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terça-feira, 15 de abril de 2025

Vozes do Advocacy promove o 4º Fórum de Complicações do Diabetes e o 4º Encontro para capacitação das organizações de diabetes

 Os eventos serão realizados nos dias 23 e 24 de abril, em Brasília, DF


Com o objetivo de promover um diálogo com o Governo e com as diferentes instituições de pessoas com diabetes, apontar as complicações resultantes do diagnóstico tardio da doença, bem como a falta de adesão ao tratamento e propor soluções para este cenário alarmante, o Vozes do Advocacy - Federação de Associações e Institutos de Diabetes e Obesidade realizará o 4º Fórum de Complicações do Diabetes, no dia 23 de abril, na Casa JOTA, em Brasília, Distrito Federal.

O Fórum contará com a participação de representantes do Ministério da Saúde, Conasems (Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde) , Conass (Conselho Nacional de Secretarias Estaduais de Saúde), Vozes do Advocacy, Sociedade Brasileira de Nefrologia, Sociedade Brasileira de Imunização, Programa Nacional de Imunização.

“Nossa intenção é sensibilizar o poder público e as entidades que atuam no diagnóstico e tratamento do diabetes sobre a importância do diagnóstico precoce e acesso ao tratamento adequado para evitar o agravamento da doença, que está crescente no nosso país”, ressalta Vanessa Pirolo, presidente do Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade.


4º Encontro de Capacitação das organizações de diabetes

Outro evento importante promovido anualmente pela entidade será o 4º Encontro de Capacitação, que reunirá 27 organizações de diabetes, no dia 24 de abril, no Hotel Grand Mercure, em  Brasília.

Temas como “Impacto psicossocial do diabetes e o papel das organizações de paciente”;  “doença ocular da tireoide”; “a relação de diabetes, obesidade e cardiometabolismo” serão alguns dos destaques da programação (veja a programação completa logo abaixo).

“Todo ano nos engajamos nessa capacitação para que todas as organizações estejam mais aptas a participar ativamente na conquista pelo tratamento adequado no país nas esferas municipal, estadual e federal”, afirma a presidente do Vozes do Advocacy.


Estatísticas alarmantes do diabetes

Novo atlas do diabetes aponta um crescimento significativo da doença no Brasil e América Latina. Dados publicados neste mês de abril pela IDF (Federação Internacional do Diabetes), até 2025, o número de casos deve saltar para 52 milhões.

O Brasil ocupa o 6º lugar em países do mundo que mais têm casos de diabetes, com mais de 16 milhões. A projeção é que, até 2050, o nosso país chegue ao 7º lugar. O país representa o 4º lugar no ranking mundial de diabetes tipo 1.

“O que muito nos preocupa é a falta de diagnóstico precoce, pois sabemos que esse fator contribui para o agravamento do quadro: estima-se que cerca de 29,1% das pessoas com diabetes na América do Sul e Central não saibam que têm a doença. São 16 milhões de pessoas que carregam a condição sem tratamento”, alerta Vanessa.


Principais complicações do diabetes não controlado:

- Neuropatia diabética: Danos aos nervos periféricos, causando dormência, formigamento e, em casos graves, perda de sensibilidade, especialmente nos pés.

- Retinopatia diabética: Afeta os vasos sanguíneos da retina, podendo levar à perda de visão.

- Nefropatia diabética: Danos aos rins, que podem evoluir para insuficiência renal.

- Doenças cardiovasculares: Aumenta o risco de infarto e AVC.

- Pé diabético: Úlceras e infecções nos pés, que podem levar à amputação.

- Cetoacidose diabética: Uma condição grave causada por níveis muito altos de glicose no sangue.


Agenda

4º Fórum de Complicações do Diabetes

Data: 23 de abril de 2025

Local: Casa JOTA

Endereço:  Edifício Rossi Esplanada Business - SCN, Quadra 01, Bloco G, sala 1501, 15º andar, Asa Norte - Brasília/DF

 

Realização: Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade

Programação:

9h: “Como o Brasil pode avançar na Atenção Especializada ao Diabetes? Estratégias em Oftalmologia e Nefrologia”


Convidados:

-Ministério da Saúde, Conass, Conasems, Vozes do Advocacy, Sociedade Brasileira de Nefrologia e Centro de Referência em Oftalmologia (CEROF)

Observação: Essa palestra será transmitida ao vivo pelo youtube:

https://www.youtube.com/watch?v=ESmJ6XIez8c

14h: 4º Fórum de Complicações do Diabetes


Convidados:

-Ministério da Saúde, Conasems, Vozes do Advocacy, Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Imunização, Programa Nacional de Imunização


4º Encontro de Capacitação das organizações de diabetes

Data: 24 de abril de 2025

Local: Hotel Grand Mercure Brasília

Endereço:  Setor Hoteleiro Norte quadra 5

Realização: Vozes do Advocacy

Empresas Parceiras: Sanofi, Merck, Boehringer, Roche, Abbott, Bayer, Lilly, Servier, Amgen, Medtronic e EMS.


Sobre o Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade

Com a participação de 22 associações e de 2 institutos de diabetes, o projeto promove o diálogo entre os diferentes atores da sociedade, para que compartilhem conhecimento e experiências, com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do diabetes da obesidade e das complicações de ambas as doenças, além de promover políticas públicas, que auxiliem o tratamento adequado destas doenças no país.

Instagram: @vozesdoadvocacy

 

Câncer de mama agressivo impacta a sobrevida de pacientes e os custos no SUS

Stockasso
Estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) revela a necessidade de agilizar os diagnósticos e também disponibilizar tratamentos inovadores na rede pública de saúde

 

O câncer de mama triplo-negativo se associa a um alto índice de mortalidade no Brasil, especialmente entre mulheres jovens. Diferentemente de outros tipos de câncer de mama, esta forma agressiva da doença não responde a terapias hormonais, tornando a quimioterapia a principal opção de tratamento. Para investigar a realidade de pacientes diagnosticadas com este subtipo, especialistas da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), com a participação de pesquisadores de várias universidades e hospitais brasileiros, realizaram um estudo que revela o impacto do câncer triplo-negativo na sobrevida de mulheres atendidas no hospital público Pérola Byington, em São Paulo (SP). O levantamento também dimensiona os custos do tratamento no SUS (Sistema Único de Saúde).

Como primeiro autor do artigo “Sobrevida global e impacto econômico do câncer de mama triplo-negativo na saúde pública brasileira: Um estudo do mundo real”, publicado no periódico JCO Global Oncology, o mastologista André Mattar, membro da SBM, destaca que o subtipo agressivo da doença é de rápida evolução e apresenta uma taxa de mortalidade no Brasil entre 30% e 40%.

A classificação “triplo-negativo” define a ausência dos receptores de estrogênio, progesterona e HER2, que controlam o crescimento do tumor, das células mamárias e da divisão celular. Mais incidente em jovens com menos de 40 anos, também é comum em mulheres que apresentam mutação dos genes hereditários BRCA1 e/ou BRCA2, responsáveis por proteger o corpo do aparecimento de tumores. Ao sofrer mutação, a função destes genes diminui e as chances de desenvolvimento do câncer aumentam.

O estágio em que o câncer triplo-negativo é diagnosticado, segundo Mattar, representa uma grande diferença na chance de sobrevivência das pacientes. O mastologista ressalta que entre mulheres que descobrem a doença no estágio II, o risco de morte é 47% menor do que entre pacientes diagnosticadas no estágio III. Além disso, acrescenta, quem consegue uma resposta completa ao tratamento inicial, com o desaparecimento temporário da doença, tem risco de morte reduzido em 79%.

O estudo conduzido pela SBM entre 2010 e 2019 analisou 710 mulheres com câncer triplo-negativo atendidas no hospital público Pérola Byington. A média de idade no diagnóstico foi de 52,5 anos. Entre as participantes da pesquisa, 50,8% eram negras e 46,1%, brancas. A maioria das pacientes foi classificada como estágio III (46,6%), seguida por estágio II (42,1%). De acordo com André Mattar, os regimes de quimioterapia consistiram em tratamento baseado em antraciclinas e taxanos, com um total de 412 mulheres submetidas à terapia neoadjuvante. “Neste universo, 232 (54,6%) foram tratadas com carboplatina e 96 (22,6%) atingiram resposta patológica completa”, diz.

Para o mastologista da SBM, o estudo lança luz sobre a importância de estratégias terapêuticas nos casos de câncer triplo-negativo para atingir a meta nos tratamentos, ou seja, a resposta patológica completa. “No sistema de saúde pública do Brasil, o tratamento deste subtipo da doença é limitado à quimioterapia convencional”, pontua. “Entre as novas drogas há o pembrolizumabe, imunoterapia usada especificamente para o tripo-negativo, mas que ainda não está disponível no SUS.”

De acordo com o estudo, o custo do tratamento no SUS aumenta conforme o câncer triplo-negativo avança. Para uma paciente em estágio inicial (I), o gasto médio mensal com quimioterapia é de US$ 101,87 (cerca de R$ 570), enquanto para uma mulher com câncer avançado (estágio IV), o valor sobe para US$ 314,77 (cerca de R$ 1.760) na primeira linha de tratamento e pode ser ainda maior em fases mais avançadas. No total, o SUS pode gastar mais de US$ 625 mil por paciente que precisa tratar a doença em estágio avançado.

“Se conseguíssemos acesso e tratamento mais rápido para as pacientes da rede pública de saúde, teríamos melhores resultados e o orçamento poderia ser investido em tratamentos inovadores já acessíveis na saúde suplementar”, avalia Mattar.

Atualmente, cerca de 75% dos brasileiros contam com o SUS para assistência médica. Embora seja gratuito ao usuário, o sistema enfrenta desafios, como limitações de recursos, longo tempo de espera e acesso desigual a terapias avançadas. O setor privado, por sua vez, atende aproximadamente 25% da população, oferecendo acesso mais rápido a serviços e tratamentos e opções em geral indisponíveis no sistema público.

“Com a pesquisa que realizamos no hospital público Pérola Byington, queremos reforçar a importância do diagnóstico precoce e do acesso rápido ao tratamento”, diz André Mattar. O estudo demonstra ainda que novas alternativas, como a imunoterapia, poderiam trazer grandes benefícios, se disponibilizadas para pacientes na rede pública. “Sem dúvida, investir em prevenção, rastreamento e no acesso a tratamentos inovadores pode salvar mais vidas e reduzir os custos da doença para o SUS”, conclui o especialista da Sociedade Brasileira de Mastologia.

 

BOLETIM DAS RODOVIAS

Castello Branco e Raposo Tavares apresentam tráfego lento no sentido capital


A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo na tarde desta terça-feira (15).

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Tráfego normal, sem congestionamento.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

Tráfego normal, sem congestionamento.

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

Os motoristas encontram tráfego lento, sentido capital, do km 26 ao km 25 na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), no sentido interior, o tráfego é normal. Já na Rodovia Castello Branco (SP-280), sentido interior, o tráfego é normal e, no sentido capital, o tráfego é lento do km 15 ao km 13+290, pista expressa e marginal.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

O tráfego é lento, sentido capital, do km 20 ao km 16 na Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto. No sentido interior, o tráfego é normal, sem congestionamento.

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamento.


Impactos da menopausa na carreira: por que as empresas precisam entender sobre isso?

 A menopausa é uma fase natural da vida de toda mulher que marca o fim da vida reprodutiva feminina, geralmente ocorrendo entre 45 e 55 anos, mas seus impactos vão além das mudanças biológicas. Ela também afeta a dinâmica das equipes e das empresas onde trabalham, exigindo compreensão e empatia de todos os envolvidos. No entanto, muitas organizações ainda não estão preparadas para lidar com os desafios que a menopausa pode trazer para o ambiente de trabalho.

Um estudo elaborado pela empresa PlenaPausa entre agosto de 2021 e junho de 2024 revelou que 44% das mulheres na menopausa se sentem menos produtivas no trabalho. Essa percepção está relacionada a uma série de sintomas que podem interferir no desempenho profissional, como oscilações de humor, distúrbios de memória, foco e concentração, falta de energia, dificuldade para dormir, entre outros. Tal alteração no cotidiano feminino soma-se ao preconceito e ao etarismo, resultando em desafios profissionais significativos em uma fase delicada que deveria corresponder ao auge da carreira das mulheres.  

Nesse cenário, a menopausa deixa de afetar apenas a mulher e se torna um fator que muda a dinâmica da equipe e da empresa, pois pode gerar conflitos, mal-entendidos e desmotivação. Para contornar esses problemas, as companhias devem buscar entender o que é a menopausa, como ela pode impactar o ambiente de trabalho e como seus efeitos podem ser mitigados da melhor forma possível. Isso evidentemente não significa abrir mão da qualidade ou da produtividade, mas sim oferecer suporte e flexibilidade para que as mulheres possam atravessar essa fase com dignidade e respeito.

Na contramão de um descarte súbito motivado por uma questão fisiológica natural, essa abordagem acolhedora para com as mulheres na fase da menopausa é benéfica não só para elas, mas também para as próprias empresas. As razões para compartilhar o mesmo espaço com outras gerações são inúmeras e são traduzidas diretamente em vantagens, inclusive competitivas. Além da óbvia diversidade intergeracional, capaz de enriquecer perspectivas e possibilidades de colaboração, a acumulação de anos de experiência resulta em habilidades e conhecimentos melhores desenvolvidos, redes de contato mais extensas, maturidade e habilidades interpessoais aprimoradas, maior capacidade de liderança e significativo potencial de mentoria e colaboração, um diferencial único para os profissionais mais jovens que estão começando suas carreiras. 

Diante desse amplo leque de benefícios, as empresas que valorizam a diversidade e a inclusão devem reconhecer que a menopausa é uma questão de saúde e de direitos das mulheres. Mais do que isso, elas devem criar políticas e práticas que garantam o bem-estar e a equidade das funcionárias nessa fase da vida. Isso pode incluir medidas como horários flexíveis ou trabalho remoto para mulheres que precisam de mais tempo ou descanso, disponibilização de salas de repouso ou ventiladores para aquelas que sofrem com fogachos ou a insônia, criação de grupos de apoio e redes de mentoria para as mulheres que desejam compartilhar suas experiências ou receber orientação, entre outras.

Para além disso, o desafio da menopausa na vida profissional também exige uma mudança de cultura e comportamento dentro da empresas. É preciso sensibilizar os gestores e os colegas sobre o que é a menopausa e como ela pode afetar o desempenho e o comportamento das mulheres, bem como incentivá-las a buscarem tratamento médico ou terapêutico para aliviar os sintomas da menopausa, com o intuito de manter o bom desempenho profissional, a saúde e  bem-estar de cada colaboradora.

A menopausa é uma fase desafiadora, mas também pode ser uma oportunidade de crescimento e transformação. As empresas que entendem isso e oferecem suporte para as suas funcionárias criam um ambiente de trabalho mais saudável, inclusivo e produtivo. Elas também se destacam no mercado como organizações que respeitam e valorizam a diversidade e o potencial das mulheres.

Portanto, é hora de quebrar o silêncio e o tabu sobre a menopausa no ambiente de trabalho. É hora de reconhecer que a menopausa não é o fim da carreira de uma mulher, mas sim uma etapa que pode e deve ser superada com apoio e compreensão - podendo inclusive ser o passo que faltava para que alcancem o auge profissional. É hora de investir na saúde e no bem-estar das mulheres para que elas possam continuar contribuindo com sua experiência, sabedoria e talento para as empresas e para a sociedade, independente de sua idade.

 

Dra. Fernanda Torras - ginecologista especialista em cirurgia íntima e estética íntima avançada


Cérebro Milenar: o impacto da IA e das novas tecnologias na mente humana

O mundo está cada vez mais complexo e incerto. A Inteligência Artificial se popularizou e passou a ser assunto de discussão de conselhos e executivos C-level. A Era da IA já é uma realidade - e nem começou agora. Está simplesmente se acelerando. Estamos na Marolinha e tem um Tsunami vindo aí. 

A IA está impactando o cérebro humano de diversas formas, e, nesse meio, a neurociência ajuda a entender essas mudanças no nível cognitivo e no nível comportamental. E não há como não relacionar tudo com a cultura organizacional. E é preciso ter claro que essa mudança só pode ser realizada se as empresas estiverem realmente dispostas a abraçá-las em sua estrutura organizacional e, principalmente, na mentalidade corporativa. Pessoas, pessoas, pessoas. 

Nós humanos somos seres conscientes, subjetivos e empáticos. Temos inteligência emocional, criatividade e a capacidade do pensamento abstrato. Já a inteligência artificial opera com base de dados, combinações, probabilidade e estatística.

 

O impacto da IA no cérebro humano: uma visão neurocientífica 

A IA está transformando profundamente a forma como o cérebro humano opera. Ela está aprimorando a eficiência cognitiva, mas também reduzindo a capacidade de atenção e pensamento crítico. No futuro, poderemos ver avanços significativos na integração entre humanos e IA, mas também um grande espaço para riscos, como a manipulação cognitiva e a perda da identidade individual. 

A neurociência é cada vez mais crucial para a compreensão dessas mudanças pois ajuda em muito na análise dos efeitos da interação constante com a IA na plasticidade cerebral (neuroplasticidade, super indico o livro "O cérebro que se transforma"de Norman Doidge), na atenção, no sistema de recompensa e na tomada de decisão.

 

Possíveis impactos atuais da IA no Cérebro Humano pela neurociência:

 

Pontos positivos:

  • Aprimoramento da plasticidade cerebral: a interação com IA acelera a adaptação neural e melhora a capacidade de aprendizado;
  • Melhoria da tomada de decisão: as tecnologias fornecem análises de dados avançadas, ajudando no raciocínio crítico e na resolução de problemas;
  • Personalização e otimização do aprendizado: o uso da IA pode ajudar a otimizar o ensino de acordo com o perfil cognitivo do usuário;
  • Criatividade: a inteligência artificial pode inspirar novas ideias ao gerar insights ou mesmo sugerir novas soluções inovadoras; 
  • Eficiência cognitiva: com a automatização de tarefas repetitivas, liberamos recursos mentais para atividades mais estratégicas e criativas;
  • Simulações emocionais do futuro: a construção de representações mentais de experiências futuras positivas ajuda os indivíduos a gerenciar a ansiedade e melhorar a regulação emocional;

 

Pontos negativos:

  • Déficit de atenção e superficialidade cognitiva: o excesso de informações e conteúdos curtos acabam prejudicando o foco e até mesmo a profundidade do pensamento;
  • Dependência de respostas prontas: pode ser que o uso excessivo da IA ajude a reduzir a capacidade de pensamento crítico e, consequentemente, a resolução de problemas;
  • Sistema de recompensa sendo reconfigurado: a interação constante com algoritmos, que hoje são personalizados, ajuda a reforçar alguns padrões imediatistas e até a diminuir a paciência das pessoas;
  • Memória de longo prazo reduzida: com a extrema facilidade de acesso à informação, diminuímos a necessidade de retenção e processamento profundo dos dados;
  • Adaptação emocional: substituir a interação humana por IA pode afetar e muito a empatia e habilidades sociais. Creio que aqui é o que mais falamos hoje em dia da Geração Z. O ser humano, desde os seus primórdios, sobreviveu graças ao grupo e ao senso de pertencimento. Substituir a interação humana por IA pode afetar e muito a empatia e habilidades sociais;
  • Vício em tecnologia e padrões de sono perturbados;
  • Adversidades no início da vida:  uma geração que está tendo dificuldade em lidar com o "não" e com adversidades;

 

Possíveis impactos futuros da IA no cérebro humano, de acordo com a neurociência:

 

Possíveis impactos positivos:

  • Integração entre IA e neurociência: tecnologias baseadas em IA, como interfaces cérebro-máquina, podem ampliar a capacidade cerebral e criar novas formas de interação entre humanos e máquinas;
  • Expansão da inteligência coletiva: com a IA facilitando colaborações globais, espera-se um aumento na capacidade de resolução de problemas complexos;
  • Aprimoramento do autocontrole e da tomada de decisão: as inovações poderão auxiliar indivíduos a regularem suas emoções e otimizarem a tomada de decisões;
  • Avanços no tratamento de doenças neurológicas: a IA permitirá diagnósticos mais precisos e terapias personalizadas para doenças como Alzheimer e Parkinson;
  • Ampliação da memória e cognição: sistemas de assistência cognitiva integrados podem atuar como "memórias externas", potencializando a retenção e organização do conhecimento;
  • Avanços na neurociência: a integração da análise de dados em larga escala e de modelos estatísticos avançados pode levar a uma melhor compreensão e tratamento de condições relacionadas ao cérebro, melhorando a saúde cognitiva e emocional;
  • Cultivo de emoções positivas: a pesquisa contínua sobre os correlatos neurofisiológicos das emoções positivas pode levar a novas estratégias para cultivar a felicidade e o bem-estar, possivelmente por meio de intervenções e terapias personalizadas;

 

Possíveis impactos negativos:

  • Erosão da identidade cognitiva: a dependência excessiva do digital pode reduzir a individualidade;
  • Desconexão com a realidade: tecnologias como IA imersiva e realidades simuladas podem distanciar os indivíduos do mundo real, afetando as interações sociais;
  • Manipulação cognitiva: contribuindo para tornar os consumidores mais suscetíveis a influências externas e decisões inconscientes; 
  • Diminuição da resiliência mental: a automação de processos pode criar uma geração menos preparada para enfrentar desafios e incertezas sem apoio tecnológico; 
  • Desigualdade cognitiva: O acesso desigual à IA pode acentuar disparidades entre diferentes grupos sociais, criando uma divisão no desenvolvimento cognitivo e nas oportunidades;
  • Aumento do tempo de tela: à medida que a tecnologia digital continua a evoluir, o potencial para o aumento do tempo de tela e seus impactos negativos associados sobre a atenção, habilidades sociais e a saúde mental pode aumentar, exigindo mais pesquisas e estratégias de intervenção;
  • Complexidade da experiência emocional: o debate em andamento entre as perspectivas da neurociência afetiva e cognitiva sobre a emoção pode complicar a compreensão das experiências emocionais, o que pode atrasar o desenvolvimento de intervenções eficazes na saúde emocional; 

É essencial desenvolver uma cultura organizacional e educacional que equilibre a adoção da IA com o fortalecimento das habilidades humanas essenciais. Assim, poderemos maximizar os benefícios da tecnologia sem comprometer a autonomia e a capacidade cognitiva da própria humanidade. 

 

Andre Cruz - fundador e CEO da Neura, consultoria de estudos comportamentais e porquês. Expert em Neurociência e Comportamento, além de Pioneiro em aplicar a tecnologia da Neurociência na estratégia e na pesquisa comportamental. O profissional é atleta amador, Investidor Anjo, Autor, Professor e Palestrante com experiência em marketing, publicidade e administração. Foi Diretor do comitê de Neurobranding e Relações Institucionais do hub Neurobusiness Society e é, atualmente, professor do MBA da PUC - RS na matéria Comportamento, Marketing e Neurociência.


Páscoa chegando: saiba os benefícios e malefícios do chocolate na saúde dos idosos

Imagem de PublicDomainPictures por Pixabay
 Ambec listou os principais pontos que o consumo do doce pode ocasionar


Comemorações de Páscoa chegando e o chocolate, especialmente o amargo, é um alimento que pode oferecer tanto benefícios quanto malefícios para idosos. Com a proximidade da data, é importante discutir esses aspectos para que o consumo do doce no feriado seja feito de forma consciente. Abaixo, a Ambec (Associação dos Aposentados, Mutualistas para Benefícios Coletivos) aponta os principais os resultados do consumo desta iguaria:


 

Benefícios do chocolate para idosos


Rico em antioxidantes: o chocolate amargo contém flavonoides, que são antioxidantes que ajudam a combater os radicais livres, potencialmente reduzindo o risco de doenças crônicas.

 

Saúde cardiovascular: o consumo moderado de chocolate amargo pode melhorar o funcionamento do coração, porque ajuda a reduzir a pressão arterial e melhora o fluxo sanguíneo.

 

Melhora do humor: o chocolate é conhecido por estimular a produção de endorfinas e serotonina, o que pode ajudar a melhorar o humor e combater a depressão, uma condição comum entre idosos.

 

Função cognitiva: alguns estudos sugerem que os flavonoides do chocolate podem ter um efeito positivo na função cognitiva, potencialmente reduzindo o risco de doenças neurodegenerativas.

 

Controle da glicose: o chocolate amargo pode ajudar a melhorar a sensibilidade à insulina, o que é importante para idosos que podem estar em risco de diabetes tipo 2.


 

Malefícios do chocolate para idosos


Alto teor calórico: o chocolate é calórico e, se consumido em excesso, pode contribuir para o ganho de peso, o que é uma preocupação para a saúde geral dos idosos.

 

Açúcar e gorduras: muitos chocolates, especialmente os ao leite e brancos, contêm altos níveis de açúcar e gorduras saturadas, que podem afetar negativamente a saúde cardiovascular.

 

Problemas digestivos: o consumo excessivo de chocolate pode causar desconforto gastrointestinal, como azia ou diarreia, especialmente em idosos com sistemas digestivos mais sensíveis.

 

Interações medicamentosas: o chocolate pode interagir com certos medicamentos, como aqueles para pressão arterial e antidepressivos, por isso é importante que os idosos consultem um médico antes de incluir grandes quantidades em sua dieta.

 

Cafeína: o chocolate contém cafeína, que pode causar insônia ou nervosismo em algumas pessoas, especialmente em doses elevadas.

 

 

Moderação é a chave


Para os idosos, o consumo de chocolate deve ser feito com moderação. Optar por chocolate amargo (com pelo menos 70% de cacau) é uma escolha mais saudável.

 

O chocolate pode ser incluído como parte de uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras. “É sempre uma boa ideia que os idosos conversem com um profissional de saúde ou nutricionista antes de fazer alterações significativas em sua dieta, especialmente durante épocas de festividades como a Páscoa”, conta a presidente da Ambec, Marilisa Moran Garcia.

 

Ao celebrar a Páscoa, os idosos podem desfrutar do chocolate de maneira consciente, aproveitando seus benefícios enquanto minimizam os riscos associados ao seu consumo. 

 



AMBEC - Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos
https://www.ambec.org/



Processos que podem intensificar a erosão dentári

Freepik
Especialista ensina a como consumir esses alimentos ácidos e não deteriorar os dentes 

 

A Erosão Dentária é uma das condições mais comuns que afeta a saúde bucal da população. Caracterizada pela perda ou desgaste da camada externa que reveste e protege os dentes, a doença acontece devido ao amolecimento do esmalte dental. Esse processo é natural, devido ao desgaste dos dentes ao longo da vida. No entanto, pode ser acelerado por uma série de fatores, entre eles o consumo excessivo de alimentos e bebidas ácidas.

De acordo com Marcelo Kyrillos, sócio fundador da clínica Ateliê Oral e especialista em saúde e função dos dentes, a prevenção depende de cuidados diários, além da conscientização sobre a dieta. "Alimentos e bebidas ácidas, como frutas cítricas e sucos naturais ou industrializados, assim como refrigerantes e energéticos, têm um alto índice de acidez e contribuem significativamente para a erosão dental”, explica.

“A popularização de sucos verdes e demais dietas ácidas, provenientes de uma maior conscientização da saúde, desencadeou um processo precoce de erosão dental entre os pacientes. Recebemos pessoas de 20 ou 30 anos de idade com características dentárias de quem tem 50 ou 60.  Geralmente, chegam com queixas de hipersensibilidade, sem terem qualquer cárie ou problemas bucais mais complexos. Além disso, há a questão estética pelo fato de os dentes ficarem menores e com aspecto bem deteriorado. Tudo tem ônus e bônus. Para eliminar o ônus, é preciso redobrar os cuidados”, reforça Kyrillos.


Não escovar os dentes imediatamente

Para prevenir o processo de aceleração da erosão dentária, o especialista alerta para a importância de estar atento a alguns hábitos. Um deles é escovar dos dentes somente 30 minutos após consumir esses alimentos e bebidas ácidas

“Ao ingerir esses produtos, o pH da boca sofre uma queda, indo de 6,4 para 5,5. Nesse momento, as enzimas presentes na saliva e na flora bacteriana ficam em níveis mais elevados, tornando a escovação imediata mais agressiva para os dentes – visto a ação abrasiva das pastas dentais na superfície ainda amolecida do dente. Dessa forma, escovar os dentes logo após o consumir pode agravar o quadro”, explica.


O especialista cita outros cuidados, tais como:

  • Evitar bebidas ácidas antes de dormir, quando os efeitos protetores da saliva estão reduzidos;
  • Optar por pastas dentais com fluoreto de amina (que ajudam a endurecer o esmalte do dente). E, para pessoas com maior sensibilidade nos dentes, pastas com a tecnologia CalSeal (desenvolvida para melhorar a resistência dos dentes a alimentos ácidos). Para ambas, checar no rótulo da pasta dental que irá comprar;
  • Beber bastante água ao longo do dia para manter o pH da boca equilibrado e reduzir a acidez, além de estimular a produção de saliva, que tem um efeito protetor natural sobre os dentes;
  • Bochechar com água logo após consumir alimentos ácidos.  Isso ajuda a saliva a atuar como solução tampão natural;
  • Consultar periodicamente o dentista para identificar precocemente sinais de erosão dentária e receber orientações específicas sobre como proteger os dentes.

 

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