Pesquisar no Blog

domingo, 29 de setembro de 2024

Hérnia de disco em pets: sinais, prevenção e tratamento

 Freepik

Se engana quem acredita que hérnia de disco é uma doença que acomete apenas os seres humanos. Essa condição, que também afeta os animais, ocorre quando um disco intervertebral, que atua como um amortecedor entre as vértebras da coluna, se desloca ou se rompe, causando dor intensa e comprometimento da mobilidade. 

A hérnia de disco pode se manifestar de várias formas em pets e os sinais mais comuns incluem:

  • Dor e desconforto: o animal pode apresentar dificuldade em se mover, relutância em saltar ou subir escadas, e pode vocalizar quando manipulado.
  • Alterações na mobilidade: dificuldade em caminhar, arrastar as patas traseiras, ou fraqueza em uma ou mais patas.
  • Mudanças comportamentais: agitação, aumento da irritabilidade ou isolamento repentino. 

Embora nem todas as causas de hérnia de disco possam ser prevenidas, algumas medidas podem ajudar a reduzir o risco, de acordo com Walérya Mendonça, professora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera. “Manter o peso ideal do seu pet é crucial para prevenir problemas de coluna, como a hérnia de disco. O excesso de peso exerce pressão adicional sobre a coluna vertebral, aumentando o risco de lesões. Dieta equilibrada e exercícios regulares também são essenciais para garantir que seu animal de estimação se mantenha saudável”. 

Além disso, a especialista explica que é importante evitar atividades físicas excessivas e movimentos bruscos, pois eles podem contribuir para o desenvolvimento de problemas na coluna. “Em casos de raças predispostas, como Dachshunds e Bulldogs, que são mais propensas a problemas de coluna, é necessário atenção especial com acompanhamento regular”, completa. 

Quanto ao tratamento, a médica veterinária esclarece que há várias abordagens de tratamento disponíveis. “O tratamento da hérnia de disco em pets pode variar dependendo da gravidade da condição. Em muitos casos, o tratamento conservador é eficaz e envolve a administração de medicamentos anti-inflamatórios para aliviar a dor e a inflamação, além da modificação das atividades do animal para evitar movimentos que possam agravar a lesão. A fisioterapia também pode ser uma parte importante do tratamento, ajudando na recuperação e no fortalecimento da musculatura ao redor da coluna vertebral”, salienta. 

No entanto, em situações mais graves, onde o tratamento conservador não proporciona alívio adequado, a cirurgia pode ser necessária. Este procedimento visa remover o material do disco que está pressionando os nervos e causar dor ou disfunção, proporcionando alívio mais definitivo e restaurando a função normal do animal. 

Caso haja suspeita que seu pet esteja sofrendo de hérnia de disco, é fundamental procurar a orientação de um veterinário. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para melhorar a qualidade de vida do seu animal e evitar complicações futuras.  



Anhanguera
site
blog

 

Alerta Vermelho: cuidados essenciais com seus pets durante o calor intenso

Freepik
Médica-veterinária dá dicas de como proteger seus amigos peludos do tempo seco

 

Na última semana, o clima no país entrou em alerta vermelho, com temperaturas cinco graus acima da média, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Este aumento no calor e a aridez do tempo podem causar diversos problemas de saúde, tanto para humanos quanto para animais de estimação. Kelly Maiara Lopes Carreiro, médica-veterinária da Special Dog Company, destaca a importância de monitorar atentamente as necessidades dos pets durante este período crítico.


Impactos do Calor nos Animais de Estimação

O calor extremo e a baixa umidade podem afetar gravemente a saúde dos animais, resultando em desidratação, problemas respiratórios e alérgicos, além de ressecamento da pele, que pode levar a descamação e desconforto. “A desidratação é particularmente preocupante, pois pode causar complicações graves se não for tratada de forma rápida e eficaz. Esses fatores podem comprometer seriamente o bem-estar dos pets e sua qualidade de vida”, alerta a especialista.


Cuidados Essenciais para Pets

Durante períodos de calor intenso, é crucial adotar medidas preventivas para proteger a saúde dos animais:

  • Hidratação: disponibilize várias fontes de água pela casa e adicione cubos de gelo para estimular a ingestão. Ofereça alimentos úmidos para gatos, que podem ser menos propensos a beber água.
  • Ambiente e Conforto: mantenha os pets em locais frescos e sombreados, evitando o uso excessivo de ar-condicionado e ambientes secos com poeira. Utilize umidificadores e toalhas molhadas para ajudar a refrescar o ambiente.
  • Cuidados Específicos: limpe diariamente ao redor dos olhos dos pets com água ou solução fisiológica. Dê banhos semanais em cães e escove os gatos diariamente para remover pelos soltos e facilitar a troca de calor.
  • Observação e Saúde: fique atento a sinais como secreção ocular e consulte um veterinário caso observe sintomas preocupantes.


Raças e Considerações Específicas

A médica-veterinária alerta que raças com pelagem densa, como Husky Siberiano, Malamute do Alasca, São Bernardo, Terra Nova e Akita, que são adaptadas a climas frios, podem sofrer mais com o calor intenso. Esses pets podem apresentar falta de apetite e letargia devido ao calor extremo. 

“A falta de apetite pode ser compensada com alimentos úmidos completos e balanceados, que não só fornecem nutrientes necessários, mas também ajudam na hidratação se oferecidos na quantidade adequada”, conclui a especialista. Os sachês das linhas Special Dog Ultralife e Special Cat Ultralife, por exemplo, são alimentos completos que podem ser oferecidos na alimentação integral dos animais, com baixa caloria e alto teor de umidade, que contribui para a hidratação e saúde do trato urinário, além de oferecer omega 3, 6 e zinco, auxiliando na saúde da pele e pelagem do animal.

Para mais dicas e orientações sobre o cuidado com seus pets, visite o Portal Pet da Special Dog Company. Em caso de sintomas graves ou preocupações com a saúde do seu animal, consulte sempre um veterinário de confiança.

 

Special Dog Company



Guarda e visita de pets ganham espaço nas discussões judiciais brasileiras

Monica Pérez, advogada especialista em Direito de Família, explica como o tema é tratado na Justiça e destaca a necessidade de uma legislação específica 


A crescente população de animais de estimação no Brasil trouxe um novo desafio para os tribunais: como lidar com a guarda e o direito de visitação de pets em casos de separação de casais. Segundo a Abinpet e o Instituto Pet Brasil, o país possui a terceira maior população de pets do mundo, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos, com cerca de 160,9 milhões de animais.

Os cães lideram esse número, com 62,2 milhões, seguidos pelas aves ornamentais (42,8 milhões) e gatos (30,8 milhões). Com o aumento das famílias que tratam os pets como filhos, questões relacionadas à guarda e visitas de animais de estimação têm sido cada vez mais discutidas no meio jurídico.

Embora o ordenamento jurídico brasileiro ainda não possua uma legislação específica sobre guarda e visita de pets, os tribunais têm enfrentado um aumento no número de casos que envolvem a discussão desses temas.  Mas, apesar da popularidade do tema, atualmente não há previsão legal específica para a guarda e visita de pets no Brasil.

Segundo Monica Pérez, advogada especialista em Direito de Família, "mesmo sem uma legislação própria, é cada vez mais comum que casos sobre guarda e visita de pets cheguem à Justiça, especialmente em situações de dissolução de matrimônio ou convivência, em que os tutores se veem emocionalmente apegados aos animais, como se fossem filhos". Isso leva ao embate sobre quem ficará com a guarda e como será regulamentado o direito de visita.

A falta de legislação específica também levanta questões sobre qual vara seria competente para julgar tais casos. "Embora muitos defendam que esses temas deveriam ser tratados na Vara de Família, alguns juízes consideram que a competência é da Vara Cível, uma vez que a competência da Família abrange apenas assuntos relacionados a entes familiares, e o pet, na ausência de uma lei que o classifique como tal, acaba por vezes excluído desse rol", aponta Monica. Como resultado, alguns magistrados discutem o pet como um "objeto", uma propriedade, e não como um membro da família.

Essa perspectiva mais tradicional sobre os pets, que os vê como propriedade de quem os adquiriu ou registrou, está gradualmente mudando. "Há um movimento em crescimento que reconhece o pet como um membro da família, formando o que chamamos de 'família multiespécie'. Isso implica que, em casos de separação conjugal, pode ser necessário regulamentar a guarda e visitas do pet", destaca a advogada.

A regulamentação, na ausência de uma legislação própria, tem sido realizada de forma equiparada à guarda e visita de filhos, definindo se a guarda será compartilhada ou unilateral, a residência do pet, o formato de visita, e o tempo de convivência com cada tutor.

Monica também ressalta a necessidade de reconhecimento legal do pet como membro da família multiespécie, o que inclui considerar os sentimentos dos animais e o vínculo emocional com seus tutores.

"Diante da necessidade apresentada de reconhecer o pet como um ser senciente, que tem sentimentos e se apega aos familiares, os legisladores estão sendo pressionados a legislar sobre o assunto", diz. Um exemplo dessa movimentação é o Projeto de Lei 941/24, que atualmente tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Enquanto a legislação específica não é aprovada, o grande desafio da advocacia é definir a competência correta dessas ações. "É essencial que sejam tratadas no âmbito das Varas de Família, e posteriormente, que se consiga entrar no mérito das regras de guarda, como já ocorre com filhos menores, adaptando esses conceitos para a guarda de pets", afirma Monica.

Para os tutores de pets, o desafio, assim como para quem tem filhos, é considerar o bem-estar, conforto e apego do animal na hora de uma separação, respeitando o direito de convivência do outro tutor.

A tendência é que o tema de guarda e visita de pets continue a evoluir, refletindo as mudanças na composição das famílias e a crescente importância dos animais de estimação na vida das pessoas.

Até que novas legislações sejam criadas, as decisões seguirão variando entre os tribunais, com cada caso exigindo uma análise cuidadosa e uma abordagem que priorize o bem-estar dos animais e o direito de convivência justa entre os tutores.

 

Furno Petraglia Advocacia


Meu pet precisa ir ao dentista? Saiba como cuidar da saúde bucal do seu bichinho

Freepik

Especialistas da HTM VET e Nouvet explicam que a atenção aos cuidados bucais em cães e gatos pode evitar sérios problemas de saúde

 

No universo encantador dos animais de estimação, nem sempre damos a devida atenção a um aspecto crucial para o bem-estar de nossos fiéis companheiros: a saúde bucal. O “sorriso” cativante do seu pet não é só uma expressão facial de relaxamento ou alegria; é, na realidade, um indicador da sua qualidade de vida. 

 

A doença periodontal, por exemplo, associada ao mau hálito, afeta surpreendentes 85% dos cães e gatos com mais de três anos, segundo um estudo conduzido pela Mars Petcare. Essa condição ultrapassa o desconforto oral, podendo desencadear problemas mais sérios, como inflamações nas gengivas, perda de dentes e outras complicações graves.

 

Assim, manter a saúde bucal dos mascotes evita a disseminação de bactérias da cavidade oral para a corrente sanguínea, o que pode impactar até órgãos vitais. Cuidados preventivos servem não apenas para manter o sorriso do seu pet brilhante, mas também para garantir uma saúde geral robusta.

 

De acordo com Rodrigo Moretti, médico veterinário e consultor clínico científico da HTM VET, muitos tutores desconhecem a importância da escovação regular dos dentes dos animais. Essa prática simples, no entanto, previne o acúmulo de placa bacteriana e reduz os riscos de tártaro e gengivite.

 

“As consultas regulares ao veterinário são essenciais. Os profissionais da área podem realizar limpezas completas, solicitar exames detalhados e oferecer serviços específicos para a saúde bucal do animal, mesmo se ela já estiver prejudicada. A fotobiomodulação, por exemplo, é eficaz no tratamento de diversas condições bucais, desde mucosites e gengivites até casos de parestesia facial. Por ter efeitos bioestimulantes e analgésicos, é capaz de proporcionar alívio e promover a cicatrização, a depender de cada caso”, pontua o especialista. 

 

Além das idas constantes ao veterinário para garantir a saúde e o bem-estar dos pequenos companheiros, os tutores devem considerar adotar práticas regulares de cuidados animais, como higiene e dieta adequadas e brinquedos específicos para prevenir problemas dentários.

 

Mariana Suemi Fugita, médica-veterinária odontologista do Nouvet, centro veterinário de nível hospitalar em São Paulo, defende que hábitos como esses podem até contribuir para aumentar a expectativa de vida dos pets.

 

“Os cuidados ajudam a prevenir doenças bucais que podem ter repercussões sérias na sua saúde geral dos bichinhos, talvez dando até mais tempo de vida e saúde para cães e gatos. Doenças periodontais, cáries e infecções podem ser evitadas ou identificadas precocemente, permitindo intervenções adequadas para ele viver mais e com mais conforto ao lado de seu tutor”, conclui.

 

Nouvet 

 

Exposição solar em excesso pode prejudicar o seu pet

Assim como em humanos, o câncer de pele pode ser fatal se não diagnosticada e tratada precocemente em pets. 

 

O câncer de pele é uma das formas mais comuns de câncer em cães e gatos, especialmente nas raças de pelagem clara e sem subpelo. De acordo com Raquel Michaelsen, médica-veterinária do Grupo Hospitalar Pet Support, a exposição excessiva ao sol, especialmente em épocas de calor, pode aumentar significativamente o risco de desenvolvimento de tumores cutâneos.

 Conforme Raquel, os tutores devem estar atentos a sinais como: 

-Mudanças na pele, como nódulos ou feridas que não cicatrizam;

-Alterações na coloração da pele;

-Coceira excessiva ou desconforto nas áreas afetadas.

 

Formas de prevenção 

-Proteção solar: conforme Raquel, a aplicação de protetores solares específicos para pets, especialmente em áreas sem pelo, é recomendada. Existem produtos formulados especialmente para animais, que ajudam a prevenir queimaduras solares. 

-Evitar exposição prolongada: durante os horários de pico do sol (entre 10h e 16h), é aconselhável limitar a exposição dos pets ao sol. 

-Check-ups regulares: consultas veterinárias regulares são essenciais para a detecção precoce de problemas de pele e outras condições de saúde. 

-Importância da detecção precoce: a médica-veterinária explica que o diagnóstico precoce é crucial para aumentar as chances de tratamento bem-sucedido. “Caso suspeite de qualquer alteração na pele do seu animal, procure imediatamente um veterinário. O tratamento pode variar desde a remoção cirúrgica de tumores até terapias complementares, dependendo da gravidade da condição”. complementa. 

“Proteger nossos pets do câncer de pele é um ato de amor e responsabilidade. Com cuidados adequados e vigilância, é possível garantir uma vida saudável e feliz para nossos amigos de quatro patas”, finaliza a médica-veterinária do Grupo Hospitalar Pet Support.




Grupo Hospitalar Pet
www.petsupport.com.br

 

Dia mundial dos animais: Logística veterinária impulsiona o transporte de produtos essenciais para pets

No último ano a Solistica movimentou mais de R$4,5 bilhões em transporte e gestão no setor pet em todo o Brasil 

 

No Dia Mundial dos Animais, celebrado em 04 de outubro, é importante ressaltar que o crescente engajamento no bem-estar animal e nos cuidados de saúde adequados para pets tem impulsionado o mercado de produtos e serviços do segmento. O setor de logística e transporte especializado, responsável pela garantia de que medicamentos, alimentos e outros produtos essenciais cheguem ao consumidor final, movimentou cerca de 4,5 bilhões no último ano, somente na Solistica, maior operadora da América Latina com soluções 3PL.

 

O Brasil se destaca no cenário mundial não apenas por sua rica biodiversidade, mas também por sua significativa população de animais de estimação, além de ser um grande player no mercado pecuário. É o terceiro maior país em população total de bichos de estimação, com 54 milhões de cães, 24 milhões de gatos, 19 milhões de peixes e 40 milhões de aves, entre outros animais. 

 

O extenso território e as condições de infraestrutura desafiadoras no Brasil acrescentam complexidade quando falamos do transporte de produtos veterinários. A distribuição precisa ser planejada com cuidado para superar as barreiras geográficas e garantir que os produtos cheguem a todos os cantos do País. Atualmente, grande parte das empresas utilizam um operador logístico terceirizado, tanto no armazenamento quanto no transporte, seja para animais de produção ou animais de companhia. 

 

Com tanta demanda por produtos veterinários, é necessária uma cadeia de suprimentos bem orquestrada. Para Luís Matsuda, da Solistica, é importante que haja uma compreensão profunda dos desafios enfrentados na logística veterinária para evitar problemas nessa cadeia. “Cada produto possui uma particularidade específica e exige uma abordagem especializada em relação aos processos de armazenagem, transporte e gestão da informação, sendo responsabilidade do Operador Logístico garantir a qualidade nestes processos e atendimento de todas estas particularidades. Por isso, nosso papel como Operador é tão importante”, ressalta Matsuda.

 

Tecnologia a favor da eficiência e rastreabilidade


É imprescindível estabelecer um processo sólido e seguro em todo o ciclo do pedido, desde o recebimento dos produtos e correta alocação nas áreas de armazenagem, atendendo a todas as regras de acondicionamento, passando pelo despacho do produto para seu destino e até a entrega ao cliente. Isso requer a incorporação de tecnologias para automação de processos, sistemas de gestão de estoque, monitoramento de processos e, é claro, uma rede de de transporte confiável.

 

O ideal é aproveitar a tecnologia disponível para antecipar a demanda, oferecer rastreabilidade total e atender às exigências regulatórias. O aprendizado de máquina é capaz de dimensionar os recursos de forma adequada, conforme a procura e a sazonalidade. Recursos de rastreamento também contribuem para garantir a transparência e o bom relacionamento com o cliente, certificando ainda a qualidade em todas as etapas. 


Quando se trata da indústria de Saúde e Nutrição Animal, a logística especializada se torna ainda mais essencial, defende Matsuda. “O Brasil é capaz de desenvolver soluções sob medida, que garantem a entrega de produtos pet com qualidade e eficiência para manter a integridade dos produtos, como no caso de vacinas, que devem ser armazenadas e transportadas garantindo temperaturas entre 2°C e 8°C. Na Solistica, utilizamos todas as tecnologias ao nosso alcance, temos processos extremamente robustos e dispomos de parceiros de negócio altamente capacitados, além de uma equipe extremamente engajada e conhecedora deste segmento, tudo isso para promover uma entrega responsável e de qualidade”, conclui.



Cuidados para manter os pets saudáveis e livres da obesidade

Divulgação Royal Canin
ROYAL CANIN® apresenta orientações essenciais para prevenir um dos distúrbios que mais acomete gatos e cães, em colaboração ao livro “Obesidade em Animais de Companhia” 

 

Com mais de 59% dos cães e 52% dos gatos apresentando sobrepeso ou obesidade*, a condição é considerada uma epidemia moderna em pets, sendo um dos maiores desafios na saúde animal do século XXI. Correlacionado à redução da qualidade de vida e uma série de alterações fisiológicas, o excesso de peso pode levar ao desenvolvimento de problemas de saúde graves, como doenças cardiovasculares, diabetes, complicações ortopédicas e respiratórias, impactando diretamente a longevidade dos animais. 

O livro “Obesidade em Animais de Companhia”, lançado recentemente durante um evento na Universidade de São Paulo (USP) que contou com o apoio da ROYAL CANIN®, é a primeira literatura sobre o tema no Brasil desenvolvida por renomados Médicos-Veterinários que, há anos, acompanham de perto a problemática da obesidade em gatos e cães. Editado pelo Dr. Fábio Alves Teixeira e coeditado pelas Dras. Mariana Porsani e Vivian Pedrinelli, a obra oferece uma visão detalhada sobre a prevenção e o manejo do sobrepeso, abordando causas, diagnóstico e estratégias para o tratamento. Como um guia essencial para estudantes e profissionais da saúde animal, a publicação se destaca por sua abordagem científica e acessível, contribuindo significativamente para o enfrentamento da crescente prevalência dessa condição entre os pets. 

“A obesidade é uma doença que traz diversos prejuízos à saúde e resulta na diminuição da expectativa de vida. Entre os seres humanos, o número de pessoas com excesso de peso tem aumentado significativamente em todo o mundo, e a obesidade é hoje considerada uma epidemia global. Da mesma forma, no caso dos animais de companhia, nas últimas décadas também se verificou um crescimento alarmante da obesidade. Por isso, esta obra é de grande relevância, abordando desde a fisiopatologia até os fatores de risco, diagnóstico, tratamento e prevenção, tornando-se um recurso essencial para Médicos Veterinários e Estudantes de Medicina Veterinária”, destaca Dr. Fábio Alves Teixeira. 

Consultas veterinárias regulares são fundamentais para monitorar a saúde do animal e identificar precocemente quaisquer sinais e/ou fatores de risco. Durante o atendimento, o profissional deve realizar a pesagem e registro do peso no histórico do paciente, bem como a avaliação do escore de condição corporal, uma escala validada que determina através de uma avaliação clínica qual é o percentual de sobrepeso do paciente. Com base nessas informações, o Médico-Veterinário irá recomendar exames adicionais, se necessário. Esse acompanhamento permite antecipar ou detectar sinais de problemas associados ao excesso de gordura, como doenças metabólicas e cardiovasculares, além de possibilitar a oferta de orientações personalizadas sobre dieta e estilo de vida. A atividade física também é crucial: cães precisam de caminhadas diárias e atividades ao ar livre que estimulem o corpo e a mente, enquanto gatos podem ser estimulados com brinquedos interativos e brincadeiras que simulem comportamentos naturais, como caça e escalada. Um ambiente enriquecido e variado ajuda a evitar o sedentarismo e contribui com o bem-estar. 

A alimentação balanceada é outro pilar importante. Oferecer alimentos de alta qualidade, formulados para atender às necessidades nutricionais específicas de cada animal, é vital para a saúde a longo prazo. Alimentos especialmente formulados para a necessidade de cada animal, bem como um manejo adequado podem ajudar a prevenir o ganho excessivo de peso. Para os animais que já apresentam excesso de peso, alimentos formulados com baixo teor calórico e que promovem a saciedade ajudam a reduzir o peso corporal. Além de fornecer a quantidade adequada, é essencial controlar a frequência das refeições para manter o peso ideal e prevenir doenças relacionadas ao sobrepeso. 

“Compreender e gerenciar o peso é uma parte indispensável do cuidado com a saúde animal. Estamos comprometidos em fornecer não apenas alimentos de alta qualidade, mas também em oferecer orientação e suporte contínuo aos tutores para que possam fazer as melhores escolhas para uma guarda responsável e o bem-estar de seus animais de estimação, sempre incentivando o acompanhamento do Médico-Veterinário. Nossa missão é ajudar a promover uma vida longa e saudável aos pets, e isso começa com a busca por fontes confiáveis e uma solução nutricional adaptada para cada gato ou cão”, afirma Priscila Rizelo, Médica-Veterinária e Coordenadora de Comunicação Científica da Royal Canin Brasil. 

A ROYAL CANIN® entende a importância do controle de peso para a saúde dos animais e, como parte de seu compromisso em oferecer Saúde Através da Nutrição, desenvolveu a linha Satiety. Esses alimentos são coadjuvantes na gestão de peso de gatos e cães, com baixa densidade energética, maior teor de proteínas e fibras  para garantir mais saciedade e auxiliar os pets a alcançarem o peso ideal de forma saudável e eficaz, a partir de uma nutrição equilibrada. 

Para conhecer mais sobre os alimentos da Linha Veterinária da ROYAL CANIN®, acesse o site.

 


* Loftus & Wakshlag, 2014; Shmalberg, 2016; Pegram, et.al., 2021.



ROYAL CANIN
Para saber mais visite o site.


5 doenças comuns em cães idosos

 Com a longevidade crescente dos pets, algumas doenças que antes eram pouco discutidas tornaram-se mais frequentes e relevantes

 

À medida que os cães envelhecem, enfrentam novas vulnerabilidades de saúde que impactam seu bem-estar. O envelhecimento traz mudanças significativas no organismo, refletindo-se em alterações comportamentais tanto nos animais quanto na rotina de seus tutores.

"Com o aumento da expectativa de vida dos cães, observamos com mais frequência doenças que estão diretamente ligadas à idade. Conhecer essas condições e entender seu impacto na vida do pet ajuda na prevenção e incentiva visitas regulares ao veterinário”, afirma Marina Tiba, Médica-veterinária e Gerente de Produto da Unidade de Animais de Companhia na Ceva Saúde Animal.

Proporcionar um envelhecimento saudável e confortável é fundamental, e isso exige acompanhamento veterinário regular. Veja abaixo algumas das principais doenças que afetam cães idosos:


1- Doenças Cardíacas

Os problemas cardíacos variam conforme o porte do animal e geralmente estão relacionados à idade. Os primeiros sintomas incluem tosse seca e cansaço em atividades simples, como durante o passeio. A avaliação cardíaca deve ser parte dos exames anuais a partir dos 5 anos de idade. Cães diagnosticados precocemente podem ter uma vida normal com tratamento adequado.


2- Problemas Odontológicos

Cães idosos são suscetíveis ao acúmulo de tártaro, placa bacteriana, doença periodontal e tumores bucais. A escovação dental deve ser iniciada desde filhote para prevenir problemas. A avaliação e limpeza periódica da cavidade bucal são essenciais, especialmente com o envelhecimento dos dentes.


3- Catarata

A catarata, que provoca opacificação da lente do olho, pode ocorrer de forma total ou parcial e pode estar relacionada ao envelhecimento ou a condições como a diabetes.

O diagnóstico é realizado pelo veterinário, e a condição pode levar à cegueira. Embora haja cirurgia disponível, algumas situações podem não ser indicadas. Adaptações no ambiente, como manter os móveis em locais fixos, ajudam o pet a se adaptar. A caminha, água e pote de comida devem permanecer sempre no mesmo local, para que o pet possa ter acesso a eles sempre que precisar. Os passeios devem ser sempre no mesmo trajeto, para que o cão se sinta seguro reconhecendo os cheiros, sons e as distâncias percorridas.


4- Problemas ortopédicos

O desgaste das articulações é comum em cães idosos, o que promove dores articulares. A doença ortopédica mais comum nos cães idosos é a artrose, e os principais sintomas observados são uma locomoção mais lenta, dificuldades para acessar locais mais altos, resistência à passeios mais longos, e, em alguns momentos de dor, os pets podem se mostrar um pouco resistentes ao toque na área das articulações.

A prevenção começa com uma dieta equilibrada e exercícios regulares, já que o sobrepeso e a obesidade influenciam muito no desgaste precoce das articulações. Além disso, a realização regular de exercícios ajuda a manter a saúde muscular e aliviar o esforço das articulações. Uma boa opção para os pets que já sofrem com algum desconforto articular pode ser a utilização da hidroesteira, que alivia o contato com o solo e acelera a reabilitação articular.

Em alguns casos o médico-veterinário pode receitar medicamentos específicos para reduzir os quadros de dor e suplementos alimentares que ajudam na manutenção e proteção articulares.


5- Câncer

Tumores e caroços podem ser sinais iniciais de câncer, especialmente em cães mais velhos. Sinais como aumento dos linfonodos, presença de caroços pelo pescoço, axilas e dorso do animal e feridas que não cicatrizam são alertas importantes.

Em outros casos, como linfomas e leucemias, os primeiros sinais podem ser observados em exames de sangue rotineiros.

Casos de câncer nos pets tem crescido cada vez mais nos últimos anos, principalmente nos cães idosos, e, assim como nos humanos, o diagnóstico precoce é crucial, aumentando as chances de tratamento eficaz, que pode incluir cirurgia e quimioterapia, conforme a condição de saúde do animal.

 


Ceva Saúde Animal
www.ceva.com.br


Como manter seu pet saudável em dias de calor e baixa umidade

Freepik
Entenda como mudanças no ambiente e cuidados especiais com a pele, pelagem e respiração podem fazer toda a diferença para a saúde do seu pet

 

Com o aumento das temperaturas e a seca enfrentada por diversas regiões do país, a saúde dos pets pode ser severamente impactada. O calor intenso, combinado com a baixa umidade, traz riscos como desidratação, queimaduras, problemas respiratórios e até complicações mais graves, como o aumento da pressão sanguínea e o risco de insolação. 

Segundo o site de monitoramento IQAir, São Paulo ocupou o primeiro lugar no ranking de qualidade do ar nas primeiras horas da manhã do dia 9 de setembro, com um índice de 162, onde valores mais altos indicam uma piora na qualidade do ar. Por isso, é fundamental que os donos estejam atentos e saibam como proteger seus animais de estimação desses perigos. 

Um dos maiores riscos do tempo seco e quente para os pets é a desidratação. Os animais podem não perceber que precisam beber mais água e, sem a ingestão adequada de líquidos, seus corpos podem perder a capacidade de regular a temperatura. A desidratação pode ser grave, levando à fraqueza, letargia e, em casos extremos, à falência de órgãos. Para evitar isso, é importante garantir que seu pet tenha acesso a água fresca o tempo todo e, em dias muito quentes, considerar incluir alimentos úmidos na dieta. 

Outro perigo são as queimaduras, especialmente nas patas dos cães. O chão quente, como asfalto ou concreto, pode causar queimaduras nas almofadas das patas, resultando em dor e lesões que podem infeccionar. Segundo Felipe Muniz, professor de Medicina Veterinária da Newton Paiva, em dias mais quentes é recomendado evitar passeios em certos horários do dia, além de ter um cuidado especial com cães braquicefálicos, que têm mais dificuldade em realizar a troca de calor. “O ideal é sempre optar por horários em que o sol já esteja mais baixo e testar a temperatura do solo com a palma da mão antes de levar seu pet para fora. Se o chão estiver muito quente para você, estará também para o seu cão”, explica o especialista. 

O aumento da pressão arterial e a insolação são outros perigos silenciosos do tempo seco, já que os pets não suam como os humanos e, portanto, têm mais dificuldade em controlar sua temperatura corporal. A exposição prolongada ao calor pode levar à insolação, uma condição potencialmente fatal. Sinais de alerta incluem respiração ofegante, dificuldade para andar e vômitos. Nessas situações, é crucial levar o animal para um local fresco e buscar atendimento veterinário imediatamente. 

As doenças respiratórias também são comuns no tempo seco. A baixa umidade resseca as vias respiratórias, dificultando a respiração, principalmente em raças braquicefálicos. Também existem animais que já sofrem de alguma doença, como a bronquite, que acabam tendo sua saúde agravada em determinados climas. Para minimizar os riscos, mantenha o ambiente úmido com umidificadores de ar ou toalhas molhadas espalhadas pela casa e evite expor os pets a locais empoeirados ou com muita poluição. 

Outro ponto importante é o cuidado com a alimentação durante esse período. Muitos pets perdem o apetite em dias quentes, o que pode agravar o risco de desidratação e desnutrição. “Uma dica importante ao notar a falta de apetite nos pets é tentar oferecer alimentos mais leves e ricos em líquidos, além de consultar o veterinário sobre possíveis ajustes na dieta. É importante lembrar de não forçar a alimentação, mas monitorar o comportamento e garantir que o pet esteja consumindo nutrientes adequados”, pontua Felipe. 

Além de todos os cuidados físicos, é importante lembrar que o tempo seco pode afetar também o comportamento dos animais, deixando-os mais irritados, letárgicos ou ansiosos devido ao desconforto causado pelo calor. Por isso, manter um ambiente fresco e confortável, além de proporcionar atividades mais leves e em horários adequados, ajuda a manter o bem-estar emocional dos pets. “Com os cuidados certos, como hidratação constante, proteção contra o calor e atenção ao ambiente, é possível garantir que os pets passem por esse período com segurança e bem-estar”, destaca o especialista.

  

Centro Universitário Newton Paiva
  

Terapia Assistida por animais é adotada pelo Hospital Unimed Campinas

Crachá do Thor
Matheus SantAnna de Oliveira


Thor e Maya, um casal de golden retriever, tem visitado semanalmente os internados no hospital da cooperativa médica com o objetivo de motivar, estimular e alegrar os pacientes, ajudando a melhorar tanto a saúde emocional quanto física de quem está hospitalizado, além de proporcionar momentos de antiestresse aos funcionários que, muitas vezes fazem plantões de 12 a 24 horas. Os cães pertencem ao médico Dr. José Emílio Duran Bueno, superintendente da Rede Credenciados, e à esposa dele, Sônia Maria Gatti Mansueti, que, há cinco anos, realizam esse trabalho em redes hospitalares.

 

 


O Hospital Unimed Campinas, primando pela humanização dos tratamentos, aderiu à Terapia Assistida por Animais (TAA), ou Pet Terapia, técnica cientificamente comprovada que ajuda a promover o bem-estar físico, emocional, social e cognitivo de pacientes, recomendada em diversas situações, incluindo o tratamento de pessoas acamadas ou hospitalizadas, com deficiências físicas e/ou intelectuais, assim como de pessoas com doenças psiquiátricas. A visita dos pets ajuda a diminuir o medo e a ansiedade, que podem dificultar determinados tratamentos. Estudos mostram que, além de tirar o foco do problema de saúde, a interação com animais estimula a liberação de uma série de substâncias associadas ao bem-estar, como a dopamina (neurotransmissor que atua no sistema nervoso central), ocitocina ("hormônio do amor" por estar associado a sentimentos de prazer e por afetar a capacidade de estabelecer relações) e endorfina (hormônio natural produzido pelo cérebro que atua como um analgésico natural, aliviando dores e reduzindo o estresse).

Paciente recebe a visita de Thor
Matheus SantAnna de Oliveira

Além disso, a terapia com cachorros também diminui os índices de cortisol (“hormônio do estresse”, que ajuda o corpo a lidar com essa situação, aumentando a energia e melhorando o foco). “Por isso, essa terapia é muito benéfica para os pacientes em condição hospitalar. Nesse contato com os animais, observa-se, inclusive, a melhora no relacionamento interpessoal dos pacientes, a promoção do autocuidado, a redução do sentimento de solidão, a estimulação da atividade física, a melhora dos parâmetros cardiovasculares e a elevação do bem-estar. As visitas dos animais beneficiam também os enfermeiros, inclusive melhorando a relação com os pacientes, além de promover a humanização no ambiente hospitalar”, explica Dr. Emílio.           

 

 Visitas dos pets 


Matheus SantAnna de Oliveira
No Hospital Unimed Campinas, as visitas de Thor e Maya são quinzenais e acontecem de forma revezada, ou seja, um cão de cada vez. Isso porque, para seguir os protocolos, os cães devem tomar banho até 48 horas antes da visita. E, para a raça deles, não são recomendados banhos com menos de 15 dias, devido à pelagem dupla. “Além disso, a troca de energia com os pacientes é muito forte, e precisamos preservar os cães”, esclarece o tutor. O Dr. Emílio e Sônia escolheram os goldens retriever para este trabalho por serem cães inteligentes, dóceis, amigáveis, obedientes, muito fáceis de lidar e que amam agradar. São, além de excelentes animais de terapia, também ótimos guias para deficientes visuais e para atuar em resgate de pessoas. Thor e Mayga têm sete anos de vida e começaram a ser treinados aos seis meses para socialização e adestramento. Para atuar com eles em hospitais, os tutores seguem um rigoroso protocolo, aprovado pela Comissão Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), que inclui a apresentação da carteira de vacinação sempre atualizada e de um relatório do veterinário, assegurando que eles estão livres de doenças. Para ingressar nos hospitais, eles precisam estar com coleiras e com placas de identificação no pescoço. Por isso, Thor e Maya usam crachás.

Os médicos e a equipe de enfermagem identificam os pacientes que desejam receber a visita dos animais. São recomendados aqueles que gostam de cachorro, pacientes deprimidos, ou hospitalizados de longa permanência e sem perspectiva de alta. Não são permitidas as visitas aos pacientes em qualquer tipo de isolamento, internados em leitos de UTI, com algum tipo de restrição médica ou que não gostem de animais ou tenham medo de cachorros. Todos os pacientes, visitantes e profissionais da área da saúde devem higienizar as mãos antes e após cada contato com o animal. Em quartos coletivos, o paciente que está ao lado é comunicado e deve estar de acordo com a visita. O animal não pode ter acesso ao banheiro do paciente ou permanecer sobre a sua cama.

 

Humanização dos tratamentos

A unidade hospitalar não é pioneira na Unimed Campinas a receber esse tratamento humanizado com cães. Em maio passado, oito cães de diferentes raças da Instituição Medicão, dentro da programação da 9ª Semana da Sustentabilidade, circularam pelos departamentos de cada uma das sedes da Unimed Campinas para levar mais descontração aos colaboradores. A ideia foi proporcionar relaxamento e, dessa maneira, provocar a consciência de que é preciso ter momentos de descompressão, que fazem tão bem à saúde física e mental.

  

 História

O primeiro relato do uso terapêutico de animais foi registrado na Bélgica, no século IX, com a utilização de animais no auxílio a pessoas com alguma incapacidade. Em 1860, uma enfermeira de origem inglesa teria recomendado a presença de animais de estimação como excelentes companhias para os pacientes crônicos. Mas, apenas em 1961 obteve-se o primeiro registro sobre a utilização de cães como instrumento terapêutico na interação com pacientes infantis e adolescentes. A partir daí houve maior difusão para os programas, baseados em estudos, que buscam ajudar os pacientes. Oficialmente, esses programas são conhecidos como Terapia Assistida por Animais (TAA) e Assistência Auxiliada por Animais (AAA). A TAA utiliza um animal treinado que, por longos períodos, interage com o paciente e realiza exercícios supervisionados. A AAA, ou visitação, é uma intervenção esporádica para recreação e entretenimento. Os animais utilizados com maior frequência são cães, gatos, peixes, coelhos, chinchilas, tartarugas e cobaias (hamsters).

                                  

Cobertura florestal e tipo de ambiente moldam diversidade funcional de aves insetívoras na Mata Atlântica

Exemplo de um serviço ecossistêmico provido pelas aves;
na imagem, um Ariramba-de-cauda-ruiva (
Galbula ruficauda)
se alimentando de uma libélula. A ave faz o controle
das populações de artrópodes
(
foto: Enzo Coletti Manzoli)
Áreas mais desmatadas têm menos espécies, que são mais similares entre si e exercem as mesmas funções ecológicas, mostra estudo conduzido por pesquisadores da UFSCar e da Unesp. Segundo os autores, tal fenômeno compromete a resiliência do ecossistema

 

Cinco séculos de exploração econômica e desmatamento deixaram marcas profundas na Mata Atlântica. Um estudo publicado na revista Environmental Conservation aponta uma delas ao mostrar que a cobertura florestal e o tipo de ambiente são responsáveis por moldar a diversidade funcional das aves insetívoras no bioma. A pesquisa revela que a fragmentação da floresta pode levar à perda de espécies que desempenham funções ecológicas específicas, como o controle de pragas, e destaca a importância de manter a conectividade entre os fragmentos florestais para preservar a biodiversidade e as funções ecológicas essenciais.

O estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), com apoio da FAPESP (projetos 13/50421-220/01779-521/08534-021/10195-0 e 22/10760-1). A área pesquisada foi o corredor ecológico da região Cantareira-Mantiqueira, no sudeste da Mata Atlântica. Ela cobre aproximadamente 700 mil hectares e conecta o Parque Estadual da Cantareira ao Parque Estadual da Serra da Mantiqueira. A região é formada por diversos mosaicos paisagísticos, com variações de perda florestal e diferentes usos da terra.

A maioria dos remanescentes florestais tem menos de 100 hectares, é isolada e formada por florestas secundárias em estágios de iniciais a médios de sucessão. Essas áreas são cercadas por diferentes formas de uso da terra, incluindo pastagens, agricultura em pequena escala, silvicultura, florestas em regeneração e áreas urbanas.

Os resultados mostraram que áreas com maior cobertura florestal abrigam mais espécies com diferentes funções ecológicas. Áreas com menor cobertura florestal têm diversidade funcional reduzida, comprometendo a resiliência do ecossistema e a oferta de serviços ecológicos essenciais.

“Isso é particularmente importante nas nossas áreas de estudo, muitas vezes compostas por matas secundárias. Ou seja, essas regiões abrigam hoje apenas uma fração das espécies que possuíam originalmente, devido à degradação que o ambiente sofreu”, afirma o biólogo Enzo Coletti Manzoli, que conduziu o trabalho durante seu mestrado, realizado na UFSCar sob a orientação de Augusto João Piratelli, professor do Departamento de Ciências Ambientais.


Espécies sensíveis

A Mata Atlântica cobre aproximadamente 15% do território brasileiro e está presente em 17 Estados. Nessas áreas vivem mais de 70% da população brasileira, responsáveis por 80% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Hoje, restam cerca de 12% de sua cobertura original, de acordo com dados da Fundação SOS Mata Atlântica.

Além da cobertura florestal, o tipo de ambiente desempenha um papel crucial. Florestas secundárias e áreas regeneradas, apesar de não serem equivalentes às florestas primárias em termos de biodiversidade, ainda proporcionam hábitats importantes para espécies de aves insetívoras. No entanto, porções altamente urbanizadas ou convertidas para agricultura intensiva mostraram uma drástica redução na diversidade funcional dessas aves.

“O desflorestamento e a fragmentação têm sido os principais fatores de impacto sobre as espécies de aves nas últimas décadas. Em nossa pesquisa, percebemos como esses ambientes impactados podem conter menos nichos disponíveis para que as espécies de aves ocupem. Consequentemente, o comportamento das comunidades é afetado, podendo levar a uma lacuna na dinâmica de compensação entre as espécies”, explica Manzoli.

Uma das descobertas mais preocupantes foi a constatação de que a fragmentação da floresta pode levar à perda de espécies que desempenham funções ecológicas específicas, como o controle de pragas. Isso ocorre porque espécies com características funcionais únicas são frequentemente as mais sensíveis à perda de hábitat e a mudanças ambientais. “Isso significa que as aves especialistas e suas funções ecossistêmicas podem estar sendo excluídas desses ambientes, pois já existem espécies generalistas ocupando os nichos dos quais essas aves precisam para ocorrer nessas matas em regeneração”, diz Manzoli.

O resultado dessa perda de diversidade funcional não se limita apenas à própria mata degradada. Áreas ocupadas por plantações, onde originalmente havia floresta, podem também ser afetadas pela menor presença de aves insetívoras. Ou seja, a atividade econômica responsável pela derrubada da Mata Atlântica sofre com os problemas que causou ao bioma.

Piratelli ressalta ainda que as áreas de pastagens representam uma pequena parcela da avifauna original, enquanto ambientes como os brejos abrigam algumas espécies não encontradas nas áreas mais florestais. “A fragmentação e a degradação dos hábitats podem levar a extinções locais e à perda de funções ecológicas. Isso é preocupante tanto para a conservação da biodiversidade da Mata Atlântica quanto para a produção agrícola", diz o orientador da pesquisa.

Os pesquisadores utilizaram uma combinação de métodos de campo, incluindo observações e gravações de sons das aves, para catalogar as espécies presentes em diferentes áreas de estudo. Para avaliar a relação entre a cobertura florestal, o tipo de ambiente e a diversidade funcional das aves, foram aplicadas técnicas de análise estatística avançada.

A pesquisa destaca a necessidade de integrar a conservação da biodiversidade com práticas de uso sustentável da terra. Em áreas onde a agricultura e a urbanização são inevitáveis, medidas como a criação de áreas protegidas, o manejo sustentável de florestas secundárias e a implementação de práticas agrícolas favoráveis à biodiversidade podem mitigar os impactos negativos sobre a diversidade funcional das aves.

“O poder de predição dos índices de diversidade funcional pode ser bastante útil para apoiar a tomada de decisão em projetos de uso da terra. Podemos ter ambientes cuja diversidade seja baixa, mas que funcionalmente as aves ali presentes sejam muito diferentes em características entre si e que, por isso, elas forneçam serviços ecossistêmicos mais variados”, explica Manzoli.

Os autores do estudo também destacam a importância de políticas de conservação que promovam a restauração e a conectividade dos fragmentos florestais e a importância de considerar a diversidade funcional nas decisões do uso da terra. “Os próximos passos são verificar como os serviços ecossistêmicos são afetados e quantificar em modelos ecológicos o quanto disso se reflete economicamente”, diz Manzoli. “No meu doutorado testaremos os impactos nas funções ecológicas juntamente com o impacto nos índices de diversidade funcional. Estou ansioso para ver os novos resultados.”

O artigo Forest cover and environment type shape functional diversity of insectivorous birds within the Brazilian Atlantic Forest pode ser lido em: https://doi.org/10.1017/S0376892924000080.

 


Emilio Sant’Anna
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/cobertura-florestal-e-tipo-de-ambiente-moldam-diversidade-funcional-de-aves-insetivoras-na-mata-atlantica/52852


Posts mais acessados