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segunda-feira, 29 de abril de 2024

Enxaqueca é até 3 vezes mais prevalente em mulheres1 e condição é a mais incapacitante entre as jovens3

  

Maio bordô: conheça 5 mitos e verdades sobre a enxaqueca ao longo de toda a vida da mulher

 

Com a cor bordô, maio é o mês de combate à cefaleia, distúrbio neurológico mais prevalente do mundo, que atinge 190 milhões de pessoas por ano, variando entre dor de cabeça tensional e enxaqueca, segundo estudo global publicado no The Journal of the American Medical Association2. Em mulheres, o problema é três vezes mais predominante,1 sendo a condição mais incapacitante entre as jovens3 com idade entre 15 e 49 anos, período da vida em que enfrentam os maiores desafios por estarem em idade reprodutiva e com foco no crescimento relacionado à carreira. 

A neurologista especialista em cefaleia, Eliana Melhado, liderou o estudo Headache classification and aspects of reproductive life in young women, com 422 estudantes universitárias, cujo resultado apontou que a grande maioria delas tem cefaleia (79%), sendo 31,8% enxaqueca menstrual4, a forma mais incapacitante desse tipo de condição5. “Para se ter uma ideia, mais de 80% das mulheres com enxaqueca têm uma redução nas atividades sociais e domésticas e 45% delas relatam limitação no trabalho em períodos de crises, que na fase menstrual costumam ser mais longas e graves5”, explica, e completa: “os episódios dependem da variação dos níveis hormonais, e a preparação do corpo para a menstruação é um gatilho para as crises6, já que o cérebro é sensível à subida de estrogênio no organismo e, quando há a queda, a dor é desencadeada”. 

A médica, que é parceira da Libbs Farmacêutica, conta que a enxaqueca é uma doença genética neurológica séria, cujo tratamento deve ser individualizado e realizado por um especialista, pois a automedicação é um grande risco para o desenvolvimento de uma cefaleia crônica por uso excessivo de medicação. “O tratamento é baseado no tripé manejo da crise, tratamento preventivo e terapias complementares. Praticar atividades físicas por pelo menos 150 minutos por semana diminui as crises pela metade. Ioga, acupuntura e fisioterapia também são estratégias que podem ajudar”, recomenda ela. A especialista também pontua que a continuidade do tratamento por pelo menos seis meses, mesmo após a fase aguda da dor ter passado, é o autocuidado necessário para melhorar a qualidade de vida das pacientes. “Ter uma dieta saudável e cuidar da saúde mental tem um papel decisivo nos resultados.”

 

5 mitos e verdades sobre a enxaqueca em mulheres:
 

1 – Depressão e ansiedade estão relacionadas com a enxaqueca.

Verdade. A enxaqueca é uma comorbidade de várias situações de saúde como asma, fibromialgia, endometriose e acidente vascular cerebral (AVC). Nesse sentido, pode ser uma condição associada também a questões psicológicas como estresse, depressão, ansiedade, transtorno bipolar e transtorno de personalidade. A neurologista conta que pessoas com enxaqueca têm de três a quatro vezes mais depressão e vice-versa. Por isso é importante o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar no tratamento. Fazer acompanhamento psicológico melhora a condição do paciente”.
 

2 – Jejum, cheiro e estresse desencadeiam as crises.

Verdade. Não se alimentar por longos períodos é um dos principais desencadeadores da enxaqueca, chegando à marca de 70% de casos. Já 20% dos pacientes com o problema relatam outros fatores que, de forma subjetiva, podem desencadear as crises, como alimentos específicos, cheiros, exposição à luz, barulho. “Cada caso de paciente é único e devemos tratar o cérebro de forma individual”, explica a dra. Eliana.
 

3 – As mudanças hormonais pioram a enxaqueca.

Verdade. Diferentemente dos homens, ao longo da vida as mulheres têm grandes oscilações de níveis hormonais, que começam na puberdade e se alteram na gravidez e na menopausa e isso tem impacto direto na relação com a enxaqueca. Para se ter uma ideia, a prevalência da dor de cabeça a partir da primeira menstruação é de 33%, condição que tem cerca de 40% de melhora com o uso de anticoncepcionais6.
 

4 – Enxaqueca piora na gravidez.

Mito. A pesquisa Management of primary headaches during pregnancy, postpartum, and breastfeeding, publicada no Headache Journal, apontou que 1/5 das mulheres evitou a gravidez por causa da enxaqueca e uma das principais preocupações é o medo da piora dos sintomas durante a gestação7. Em contrapartida ao que se supõe pelo senso comum, a dor de cabeça pré-existente melhora ou desaparece em 55% a 90% das mulheres durante a gravidez8-9, segundo estudo do mesmo órgão, liderado por Eliana, principalmente a partir do 2º trimestre6

Vale pontuar que, após o parto, período denominado puerpério, há uma queda rápida de estrogênio, o que pode resultar no aparecimento da enxaqueca6. Para ambos os casos, gravidez ou puerpério, é importante entender que a enxaqueca tem tratamento. Além de existirem tabelas de segurança de medicamentos, outras abordagens são ainda mais importantes, como diminuição do ritmo de trabalho e ioga.
 

5 – A menopausa intensifica as dores de cabeça.

Mito. Com a chegada da menopausa é comum que haja o desaparecimento dos sintomas da enxaqueca na maioria dos casos6. Quando a dor permanece mesmo após essa fase da vida, a reposição hormonal pode ser uma aliada, pois 64% dos casos melhoram ou desaparecem com a terapêutica10, segundo a pesquisa Migraine, menopause and hormone replacement therapy, publicada no periódico científico Post Reproductive Health Journal.
 

*Parágrafos não referenciados correspondem à opinião e/ou prática clínica da médica.
 


Libbs



Referências

1 Victor TW, Hu X, Campbell JC, Buse DC, Lipton RB. Migraine prevalence by age and sex in the United States: a life-span study. Cephalalgia. 2010;30 (9):1065–72. https://doi.org/10.1177/ 0333102409355601.

2 GBD 2017 US Neurological Disorders Collaborators. Burden of Neurological Disorders Across the US From 1990-2017 A Global Burden of Disease Study. JAMA Neurol. 2021;78(2):165-176. doi:10.1001/jamaneurol.2020.4152 Published online November 2, 2020

3 Steiner TJ, Stovner LJ, Jensen R, Uluduz D, Katsarava Z. Lifting The Burden: the Global Campaign against Headache. Migraine remains second among the world's causes of disability, and first among young women: findings from GBD2019. J Headache Pain. 2020;21(1):137. https://doi.org/10.1186/ s10194-020-01208-0.

4 Melhado, E.M., Bigal, M. et al. Headache classification and aspects of reproductive life in young women. Arq Neuropsiquiatr 2014;72(1):17-23

5 Warnock JK. Et al. Hormone-related Migraine Headaches and mood Disorders: Treatment with Estrogen Stabilization. Pharmacotherapy 2017 Jan;37(1):120-128. doi: 10.1002/phar.1876. Epub 2017 Jan 6

6 Melhado EM. Cefaleia Na Mulher. Atheneu 2011

7 Ian J. Saldanha; Wangnan Cao; Monika Reddy Bhuma et al. Management of primary headaches during pregnancy, postpartum, and breastfeeding: A systematic review. Headache. 2021;00:1–33. DOI: 10.1111/head.14041

8 Melhado E.M.; Maciel JA; Guerreiro CA. Headaches during pregnancy in women with a prior history of menstrual headaches. Arq Neuropsiquiatr;63(4):934-40, 2005 Dec.

9 Melhado E.M.; Maciel JA; Guerreiro CA. Headache during gestation: evaluation of 1101 women. Can J Neurol Sci;34(2):187-92, 2007 May

10 E Anne MacGregor. Migraine, menopause and hormone replacement therapy. Post Reproductive Health. Vol 24, Issue 1, 2018 -11-18. Link


Herpes simples infantil: o que é e como tratar

Com prevalência de 50% até os 07 anos, doença causa desconforto em crianças e pode ter quadro agravado com febre e desidratação
 

Lesões na língua, gengivas inflamadas, dificuldade de engolir e diminuição da ingestão de líquidos e alimentos, podem ser alguns dos sintomas de quem sofre com o herpes. Os sintomas são desconfortáveis para adultos e o quadro pode ser ainda mais grave quando atinge crianças, que podem apresentar febre alta2. De acordo com um estudo realizado pelo Brazilian Journal of Development, a prevalência do herpes em crianças até os 07 anos de idade é de 50%.

O herpes é uma infecção causada pelo Herpes simplex virus1. O contato com o vírus ocorre geralmente na infância. O vírus atravessa a pele e, percorrendo um nervo, e se instala no organismo de forma perene, ou seja, não há cura definitiva para a infecção. Em alguns momentos, em geral relacionados a queda de imunidade, o vírus pode ser reativado, causando sintomas clínicos.

Define-se assim a primo-infecção e as reativações. Na infecção primária, ou primo-infecção, a pessoa entra em contato com o vírus pela primeira vez. Frequentemente, a infecção primária acomete crianças de seis meses a cinco anos de idade, com pico de prevalência entre dois e três anos. Pode variar de assintomática até uma manifestação dolorida e preocupante.  A infecção primária acontece apenas uma vez na vida, no primeiro contato com o vírus, e as infecções posteriores de herpes labial costumam ser mais brandas. São as reativações, aquelas que aparecem diversas vezes ao longo da vida A manifestação clínica mais comum de herpes são pequenas bolhas no lábio que se rompem e formam crostas.

Geralmente os sintomas se resolvem dentro de cinco a sete dias, em casos mais brandos, ou até em duas semanas, nos casos mais graves. Não existe cura e, uma vez infectada, a pessoa levará o vírus para sempre, mas nem todos vão manifestar a doença.


O HSV é muito contagioso e pode ser transmitido pelo contato direto com lesões e objetos contaminados e também por gotículas Maneiras comuns de transmissão incluem beijo e uso de talhes e copos compartilhados. Também não é indicado tentar furar ou espremer as bolhas.


Tratamento

De acordo com a dermatologista e gerente médica do Aché, Andrea Bauer Bannach, “o tratamento visa reduzir os sintomas de febre e dor com o uso de analgésicos e antitérmicos. Além disso, existem medicamentos antivirais que ajudam a diminuir o período de evolução da crise herpética e os sintomas. O antiviral também reduz o período de disseminação viral, o que é muito importante, considerando que a doença é de fácil contágio”.

 


Aché Laboratórios


REFERÊNCIAS
1. Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina [https://spdm.org.br/noticias/saude-e-bem-estar/herpes-infantil-quais-sao-os-riscos/#:~:text=Tratamento%20do%20herpes%20em%20crian%C3%A7as,de%20analg%C3%A9sicos%2C%20antit%C3%A9rmicos%20e%20antiinflamat%C3%B3rios.]

2. IVO, R.P; TEIXEIRA, J.J.M. Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2: uma revisão da literatura. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 8, 2020 [Link]



Abril é mês de conscientização sobre a rosácea: dermatologistas destacam importância da informação e prevenção

 

Canva

As causas exatas são desconhecidas, mas diversos fatores como predisposição genética, alterações hormonais e exposição solar podem desencadear ou agravar a condição 

 

A rosácea é uma doença inflamatória crônica da pele, caracterizada principalmente pela vermelhidão na região central do rosto, podendo também afetar outras áreas faciais e até mesmo os olhos.

"A rosácea é uma condição que pode afetar significativamente a qualidade de vida das pessoas que convivem com ela. É importante estar ciente dos sintomas e fatores desencadeantes para buscar um tratamento adequado e melhorar a qualidade de vida dos pacientes", destaca a presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção do Rio Grande do Sul (SBD-RS), Rosemarie Mazzuco.

Os sintomas podem variar de vermelhidão persistente a vasos sanguíneos visíveis, bolinhas vermelhas e/ou bolinhas com pus, sensação de queimação, inchaço e ardência na pele. Ocorre principalmente em adultos entre 30 e 50 anos. É mais frequente em mulheres, porém atinge muitos homens e, neles, o quadro tende a ser mais grave, evoluindo frequentemente com rinofima (aumento gradual do nariz por espessamento e dilatação dos folículos).

"É fundamental que os pacientes estejam cientes dos fatores que podem desencadear ou piorar a rosácea, para poderem adotar medidas de prevenção e controle da doença. O acompanhamento médico especializado é essencial para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado", acrescenta Mazzuco.

A SBD-RS reforça a importância de buscar orientação médica especializada ao observar quaisquer sintomas relacionados à rosácea. Apesar de ser uma condição que não tem cura, tem sim tratamento e é possível uma melhora substancial da qualidade de vida do paciente com um plano adequado. Os profissionais habilitados podem ser encontrados no site oficial da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção do Rio Grande do Sul (SBD-RS) em www.sbdrs.org.br.



Marcelo Matusiak


Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)

Redação: PlayPress Assessoria e Conteúdo / Revisão: Dra. Valéria Rossato


Seconci-SP alerta sobre riscos do uso inadequado de remédios

Entidade orienta trabalhadores da construção à utilização correta dos medicamentos

 

Não se medicar sem prescrição médica, seguir as orientações e os horários certos para tomar remédios e aderir ao tratamento até o final. As recomendações são de Nathalia Xavier de Almeida, supervisora de Farmácia do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião do Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos (5 de maio).

A efeméride surgiu a partir de um movimento estudantil nacional em 1999, com o objetivo de promover ações para alertar a população sobre os riscos de utilização irracional ou inadequado de medicamentos. Estudo realizado em 2019 pelo Conselho Federal de Farmácia mostrou que, apesar de terem se passado 20 anos daquele movimento, 77% dos brasileiros ainda se automedicavam; 47% o faziam ao menos uma vez por mês e 25%, uma vez por semana.

“A maioria das pessoas que tomam remédios sem prescrição médica o fazem por falta de conhecimento sobre as consequências dessa prática”, comenta a farmacêutica. Ela alerta que a automedicação pode causar os seguintes danos, principalmente se praticada com frequência:

·         Alergias – a ingestão de medicamentos com um ou mais de um princípio ativo podem causar até alergias que o paciente desconheça. 

·         Intoxicação – causada por se tomar superdosagem de determinado fármaco. 

·         Problemas de saúde ou ineficácia do tratamento – podem ocorrer por interação medicamentosa, quando o paciente ingere remédios que já usa continuamente com os da automedicação. 

·         Dependência de determinado fármaco, prejudicando a qualidade de vida da pessoa. 

·         Criação de resistência a microorganismos como bactérias, vírus, vermes e parasitas.

 

Recomendações

Para que o tratamento seja bem-sucedido, Nathalia recomenda seguir à risca a prescrição médica, evitando-se remédios ineficazes para seus sintomas; consumir a medicação na dose recomendada e nos horários prescritos; e proteger os remédios da luz, da umidade e do calor excessivo.

De acordo com a supervisora, neste momento de epidemia de dengue a automedicação pode aumentar o risco hemorrágico da doença e agravar a situação do paciente. “A pessoa infectada não deve tomar nenhum tipo de anti-inflamatórios ou outras medicações, apenas dipirona e soro, conforme orientação médica”.

“A adesão à prescrição dos medicamentos é fundamental. Se a pessoa interromper um tratamento de sete dias no quarto dia porque os sintomas desapareceram, ela se arrisca a não se curar. É o caso, por exemplo, de um paciente que interrompe a ingestão de antibiótico para debelar uma infecção bucal a fim de poder tratar um dente – ele não conseguirá tratá-lo. Ou do paciente com tuberculose que interrompe o tratamento e a doença volta a se manifestar anos depois.


Procedimentos do Seconci-SP

Nathalia relata que o Seconci-SP toma uma série de cuidados para que os trabalhadores da construção e seus familiares tomem as medicações corretamente. Por exemplo, no caso de pacientes com sífilis, eles são convidados a vir à entidade para tomar as injeções, garantindo o tratamento até o final. Na impossibilidade desse comparecimento, recebem o receituário para as aplicações na drogaria.

“No Seconci-SP, dispensamos a medicação e fazemos a reconciliação medicamentosa, para evitar problemas ocasionados pelo uso simultâneo de muitos remédios. Analisamos com o usuário os melhores horários para ele se medicar. Caso ele tenha dificuldade de se medicar, o farmacêutico se reúne com o médico/dentista prescritor, para sugerir uma opção de fácil acesso ao paciente.

Os pacientes recebem os remédios junto com planilhas que indicam quais medicamentos devem ser tomados e em quais horários. No caso de usuários que não saibam ler, as orientações vêm com desenhos sobre os horários, e com cores para identificar cada remédio.

Para garantir a eficácia do tratamento e evitar o desperdício, o Seconci-SP entrega ao paciente o número exato dos comprimidos prescritos. A entidade busca, com os usuários, determinar os melhores horários para eles se medicarem, de modo a não se esquecerem de fazê-lo. E ainda os orienta sobre quais remédios devem ser tomados em jejum ou requerem alimentação prévia, e em quais períodos do dia são recomendados.


Coceira, irritações na pele e congestão nasal - entenda por que esses sintomas podem ser indicativos de alergias

Especialista reforça a importância de manter-se atento a possíveis sinais de complicações no corpo

 

Durante a infância, a manifestação de dores ou quaisquer alterações corporais, é sinônimo de preocupação. Contudo, durante a fase adulta, essa atenção é deixada de lado na maioria dos casos. A automedicação tem se tornado cada vez mais comum, em paralelo ao uso da internet como ferramenta de diagnóstico, substituindo idas ao médico e realização de exames. Esse comportamento se revela um desafio, uma vez que os sintomas podem ser indicativos de alergias, por exemplo, condição que demanda tratamento urgente.

“Quando alergias não são adequadamente diagnosticadas e tratadas, surge a possibilidade de várias complicações, incluindo crises alérgicas graves, que se tornam potencialmente fatais se não forem tratadas com urgência”, explica Julinha Lazaretti, bióloga e cofundadora da Alergoshop, rede de cosméticos hipoalergênicos.

 

Dar atenção às manifestações é fundamental

Os sintomas alérgicos interferem no sono, no desempenho no trabalho, nas atividades de lazer e, consequentemente, na qualidade de vida geral. Coceiras, irritações na pele, espirros, congestão nasal, são apenas alguns dos vários exemplos de indicativos frequentes que muitas vezes são desconsiderados. Embora esses sinais possam parecer inofensivos em casos leves, ignorá-los pode resultar em complicações mais graves, especialmente se forem recorrentes.

“A alergia pode manifestar-se de várias formas e afetar diferentes sistemas do corpo”, pontua Lazaretti. Portanto, é essencial estar atento aos sinais que o corpo está enviando e buscar orientação médica adequada para identificar e tratar possíveis complicações futuras.

 

Técnicas de prevenção

Existem estratégias que auxiliam a evitar que sintomas simples se transformem em crises alérgicas graves. Uma delas é prestar atenção aos cosméticos utilizados diariamente, pois muitos deles podem conter substâncias químicas e alérgenos que desencadeiam reações adversas na pele.

“Optar por produtos hipoalergênicos, livres de fragrâncias e corantes, e realizar o Patch Test antes de usar um novo produto podem ajudar a reduzir o risco de irritações e alergias cutâneas”, explica André Sobanski, CEO da Alergoshop. O profissional reforça que o mercado nacional tem priorizado cada vez mais esse cuidado com as fórmulas dos cosméticos. Na rede citada, por exemplo, os compostos são livres de 95 substâncias nocivas à saúde humana.

Além disso, é fundamental manter um ambiente doméstico limpo e livre de ácaros, poeira e mofo, que são comuns desencadeadores de crises respiratórias. Utilizar capas antialérgicas em travesseiros e colchões, aspirar regularmente a casa, lavar roupas de cama e cortinas com frequência e manter uma boa ventilação nos ambientes internos podem ajudar a reduzir a exposição a esses alérgenos e prevenir sintomas como espirros, coriza e dificuldades respiratórias.

Outra técnica importante de prevenção é evitar o contato com substâncias como pólen, pelos de animais, mofo e produtos químicos agressivos. Isso pode envolver medidas como o uso de máscaras descartáveis faciais ao realizar atividades ao ar livre durante estações mais secas, manter os animais de estimação fora dos quartos e escolher produtos de limpeza e de cuidados pessoais que sejam livres de alérgenos conhecidos. 



Alergoshop
https://alergoshop.com.br/

6 Dicas de como despertar o interesse das crianças pela saúde bucal

 Freepick
Especialista revela dicas sobre como prevenir problemas dentários em crianças, reforçando a necessidade de adquirir hábitos saudáveis desde cedo

 

A saúde bucal é uma parte essencial do desenvolvimento saudável das crianças. Introduzir bons hábitos de higiene desde cedo pode prevenir problemas dentários que afetam não apenas a boca, mas também a saúde geral. Segundo relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 70% das crianças terão pelo menos uma cárie até os cinco anos de idade. 

Ela é a doença crônica infantil mais comum e é cinco vezes mais frequente que a asma. A saúde bucal precária pode levar a problemas de nutrição, dor crônica e até mesmo a dificuldades na fala e na aprendizagem, mas também há outros problemas, que a falta de uma higiene bucal pode acarretar às crianças. 

De acordo com o Bruno Vidigal, Professor Doutor do Curso de Odontologia do Centro Universitário Newton Paiva, desde cedo, os pais devem incentivar os filhos a adotarem essa prática. "A consulta de pré-natal odontológico é importante para que a odontopediatra oriente os pais sobre higiene bucal da criança visando uma introdução desde o nascimento, e quando os primeiros dentes começarem a surgir ", indica. 

Pensando nisso, o profissional preparou algumas dicas para os pais inserirem a saúde bucal nos pequenos: 

  • Comece cedo: Introduza a higiene bucal assim que o primeiro dente do bebê aparecer. Use uma gaze ou escova de dentes infantil macia para limpar suavemente os dentes e a gengiva. Algumas crianças fazem o uso de mamadeira deitados após a escovação, o que não é indicado
     
  • Um hábito divertido: Utilize escovas de dentes coloridas e com personagens que a criança goste, bem como pastas de dente com sabores agradáveis, apropriadas para a idade, sempre se atentando com a quantidade de produto e flúor. Torne o momento da escovação uma atividade divertida, cantando músicas ou contando histórias enquanto escova os dentes.
     
  • Seja um modelo: Atitudes contam mais do que o discurso. Crianças imitam muitas atitudes dos pais e escovarem os dentes juntos pode ser uma maneira divertida e eficaz de adotarem bons hábitos de higiene bucal.
     
  • Use recursos visuais e jogos: Existem livros, aplicativos e vídeos projetados para ensinar as crianças sobre a saúde bucal. Esses recursos podem explicar a importância de cuidar dos dentes de uma forma que elas entendam e apreciem.
     
  • Estabeleça rotinas: Faça da escovação e do uso do fio dental hábitos diários que aconteçam ao mesmo tempo todos os dias, como após o café da manhã e antes de dormir. A consistência ajuda a transformar a higiene bucal em parte da rotina diária da criança.
     
  • Visitas regulares ao dentista: Leve seu filho ao dentista para check-ups regulares a partir do aparecimento do primeiro dente ou no primeiro aniversário. Visitas regulares não só ajudam a manter a saúde bucal em dia, mas também acostumam a criança ao ambiente do consultório dental, reduzindo o medo e a ansiedade.
     

“A adoção de medidas preventivas e educativas pode reduzir significativamente o número de casos de problemas dentários graves no futuro, garantindo um sorriso saudável para toda a vida.” Finaliza o especialista. 

 

Centro Universitário Newton Paiva


Especialista em Reprodução Humana destaca os benefícios do congelamento de óvulos


Ter ou não filhos? Essa é uma decisão vivenciada por muitas mulheres. Falta de estabilidade financeira, ausência de um parceiro e problemas de saúde estão entre os motivos que as levam a adiar ou abandonar o plano da maternidade. Uma pesquisa do IGBE apontou que o número de mulheres que escolheram se tornar mães com mais de 40 anos cresceu 65,7% em 12 anos, passando de 64 mil para 106,1 mil entre 2010 a 2022.

O especialista em reprodução humana e diretor da Clínica Origen, Marcos Sampaio, recomenda o congelamento de óvulos como uma alternativa àquelas que ainda têm dúvidas se desejam ou não engravidar. Segundo ele, trata-se de um procedimento seguro, com taxas de intercorrência menores que 1%, que oferece às mulheres a oportunidade de adiar a maternidade com segurança levando em conta suas circunstâncias individuais. “O óvulo é a célula mais nobre que existe para o ser humano e seu congelamento funciona como uma máquina do tempo. Um ovo congelado não é afetado pelo tempo e como útero não sofre ou sofre muito pouco com a idade, torna-se possível postergar essa decisão”, explica. 

Nesse caso, ele orienta que, a princípio, quanto mais cedo a mulher congelar os óvulos, melhor. “Em geral, a partir dos 35 anos começa a haver uma queda da qualidade do óvulo. Mas não existe idade proibida. Uma mulher perde dezenas e até centenas de óvulos todos os meses. Então, quando ela congela, só está resgatando o que seria perdido”, esclarece. Ele enfatiza que o número de óvulos disponíveis é o fator mais importante a ser considerado. Nesse caso, o congelamento de óvulos pode ser feito em qualquer idade, inclusive diversas coletas para que se obtenha uma quantidade suficiente de óvulos. A qualidade  tem como seu principal fator prognóstico a idade

Ele avalia que a técnica pode, inclusive, impactar o bem-estar emocional das mulheres. "É natural que mulheres em idade reprodutiva possam ter dúvidas sobre a maternidade em algum momento de suas vidas, e essas incertezas podem surgir em diversas situações. Quando vê uma amiga grávida, um anúncio que tenha um bebê e até uma gestante na rua. Sempre tem aquele grilinho. À medida que ela congela os óvulos, pode seguir a vida sem se preocupar com isso”, observa. Por isso, o médico recomenda. “É sempre aconselhável se basear na idade, na reserva e na condição de saúde da pessoa. 

"É preferível que uma mulher se arrependa do que fez do que do que deixou de fazer. Se ela optar por congelar seus óvulos e, posteriormente, decidir não ter filhos, sempre terá a opção de descartá-los. Entretanto, imagine o arrependimento que poderia surgir uma década depois, quando essa opção já não é mais viável?”, pondera. 

As taxas de sucesso de uma fertilização no futuro a partir de óvulos previamente congelados depende da idade da mulher quando congelou. “Para cada dois embriões, há cerca de 50% de gravidez e, para cada cinco óvulos, há, em média, dois embriões. Então a taxa de sucesso é muito maior do que a taxa de sucesso de uma gravidez por relação sexual, que é mais ou menos de 20%”, explica. No entanto, o médico explica que, com a idade, essa taxa vai diminuindo, porque a qualidade do embrião também reduz. “Existem técnicas que podem ser utilizadas para selecionar o embrião e aumentar essa taxa. Mas essa é uma alternativa que deve ser avaliada caso a caso”, diz.


Dores na coluna em mães e gestantes: como evitar?

Ter um filho é uma alegria imensa para quem sonha com este momento. Mas, nem tudo são flores para as mamães. Desde a gestação, casos de dores na coluna são muito frequentes nas mulheres, que podem agravar conforme a gravidez avança e, até mesmo, após o nascimento, quando terão que carregar os filhos no colo. Mesmo sendo um problema comum enfrentado por elas, existem alguns sintomas de alerta extremamente importantes a serem analisados, assim como medidas preventivas que podem reduzir, significativamente, as chances de enfrentarem dores incomodas durante este período.

Toda gestação gera uma verdadeira mudança no corpo feminino, desencadeando um arqueamento das costas para sustentar o volume abdominal e atingindo, principalmente, a região cervical (pescoço), com tendência a piorar ao longo dos meses. Por isso, estas dores nas costas costumam se intensificar ao longo do crescimento da barriga – podendo gerar incômodos cada vez maiores, especialmente, nas mulheres que já possuem histórico de dores nas costas antes de engravidar, ou que não tinham práticas frequentes de fortalecimento da coluna.

Segundo dados da Associação Brasileira de Reabilitação de Coluna (ABRColuna), estima-se que de 50 a 80% das mulheres grávidas venham a apresentar algum tipo de dor lombar durante este período. Normalmente, muitos sintomas costumam a aparecer a partir da oitava semana, com probabilidade de gerar desconfortos mais intensos do quinto ao sétimo mês. No puerpério, devido às alterações hormonais e mudanças no corpo da mulher, o mesmo cenário pode ser visto, gerando uma sobrecarga enorme que pode desencadear outras dores às mães.

Alguns dos maiores sinais de alerta que devem ficar no radar incluem a piora rápida da dor nas costas, se ela vem acompanhada de febre, seu acometimento em apenas um lado da coluna (o que pode indicar outros problemas de saúde), irradiação perante sensibilidade nas pernas, dormência e outras alterações neurológicas. Qualquer um destes sintomas deve ser imediatamente avaliado pelo obstetra responsável pela gestante e, ainda, por um ortopedista de confiança, para que consigam analisar, juntos, o motivo destas dores e qual o melhor procedimento a ser seguido.

Por mais que seja um problema comum enfrentado pelas mulheres que engravidam, existem alguns cuidados que podem ser tomados desde cedo para evitá-los – especialmente, naquelas que estão planejando uma gestação. Estes hábitos são algumas das melhores recomendações contra lombalgias graves, considerando que o uso de remédios é contraindicado ao longo de todos estes meses de gestação e amamentação.

A prática rotineira de exercícios físicos é, de longe, um dos cuidados mais básicos e fundamentais a ser tomado pelas futuras mães desde antes da gestação, sobretudo nas que já apresentam algum desconforto na coluna. Quanto maior for o trabalho de fortalecimento, menor será a chance de desenvolverem dores severas ao longo da gravidez. Existem muitas atividades funcionais, como pilates e treinamentos direcionados para esse objetivo, o que também irá facilitar no período pós-parto.

Diariamente, manter a postura adequada também é fortemente recomendado para auxiliar no alívio e prevenção das dores na lombar, evitando posições em que a coluna não fique ereta. O mesmo vale para ficar muito tempo parada na mesma situação, o que pode piorar este desconforto. A recomendação é intercalá-las para um maior conforto no dia a dia.

Por fim, de nada adiantará estes cuidados, sem que haja um hábito alimentar saudável em suas rotinas. É usual que as mulheres ganhem peso durante a gravidez, o que, inevitavelmente, eleva a sobrecarga na coluna. Por isso, se deve optar por uma nutrição adequada, evitando excessos e alimentos que não sejam nutritivos.

A lombalgia na gravidez é uma situação extremamente comum de ser vista, independentemente da idade da futura mamãe. Mas, isso não significa que tenham que lidar com dores fortes que prejudiquem seu dia a dia. Todos os cuidados mencionados precisam ser adotados o quanto antes, garantindo não apenas a qualidade de vida da gestante, como também de seu bebê.  



Dr. Carlos Eduardo Barsotti - cirurgião ortopedista formado pela Faculdade de Medicina da USP, Mestre em Ciências da Saúde e Pós-graduado pela Harvard Medical School. Com mais de 19 anos de experiência na área, é um dos poucos profissionais do país a realizar intervenções de alta complexidade, principalmente na correção de escoliose.

Maio Bordô alerta para as cefaleias: 3 é demais!

O mês de maio é um mês de extrema importância para a Sociedade Brasileira de Cefaleia e para a Academia Brasileira de Neurologia.

Anualmente, destacamos o Maio Bordô alertando a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce e tratamento correto dos diversos tipos de cefaleia.

Na edição 2024 do Maio Bordo, o slogan 3 É DEMAIS traz o significado de que “mesmo que você tenha boas explicações para as suas dores, se você 3 ou mais dores de cabeça por mês, há mais de 3 meses, procure um médico. Você precisa de tratamento.”

O comitê de Leigos da Sociedade Brasileira de Cefaleia registra que o intuito é propagar a campanha em todos os meios de comunicação para a conscientização sobre um problema de saúde prevalente e impactante: às cefaleias, conhecidas por todos como dores de cabeça e muitas vezes subestimadas.

As cefaleias, incluindo condições severas como a enxaqueca, que acomete cerca de 15% da população mundial de acordo com as estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), não são apenas comuns - são complexas e debilitantes. A enxaqueca é uma doença genética provocada por uma hiperexcitabilidade e alterações metabólicas no no sistema nervoso central em indivíduos susceptíveis e acomete cerca de 30 milhões de brasileiros. Ela é mais frequentemente em mulheres, e conforme a Classificação Internacional de Cefaleia é uma dor de moderada a forte intensidade, de um lado da cabeça, associada a náuseas e/ou vômitos, e/ou fotofobia e fonofobia. Em alguns casos menos frequentes a dor pode ser precedida do que chamamos de aura, que na sua maioria das vezes são sintomas visuais como por exemplo pontos brilhantes. Sabemos que os pacientes com cefaleia recorrente levam muitos anos para procurar um médico por dor de cabeça e ainda muito mais para procurar um especialista, interferindo diretamente na qualidade de vida, prejuízos econômicos e sociais. No Maio Bordô pretendemos além de levar informações e sanar dúvidas sobre estas condições, mudar a percepção pública sobre elas, promovendo um diálogo sobre diagnóstico precoce e tratamento inovadores. Fazer com que o paciente saia da acomodação de seus modelos leigos e tome atitude para melhorar a sua qualidade de vida.

Com embasamento científico a SBC e ABN podem informar a população sobre alguns temas atuais como por exemplo “Os novos avanços no tratamento da Enxaqueca”, alertar sobre o diagnóstico precoce das Cefaleias em Salva, que mesmo não sendo frequente é um tipo de cefaleia primária devastadora, e entre outros temas.

Acredito que esta é uma história que merece atenção, não apenas por sua relevância médica, mas por sua ressonância humana.

3 É DEMAIS. Não existe dor de cabeça normal . Normal é não ter dor de cabeça

Abrace esta causa.



Comitê de Leigos

Evelyn Esteves de Oliveira e Silva
Celia Roesler
Oswaldo Couto Junior
Claudia Zanetti Moura
Felipe Sampaio Sabá
Simone Graziani Prada


Doenças respiratórias e outros males têm maior ocorrência no outono

 Médicos falam sobre cuidados nessa estação sobretudo para crianças e idosos

 

Concentração de poeira e pólen em suspensão no ar, variação da umidade do ar e mudança de temperatura. Esses e outros aspectos característicos do outono causam as doenças típicas dessa estação.  

Gripe, doenças respiratórias e processos alérgicos diversos são comuns nessa época.  Médicos alertam para a prevenção e cuidados que podem ser tomados no outono. 

Normalmente idosos e crianças são mais acometidos pelas chamadas doenças de outono.  

Para o público infantil é recomendada especial atenção. “ Durante o outono, na pediatria, as doenças mais comuns são gripes, resfriados, crises de asma, bronquiolite e pneumonia. Elas acontecem pois, nessa época  a umidade relativa do ar diminui.

Para prevenir essas doenças, é importante manter as vacinações em dia, evitar lugares fechados e aglomerados, higienizar as mãos e lavar as narinas com soro fisiológico regularmente”, afirma Dra. Fernanda Santoro Santos, pediatra do Centro Médico Pastore ( RJ).   

A médica destaca que os responsáveis devem estar atentos aos sintomas. “Quando a criança apresentar algum sintoma respiratório, é importante os pais se comunicarem com o pediatra assistente, para que sejam orientados de forma adequada e ficarem atentos aos sinais de alarme, como febre há mais de 72h, esforço respiratório e sonolência, nesses casos, devem se encaminhar ao serviço de emergência”, reforça Dra. Fernanda.  

Quanto aos idosos vale alertar que esses também costumam ser acometidos pelas doenças sazonais, “como as doenças respiratórias, gripes, principalmente influenza/pneumonias, pneumocócicas. Há também o vírus sincicial respiratório do adulto. A melhor medida preventiva é a vacinação anual da gripe, que muda de acordo com as cepas previstas para o ano. Também tem a Vacinação antipneumocócica” , alerta Dra. Karina Azambuja, geriatra do Centro Médico Pastore.  

Seja qual for o público é sempre recomendado estar com check up médico em dia e cuidar também de prevenção, caso já tenha histórico de doenças respiratórias, por exemplo. 


Como se preparar para uma pós-menopausa saudável e tranquila

Menopausa é o nome que se dá à última menstruação. O corpo da mulher começa a se preparar para a menopausa entre os 45 e 55 anos. O climatério é conhecido como o período que antecede a menopausa, também chamado de transição menopausal. Passar por esse momento traz uma série de mudanças e adaptações ao corpo da mulher, que se traduzem em um conjunto de sintomas, de modo que identificar estas mudanças e se preparar torna-se fundamental para manter a qualidade de vida nesta nova fase. Porém, como identificar os primeiros sinais e sintomas se eles são tão diversos e podem se confundir com outras condições de saúde?

Mais de 80 sintomas associam-se ao climatério. Um sintoma comum e clássico é o fogacho, também conhecido como onda de calor. Por um desequilíbrio do centro de controle da temperatura, a mulher começa a sentir um calorão repentino, geralmente no tórax e pescoço, fica vermelha, e com suor excessivo. Outro sintoma comum é a mudança do padrão menstrual, geralmente mais precoce, onde os cliclos tornam-se irregulares.

Com a queda progressiva dos hormônios, começam a surgir sintomas mais vagos, que confundem-se com outras condições médicas, mas é muito importante falar neles. Fisicamente, são frequentes a sensação física de cansaço, a falta de energia e disposição, os problemas do sono, como a dificuldade de dormir e insônia, o ressecamento da pele e a flacidez. A saúde psicológica e cognitiva também sofre impacto. As pessoas do convívio diário começam a notar uma piora da concentração e da memória, e alterações do humor e irritabilidade. Em alguns casos, pode ser notado um padrão mais depressivo. Junto com a falta de energia física, surge a falta de vontade de fazer as coisas de que sempre gostou. Dentre todos estes aspectos apontados, talvez o mais desafiador para a mulher, por constituir um conjunto de alterações físicas e emocionais, e ainda por ser um tabu para muitas mulheres, é a diminuição da qualidade de vida sexual. A queda dos hormônios provoca o ressecamento e afinamento da parede vaginal, e a diminuição da lubrificação. Como resultado, o ato sexual pode se tornar doloroso. O saldo então é a diminuição do desejo sexual, falta de excitação, baixa autoestima e até depressão.      

Os sinais clínicos observados devem ser confrontados com os exames laboratoriais para diagnosticar o climatério e definir a melhor estratégia terapêutica. Os principais exames que mostram a aproximação da menopausa é a dosagem do FSH (Hormônio Folículo Estimulante) e do Estradiol. Conforme esta fase se aproxima os ovários se tornam menos responsivos ao FSH, e seus níveis aumentam na tentativa de promover o equilíbrio hormonal. Por isso, é fundamental que a mulher tenha o acompanhamento adequado de profissional médico nesta fase para identificar esse período e tratar os sintomas adequadamente.  

 

Atualmente é reconhecido que a principal estratégia para aliviar os sintomas do climatério consiste na adoção de hábitos saudáveis aliados com a terapia de reposição hormonal. Uma alimentação saudável e a prática de atividade física regular, principalmente exercícios aeróbicos e de fortalecimento muscular, ajudam no controle de peso, diminuem as dores musculares e articulares, e melhoram o humor, a libido e as alterações vaginais. Estimular o cérebro em atividades de raciocínio ajuda a reduzir o risco de perda de memória durante a pós-menopausa. 

A reposição hormonal visa equilibrar os níveis de hormônios diminuídos nesse período, sendo o Estradiol e a Progesterona os principais hormônios utilizados. De fato, a literatura científica tem evidenciado diversos benefícios na saúde física, psicológica e sexual com a reposição da Testosterona em mulheres que apresentam níveis baixos desse hormônio. No Brasil a utilização dessas substâncias já está consolidada nas formas de pílulas, géis, adesivos e injetáveis. Recentemente, muito se tem discutido sobre a terapia hormonal com implantes subcutâneos que são aplicados sob a pele da paciente. A forma de reposição via implantes subcutâneos tem se demonstrado eficaz e segura, sendo utilizada há mais de 50 anos nos Estados Unidos e Europa.  

Por meio da via de aplicação característica dos implantes subcutâneos, as substâncias são liberadas na corrente sanguínea de forma gradual e controlada desde o momento da implantação, podendo manter a terapia de reposição continuamente de 3 e 6 meses sem nenhuma intervenção médica adicional. Dessa forma, os níveis hormonais podem ser mantidos dentro dos limites fisiológicos, sem a variação da dose que ocorre quando se tem que aplicar ou ingerir a substância de forma recorrente todos os dias. O principal benefício desse efeito é a diminuição dos efeitos colaterais envolvidos com a utilização dos hormônios, os quais ocorrem quando a dose passa do limite costumeiramente reconhecido pelo organismo da mulher.  A aplicação dos implantes subcutâneos é um procedimento ambulatorial feito por profissionais médicos treinados e capacitados para uma implantação segura. Após a aplicação, não é necessário realizar a remoção dos implantes, pois eles são completamente absorvidos pelo organismo. Converse com o seu médico sobre os prós e contras da terapia com implantes subcutâneos e fique segura da melhor opção terapêutica para o tratamento dos sintomas do climatério. 

Preparar-se com antecedência é a chave para evitar um choque quando a “mudança” começar. Permita-se também fazer o melhor para o seu corpo, de forma proativa e realmente fortalecedora!

 

Izabelle Gindri - PhD, cofundadora e CEO da bio meds Brasil, fabricante de pellets absorvíveis


Especialista explica riscos e benefícios das lentes de contato dentais

De acordo com o Dr. José Todescan Júnior, essa deve ser uma escolha planejada e bem informada, minimizando eventuais problemas causados pelo procedimento

 

As lentes de contato dentais têm se destacado como uma das intervenções estéticas mais desejadas no campo da odontologia. Elas prometem transformar sorrisos, corrigindo cores, formas e alinhamentos em um procedimento relativamente rápido. No entanto, antes de se decidir por essa solução aparentemente ideal, é crucial entender os diversos aspectos e implicações do procedimento.

De acordo com o Dr. José Todescan Júnior, especialista em Prótese Dental, odontopediatria e endodontia, além de membro da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética, muitos pacientes buscam as lentes de contato dentais para resolver problemas como o escurecimento ou amarelamento dos dentes. Contudo, em muitos casos, o clareamento dental pode ser a opção mais segura e eficaz. “É um processo menos invasivo, que trata a coloração sem alterar a estrutura do dente”, revela. 

As facetas, que são camadas finas de porcelana ou resina fixadas à superfície dos dentes, são indicadas para correções mais abrangentes, que incluem ajustes na forma, no tamanho e na posição dos dentes. “É um procedimento único, que trata esses problemas de uma só vez. No entanto, não é o mais adequado para aqueles que contam com apenas um desses quadros”, pontua.


Um procedimento irreversível

Segundo Todescan, aplicar facetas geralmente envolve o desgaste da superfície do dente, o que significa que o procedimento não pode ser desfeito. “Esta característica destaca a importância de uma decisão bem pensada, baseada na análise detalhada do caso do paciente e nas recomendações de um dentista qualificado. A escolha precipitada de aplicar facetas pode levar a resultados estéticos insatisfatórios e problemas funcionais a longo prazo”, alerta.

Além dos custos financeiros, as lentes de contato dentais trazem um “custo biológico” significativo. Este termo se refere às consequências físicas duradouras do tratamento, incluindo a perda permanente da estrutura dental original e possíveis complicações futuras. “Portanto, é vital que os pacientes ponderem sobre essas implicações e considerem se os benefícios estéticos superam os riscos envolvidos”, declara.


Planejamento e cuidados pós-procedimento

O especialista acredita que cada sorriso é único, e por isso a abordagem para cada paciente deve ser igualmente personalizada. “Uma avaliação completa é necessária. Não apenas da saúde dental do paciente, mas também de seus hábitos diários e expectativas. Dependendo desses fatores, alternativas menos invasivas podem ser recomendadas. Além disso, é essencial que o paciente esteja envolvido no processo de decisão e plenamente consciente de todas as etapas do tratamento”, relata.

Após a aplicação das facetas, a manutenção adequada é crucial para garantir sua longevidade e prevenir complicações. “Os pacientes devem adotar uma higiene oral rigorosa e visitar regularmente o dentista para consultas preventivas. Esses cuidados ajudam a maximizar a vida útil das facetas e garantir a saúde contínua da boca”, ressalta.

Para Todescan, optar por lentes de contato dentais é uma decisão que impacta não apenas a aparência, mas também a saúde bucal a longo prazo. “Deve ser uma escolha bem informada, planejada em conjunto com profissionais qualificados e com uma compreensão clara dos benefícios e riscos envolvidos. Assim, os pacientes podem desfrutar dos resultados desejados com segurança e confiança, mantendo a saúde e a funcionalidade dos seus dentes”, finaliza.  



José Todescan Júnior - Atuando com excelência na área de Odontologia há mais de 33 anos, José Todescan Júnior é especialista em Prótese Dental, Odontopediatria e Endodontia pela USP. Membro da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética, membro da IFED (International Federation Esthetic Dentistry), membro da no Associação Brasileira de Odontologia Estética e membro da ABOD (Associação Brasileira de Odontologia Digital). Ele acredita que o profissional que se aperfeiçoa em diversas áreas pode escolher sempre o melhor para os pacientes.


Clínica Todescan
clinicatodescan.com.br
instagram.com/todescanjrodontologia.

 

 

Fio ou fita dental: descubra a diferença e como escolher

Imagem: GUM
Consultora da GUM® explica a importância do uso e qual escolha é mais indicada para cada necessidade

 

Que o uso do fio dental é fundamental para garantir uma boa higiene bucal não é novidade para ninguém. O que poucos pacientes sabem é que, além dessa ferramenta, existem outras que também podem ajudar a promover a limpeza entre os dentes. A fita dental, por exemplo, é muito parecida com o fio, porém é mais larga e plana e, geralmente recomendada para pessoas que possuem dentes mais separados.  

De acordo com Gabriella Mundim, dentista e consultora da GUM, marca especializada em produtos inovadores para cuidados bucais, a limpeza do espaço entre os dentes é um hábito fundamental para a saúde dental, que muitas vezes cai no esquecimento. “Felizmente, existem muitos produtos de limpeza interdental no mercado, e escolher um que atenda às necessidades ajudará a implementar esse tipo de limpeza na rotina diária”, afirma. 

Gabriella explica que o fio e fita dental são produtos de limpeza interdental que limpam as superfícies entre os dentes, onde a escova não consegue alcançar. “O fio dental é um fio fino de monofilamentos de plástico trançados ou filamentos de nylon. Já a fita dental é muito parecida com o fio dental, mas, é mais larga e mais plana”, esclarece. 

A decisão de usar fita ou fio dental depende de qual produto é a mais eficaz na limpeza entre os dentes e qual é mais fácil de usar, na opinião do paciente. “O fio dental é recomendado para quem possui espaços apertados entre os dentes, pois pode penetrar facilmente nesses espaços, removendo a placa bacteriana e prevenindo problemas como cáries e doenças gengivais. Já a fita dental, é recomendada para quem possui espaços interdentais mais largos ou para aqueles que buscam uma alternativa mais suave para as gengivas sensíveis”. 

Para finalizar, a especialista destaca que em termos de capacidade de limpeza e remoção da placa bacteriana, não há diferença significativa entre os diversos tipos de fio e fita dental. “A escolha entre fio ou fita dental deve ser baseada principalmente na facilidade de uso e na preferência individual. Ambos os modelos oferecem excelentes resultados, reforçando a importância da consistência e preferência pessoal na prática de uma higiene bucal eficaz”, conclui.


Guia de Hidratação: As Melhores Frutas para Combater a Onda de Calor

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Nutricionista da São Judas lista melhores opções e receitas para os dias quentes


Enquanto a onda de calor se intensifica pelo país, manter a hidratação torna-se uma prioridade essencial para a saúde. Neste contexto, a nutricionista e professora da Universidade São Judas, Silvana Atayde, compartilha dicas sobre como combinar nutrição e hidratação durante os dias quentes. 

A nutricionista aconselha a escolha de frutas, verduras e legumes que possuem um alto percentual de água em sua composição, acima de 80%, como: abacaxi, pepino, abobrinha, melancia, laranja, morangos, goiaba, amora, alface, entre outros. “Esses alimentos são uma ótima opção para garantir a hidratação nos dias de calor excessivo já que, além de auxiliarem na hidratação, também fornecem nutrientes para manutenção da saúde” explica a professora. 

Silvana também comenta sobre a importância da ingestão diária de água. Segundo as DRI`s (Dietary Recommend Intake) de 2023, os homens de 19 anos ou mais devem ingerir 3,7 litros de água. Para mulheres da mesma faixa etária, o consumo sugerido é de 2,7 litros. “Deve-se considerar que esse valor representa 80% de ingestão de água, enquanto os 20% restantes do consumo de alimentos. Nos dias mais quentes, deve se atender a sensação de sede, mesmo que ultrapasse a recomendação diária” ressalta. 

Além de água, sucos naturais são ótimas escolhas para manter a hidratação, já que fornecem vitaminas e minerais que auxiliam na regulação das funções do organismo. 

A nutricionista recomenda frutas e combinações como: abacaxi com hortelã, melancia, morango, laranja com acerola, maracujá e limão. “Para o preparo adequado dos sucos é importante a utilização de água potável, filtrada ou mineral, higienização adequada dos utensílios, mãos e alimentos utilizados, evitar acréscimo de excesso de açúcar e consumir logo após o preparo para evitar a diminuição dos nutrientes. As águas saborizadas com frutas também são uma ótima opção, pois possuem menos calorias e facilitam a aceitação de pessoas que tem dificuldade de tomar água pura”, acrescenta. 

Para praticantes de exercício físico a água de coco é uma ótima opção. Rica em minerais essenciais como potássio, magnésio e cálcio, auxilia na reposição de líquidos perdidos durante os exercícios, e por ser natural, não contém aditivos ou açúcares prejudiciais à saúde. 

Na seara de substituições, a professora sinaliza a água gaseificada como ótima alternativa no lugar de refrigerantes e outras bebidas açucaradas. “Água com gás é uma opção mais saudável. Possui a presença de gás carbônico, responsável pelas bolhas de ar em sua composição, podendo conter sais minerais, cálcio, sulfatos, sódio e magnésio”, sinaliza. 

A professora também apresenta algumas receitas que combinam diferentes frutas para os dias de calor. Confira abaixo:

 

Suco refrescante de morango com laranja

  • 8 unidades de morango.
  • 100 ml de água de coco.
  • 100 ml de sumo de laranja.
  • Hortelã a gosto.


Modo de preparo:

  1. Higienize os morangos, retire os cabinhos e corte-os em pedaços.
  2. Coloque todos os ingredientes em um liquidificador ou processador e bata até incorporarem.
  3. Com o auxílio de uma peneira, coe o suco.
  4. Sirva com cubos de gelo. Se preferir, acrescente folhas para decorar, como hortelã.

Água saborizada de limão com hortelã

  • 3 limões taiti cortados em fatias finas.
  • 400 ml de água gelada.
  • Hortelã à gosto.
  • Gelo a gosto.


Modo de preparo:

  • Em uma jarra coloque os limões, a hortelã e a água. Misture bem, depois, acrescente o gelo.
  • Leve para a geladeira.
  • Sirva.


São Judas

Ânima Educação


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