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quarta-feira, 18 de junho de 2025

Origem e sentido da Solenidade de Corpus Christi

 A festa de Corpus Christi é um convite para uma meditação sobre o valor e a importância da Eucaristia em nossa vida. A palavra Corpus Christi vem da língua latina e significa Corpo de Cristo. É uma festa que celebra a presença real de Cristo na Eucaristia. É realizada na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade que, por sua vez, acontece no domingo seguinte ao de Pentecostes.

A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao século XIII. Foi instituída pelo Papa Urbano IV (1262-1264) através da bula “Transiturus”, de 11 de agosto de 1264.

Urbano IV, antes de ser escolhido Papa, era cônego de Liège (Bélgica) e se chamava Tiago Pantaleão de Troyes. Ele tinha recebido o segredo das visões da Freira Juliana de Liége, que pedia uma festa da Eucaristia no calendário litúrgico.  

Conta a história que, sucessivamente, um sacerdote chamado Pedro de Praga, muito piedoso e zeloso pastoralmente, vivia angustiado por dúvidas sobre a presença real de Cristo no pão consagrado. Decidiu então ir em peregrinação ao túmulo dos Apóstolos Pedro e Paulo em Roma, para pedir o dom da fé. Ao passar por Bolsena (Itália), enquanto celebrava a Santa Missa, foi novamente acometido pela dúvida. Na hora da consagração veio-lhe a resposta em forma de milagre: a sagrada hóstia branca transformou-se em carne viva, respingando sangue, manchando o corporal (paninho branco no qual são colocadas as sagradas espécies consagradas), o sanguíneo (paninho de limpar o cálice) e a toalha do altar.

Por solicitação de Urbano IV, os objetos milagrosos foram, em solene procissão, para a cidade de Orvieto, onde na época o Papa morava.

São Tomás de Aquino foi responsável pela composição dos textos da liturgia de Corpus Christi, a pedido do Papa Urbano IV. Para a celebração, ele compôs também o hino “Pange lingua”, o qual inspira o canto da Bênção do Santíssimo cantada no Brasil. A parte final deste hino é o Tantum ergo sacramentum, em português “Tão sublime sacramento”.

A Eucaristia é um dos sete Sacramentos e foi instituída na Última Ceia, quando Jesus disse: “Este é o meu Corpo… Este é o cálice do meu Sangue… fazei isto em memória de mim” (Mt 26,26). Assim, vemos que quem pediu que nós ao longo dos tempos e da história celebrássemos a Eucaristia foi o próprio Cristo. E a Igreja Católica cumpre este mandato até hoje, para perpetuar a presença salvadora de Jesus na história.

São Tomás de Aquino afirmou: “Nenhum outro sacramento é mais salutar do que a Eucaristia. Pois, nele os pecados são destruídos, crescem as virtudes e a alma é plenamente saciada de todos os dons espirituais. A Eucaristia é o memorial perene da paixão de Cristo, o cumprimento perfeito das figuras da antiga aliança e o maior de todos os milagres que Cristo realizou”.

Para celebrar este Cristo presente na vida da Igreja, se enfeitam as ruas com tapetes feitos de sal, serragem, borra de café, areia e flores, para que Jesus Eucarístico possa passar pelas ruas e abençoar as cidades e seus moradores, que por sua vez lhe conferem adoração e atos de fé.

Com fé, esperança e amor acolhamos a palavra de Jesus: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente” (João 6,51).

 

Lino Rampazzo - doutor em Teologia e professor no Curso de Teologia da Faculdade Canção Nova.


Bandeira Azul: 60 praias e marinas brasileiras são indicadas para receber certificação internacional

 

Integrado pelo Ministério do Turismo, júri nacional do programa aprovou candidaturas de cinco estados do país para a temporada 2025/2026. Selo reconhece o cumprimento de critérios relacionados à boa gestão ambiental

 

Um total de 60 praias e marinas do Brasil podem receber a prestigiada certificação internacional Bandeira Azul na temporada 2025/2026, graças ao compromisso com a adequada gestão ambiental. As candidaturas foram aprovadas pelo Júri Nacional do programa, integrado pelo Ministério do Turismo (MTur), e seguem agora à etapa final do processo, a cargo da Foundation for Environmental Education (FEE), entidade internacional sediada na Dinamarca. 

Os destinos, selecionados por adesão voluntária, são de Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. O processo teve concorrentes inéditos, como as praias José Gonçalves (Armação de Búzios-RJ), Foguete (Cabo Frio-RJ), Vermelha (Penha-SC) e dos Molhes do Atalaia (Itajaí-SC). 

O Brasil tem o maior número de praias e marinas premiadas na América do Sul (49), refletindo o avanço da qualificação ambiental de áreas costeiras e estruturas náuticas. 

O ministro do Turismo, Celso Sabino, ressalta os esforços do governo federal para incentivar o turismo responsável. “A sustentabilidade é um dos grandes nortes do governo brasileiro, e a possibilidade de ampliarmos o número de locais certificados com o selo Bandeira Azul demonstra que nossos destinos estão cada vez mais comprometidos com o meio ambiente. Isso reforça a visibilidade do Brasil como protagonista do desenvolvimento sustentável e responsável”, observa Sabino. 

Em Santa Catarina, as cidades de São Francisco do Sul e Bombinhas se destacaram como as únicas do Brasil com cinco praias pré-aprovadas cada uma na temporada 2025/2026. O selo é conferido a localidades que cumprem um total de 38 critérios relacionados à qualidade da água, gestão ambiental, segurança, infraestrutura e à educação ambiental, constituindo uma das premiações internacionais mais reconhecidas no âmbito da sustentabilidade. 

Para Leana Bernardi, coordenadora nacional do Programa Bandeira Azul e diretora do Instituto Ambientes em Rede (IAR), responsável pela iniciativa no Brasil, a seleção reafirma o papel do país como referência na região. “O programa tem contribuído de forma estratégica para consolidar uma agenda de sustentabilidade no turismo nacional. A expansão da premiação demonstra o compromisso de diversos atores com a valorização do nosso patrimônio natural e com a excelência na gestão ambiental das regiões costeiras”, aponta.

 

SELEÇÃO - Além do MTur e do IAR, o Júri Nacional do Bandeira Azul - programa presente em mais de 50 países - é composto pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, a Embratur e a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), entre outros, e passou a contar, neste ano, com a Associação Brasileira de Ilhas Turísticas (Abitur). O anúncio dos premiados e a cerimônia nacional de entrega do selo ocorrerão no mês de outubro, em data e local a serem confirmados. 

Confira a lista de candidaturas pré-aprovada:

 

PRAIAS: 

• Praia do Patacho - Porto de Pedras (AL)

• Praia do Paraíso - Guarajuba, Camaçari (BA)

• Praia da Espera - Itacimirim, Camaçari (BA)

• Praia da Viração - Ilhas dos Frades, Salvador (BA)

• Ponta de Nossa Senhora de Guadalupe, Ilha dos Frades, Salvador (BA)

• Praia da Azeda-Azedinha - Armação de Búzios (RJ)

• Praia do Forno - Armação de Búzios (RJ)

• Praia José Gonçalves - Armação de Búzios (RJ)

• Praia de Tucuns - Armação de Búzios (RJ)

• Praia Caiçara - Lagunar, Arraial do Cabo (RJ)

• Praia do Foguete - Cabo Frio (RJ)

• Praia do Peró - Cabo Frio (RJ)

• Praia do Pontal do Peró - Cabo Frio (RJ)

• Praia Cidade Nova - Iguaba Grande (RJ)

• Praia de Ubás - Iguaba Grande (RJ)

• Praia do Sossego - Niterói (RJ)

• Praia da Reserva - Rio de Janeiro (RJ) - Trecho Nelson Mandela

• Prainha - Rio de Janeiro (RJ)

• Praia de Grumari - Rio de Janeiro (RJ)

• Praia das Pedras de Sapiatiba - São Pedro da Aldeia (RJ)

• Praia da Vila - Saquarema (RJ)

• Praia das Pedras de Itaúna - Saquarema (RJ)

• Prainha - Saquarema (RJ)

• Praia do Estaleirinho - Balneário Camboriú (SC)

• Praia do Estaleiro - Balneário Camboriú (SC)

• Praia de Taquaras - Balneário Camboriú (SC)

• Praia Central - Balneário Piçarras (SC)

• Praia da Barra do Rio Piçarras - Balneário Piçarras (SC)

• Praia de Piçarras - Balneário Piçarras (SC)

• Praia da Ponta do Jacques - Balneário Piçarras (SC)

• Praia da Conceição - Bombinhas (SC)

• Praia de Quatro Ilhas - Bombinhas (SC)

• Praia da Tainha - Bombinhas (SC)

• Praia de Mariscal - Bombinhas (SC)

• Prainha de Mariscal - Bombinhas (SC)

• Praia da Lagoa do Peri - Florianópolis (SC)

• Praia das Cordas - Governador Celso Ramos (SC)

• Praia Grande - Governador Celso Ramos (SC)

• Prainha de Itá - Itá (SC)

• Praia dos Molhes do Atalaia - Itajaí (SC)

• Praia da Bacia da Vovó - Penha (SC)

• Praia da Saudade - Penha (SC)

• Praia Grande - Penha (SC)

• Praia Vermelha - Penha (SC)

• Praia do Ervino - São Francisco do Sul (SC)

• Praia de Ubatuba - São Francisco do Sul (SC)

• Praia do Forte - São Francisco do Sul (SC)

• Praia Grande - São Francisco do Sul (SC)

• Prainha / Praia da Saudade - São Francisco do Sul (SC)

• Praia do Tombo - Guarujá (SP)

 

MARINAS: 

• Yacht Clube da Bahia - Salvador (BA)

• Marina Costabella - Angra dos Reis (RJ)

• Tedesco Marina - Balneário Camboriú (SC)

• Iate Clube de Santa Catarina - Florianópolis (SC)

• Marina Conceição - Florianópolis (SC)

• Marina Itajaí - Itajaí (SC)

• Marina VillaReal - São Francisco do Sul (SC)

• Iate Clube de Santos - Guarujá (SP)

• Voga Marine - Ubatuba (SP)

• Marina Kauai - Ubatuba (SP)

 

Remuneração não é barreira para contratação de profissionais 50+, mas 52,4% ainda percebem etarismo no mercado

Levantamento do Pandapé aponta que, apesar de serem considerados comprometidos e experientes, profissionais com 50 anos ou mais seguem enfrentando obstáculos para se manter no mercado de trabalho.

 

Mesmo com alta qualificação e remuneração compatível (ou superior) à de outras faixas etárias, profissionais com 50 anos ou mais ainda enfrentam exclusão no mercado de trabalho brasileiro. É o que revela um levantamento do Pandapé, software de RH mais utilizado na América Latina. 

Segundo a pesquisa, 52,4% dos respondentes acreditam que o etarismo compromete a capacidade das empresas de reter esse público. A remuneração, ao contrário do que muitos imaginam, não é o principal entrave: 60,7% afirmam que ela é equivalente à de outras idades, e 21,4% dizem que é até maior. 

“Existe um mito de que contratar pessoas mais velhas custa mais caro ou traz menos retorno. O que os dados mostram é justamente o oposto. Esse grupo é altamente escolarizado e reconhecido como comprometido e experiente. O problema não é técnico, é cultural”, afirma Thomas Costa, porta-voz do Pandapé, software de RH mais usado na América Latina.
 

Inclusão ainda tímida

Entre os 58,8 mil currículos cadastrados na plataforma, apenas 10,2% são de profissionais com mais de 51 anos — a menor proporção entre os grupos adultos. Destes, mais de 55% têm ensino superior, técnico ou pós-graduação, o que evidencia o alto nível de qualificação. Ainda assim, quase 80% estão fora do mercado de trabalho atualmente. 

A percepção das empresas sobre esse público é positiva: 47,6% destacam sua estabilidade e comprometimento, enquanto 46,4% valorizam a experiência acumulada. Mas na prática, apenas 29,8% das empresas relatam boa participação dessa faixa etária nos processos seletivos, e 16,7% afirmam que raramente ou nunca contratam profissionais com 50 anos ou mais. 

Outro dado preocupante é que quase 40% das empresas não discutem etarismo internamente, e apenas 15,5% contam com diretrizes claras sobre o tema — o que contribui para a manutenção de práticas excludentes e preconceitos estruturais. 

Quando questionadas sobre os principais desafios para integrar profissionais mais velhos em equipes multigeracionais, 39,3% apontaram dificuldades com tecnologia e adaptação, seguidas por diferenças de comunicação (19%) e preconceito de outras gerações (9,5%). 

Além disso, 34,5% reconhecem que a discriminação por idade pode ocorrer em suas empresas, mesmo sem registros formais — indicando a urgência de políticas estruturadas e ações afirmativas.

 

Oportunidade negligenciada

Com o aumento da longevidade e a necessidade de requalificação constante, os profissionais 50+ representam uma oportunidade estratégica para empresas que buscam equipes diversas e resilientes. No entanto, 61,9% dos participantes acreditam que o mercado ainda não está preparado para aproveitar esse potencial. 

“É preciso que as lideranças enxerguem a diversidade geracional como um ativo competitivo, e não como um desafio. O etarismo é uma barreira invisível, mas negativamente poderosa, que custa caro em termos de produtividade e inovação”, reforça Thomas Costa.

 

Geração Z será a mais rica, mas é a que mais gasta

Jovens dizem que possuem melhores condições financeiras do que os pais quando tinham a mesma idade, segundo pesquisa da Serasa 

 

Em dez anos, a Geração Z será a mais rica do mundo, de acordo com pesquisa do Bank of America. Isso significa dizer que a renda das pessoas que possuem entre 18 a 29 anos poderá alcançar US$40 trilhões até 2040. O mesmo estudo, contudo, trouxe outro dado preocupante, essa também é a geração que mais gasta. 

Embora a pesquisa do Bank of America indique que os jovens se sentem em situação pior que a de seus pais na mesma idade, outra pesquisa feita com jovens da geração Z brasileiros pela Serasa e a Opinion Box mostrou uma percepção diferente. Segundo o estudo nacional, 67% dos entrevistados afirmam que possuem hoje uma condição financeira melhor do que a dos pais com a mesma idade. 

Outros dados das pesquisas, porém, coincidem. Por exemplo, quando falamos de despesas básicas. Segundo o estudo do Bank of America, os gastos com aluguel e serviços essenciais estão mais caros para a geração Z do que para o restante da população. Isso se alinha aos dados da Serasa: 69% dos entrevistados dizem que a maior parcela da sua renda é destinada a custear os mesmos serviços básicos. 

Porém, para alcançar objetivos maiores, é preciso poupar. A pesquisa da Serasa mostra que 51% dos jovens brasileiros pretendem poupar para comprar um imóvel ou um carro, enquanto a do Bank of America mostra que os saldos dessa geração não cobrem nem um mês de despesas básicas, o que pode jogar esses jovens rapidamente no universo da inadimplência. 

Para o CEO da iCred, Túlio Matos, a inadimplência e o nome negativado de grande parte da população economicamente ativa impactam a economia como um todo. “O endividamento afeta principalmente o setor de comércio e serviços, que percebe uma redução nas vendas e contratações, e consequentemente, acaba promovendo cortes. Em breve, a Geração Z representará metade da força de trabalho, gerando um efeito em cadeia que pode frear o crescimento do país”, alerta.

Para ele, o problema pode piorar porque existem outros fatores que contribuem para este cenário, como a falta de educação financeira entre os mais jovens. De acordo com um estudo da Serasa, apenas 10% dos jovens tiveram acesso significativo à educação financeira em casa.

Mas Túlio alerta que os empréstimos só devem ser considerados se observados alguns requisitos. “O crédito deve ter um papel de colaborar na solução do endividamento, para a pessoa se organizar financeiramente e planejar melhor o futuro”, afirma.

Confira, a seguir, algumas dicas para colocar as finanças em dia:


Organize seus gastos

Para iniciar o planejamento financeiro, tenha o controle de todos os seus gastos fixos e eventuais. Registre em uma planilha todos os seus gastos, e liste até mesmo gastos não programados, como uma ida ao dentista, a compra de um remédio ou uma visita do pet ao veterinário.


Analise sua renda e alinhe os números

Após o primeiro passo, avalie se sua renda é compatível com as despesas. Caso não seja, será necessário rever quais gastos são realmente necessários e quais podem ser cortados. Vale lembrar que até as despesas básicas podem ser reduzidas, como economizar nas contas de água e luz, optar por produtos mais baratos no mercado ou, ainda, deixar de comprar itens desnecessários, como os famosos deliveries. 


Considere as emergências

Todos sabemos que emergências acontecem: um cano quebrado, uma doença ou qualquer outro imprevisto. O ideal é ter uma reserva para emergências, ou optar por um empréstimo consignado dentro da sua possibilidade de pagamento. Analise as alternativas com calma e uma calculadora na mão.


Pense no futuro

Para compras grandes, de bens duráveis ou de longo prazo, é necessário se preparar. Vale poupar o que for possível. A recomendação é poupar 20% da renda, mas se este valor for muito alto para você, comece com o que pode. E seja constante, ainda que com valores pequenos. 




iCred



Reclamações sobre compra de material e uniforme escolar caem 40% em São Paulo

 

Divulgação: SME

Melhorias no sistema de créditos e ampliação das lojas credenciadas ajudam a reduzir insatisfação das famílias da rede municipal

 

A Prefeitura de São Paulo registrou uma redução de 40% no número de reclamações sobre a compra de material e uniforme escolar feitas ao portal 156. Entre janeiro e março deste ano, foram 226 registros, contra 383 no mesmo período de 2021.

 

A queda é reflexo de uma série de melhorias implantadas pela Secretaria Municipal de Educação (SME) para facilitar o acesso das famílias aos itens. Até 2021, os materiais e uniformes eram distribuídos diretamente nas escolas. Com a adoção do sistema de créditos, os responsáveis passaram a ter mais autonomia para escolher os produtos em lojas credenciadas.

 

Inicialmente, a compra era feita por meio de dois aplicativos diferentes. Desde 2022, o processo foi unificado por meio do aplicativo Kit Escolar DUEPAY, o que trouxe mais agilidade e menos burocracia. Outra mudança importante foi a antecipação da liberação dos créditos, que agora acontece antes do início do ano letivo. Isso permite que as famílias realizem as compras com mais tranquilidade e que os estudantes comecem as aulas já com o material e o uniforme completos.

 

Os resultados vêm aparecendo: considerando os anos letivos completos, a queda nas reclamações chegou a 96%. Em 2021, foram mais de 19 mil registros. Já em 2024, apenas 600 – um número pequeno frente ao universo de mais de 1 milhão de estudantes da rede municipal.

 

Outro fator que contribuiu para a redução das queixas foi a ampliação da rede de lojas credenciadas. No caso do material escolar, o número de estabelecimentos saltou de 232 em 2021 para 1.052 este ano. Já para a compra de uniformes, o crescimento foi de 209 para 920 pontos de venda, fortalecendo o comércio local e garantindo atendimento em todas as regiões da cidade.

 

Todos os estudantes da Rede Municipal de Ensino têm direito aos créditos, que podem chegar a R$424,00 para a compra de material escolar, dependendo do ciclo em que estão matriculados. Para o uniforme, o valor é de R$560,97, sendo R$445,63 destinados às roupas e R$115,34 aos tênis. O kit inclui cinco camisetas, uma bermuda, uma jaqueta, duas calças, um blusão de moletom, cinco pares de meias e um par de tênis. 


Desde o início do ano já foram realizadas mais de 1,8 milhão de vendas de material e uniforme escolar. As famílias têm até outubro para utilizar os créditos disponíveis nas lojas credenciadas.



Consórcio imobiliário para comprar veículo? Por que isso não é permitid

Existem finalidades específicas de cada modalidade de consórcio. Há um alerta sobre os riscos de uso indevido da carta de crédito

 

A crescente busca por consórcios como alternativa estratégica para aquisição de bens tem gerado muitas dúvidas entre os consumidores. Uma das perguntas mais frequentes é: posso usar uma carta de crédito de consórcio imobiliário para comprar um carro?

A resposta é direta: não, isso não é permitido. Cada modalidade de consórcio tem finalidades específicas, e tentar utilizar usá-las fora dessas regras pode resultar em frustração e até na negativa da administradora em liberar os recursos.

Alexandre Kloch, especialista em consórcios e em soluções financeiras personalizadas. orienta: clientes que veem no consórcio uma alternativa de investimento consciente e planejado precisam estar atentos no objetivo desde o início:

“Muita gente acredita que, ao ser contemplado, pode usar a carta de crédito como quiser. Mas não é assim que funciona. Um consórcio de imóveis só pode ser usado para finalidades ligadas a imóveis. O mesmo vale para consórcios de veículos. As regras são claras e regulamentadas pelo Banco Central”, explica Kloch.


Cada consórcio, uma finalidade

De acordo com a ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), a carta de crédito de um consórcio imobiliário pode ser utilizada para compra de casas, apartamentos, terrenos e até construção ou reformas — desde que tudo esteja devidamente documentado. Já no caso do consórcio de veículos, o foco é claro: compra de carros, motos, caminhões e até veículos náuticos.

“O que define a utilização é a modalidade contratada no momento da adesão. Quando você escolhe um consórcio de imóveis, está assumindo uma cota que seguirá regras específicas. Não há como mudar o destino do crédito depois da contemplação”, reforça Kloch.


Riscos de tentar ‘burlar’ o sistema

Tentar desviar o uso da carta de crédito pode acarretar sérias consequências para o consorciado. A administradora pode recusar a liberação dos recursos, o que acaba comprometendo o planejamento financeiro do cliente. Além disso, há riscos legais e contratuais envolvidos.

“Já vi casos em que a pessoa queria usar a carta de crédito de consórcio imobiliário para comprar um carro usado, achando que poderia. A administradora bloqueou o processo e o cliente perdeu tempo e dinheiro”, alerta o especialista.


Transparência e planejamento são essenciais

Kloch reforça que o primeiro passo para quem deseja adquirir um bem por consórcio é escolher corretamente a modalidade. Caso o objetivo seja um carro, o ideal é optar diretamente por um consórcio de veículos — e o mesmo vale para quem deseja comprar um imóvel.

“O consórcio é uma ferramenta poderosa de educação financeira. Mas precisa ser usada com responsabilidade. Quando bem orientado, o cliente faz um excelente negócio e ainda evita juros altos de financiamentos tradicionais”, conclui.


O que é permitido?

Segundo a ABAC, dentro de cada modalidade há certa flexibilidade — desde que o bem adquirido esteja dentro da categoria. Por exemplo, um consórcio de veículos pode ser usado para adquirir carros novos ou usados, motos, caminhões, tratores e até embarcações, dependendo da Administradora. Já o consórcio imobiliário pode contemplar imóveis novos, usados, terrenos, reformas e construção.

O especialista lembra que o consórcio continua sendo uma das formas mais acessíveis de planejamento para quem quer comprar bens de forma parcelada e sem juros abusivos, mas é fundamental entender suas regras e limitações.

“Cada modalidade existe para atender a objetivos específicos, e tentar misturá-las só traz complicações, desde que se saiba exatamente o que está contratando, esclareça todas as dúvidas com seu consultor de vendas, antes de assinar o contrato ou pagar a primeira parcela”.




Serviço: Klock Consórcios
Alexandre Kloch - Especialista em Consórcio
(41) 991651533
@alexandrekloch


Construí na casa dos sogros. O imóvel é meu?

Reprodução internet
Especialista explica e traz dicas para aqueles que usam terreno de familiares para erguer a sua moradia 

 

Ter uma casa própria é um dos maiores desejos de um casal que inicia a vida conjugal. Como forma facilitada para a realização do sonho, a construção do imóvel no terreno de terceiros, normalmente sogros, parece ser a solução perfeita. Esse é um acontecimento comum entre os brasileiros: casal investe em obra, instala família, filhos, rotina. Tudo parece resolvido até que o relacionamento acaba ou os sogros falecem. E então, surge a dúvida que pode se transformar em disputa: afinal, quem é o dono do imóvel?

A resposta não é simples. O Código Civil brasileiro determina que o dono do solo é também dono da construção, salvo prova em contrário. Ou seja, se o terreno pertence aos sogros, a casa construída ali, a princípio, também pertence a eles.


Diferenciar o que é de quem

“O ponto central está em separar o que é propriedade do terreno e o que é investimento feito na construção. Quando não há contrato, tudo fica na base da confiança e, no direito, confiança sem documento vale pouco”, afirma Danniel Stehling Fernandes, advogado especialista nas áreas cível, tributária e imobiliária.

A escritura do terreno é o primeiro ponto de análise. Se o terreno está em nome dos sogros e não houve doação formal ou cessão de direitos com registro em cartório, a construção feita por genros ou noras pode ser considerada benfeitoria sem direito à propriedade.

Nesses casos, é possível reivindicar o reembolso do valor investido? Em teoria, sim. Na prática, depende de provas. “O ideal seria um contrato prévio, mesmo que simples, com a anuência dos proprietários, definindo que a construção pertence ao casal e que o valor investido poderá ser restituído em caso de separação ou venda”, orienta Fernandes.


Separou. E agora?

Quando ocorre a separação, o conflito se amplia. O parceiro que não é filho dos proprietários do terreno, geralmente são genro ou nora, pode ser convidado a deixar o imóvel, mesmo que tenha participado financeiramente da construção.

Se não houver contrato, documentos ou testemunhas que comprovem o acordo entre as partes, a chance de manter o direito à moradia ou pleitear indenização diminui. “Muitos tribunais consideram que, nesses casos, a construção foi feita com consentimento, mas sem garantia de permanência após o fim da união. A falta de formalização leva à instabilidade e o vínculo afetivo deixa de ter peso jurídico. Explica Fernandes.

Ainda assim, é possível buscar indenização pelo valor investido, desde que se apresentem provas: notas fiscais, transferências bancárias, registros fotográficos da obra, entre outros.


Herança e direito de permanência

Se os sogros falecem, a situação muda. O terreno passa a integrar a herança e é dividido entre os herdeiros legais. Caso o genro ou a nora continue morando no imóvel, pode enfrentar questionamentos dos demais herdeiros. A depender do contexto, isso pode gerar litígio (conflito levado à Justiça) e até reintegração de posse.

A jurisprudência brasileira tem reconhecido o direito à indenização ou à permanência temporária em alguns casos, especialmente quando há filhos envolvidos ou quando se comprova que a construção foi feita com recursos próprios e de boa-fé. Mas não há garantias.


E, nesse caso, existe usucapião?

Em tese, sim. A usucapião (é um jeito legal de se tornar dono de um imóvel depois de usá-lo por muitos anos, de forma contínua, pacífica e como se fosse o verdadeiro proprietário, mesmo sem ter escritura. A lei exige que certos requisitos sejam cumpridos, como tempo mínimo de posse e ausência de oposição) pode ser uma via de regularização da propriedade quando alguém ocupa um imóvel de forma mansa, contínua e sem oposição por um determinado período que varia entre 5 e 15 anos, dependendo da modalidade.

No entanto, o fato de construir em imóvel de familiares próximos complica a situação. “A Justiça costuma interpretar que há apenas uma permissão para uso, e não uma posse com intenção de ser dono, o que inviabiliza a usucapião”, explica Fernandes.

Ainda assim, há exceções. Se houver prova de que a relação familiar se rompeu e, mesmo assim, o ocupante permaneceu no imóvel por mais de uma década, pode haver abertura para a usucapião ordinária.


E quando há filhos?

Filhos do casal que vive na casa dos sogros não têm automaticamente direitos sobre o imóvel, a menos que sejam herdeiros dos donos do terreno. Se a construção for derrubada ou vendida pelos legítimos proprietários, o casal pode acionar a Justiça para pleitear indenização, mas não há garantia de vitória.


O que fazer antes de construir na casa dos sogros

  • Verifique se há possibilidade de doação de parte do terreno, com escritura pública registrada;
  • Elabore um contrato com cláusulas sobre o valor investido, a titularidade da construção e o que acontece em caso de separação ou falecimento;
  • Guarde todos os comprovantes de gastos com a obra;
  • Considere registrar a construção na matrícula do imóvel, se possível.

Em matéria de imóvel, afeto não substitui documento. O que hoje é um gesto de confiança, amanhã pode ser um impasse difícil de resolver. E, sem provas, a justiça tende a proteger o direito de quem está no papel.

  

Danniel Stehling Fernandes - advogado com mais de 20 anos de experiência nas áreas cível, tributária e imobiliária. Bacharel em Direito e pós-graduado em Direito Tributário pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, atua como diretor jurídico em diversas empresas, com forte atuação em contratos, planejamento tributário e contencioso judicial. É fundador da Danniel Stehling Fernandes Sociedade Individual de Advocacia, onde lidera projetos de consultoria e prevenção de litígios. Autor de livros voltados ao registro de imóveis, também é reconhecido por sua atuação estratégica em negociações com a Receita Federal e revisão de tributos.


Tradições juninas e festejos espalhadas pelo Brasil devem movimentar 24 milhões de pessoas e aquecer a economia

De Norte a Sul, as celebrações unem tradições regionais, fortalecem o turismo e geram renda e emprego em todo o país


Quando as fogueiras se acendem e as bandeirinhas coloridas enfeitam as ruas, é sinal de que chegou a época das festas juninas! Muito além da alegria e das tradições populares, esses festejos se firmam como importantes atrativos de visitantes, movimentando a economia de cidades, estados e de todo o país. Em 2025, a expectativa é de que as comemorações do mês de junho recebam mais de 24 milhões de pessoas, previsão acima do esperando no ano anterior, quando a projeção alcançou 21,6 milhões. A previsão foi feita pelo Ministério do Turismo com base nas informações divulgadas pelas secretarias de Turismo locais. 

Para valorizar a importância dessa manifestação cultural, o Ministério do Turismo lançou o projeto “Conheça o Brasil: Junino”. A iniciativa celebra a riqueza e a diversidade das festas de São João e marca oficialmente o início da temporada de forró, danças típicas e sabores regionais em todo o país. 

O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirma que as festas juninas são um verdadeiro reflexo da identidade brasileira. "Essas manifestações são o retrato da nossa cultura. São milhares de comemorações espalhadas por todo o Brasil que mostram a força das nossas tradições, movimentam o turismo doméstico e impulsionam o setor como motor de geração de renda e emprego”, destaca. 

Essa relevância foi reconhecida oficialmente em 2023, com a promulgação da Lei nº 14.555, que declara as festas juninas como “Manifestação da Cultura Nacional”. A combinação de elementos culturais nacionais com expressões regionais deu origem a celebrações únicas, que se espalham por todos os cantos do país, fortalecendo o sentimento de pertencimento e preservando um dos pilares da identidade brasileira.
 

Confira como os principais festejos juninos devem movimentar as diferentes regiões do país:
 

NORDESTE - Berço das maiores celebrações juninas do Brasil, a Região Nordeste abriga dois dos mais emblemáticos eventos do período: o São João de Caruaru (PE) e o São João de Campina Grande (PB), que juntos devem atrair cerca de 7 milhões de visitantes. Com apoio do Ministério do Turismo, a expectativa é que esses dois eventos movimentem mais de R$ 1,4 bilhão em 2025. 

Outro destaque é a festa em Mossoró (RN), que deve gerar R$ 377,2 milhões em gastos de moradores e turistas, segundo projeção da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.

 

NORTE - Na Região Norte, as celebrações juninas também ganham cada vez mais espaço. No Pará, o Parárraiá, com apoio do Ministério do Turismo, deve reunir mais de 400 mil pessoas em sua segunda edição. Já em Roraima, o Boa Vista Junina 2025 deve atrair 323 mil participantes ao longo de seis dias de festa, de acordo com a prefeitura local. 

No mesmo período, o Festival Folclórico de Parintins (AM), embora não seja uma festa junina, representa uma das mais importantes expressões culturais do país. Com investimento de R$ 10 milhões do MTur para sua 58ª edição, o evento deve atrair mais de 167 mil visitantes à cidade amazonense.
 

CENTRO-OESTE - Nessa região, o destaque é o tradicional Arraial do Banho de São João, realizado nas cidades de Corumbá e Ladário (MS), reconhecido em 2021 como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Iphan. Já em Brasília (DF), o “Maior São João do Cerrado”, com apoio do Ministério do Turismo, espera receber mais de 170 mil pessoas e gerar mais de 6 mil empregos diretos e indiretos. 

Outra festividade que movimenta a região é a Romaria do Divino Pai Eterno, em Trindade, no Goiás. A maior festa religiosa do Centro-Oeste começa no dia 27 de junho e espera receber mais de 3 milhões de fiéis.
 

SUDESTE - Nos grandes centros do Brasil, os festejos juninos também têm forte presença. No estado de São Paulo, entre junho e agosto, são esperados 520 mil turistas, valor superior ao ano anterior. A movimentação econômica gerada deve chegar a R$ 389 milhões, segundo o Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), considerando apenas as viagens com pernoite. 

Os mineirinhos também vão entrar no ritmo do arraiá. Em Minas Gerais, o projeto Minas Junina 2025 prevê uma mobilização de 3,3 milhões de pessoas em celebrações espalhadas por todas as regiões do estado, valorizando a cultura popular mineira.
 

SUL - A tradição nordestina também se espalhou pelo Sul do país, ganhando novos contornos com a cultura local. Um exemplo é a cidade de Camaquã (RS), onde os trajes típicos juninos ganham versões gaúchas: bombacha, botas, lenço no pescoço e vestido de prenda substituem a camisa xadrez e o chapéu de palha. A festa, que cresce a cada ano, reúne música, comidas típicas, quadrilhas e muita animação. 

Além dos festejos juninos com a “cara” da cultura do sul do país, outros festejos também movimentam a região, como a Festa Nacional das Flores & Orquídeas de Blumenau, em Santa Catarina, e a Festa do Pinhão, em Lages. Juntos, os eventos esperam receber cerca de 145 mil visitantes. 


INDO MAIS LONGE - Para ampliar ainda mais a visibilidade das festas juninas, o Ministério do Turismo firmou parceria com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Por meio do projeto “Arraiá Brasil”, as principais celebrações serão transmitidas ao vivo, levando a cultura nordestina a todas as regiões do país e promovendo tanto o turismo regional quanto o acesso democrático à cultura brasileira.


Qual é o tempo mínimo para um colaborador ficar na empresa antes de buscar novas oportunidades?

CEO do Infojobs responde a razão de o mercado estar deixando de ver com maus olhos quem troca de emprego antes de completar dois anos


Ficar pelo menos dois anos em um emprego sempre foi visto como um sinal de comprometimento e estabilidade. No entanto, em um período pós-pandêmico, com novas prioridades entrando em pauta, a lógica é outra — e mudar de emprego com mais frequência já não é mais um tabu para muitas empresas. 

Dados do Ministério do Trabalho mostram que o tempo médio de permanência de um profissional em um emprego, no Brasil, está abaixo dos dois anos. A informação de 2023, aponta que, entre os mais jovens, de 18 a 24 anos, a média é ainda menor: apenas nove meses. Ao contrário do que muitos pensam, essas movimentações já não são vistas como sinais de instabilidade, mas de busca por crescimento e novos desafios. 

“Os profissionais querem ser desafiados e desejam que sua permanência em uma empresa traga desenvolvimento e oportunidades”, explica Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, maior HRTech da América Latina. 

De acordo com a executiva, o fenômeno, conhecido como job hopping — ou troca frequente de empregos —, está em evidência há algum tempo e deixou de ser encarado com tanto preconceito. Hoje, profissionais que têm passagens mais curtas por empresas podem ser valorizados por trazerem repertório diverso, adaptabilidade e visão estratégica ampliada. 

“O mercado entende que uma carreira construída com movimentos consistentes, mesmo que em um menor espaço de tempo, pode ser tão ou mais rica do que uma trajetória linear e longa em uma só empresa. Tudo depende do contexto, dos aprendizados acumulados, dos projetos realizados e da forma como o profissional comunica isso”, destaca Ana. 

A nova realidade também é impulsionada pelas expectativas das novas gerações. A chamada geração Z, por exemplo, prioriza qualidade de vida, alinhamento de valores com a empresa e propósito no trabalho. Neste sentido, uma pesquisa recente da Aon revelou que 68% dos brasileiros pensam em mudar de emprego nos próximos 12 meses — um índice que reforça o desejo por mais significado e realização na jornada profissional.

 

Há oportunidades diante deste cenário?

Para as empresas, o desafio é claro: desenvolver estratégias mais eficazes de retenção. Isso passa por oferecer oportunidades reais de desenvolvimento para cada perfil, maior flexibilidade, liderança humanizada e uma cultura organizacional que faça sentido para o colaborador.  

“A permanência por anos em uma mesma empresa só faz sentido quando há a oportunidade de crescimento contínuo dos dois lados. Caso contrário, o que era visto como ‘lealdade’ pode virar estagnação”, comenta Ana Paula.  

A lição é direta: mais do que contar tempo, vale contar trajetória e resultados. E, nesse novo mercado, saber se reinventar — mesmo que isso signifique mudar antes dos famosos dois anos — pode ser um sinal de coragem, versatilidade e inteligência em prol do crescimento na carreira.

 

Conheça 5 tradições italianas que conquistaram os brasileiro

Divulgação 
Instituto Cidadania

Da mesa ao idioma, a cultura italiana molda hábitos, celebrações e valores no Brasil 

 

O Brasil é lar de uma das maiores comunidades italianas fora da Itália, com mais de 30 milhões de ítalo-brasileiros. A chegada dos imigrantes italianos em terras brasileiras no final do século XIX e início do século XX trouxe uma rica herança cultural que se integra profundamente à nossa sociedade.

Como um país rico em história e cultura, há 150 anos a Itália vem deixando um legado profundo e duradouro no Brasil. A influência italiana é visível nas mais diversas esferas e em tradições familiares que continuam sendo passadas de geração em geração, ajudando a formar a identidade de muitos brasileiros.

“Essa herança continua viva e reforça o orgulho de muitos brasileiros de terem suas raízes italianas”, diz Renata Bueno, ex-parlamentar italiana, advogada e presidente do Instituto Cidadania Italiana. Confira a seguir cinco tradições italianas que conquistaram os brasileiros.


Arte, arquitetura e música

A Itália é o berço de um dos movimentos artísticos mais importantes da história: o Renascimento. Artistas como Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael e Botticelli criaram obras que são admiradas até hoje. “A influência renascentista pode ser vista em vários formatos de arte no Brasil, especialmente em museus e galerias que exibem obras inspiradas nesses mestres”, comenta Renata.

A arquitetura italiana também deixou suas marcas no Brasil. Os imigrantes italianos trouxeram consigo o estilo singular de suas regiões, como as casinhas estreitas construídas de pedra ou madeira, típicas do Sul do Brasil. 

A música italiana, por sua vez, com sua rica tradição de óperas e canções populares, teve um impacto significativo na cena musical brasileira. Compositores como Verdi, Puccini e Rossini introduziram obras-primas que são regularmente ouvidas em teatros renomados no Brasil. “Além das óperas, canções tradicionais italianas como O Sole Mio e Santa Lucia são populares em eventos culturais. A influência italiana também permeia a música popular brasileira, com ritmos e harmonias que ecoam nas composições locais”, destaca.

“Eventos e festivais culturais italianos no Brasil mantêm viva essa herança musical, promovendo uma profunda conexão cultural entre os dois países, como a Festa de São Vito ou da Nossa Senhora de Achiropita”.


Gastronomia

A gastronomia italiana é uma das mais queridas pelos brasileiros. Muitos pratos têm origem italiana, tais como o gnocchi, o fettuccine, a pizza, a lasanha e muitas outras delícias que se tornaram parte da culinária brasileira. 

Além disso, após a imigração passou-se a cultivar verduras e milho no Brasil, usados para produzir fubá nos quintais, tanto para consumo familiar quanto para venda. “O uso de embutidos, como calabresas e mortadelas, também é proveniente dos italianos”, conta Renata.


Religião

O catolicismo, a principal religião na Itália, foi trazido pelos imigrantes italianos e continua sendo predominante na vida de muitos ítalo-brasileiros e da sociedade brasileira em geral. Além disso, a Itália é lar de importantes áreas religiosas, incluindo a Basílica de São Pedro no Vaticano e a Basílica de São João de Latrão em Roma, locais de peregrinação e devoção para muitos fiéis.


Língua

A língua italiana contribuiu significativamente para o vocabulário português no Brasil. Uma das tradições mantidas pelos italianos aqui no Brasil é o famoso “tchau”, que tem origem da palavra “ciao”, utilizada na Itália como uma saudação informal. 

Outras palavras de origem italiana são alarme, artesão, banquete, cascata, festim, gazeta, maestro, máfia, panetone, polenta, soneto, trampolim e violino. “O brasileiro utiliza também no seu dia a dia em tom de brincadeira expressões italianas como va bene, mangiamo, mamma mia, felice e tantas outras. E ainda temos o Talian, uma língua reconhecida oficialmente no Brasil, que é muito falada em colônias italianas da região Sul”, explica Renata.


Família

Na tradição italiana, a família é um pilar central que envolve uma vasta rede de parentes. Essa tradição se mantém viva entre os ítalo-brasileiros, que frequentemente se reúnem para grandes almoços familiares repletos de comida e vinho, seja para celebrar uma data comemorativa ou apenas manter o convívio com os familiares. 

E são justamente as famílias que passam todas essas tradições italianas de pai para filho, mantendo viva sua herança cultural e garantindo que a cultura da Itália continue a influenciar as novas gerações. “São tradições que fortalecem os laços familiares e a identidade cultural, promovendo um sentimento de pertencimento e de orgulho das raízes italianas”, completa Renata.

 

Instituto Cidadania Italiana
www.institutocidadaniaitaliana.com.br


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