sua aventura marroquina definhando no termas.

 

3. A aventura francesa de conto de fadas: Megève


Os Alpes Franceses são um sonho… ou pelo menos, pode parecer assim quando você está cercado por montanhas nevadas e passeando pelas ruas geladas de uma vila medieval enfeitada com luzes cintilantes. Um paraíso de inverno com certeza, onde os dias podem ser passados nas encostas de Megève e Chamonix (apenas 40 minutos), apreciando as vistas em um passeio de carruagem ou patinação no gelo no centro da vila. Enquanto isso, as noites consistem em vistas lindas da neve ao luar e deliciar-se com refeições fabulosas. 

Mas este paraíso do esquiador no inverno torna-se um paraíso para os caminhantes no verão, quando as montanhas são exuberantes com vegetação e as cabras da montanha estão aos montes. Caminhadas, cavalgadas e mountain bike são os favoritos, assim como o golfe, mas certifique-se de economizar tempo para um tradicional piquenique francês cercado por vistas alpinas. E de volta à cidade de Megéve, excelentes lojas e spas de luxo aguardam o ano todo.

 

 

4. O Combo Cidade e Praia: Buenos Aires e José Ignacio


Buenos Aires é uma das maiores capitais culturais do mundo, com arquitetura dourada da Belle Époque e uma próspera cena gastronômica. Também tem uma história complexa e fascinante que os habitantes locais (chamados “portenhos) têm orgulho de discutir. As primeiras visitas à cidade geralmente incluem passeios a pé por bairros históricos como os coloridos enclaves de imigrantes de La Boca e San Telmo, além de locais como a Casa Rosada (o palácio presidencial em tons de rosa) e o Cemitério da Recoleta. Aqui, monumentos elaborados marcam os túmulos de distintos argentinos, incluindo Eva Peron. Os viajantes também devem se aventurar em charmosos bairros residenciais como Recoleta e os três Palermos (Palermo Chico, Palermo Hollywood e Palermo Soho) para algumas das melhores lojas e restaurantes. E enquanto os amantes da comida e do vinho vão desmaiar com a cozinha de inspiração gaúcha e as cartas de vinhos pesadas de Malbec, uma nova safra de restaurantes vai além do tradicional bife e empanadas, destacando a variedade de produtos frescos da Argentina e vinhos mais experimentais. Para dar um toque especial à sua viagem, você e sua mãe podem assistir a um show de tango (em um teatro ou em uma milonga mais local, onde a pista de dança também é aberta para amadores). 

E quando você se cansar de explorar a cidade, atravesse o Rio de la Plata (o rio mais largo do mundo) até o Uruguai, onde o chique e boêmio José Ignacio espera. Considerado os Hamptons da América Latina, esta cidade litorânea é melhor experimentada em um ritmo lento. Passe seus dias visitando as butiques da cidade, assistindo a uma partida de pólo e tomando sol (ou cavalgando) ao longo das praias de areia branca. Ao anoitecer, desfrute de jantares ao ar livre de chefs de renome mundial - incluindo Francis Mallmann - e vários bares de praia animados antes de se aconchegar em uma das várias propriedades da Le Expérience.

 

5. O melhor retiro de praia: Turks e Caicos


Nunca subestime o valor de umas férias clássicas na praia. E se o seu objetivo é deitar em uma praia isolada com um bom livro, apenas parando para um tratamento de spa ou uma refeição deliciosa, Turks and Caicos oferece tudo isso em grande estilo. Aqui, os viajantes podem esperar praias de areia branca e excelente acesso para mergulho, snorkeling e kitesurf.

 Outro destaque de Turks & Caicos: suas fabulosas acomodações. Mime sua mãe com uma estadia em uma das vilas espetaculares do COMO Parrot Cay e aproveite as aulas diárias de ioga e pilates do resort, pavilhões de spa e passeios ecológicos com snorkel nos recifes da ilha particular. Ou relaxe em um dos pavilhões de Amanyara, onde você passará seus dias nadando na piscina de 164 pés de comprimento (feita de rocha vulcânica negra da Indonésia) e tomando coquetéis enquanto observa o pôr do sol sobre a água. Reserve sua estadia com a Le Experiénce.

 

6. O Glitzy Outdoor Hub: Aspen


Onde o brilho encontra a aventura ao ar livre, Aspen é um destino deslumbrante durante todo o ano. Mas começaremos com o inverno e a primavera – afinal, é mais conhecida como uma cidade de esqui. Seis montanhas de 14.000 pés oferecem uma variedade de terrenos para todos os níveis de esquiadores, com os especialistas indo para os favoritos locais Aspen Mountain (Ajax) e Aspen Highlands, e o resto passando seu tempo em Snowmass e Buttermilk. E todos podem desfrutar da agitada cena pós-esqui da cidade, que vê a clientela A-list de Aspen migrar para locais populares, incluindo o AJAX Tavern e o bar chique do Hotel Jerome. Esqui e après-ski à parte, Aspen também é a meca das compras (praticamente um esporte próprio aqui), galerias de arte e outras atividades de inverno, como trenós puxados, escalada no gelo e raquetes de neve. 

Depois que a última neve derrete no final da primavera, Aspen muda de uma movimentada cidade de esqui para um ponto de verão. Você e sua mãe podem aproveitar o ar ao ar livre em caminhadas panorâmicas ou passeios de bicicleta por quilômetros de terreno intocado ou aproveitar a adrenalina do rafting, parapente e escalada. O verão é a única época para desfrutar de vários destaques culturais de Aspen, incluindo o Aspen Music Festival, que oferece shows e programas diários e o Food & Wine Aspen Classic, com chefs famosos e demonstrações de culinária.

 

7. Paraíso dos amantes de vinho e comida "The Foodie & Wine Lover’s Haven": Região Basca Espanhola


Talvez mais conhecida como a casa do Museu Guggenheim Bilbao - a ode de Frank Gehry ao modernismo que transformou a cidade industrial de Bilbao - a região basca espanhola oferece um local de férias diversificado e relaxante que pode ser perfeito para você e sua mãe. Bilbao e a vila costeira vizinha de Getaria são imperdíveis para os amantes da cultura, com o Guggenheim, junto com o Museo de Bellas Artes e o Museo Cristóbal Balenciaga, apresentando os looks icônicos do designer nascido em Getaria. Em seguida, siga para San Sebastián, uma elegante cidade litorânea conhecida por seus restaurantes de classe mundial e casas de sidra. Faça amizade enquanto descansa na praia, em uma aula de culinária com um chef famoso ou com uma caminhada até o Monte Urgull, onde as vistas deslumbrantes da cidade e a baía em forma de vieira fazem a foto perfeita. 

Em seguida, aventure-se no interior até a zona rural de La Rioja, onde extensas vinícolas e vilarejos medievais pontuam os vales montanhosos escarpados. Passe um dia explorando as ruas de paralelepípedos de vilas medievais como Santo Domingo de la Calzada e Laguardia antes de fazer um passeio pelas principais vinícolas, onde você degustará vinhos locais e aprenderá mais sobre a cultura espanhola. E, claro, como em qualquer outro lugar da região basca, a culinária não decepciona.

 

8. Ponto de Cultura do Caribe: Cartagena



Aprecie as maravilhas da América do Sul visitando esta cidade portuária do século XVI, agraciada com uma bela arquitetura colonial espanhola. Cartagena oferece um sabor do Caribe com um pouco de sabor colombiano, além de uma história emocionante repleta de histórias de piratas e uma luta angustiante pela independência. Mergulhe com um passeio pela cidade murada, um labirinto reconhecido pela UNESCO de becos de paralelepípedos, monumentos e mansões coloridas. Essa história continua em Palenque, a apenas uma hora e meia de carro de Cartagena, que além de ser rica em cultura crioula da dança folclórica à culinária, também foi a primeira cidade livre das Américas, fundada por escravos fugitivos . Outras atrações imperdíveis: comida de rua, especialmente a arepa e um passeio de barco para as ilhas vizinhas para mergulho com snorkel

 

9. O Metamorfo Francês: Paris


A beleza não tem preço para os franceses, uma filosofia escrita em pedra em cada avenida, museu e poste de ferro ornamentado ao longo do Sena. E, claro, está escrito na vida cotidiana, onde a joie de vivre e o estilo de vida decadente dos parisienses são contagiantes. Não existe uma “maneira certa” de fazer Paris: amantes da arte, aficionados por compras, aficionados por história, cultura contemporânea e obcecados por jardins podem encontrar algo – muitas coisas – para amar na Cidade Luz. Essa qualidade je ne sais quoi o torna excelente para uma viagem com a mãe.

Os itinerários focados na arte, por exemplo, podem incluir paradas para ver peças famosas em exposição no Louvre e no Musée D'orsay (com uma pausa sob os tetos dourados e lustres deslumbrantes do restaurante do museu – vale a pena apenas pelo cenário), antes de explorar os salões dourados do recém-reaberto Hôtel de la Marine e a arte contemporânea na Bourse de la Commerce. Claro, isso é apenas um instantâneo – dezenas de joias escondidas estão espalhadas entre os pontos turísticos mais famosos da cidade. E isso sem incluir passeios de um dia como o Château de Versailles, a catedral de Chartres e o Château de Fontainebleau. 

Tudo isso é pontuado por refeições indulgentes (e lanches de confeitaria), além de estadias na coleção aparentemente ilimitada de propriedades suntuosas de Paris, tornando quase impossível não encontrar o hotel perfeito para você e sua mãe.

 

10. A Cidade Glam das Estrelas: Los Angeles


Los Angeles é o epítome repleto de estrelas da cultura contemporânea e um ímã para mudanças. Seus restaurantes estão em constante evolução, assim como seus museus. Os amantes da arte moderna encontrarão seu refúgio no Los Angeles County Museum of Art e no UCLA Armand Hammer Museum. Enquanto isso, os colecionadores de arte vão querer uma visita guiada com um curador de arte no Getty Center para encontrar a lembrança perfeita na tela. E há um novo destino para os cinéfilos: o Academy Museum of Motion Pictures, inaugurado em setembro de 2021, apresentando tesouros cinematográficos como os sapatos de rubi de Dorothy e exposições especiais sobre temas que vão do diretor espanhol Pedro Almodóvar à história das relações trabalhistas do cinema. 

Os amantes do sol podem desfrutar de 120 quilômetros de praia, inclusive em Malibu e Santa Monica, enquanto aqueles que precisam de terapia de compras podem se dirigir à sempre elegante Rodeo Drive em Beverly Hills. E se você e sua mãe estão procurando um pouco de aventura ativa fora da cidade, caminhar em Hollywood Hills ou Temescal Canyon é um excelente complemento para sua fuga da cidade costeira.

 

Espero que você se inspire nesse artigo e crie uma oportunidade de passar um tempo de qualidade com sua mãe, elas deveriam ser eternas mas não são. Eu, infelizmente já não tenho minha mãe comigo nesse plano, apesar de nunca ter conseguido levá-la comigo para uma experiência dessas, vivi outras extremamente valiosas ao seu lado. A intenção é criar boas memórias e proximidade com uma das pessoas mais importantes de nossa vida, nossa mãe. Agora meu plano é aproveitar ao máximo para viver aventuras com minha filha Giovanna.

 

Evelyn Bandeca -  empresária no setor de experiências de luxo e influencer brasileira Evelyn Bandeca (@evybandeca,) apresenta no Blog Evelyn Digital o mercado de luxo, tendências, negócios e estilo de vida. www.evelyn.digital


Estudo mostrou os efeitos positivos do mergulho recreativo em Áreas Marinhas Protegidas durante a pandemia da covid-19


Qualidade da experiência dos mergulhadores permaneceu alta mesmo durante uma das maiores crises sanitárias do mundo, revelou pesquisa do Instituto do Mar da Unifesp


Mergulho recreativo no Refúgio dos Alcatrazes (foto cortesia: Leo Francini)

Um recente artigo publicado no Journal of Outdoor Recreation and Tourism e assinado por pesquisadores brasileiros mostrou o quão importante foi, para a manutenção da qualidade de vida das pessoas, o frequente contato com o meio ambiente durante o período da pandemia. No caso estudado, com dados comparativos disponíveis desde o período anterior à crise sanitária até março de 2021, foi analisada a experiência de praticantes de mergulho recreativo em uma das maiores unidades de conservação marinha de proteção integral do Brasil, o Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago dos Alcatrazes, no litoral norte do Estado de São Paulo.
 

“A escolha dos mergulhadores recreativos se deu pelo fato desta atividade proporcionar uma das maiores conexões homem-ambiente devido à imersão do praticante em um local com características totalmente diferentes da terrestre. Também é uma indústria com considerável importância socioeconômica”, explicou Fábio Motta, professor do Instituto do Mar (campus Baixada Santista) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), onde também é docente do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Ecologia Marinha e Costeira.
 

Segundo o pesquisador, a ideia do estudo era responder quais foram os efeitos da pandemia da Covid-19 sobre o mergulho recreativo praticado em Áreas Marinhas Protegidas (AMPs): “Desde setembro de 2018, o Laboratório de Ecologia e Conservação Marinha [LABECMar] da Unifesp iniciou o monitoramento da experiência dos visitantes - mergulhadores recreativos - de três unidades de conservação marinhas: o Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, o Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes e a Ilha da Queimada Grande, que integra a Área de Proteção Ambiental Marinha do Litoral Centro paulista. Essa iniciativa teve como objetivo descrever o perfil dos visitantes e avaliar suas preferências, motivações, percepções e satisfação com o intuito de contribuir com a gestão adaptativa do mergulho recreativo praticado nessas áreas. Esses primeiros resultados foram publicados na revista Ocean & Coastal Management em 2020”.
 

Motta diz que, após esse primeiro estudo, o monitoramento continuou especialmente no Refúgio de Alcatrazes. “Com o início da pandemia de Covid-19 as atividades de mergulho foram paralisadas por cinco meses. Após esse primeiro "lockdown" as operações de mergulho foram retomadas com protocolos de segurança. Passados alguns meses reunimos dezenas de questionários os quais nos possibilitaram comparar a experiência dos visitantes antes e durante a pandemia, no período pós primeiro "lockdown". Consideramos relevante investigar como o isolamento social e a restrição de acesso às áreas naturais devido a Covid-19 poderiam influenciar a experiência dos visitantes. Por exemplo, antes da pandemia alguns aspectos relacionados aos serviços prestados, as condições ambientais e as regras de gestão foram identificados com alto potencial de gerar insatisfação durante as visitas ao Refúgio de Alcatrazes, enquanto que durante a pandemia todos os atributos avaliados foram classificados como fortes geradores de satisfação, denotando uma maior sensibilidade dos visitantes aos efeitos benéficos do mergulho em seu bem-estar”, destacou o pesquisador do IMar.
 

Marina Marconi, que é primeira autora do artigo, falou sobre o perfil do grupo de mergulhadores estudados: “A maioria são homens tem entre 26 e 45 anos de idade. Aproximadamente dois terços dos mergulhadores possuem pós-graduação e uma renda familiar igual ou superior a seis salários-mínimos. Com relação à certificação, a maioria dos mergulhadores possuía curso de mergulho avançado, Advanced Open Water ou equivalente. Além disso, cerca de 72% dos mergulhadores que visitaram o Refúgio de Alcatrazes nesse período residiam no Estado de São Paulo”, revelou a bióloga marinha que também atua como pesquisadora colaboradora junto ao LABECMar da Unifesp.
 

Para Marina, as áreas protegidas, sejam elas marinhas ou terrestres, quando bem manejadas, além de conservarem a biodiversidade, podem assegurar a oferta de múltiplos benefícios aos seres humanos, os chamados serviços ecossistêmicos. “Compreender o quanto essas áreas cumprem os objetivos para os quais elas foram estabelecidas é fundamental para uma gestão adaptativa e eficiente. Quando essas áreas são abertas à visitação, o monitoramento da experiência dos visitantes é relevante para subsidiar a gestão do uso público. Neste contexto, acreditamos que manter a qualidade ambiental das áreas naturais, sejam elas protegidas ou não, é crucial para assegurar o bem-estar humano dos seus visitantes e usuários. Em tempos de pandemia, a importância dos ambientes naturais para a saúde mental e psicológica das sociedades modernas ficou em evidência e, portanto, os nossos resultados podem servir de estímulo para futuros esforços de pesquisa nesta área do conhecimento”, enfatiza a pesquisadora egressa do programa de mestrado em Biodiversidade e Ecologia Marinha e Costeira do IMar.
 

Fábio Motta lembra que diversos estudos já demonstraram que atividades de lazer em ambientes naturais provocam mudanças positivas no bem-estar humano, contribuindo com a diminuição do estresse e melhora em casos de ansiedade e depressão. “Porém, acreditamos que a preocupação com a proteção ambiental deve ser independente da sua interrelação com o bem-estar humano. Portanto, deve ser mantida continuamente e não apenas em períodos de pandemia. O Brasil é um país megadiverso, abrangendo uma diversidade de biomas com valiosos recursos naturais que devem ser administrados com máxima responsabilidade. Existem centenas de áreas protegidas no Brasil que carecem de uma gestão mais efetiva e esforços robustos para que seus benefícios sejam compartilhados com a sociedade de forma mais equitativa. Neste sentido, é importante que o manejo destas áreas naturais seja feito promovendo a participação das diferentes comunidades que interagem e usufruem delas. Pois esse capital social, ou seja, as instituições e normas que acontecem no nível comunitário e que precede o estabelecimento das Unidades de Conservação, são essenciais para o manejo adaptativo e sustentável”, ressalta o professor da Unifesp. 

Tanto Motta como Marina apontam para um importante aspecto do estudo, que teve financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e Fundação SOS Mata Atlântica, além do apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) de Alcatrazes: “Entendemos que o potencial das AMPs em proporcionar experiências positivas aos usuários deve ser visto além do valor econômico, mas também como um investimento no bem-estar subjetivo da população”.

O artigo publicado no mês de março passado no Journal Of Outdoor Recreation and Tourism também tem como co-autores o pesquisador de pós-doutorado Vinícius Giglio e o professor Guilherme Henrique Pereira-Filho, ambos do LABECMar da Unifesp.



Festa da Flor volta a agitar a primavera na Ilha da Madeira


Um dos eventos mais emblemáticos do destino português celebra a chegada da primavera de 5 a 29 de maio de 2022


A primavera já chegou no Hemisfério Norte e, na Ilha da Madeira, charmoso destino português localizado em meio ao Oceano Atlântico, é motivo para celebração. Após dois anos sem comemorações no mês de maio (a última edição foi promovida no outono), o destino volta a realizar o seu evento mais emblemático na data tradicional: a Festa da Flor, que acontece de 5 a 29 de maio de 2022.

A celebração homenageia a chegada da estação das flores com uma programação intensa. Isso porque, graças às condições climáticas do arquipélago, ali nascem e crescem espécies de flores de diversas partes do mundo.

Os eventos mais marcantes já têm espaço no primeiro final de semana, como o Cortejo Infantil, em que crianças madeirenses desfilam e colocam flores em um mural chamado de “Muro da Esperança”, e o Grande Cortejo da Flor, um dos acontecimentos mais aguardados da ocasião, em que centenas de pessoas e carros alegóricos decorados com flores atravessam o centro de Funchal, a capital da Madeira, mostrando a exuberante e diversificada flora local ao som de incríveis apresentações musicais.

A festa tradicional também tem outras atrações, como o Mercado das Flores, onde é possível conhecer inúmeras espécies, a Exposição das Flores, com flores cultivadas com muito esmero, que posteriormente são avaliadas por um júri especializado, os tapetes de flores que colorem o centro de Funchal em uma belíssima forma de expressão artística, além de workshops e mostras e artesanato.

Mais informações sobre a Festa da Flor estão disponíveis no site https://www.madeiraallyear.com/eventos-2/festa-da-flor/.

 

Sobre a Ilha da Madeira

Considerado o melhor destino insular do mundo, a Madeira é um pequeno paraíso português situado em meio à imensidão do Oceano Atlântico. De origem vulcânica, sua localização privilegiada proporciona clima ameno e mar com temperatura agradável o ano inteiro, além de impressionantes cenários de montanhas, vales e penhascos, todos cobertos pela exuberante vegetação Laurissilva, nomeada Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco. O arquipélago é formado por um conjunto de ilhas, sendo as principais e únicas habitadas Madeira e Porto Santo. Há excelentes opções em balneários, monumentos históricos e ótimos hotéis e restaurantes, onde se pode provar a deliciosa gastronomia e os premiados vinhos madeirenses. Para mais informações, acesse www.madeiraallyear.com.

 

AMPARA Animal convida população a participar de desafio mundial e fotografar a natureza

Municípios brasileiros, incluindo São Paulo (SP), entraram na competição que estimula observações da vida selvagem na cidade


Você já parou para observar a natureza ao seu redor, em um parque da cidade, por exemplo? É conhecido entre os amigos como aquele que adora uma selfie em meio as plantas? Se sim, essa missão é para você! De 29 de abril a 2 de maio, cidades brasileiras participam do Desafio da Natureza Urbana e a AMPARA Animal é uma das realizadoras dessa competição, super saudável, aqui no país.

Com escala mundial, o desafio estimula a prática da observação. No Brasil, a instituição que mais ajuda animais no país estará presente em ações na capital paulista e em Poconé (MT), onde a ONG atua na proteção da vida selvagem e terá o apoio do SESC Pantanal.

As expedições para registrar a biodiversidade de Sampa serão feitas em parceria com ONGs e a prefeitura de São Paulo e acontecerão em diferentes regiões da cidade, como no Horto Florestal, Parque Barragem da Guarapiranga (necessária inscrição), Parque do Carmo, Parque da Aclimação e Parque Chácara do Jockey. Biólogos e observadores da natureza parceiros da AMPARA estarão a postos para orientar sobre como fazer uma bioblitz completa.

"Estaremos nos parques ajudando as pessoas a encontrarem e identificarem a biodiversidade existente neles", explica o biólogo e gerente de pesquisa da AMPARA Silvestre, Maurício Forlani.

Para participar, basta ir até os locais ou realizar uma bioblitz por conta própria, buscando espaços que proporcionem o contato com a natureza. A ideia é que, pelo aplicativo iNaturalist, sejam arquivados os registros do máximo de animais e plantas que encontrar, ou pelo eBird (exclusivo para aves).

Criado em 2016 nos Estados Unidos, o Desafio da Natureza Urbana (City Nature Challenge - CNC) é um evento global com foco em trazer a natureza para perto do cidadão. Para isso, motiva pessoas de todo o mundo a encontrarem e documentarem a vida selvagem em suas cidades e essa bioblitz global resulta em uma competição colaborativa com um objetivo comum: reunir o máximo de pessoas em volta da vida selvagem das cidades e documentar o maior número de espécies.

Na edição do ano passado, 44 países se uniram no desafio, resultando em mais de 1 milhão de observações feitas e 45 mil espécies registradas. Além das ações em contato com a natureza, o Desafio da Natureza Urbana deste ano também conta com uma programação diária de workshops, entre os dias 25 e 28 de abril, com o tema “Ampliando o olhar para a biodiversidade”. As palestras estão disponíveis no YouTube.

Saiba mais: www.amparanimal.org.br/desafio-da-natureza-urbana


Kobra faz Ode ao trabalhador em exposição na avenida Paulista

carteiro - Paulo Sérgio de C Sant
os baseada em O Mamoeiro - de Tarsila do Amaral
Divulgação/Studio Kobra

    Kobra é o convidado deste ano da União Geral dos Trabalhadores - UGT. A Exposição na Paulista, que está na oitava edição, estará instalada, com os painéis de  Kobra, 1º a 31 de maio, em um  trecho de um quilômetro da ciclovia da Av. Paulista, entre a rua Augusta e a Alameda Campinas, em São Paulo.

 

       O conhecido muralista brasileiro Eduardo Kobra faz de  1º de maio, o Dia do Trabalhador, a 31 de maio, a impactante exposição “Os 200 Anos da Independência e Nós, Trabalhadores”, na avenida Paulista. Kobra foi convidado pela União Geral dos Trabalhadores - UGT, para ser o artista da  8ª edição da Exposição da Paulista. A abertura será no dia 1º, às 9h, em frente ao Conjunto Nacional, na avenida Paulista, com o artista (Eduardo Kobra) acompanhando o descerramento dos painéis.


     “Aceitei o convite porque há muitos anos em muitas das minhas obras destaco grandes nomes que contribuíram para a Humanidade na Ciência, Arte, Humanismo e Religião, como Einstein, Da Vinci, Gandhi, Madre Tereza, Malala, Martin Luther King, Mandela e tantos outros. Agora é a hora de destacar, como já fiz no mural ‘Candango’, em Brasília, os milhões de trabalhadores anônimos que têm a arte de construir e melhorar o País e de, com dedicação, amor e competência, superar as adversidades e sustentar suas famílias”, diz Kobra. “É justamente por isso que tive a ideia de fazer 30 painéis, que serão colocados ao longo da av. Paulista, onde mesclo clássicos da arte com fotografias e cenas de 30 categorias profissionais.  É a beleza da arte. A beleza do trabalho. A beleza da vida”, afirma o muralista.


         Os painéis têm 3,5 metros de altura por 2,5 metros de largura. Em cada obra há um QR Code com os depoimentos dos profissionais, gravados em vídeo. Embaixo de cada painel tem ainda a especificação da obra.


     “Todas as pessoas fotografadas trabalham mesmo nas suas profissões. Nenhuma delas é modelo”, destaca Kobra, que cita alguns exemplos dos painéis: o bancário Rogério Marques da Silva teve seu retrato mesclado com a obra O filho do Homem, de Rene Magritte; Marcelo Fernandes de Sousa, caminhoneiro, empresta usa imagem a uma interpretação única de David, de Michelangelo; As Respingadoras, de Jean-François Millet, inspira o retrato da catadora Maria Dulcinéia S. Santos; a cobradora Cássia Aparecida Santos Silva, em uma obra que traz citações do Auto-Retrato de Tarsila do Amaral, Cinco Moças de Guaratinguetá, de Di Cavalcanti e O Mestiço, de Candido Portinari;  a comerciária (repositora) Rosana Batista Santos, uma criação baseada na obra Campbell’s Soup Cans, de Andy Warhol; e a irmã de Kobra, Silvia Cristina Fernandes Léo, está presente na obra Rosie, A Rebitadeira, de J. Howar Miller.


      As homenagens seguem com a construção civil, a gastronomia, representada por um Chef de Cozinha e um garçom, o trabalho doméstico, a enfermeira, o frentista, o ferroviário, o joalheiro, o fotógrafo, os garis, os motoboys, motoristas de aplicativo e taxi, o padeiro, o petroleiro, o metalúrgico, o porteiro de hotel, o professor, os profissionais da telefonia e do telemarketing, o carteiro, o trabalhador rural, até o piloto de avião.


       Neste ano em que o Brasil comemora 200 anos de sua Independência, a exposição dará voz e visibilidade àqueles que, desde a escravidão – embora tenham ajudado a construir e contribuído para o desenvolvimento social, tecnológico e econômico do Brasil –, não conseguem usufruir dos benefícios e nem ao menos conquistar  sua própria independência. Raras vezes foram retratados pela arte ou tiveram sua voz amplificada por ela.


      “Você pode pegar uma lupa e analisar quadros e pinturas da Proclamação da Independência e não vai encontrar nenhum trabalhador nelas. Estão lá membros da corte, serviçais e escravos. Nenhum deles remunerados”, diz Ricardo Patah, presidente da UGT, que julga oportuno o momento para este reconhecimento, já que, afirma, “de lá para cá pouca coisa mudou no que tange a essa representatividade”.


       De acordo com o curador Fernando Costa Netto, da DOC Galeria, a exposição que começa no dia 1º é importantíssima para a Classe Trabalhadora e para a sociedade.“Kobra é um artista magnífico que saiu do extremo sul da cidade de São Paulo para ganhar o mundo. Um trabalhador que é uma inspiração para a classe trabalhadora, um cara que venceu pela arte, e nesse percurso faltava uma exposição como essa no epicentro do país. Kobra na Paulista é um presente para a nossa cidade e uma honra para a gente”, diz.



 Sobre a exposição


        Coordenada pela Secretaria de Organização e Políticas Sindicais da UGT e pela Maná Produções, Comunicações e Eventos, a Exposição da Paulista, uma das maiores exposições ao ar livre do mundo, ocupará de 1º a 31 de maio um quilômetro da ciclovia da principal artéria da cidade, a Avenida Paulista, entre a Rua Augusta e a Alameda Campinas.


       Após sete edições – 30 Anos de Redemocratização do Brasil (2015); 100 Anos do Samba (2016); 17 Objetivos para Transformar o Mundo(2017); A Quarta Revolução Industrial (2018); DIREITO DO AVESSO | AVESSO DO DIREITO (2019); Liberdade e Democracia (2020); Feminino Plural (2021) – e já consolidada, a Exposição da Paulista caminha para se tornar um evento oficial da cidade de São Paulo.


       “A Exposição da Paulista já é parte integrante do que esta cidade plural e trabalhadora tem de melhor”, afirma André Guimarães, da Maná Produções, que idealizou o projeto, que este ano terá desdobramentos, com a realização de workshops nas Casas de Cultura dos bairros da Freguesia do Ó e Brasilândia e no coworking público Teia Perus, equipamentos da Prefeitura de São Paulo. O fotógrafo Ricardo Rojas ministrará oficinas de Fotografia Celular / Mobgrafia Inclusiva (fotografias feitas com celulares); o jornalista, fotógrafo, sócio da DOC Galeria de Fotografia e Escritório de Projetos Culturais e curador da exposição Fernando Costa Netto dará noções de Expografia – Como Montar Exposições, com foco na fotografia; e Walter Nomura, ouTinho, um dos nomes mais conhecidos do Graffiti na América Latina, participa ensinando como fazer um Desenho em Larga Escala.


       A Exposição da Paulista – Os 200 Anos da Independência e Nós, Trabalhadores tem o patrocínio de MAG Seguros, Sintracon-SP, Marabraz e Carrefour,  com apoio da Prefeitura Municipal de São Paulo, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo e da Câmara de Vereadores de São Paulo, através da vereadora Sandra Santana, responsável pela emenda parlamentar que permitiu a realização do evento, que conta ainda com o apoio da CPPU - Comissão de Proteção à Paisagem Urbana, CET, Ilume e Subprefeitura da Sé.



Exposição da Paulista.

Artista: Eduardo Kobra
Nome da exposição: os 200 Anos da Independência e Nós, Trabalhadores
De 1º a 31 de maio
Ciclovia da Av. Paulista, da Rua Augusta à Al. Campinas
Realização: UGT – União Geral dos Trabalhadores
Coordenação Geral: André Guimarães - Maná Produções
Curadoria: Fernando Costa Netto - DOC Galeria
Coordenação de Produção: Tiago Sena - Maná Produções
Montagem e Infraestrutura: All Light
Curadoria: Fernando Costa Netto

 

Teatro popular teve papel-chave na integração dos imigrantes italianos em São Paulo

  

Estudo conduzido no Instituto de Estudos Brasileiros da USP investigou a contribuição da cena artística para a construção da “paulistanidade” nas primeiras décadas do século 20 (caricatura de Juó Bananère desenhada por Lemmo Lemmi, cujo peudônimo era Voltolino/Blog da BBM-USP)


A cidade de São Paulo apresentou crescimento populacional explosivo na transição do século 19 para o 20. Em pouco mais de seis décadas, entre 1872 e 1934, a população saltou de aproximadamente 31 mil pessoas para mais de um milhão. A imigração foi o fator decisivo. Em 1920, quase dois terços dos habitantes da capital eram estrangeiros ou descendentes. E mais da metade dos adultos maiores de 15 anos eram italianos. São Paulo tornou-se, depois de Nova York e Buenos Aires, a cidade mais italiana fora da Itália.

Os italianos não só contribuíram para a formação da nascente classe operária e dos movimentos anarquista e comunista, que pretenderam representá-la, como também alteraram profundamente o cotidiano da cidade: sua língua, seus costumes, suas formas de convivência.

Como os recém-chegados foram recebidos pelos antigos habitantes? Que tensões e que compromissos pontuaram o relacionamento dos dois grupos? Como a italianidade contribuiu para a construção de uma paulistanidade?

Um estudo recente, conduzido no Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB-USP) pela historiadora Virgínia de Almeida Bessa, atualmente professora do Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), procurou responder a essas e outras perguntas. E, para isso, seguindo um caminho que ainda não havia sido explorado, investigou o papel do teatro, especialmente do teatro popular, na construção e negociação das identidades na São Paulo da época.

Os resultados foram sistematizados no artigo When the Italians came on the scene: immigration and negotiation of identities in the popular theater of São Paulo in the early twentieth century, publicado como um dos capítulos do livro Italianness and Migration from the Risorgimento to the 1960s, editado por Stéphane Mourlane, professor da Aix-Marseille Université, na França.

“Os viajantes que visitavam São Paulo no período diziam ter a impressão de estarem em uma cidade da Itália, porque tudo parecia ter vindo de lá: a comida, o estilo das moradias e até os anúncios municipais sobre pagamento de impostos, escritos em português e italiano”, diz Bessa.

Um depoimento interessante, mencionado pela pesquisadora, é o da médica e escritora lombarda Gina Lombroso, que visitou São Paulo em 1908 e se surpreendeu com a onipresença italiana na capital: “O caráter mais marcante da cidade é sua italianidade. Se escuta mais falar italiano em São Paulo do que em Turim, Milão ou Nápoles, porque, enquanto entre nós falamos os dialetos, em São Paulo todos os dialetos se fundem sob a influência dos venezianos e toscanos, que são a maioria, e os nativos adotam o italiano como língua oficial”.

A partir da década de 1910, porém, a predominância dos italianos nortistas foi substituída pela dos sulistas, que tiveram seus pontos de origem transferidos do Vêneto, no norte, para a Campânia e Calábria, no sul. “Em decorrência disso, a língua falada pelos imigrantes e descendentes tornou-se um pidgin ítalo-brasileiro, formado pela mistura de vários dialetos sob forte influência do português”, informa Bessa.

A grande maioria desses imigrantes morava nos bairros operários, com concentrações regionais importantes, mas não exclusivas: os calabreses no Bixiga, os napolitanos no Brás, os venezianos no Bom Retiro. “Oriundos de uma Itália recém-unificada, cujo desenvolvimento era marcado por profundas diferenças regionais de caráter econômico, social e cultural, especialmente entre o norte e o sul, esses grupos não compartilhavam inicialmente um sentimento nacional”, escreveu Bessa no artigo em pauta.

E, citando Oswaldo Truzzi, professor titular sênior do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e membro da coordenação da área de Ciências Humanas e Sociais da FAPESP, continuou: “Mais do que procurar por uma suposta identidade italiana trazida pelos imigrantes, seria mais apropriado investigar o processo que levou à construção de uma italianità all’estero [italianidade no exterior]”.

Entre os vários fatores que contribuíram para isso, o teatro desempenhou um papel importante, porém, ambíguo. “No interior da comunidade imigrante, os grupos amadores de teatro reuniam italianos de diversas origens a fim de representar peças em italiano, especialmente de autores ligados ao Risorgimento [Ressurgimento, nome dado ao movimento que resultou na unificação da Itália]. Setenta associações desse tipo chegaram a funcionar ao mesmo tempo todos os finais de semana, promovendo saraus patrióticos. Por outro lado, fora da comunidade imigrante, o teatro contribuiu para divulgar imagens estereotipadas dos italianos, transformados em personagens-tipo caracterizados pela personalidade expansiva e a fala macarrônica”, afirma Bessa.

O veículo mais utilizado na difusão desses estereótipos foi o teatro de revista. Era um gênero bastante popular, que se caracterizava pela sátira aos costumes, às figuras públicas e aos modismos e outros acontecimentos da atualidade. Estruturalmente, consistia em uma sucessão de sketches e de números de canto e de dança, sem ligação necessária entre si, mas amarrados por uma dupla ou trio de personagens, os compères (compadres), que funcionavam como fio condutor.

“Nas revistas ambientadas em São Paulo, que começaram a ser produzidas na última década do século 19, era quase obrigatório que um dos ‘compadres’ fosse um personagem-tipo caipira, morador do interior do Estado de São Paulo, que vinha passar uns dias na capital e ficava embasbacado com a urbanização acelerada da cidade e o grande fluxo imigratório que descaracterizavam o antigo vilarejo colonial. Com o tempo, outro ‘compadre’ da dupla ou trio passou a ser representado pelo personagem-tipo do imigrante italiano”, conta Bessa.

Não foram preservadas fotografias retratando atores caracterizados como italianos. Mas é possível ter uma boa ideia de como esses imigrantes eram representados, por meio das caricaturas publicadas na imprensa da época. A mais famosa delas era a de Juò Bananère (João, Vendedor de Bananas), personagem criado pelo escritor e engenheiro Alexandre Ribeiro Marcondes. Durante quatro anos, Bananère “assinou” uma coluna semanal na revista O Pirralho, na qual comentava, em linguagem macarrônica, acontecimentos políticos cotidianos. A coluna era ilustrada por caricaturas feitas por Voltolino, pseudônimo de Lemmo Lemmi, um descendente de italianos.

O processo de construção de identidades se deu por meio da relação do “italiano” com o “caipira. E Bessa identificou quatro momentos nesse processo, exemplificados por quatro peças levadas à cena em épocas distintas no teatro de revista. Na primeira, “O Boato”, encenada em 1898 por uma companhia carioca, os tipos italianos aparecem como personagens secundários, no papel de vendedores ambulantes em cenas isoladas. A comunicação desses personagens com o “caipira” é bastante ruidosa. A segunda, “Fado e Maxixe”, escrita pelo brasileiro João Phoca e pelo português André Brun e levada ao palco em 1911, já mostra uma certa assimilação da cultura do imigrante: o personagem “caipira” é chamado a cantar um cateretê, gênero musical característico do interior paulista, e acaba fazendo uma miscelânea de quadras populares paulistanas e árias de óperas italianas.

O tipo italiano só aparece pela primeira vez como personagem do trio condutor em 1914, poucos meses antes da eclosão da Primeira Guerra Mundial, na peça “São Paulo Futuro”. E sua presença, ao lado dos outros dois personagens, “o caipira” e “o soldado”, expressa um momento de relativa tensão. Reclamão, “o italiano” repete o tempo todo o bordão “Ma questo è una porcheria” (Mas isto é uma porcaria), em alusão aos hábitos paulistanos.

Na década de 1930, finalmente, no contexto do confronto da oligarquia paulista com a ditadura de Getúlio Vargas, as diferenças nacionais foram superadas em nome de uma identidade local. Na peça “Civil e Paulista”, que põe em cena um “caipira”, um “italiano” e um “português”, o “italiano” se apresenta como “civil”, em um resgate do discurso da campanha civilista de 1910, e “paulista”, reivindicando sua “paulistanidade”. E os três personagens chegam a um grande acordo.

A revista culmina em uma cena apoteótica em homenagem a Garibaldi, com coristas vestidas de bersaglieri [soldados de infantaria, caracterizados pelo chapéu de abas largas, decorado com plumas negras, que desempenharam papel decisivo no processo de unificação da Itália], tendo ao fundo as bandeiras da Itália, do Brasil e do Estado de São Paulo. “Italianidade, brasilidade e ‘paulistanidade’ se fundem, nesse momento, para dar origem a uma identidade local nova, marcada pelo desejo político de retomada da supremacia de São Paulo”, comenta Bessa.

Segundo a pesquisadora, as quatro peças exemplificam, de maneira singela, mas arguta, o processo de assimilação do imigrante italiano pela cidade de São Paulo. Primeiro, o estranhamento, depois a oposição e finalmente a associação. “O ponto alto dessa associação se daria nos anos 1950, com a figura do compositor, cantor, ator e comediante João Rubinato (1912-1982), consagrado como personagem antológico da cultura ítalo-caipira com o nome artístico de Adoniran Barbosa”, conclui Bessa.

O artigo mencionado nesta reportagem é um dos vários produtos da pesquisa de pós-doutorado “Um palco em disputa: teatro musicado, sociedade e cultura na São Paulo dos anos 1920 e 1930”, realizada por Bessa no Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB-USP) com apoio da FAPESP. A pesquisadora realizou estágio de pesquisa durante um ano na École des Hautes Études en Sciences Sociales, na França.

Mais informações sobre o livro Italianness and Migration from the Risorgimento to the 1960s podem ser acessadas em: https://link.springer.com/book/10.1007/978-3-030-88964-7.

 

José Tadeu Arantes

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/teatro-popular-teve-papel-chave-na-integracao-dos-imigrantes-italianos-em-sao-paulo/38498/


Posts mais acessados