Não bastasse o
medo de se infectar, outro medo assola as mães brasileiras.
O confinamento social faz com que as famílias
passem mais tempo juntas, o que amplia os conflitos familiares. A Famivita, em seu mais recente estudo
constatou que 3% dos filhos das entrevistadas já sofreram violência doméstica
nos últimos meses. O fato de estarem sem sair de casa para ir a escola ou para
atividades de recreação ajuda; tendo em vista que conforme dados do Ministério
da Saúde, mais de 70% dos casos de abuso infantil acontecem dentro da própria
residência da criança ou adolescente.
Rondônia e Amazonas são os estados que mais
registraram violência contra os filhos, com 5% das participantes. Em São Paulo
e no Rio de Janeiro esse percentual é de 3%. Já o Acre e Piauí são os estados
que menos apresentam violência doméstica infantil, com menos de 1%.
Identificamos também que pelo menos uma em cada oito participantes soube de
casos de violência doméstica contra crianças em seu entorno.
Não bastasse a violência infantil, outro medo
assola as mães, a violência contra mulher. Dados da ONU demonstram que houve um
aumento nas denúncias formais de abuso desde que a pandemia começou. E,
constatamos em nosso estudo que 4% das brasileiras já sofreram violência
doméstica nos últimos meses. Considerando 40 milhões de mulheres vivendo em
união, seriam 1,6 milhões de casos só na pandemia.
Percebe-se que um dos motivos é o aumento do tempo
em que os casais estão passando juntos durante o confinamento. Pelo menos 61%
deles estão mais próximos desde que a pandemia começou. Com isso, as brigas e
desentendimentos aumentaram para 27% dos casais.
Roraima é o estado campeão de brigas e
desentendimentos entre casais, com 38% dos participantes. No Rio de Janeiro,
31% dos casais aumentaram o número de brigas, e um dos reflexos, é o percentual
de violência doméstica no estado, que é de 4%. São Paulo também teve aumento de
27% nos desentendimentos, e registra 4% de mulheres que sofrem violência
doméstica.
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