- Pacientes com asma, anafilaxia, rinite e
imunodeficiências: como proceder?
- Especialistas da ASBAI farão LIVE para
tirar dúvidas do público
- Semana Mundial da Alergia acontece de 28/06
a 04/07
“Os
Cuidados com as alergias não param com a Covid-19” é o tema da Semana Mundial da Alergia
2020, que acontece entre os dias 28/06 e 04/07. Embora
as alergias não sejam um fator de risco para contrair a doença, algumas delas
podem se tornar um fator complicador para uma pessoa que contraia a Covid-19.
Asma - O Departamento Científico de Asma da Associação
Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI)
explica que é muito importante manter o controle da doença, principalmente
nesse período de pandemia. Isso porque se a asma não estiver sob controle, pode acarretar complicações ao
paciente caso ele contraia a Covid-19. O mesmo vale para a rinite.
A asma, que
atinge entre 10% e 25% da população brasileira, e a rinite, que segundo estudo
ISSAAC (Internacional Study of Asthma and Allergies), compromete cerca de 26%
crianças e 30% dos adolescentes, são as mais prevalentes nesta época do ano,
que apresentam temperaturas mais frias e tempo seco.
Dexametasona
– Esse
corticoide tem se mostrado eficaz na redução de mortalidade em pacientes em
estado GRAVE
de Covid-19. Porém, é importante salientar que o medicamento não serve como
prevenção da Covid-19, além de poder aumentar o risco
de contrair o coronavírus.
O
dexametasona apresenta diversos efeitos colaterais, entre eles: osteoporose, glaucoma, aumento da glicose
no sangue, da pressão arterial e aumento de peso.
Anafilaxia
– Pacientes com
histórico de anafilaxia
devem ter sempre por perto a adrenalina, medicamento de emergência que deve ser
aplicado imediatamente à reação alérgica, considerada a mais grave e que pode
levar a óbito.
Nos
casos de anafilaxia grave, o Departamento Científico de Anafilaxia da ASBAI
orienta manter a conduta e seguir o plano de ação habitual, procurando serviços
de emergência imediatamente após o uso de adrenalina. O uso da telemedicina é
recomendado para discutir, proativamente com o paciente, o manuseio da
anafilaxia durante este período. Monitorar a pressão arterial e a saturação de
oxigênio com oxímetro de pulso podem ser úteis para avaliação domiciliar.
Imunodeficiências
- De uma maneira
geral, pacientes com diagnóstico de alguma imunodeficiência
primária apresentam o mesmo risco que todas as pessoas para se infectar pelo
coronavírus, mas apresentam riscos diferentes para ter a doença respiratória
grave por esse vírus, na dependência do tipo de defeito do sistema imunológico.
O
Departamento Científico de Imunodeficiências
da ASBAI explica que a imunoglobulina policlonal humana em uso não confere
proteção contra o atual coronavírus, pois contêm anticorpos provenientes do
plasma de doadores coletado muito antes do início da pandemia. Por conta disso,
não está indicado
usar imunoglobulina para tratar quadros graves de Covid-19.
As
medidas mais importantes em pacientes com IDP são manter isolamento social,
particularmente pelos pacientes com doenças de maior risco de Covid-19 grave e
estendido a todos os indivíduos que moram na mesma casa e/ou cuidam deles; não
suspender qualquer tratamento sem conversar com seu médico; a aplicação de
imunoglobulina não deve ser suspensa, mas mudanças no intervalo de aplicação e
uso domiciliar devem ser considerados; e não usar qualquer medicamento novo sem
conversar com seu médico são algumas das recomendações, além das referentes à
higienização das mãos, máscaras, etc.
O Dr. Flavio Sano, presidente da ASBAI, enfatiza a importância de
não se abandonar o tratamento prescrito pelo especialista. “Estamos com um
trabalho permanente para informar pacientes e famílias sobre as alergias e
Covid. Neste momento, a informação é uma das peças-chaves para combater o novo
coronavírus”, conta Dr. Sano.
Devido à necessidade de isolamento social, este ano a ASBAI não
realizará ações presenciais com o público, mas preparou uma campanha digital em
seus canais de comunicação. No
dia 30/06, às 18h, acontece uma LIVE, no canal do YouTube da ASBAI, com
a participação de especialistas que vão tirar as principais dúvidas sobre
alergias e Covid-19.
A Semana Mundial de Alergia é uma iniciativa anual da Organização
Mundial de Alergia (WAO), juntamente com suas
Sociedades Membros, para aumentar a conscientização sobre doenças alérgicas e
distúrbios relacionados e defender a provisão de treinamento e recursos no
diagnóstico, gerenciamento e prevenção destes. doenças e asma, que estão
aumentando em prevalência em todo o mundo.
ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e
Imunologia
Nenhum comentário:
Postar um comentário