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domingo, 1 de outubro de 2023

Conheça os benefícios dos óleos essenciais extraídos das flores

Com componentes naturais, a aromaterapia protege a pele contra a oleosidade excessiva e o ressecamento comum na primavera

 

Com a chegada da estação mais florida do ano chega, também, a preocupação com os cuidados com a pele. Isso ocorre porque, na primavera, temos dias mais ensolarados, que colaboram para o aumento da oleosidade, mas, com os resquícios dos dias secos do inverno, sofrem também com a opacidade. Por isso, o primeiro passo é criar uma rotina de cuidados como limpeza, tonificação e hidratação para reparar a pele da estação anterior e prevenir a oleosidade excessiva que pode aparecer. Pensando nisso, a Phytoterápica - marca de cosméticos naturais e especialista em aromaterapia, separou algumas dicas para ajudar a mesclar esses cuidados nessa nova estação.

Confira:


Cuidados com a oleosidade:

Com as temperaturas mais altas, o suor natural pode ocasionar mais oleosidade na região do rosto e uma boa sinergia entre os óleos essenciais pode controlar a oleosidade e o aspecto da pele.

Produtos indicados: óleo essencial de gerânio e óleo essencial de lavanda.

Sugestão de uso: o óleo essencial de gerânio atua no equilíbrio da oleosidade e controle dos poros dilatados. Já o óleo essencial de lavanda acalma e regenera a pele, além de possuir poderoso efeito antiacne. Devem ser utilizados diluídos em óleo vegetal, creme neutro ou máscara de argila*.


Proteção da pele contra o ressecamento:

Após o inverno, a pele pode ter sofrido fissuras derivadas do ressecamento, por isso a primavera propicia uma ótima oportunidade para reparar a pele e prepará-la para o verão.

Produtos indicados: óleo essencial de ylang ylang

Sugestão de uso: o óleo essencial de ylang ylang atua contra o ressecamento, tonifica a pele, e pode ser usado para dar brilho aos cabelos também. Deve ser utilizado diluído em óleo vegetal ou creme neutro para obter a umectância e a emoliência, evitando, assim o ressecamento e a descamação da pele.
Para potencializar a hidratação, uma outra dica interessante é pingar 15 gotas do óleo essencial de ylang ylang em 50 ml de extrato oleoso de calêndula. Misture, massageie o rosto, pescoço e colo todas as noites.


Óleos florais como aromaterapia

Ainda, entre tantos benefícios dos óleos essenciais, ambos podem ser utilizados em forma de aromaterapia para auxiliar quem encontra dificuldade para dormir, baixa autoestima e desejam uma estabilização das emoções como um todo.

Para utilizar como aromaterapia, a indicação da Phytoterápica é o uso dos óleos por meio do aromatizador de ambiente (de 5 a 8 gotas no aparelho com água) ou colar aromático (de 1 a 3 gotas no orifício), ou feltro do colar.

 

Phytoterápica
www.phytoterapica.com.br

 

'Não tinha ninguém pra avisar?', desabafa Gkay após remover 3 litros de ácido do rosto

Divulgação
Gkay, a influenciadora que desfez procedimentos estéticos e removeu quase 3 litros de ácido do rosto, compartilhou sua jornada de arrependimento após ter passado por uma série de intervenções cirúrgicas e estéticas. Nas redes sociais, essa personalidade digital abriu-se com seus seguidores, discutindo abertamente as transformações em seu corpo e rosto, revelando que não sente mais vontade de se submeter a nenhum outro procedimento. 

 

Para um fã que pedia para que ela não mexesse mais no rosto, Gkay tranquilizou o seguidor e desabafou. "Isso aí vocês não precisam se preocupar, não. Vejo umas fotos antigas minhas e penso assim: 'Não tinha ninguém para avisar, não? Ninguém? Não tinha uma pessoa para avisar: 'Mulher, está podre'", disse.  

A história da influenciadora vai além de sua recente revelação. Algum tempo atrás, ela abriu-se sobre suas lutas pessoais com a distorção de imagem, um desafio que a levou a tomar uma decisão drástica: remover três litros de ácido hialurônico do rosto. Essa experiência levanta questões sobre a possível relação com o dismorfismo corporal e sua influência em sua decisão.  

A médica especialista em dermatologia, Dra. Kelly Pico fala que, nesse contexto, é crucial compreender a influência da sociedade na percepção da beleza. As mídias sociais e os padrões estéticos estabelecidos têm um papel significativo na formação de ideais inatingíveis. É essencial reconhecer a importância da diversidade e valorizar a singularidade de cada indivíduo. A beleza vai além das aparências, e a autoaceitação deve ser construída com base em qualidades intrínsecas, talentos e conquistas pessoais.

Divulgação

O que define o dismorfismo corporal?

O dismorfismo corporal, também conhecido como transtorno dismórfico corporal (TDC) ou dismorfofobia, é um transtorno mental caracterizado por uma preocupação excessiva e irracional com um defeito imaginado ou leve em sua aparência física. Pessoas com dismorfismo corporal têm uma visão distorcida de como se parecem e geralmente se concentram em características específicas do seu corpo, acreditando que são anormalmente feias, deformadas ou desfiguradas. 

Essa preocupação persistente com a aparência física pode levar a um sofrimento significativo e afetar negativamente a vida diária das pessoas que sofrem com o dismorfismo corporal. Elas podem se sentir extremamente autoconscientes e envergonhadas sobre sua aparência, evitando situações sociais e até mesmo buscando isolamento para evitar o julgamento dos outros. Além disso, o dismorfismo corporal pode levar a uma baixa autoestima, depressão, ansiedade e até mesmo ideação suicida. 

Imersas na incessante busca pela perfeição estética, muitas pessoas se submetem a uma série de procedimentos que frequentemente ultrapassam os limites da naturalidade. A harmonização facial e o preenchimento labial podem oferecer resultados visíveis, porém, quando realizados em excesso e de maneira desproporcional, podem levar à falta de identificação com a própria imagem e, consequentemente, ao arrependimento.  

No ponto central dessa jornada de transformação, encontramos a complexa relação entre a imagem corporal e a autoaceitação. Gkay compartilhou abertamente suas experiências de distorção de imagem, revelando os desafios emocionais enfrentados ao lidar com expectativas irreais. Suas reflexões fornecem uma visão profunda sobre os impactos psicológicos da busca incessante pela perfeição, destacando a importância de cuidar da saúde mental e emocional em primeiro lugar. 

Entender que a decisão de realizar procedimentos estéticos é pessoal e complexa é essencial. Tomar decisões informadas requer pesquisa detalhada, consulta a profissionais qualificados e expectativas realistas. É necessário compreender os riscos e as possíveis consequências envolvidas, garantindo que cada passo seja cuidadosamente considerado. 

A Dra. Kelly Pico conclui que, no fim das contas, o exemplo da Gkay nos leva a uma conclusão poderosa: a verdadeira beleza reside na saúde física e mental, na aceitação de si mesmo e na construção de uma autoestima sólida e autêntica. A aparência externa pode ser aprimorada, mas a verdadeira transformação ocorre quando abraçamos nossa singularidade e valorizamos quem somos, para além das expectativas impostas.

 

Dra. Kelly Pico: CRM – 97978 - Especialista em dermatologia estética. Com mais de 22 anos de experiência na medicina, Kelly Pico é formada pela Faculdade de Medicina ABC  Pós graduação em Medicina Estética e Medicina Preventiva.


5 dicas para combater a pele oleosa durante a temporada de primavera-verão

Shutterstock

Dermatologista explica que, com as temperaturas altas, o calor e a umidade podem fazer com que a pele produza óleo em excesso 

 

Com a chegada da Primavera, uma nova onda de calor se aproxima, com os termômetros batendo 41ºC em alguns estados brasileiros. Por isso, é fundamental estar preparado para enfrentar o calor escaldante e os raios solares intensos que vêm junto com a temporada de primavera-verão. Uma das principais medidas a serem tomadas para proteger a saúde e manter a pele saudável é a aplicação adequada do protetor solar.

Pensando na estética, quem mais sofre com as altas temperaturas, sem dúvidas, são aqueles que possuem pele oleosa. “Quando o clima é mais quente e úmido durante o verão, o corpo tende a transpirar mais, o que aumenta a produção de óleo e diminui a renovação celular, além de obstruir os poros e aumentar o risco de aparecimento de acne”, explica Mayla Carbone, médica dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

A dermatologista afirma que há uma saída para quem sofre com a oleosidade. Confira!


  1. Troque seu hidratante

Com umidade mais alta, pode parecer que a pele não precisa de nenhum hidratante, mas é necessário lembrar que o calor, a umidade e o suor também podem causar ressecamento e irritação no verão.

Por isso, procure ingredientes como ácido hialurônico. “O ácido hialurônico é uma forma de umidade menos obstrutora”, explica Mayla. “Porém as necessidades de cada pessoa são diferentes. Você pode descobrir que sua pele fica melhor depois de limpar com um hidratante leve e, em seguida, finalizar com um protetor solar facial. Outros poderão passar da limpeza a um hidratante com FPS. Veja qual opção é a melhor para você”.


  1. Adicione ácidos salicílico ou glicólico

O ácido salicílico e o ácido glicólico esfoliam a pele, o que pode ajudar a manter os poros limpos devido ao aumento da produção de óleo. Por isso, Mayla recomenda adicionar qualquer um deles à rotina durante o verão, conforme as instruções de seu dermatologista. Esses ingredientes ativos podem ser encontrados em produtos como produtos de limpeza, tônicos ou soros. O salicílico pode ser usado de manhã ou à noite, mas se você for usar ácido glicólico, opte por usá-lo à noite.

Inicialmente, escolha um dos dois e adicione-os aos poucos à sua rotina. “Se você ressecar muito a pele, pode acabar ocasionando a oleosidade rebote, então é recomendado começar usando seu produto salicílico ou glicólico duas vezes por semana e aumentar a partir daí, se funcionar com sua pele. E não se esqueça de usar protetor solar com qualquer um deles, pois ambos podem tornar a pele mais sensível ao sol”, alerta.


  1. Considere um retinóide ou retinol

Retinóides e retinóis são derivados da vitamina A e estão disponíveis em produtos vendidos sem receita e com receita médica. Os retinóides são versões mais fortes dos retinóis. “Costumo indicar bastante o uso de retinóides para a saúde geral da pele, mas eles também podem diminuir a produção de óleo porque encolhem as glândulas sebáceas, então é necessário realizar o constante atendimento com o médico”, diz Mayla.

Ela acrescenta que algumas pessoas hesitam em usar retinóides ou retinóis no verão porque podem tornar a pele mais sensível ao sol. No entanto, é possível usá-los com segurança. Basta aplicá-lo à noite e optar por um protetor solar facial FPS de amplo espectro, além das outras medidas de proteção solar, como usar chapéu e boné.


  1. Troque seu protetor solar

Falando em protetor solar, a pele oleosa do verão pode se beneficiar com a mudança para um protetor solar mais leve. “Encontrar o protetor certo pode exigir algumas tentativas e erros, mas você pode começar com um protetor solar esportivo à base de gel, que tende a ser bem absorvido, ou um que seja rotulado como leve ou oil-free”, diz.


  1. Procure produtos matificantes

Os primers são produtos aplicados após a rotina de cuidados com a pele e antes da maquiagem, pois oferecem um acabamento bonito e uniforme à pele. Muitos deles são “matificantes” e fáceis de encontrar.

“Esses produtos absorvem a oleosidade da superfície da pele com ingredientes como a sílica”, diz Mayla. Alguns também contêm ácido salicílico para controlar ainda mais a oleosidade. “Aplique-os em todo o rosto, se desejar, ou concentre-se na zona T para controlar a oleosidade conforme necessário”, finaliza. 



Mayla Carbone - Dermatologista, graduada em Medicina pela Universidade Lusíadas (UNILUS – Santos) há mais de 10 anos com residência em Clínica Médica na Santa Casa em São Paulo e em Dermatologia pela Universidade de Santo Amaro (UNISA-SP). É membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e também da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). Já participou de diversos congressos e realizou diversos cursos nacionais e internacionais voltados para especialização.
Instagram: @dramaylacarbone
 

Médica explica os riscos causados pelos atuais padrões de beleza


Ralcool Studio/Freepik

 

Em tempos de redes sociais, filtros e exagerados procedimentos estéticos, vemos uma sociedade cada vez mais exigente com a aparência, tornando-nos em escravos de padrões.

 

Todo mundo conhece alguém que, em busca da excelência, obteve como resultado problemas emocionais que culminaram em alguma doença, transtorno ou quadro depressivo. É comum que as pessoas foquem em resultados baseados em padrões muitas vezes irreais.

Quando o assunto é beleza, há cada vez mais opções. De acordo com a dermatologista Paula Sian, a tendência das harmonizações faciais, por exemplo, trouxe para seu consultório pessoas que, embora tivessem um rosto lindo, demonstravam uma imensa insatisfação com sua fisionomia. “Muitos dos meus pacientes descobrem durante minha consulta que na verdade não estão insatisfeitos com a sua aparência, mas sim influenciados pela avalanche de informações que recebem a todo instante” – Explica a dra. Paula.

A médica, que além de dermatologista se especializou em medicina chinesa e acupuntura, procura focar seus atendimentos não apenas no corpo, mas também na mente, investigando causas físicas e emocionais que podem ter resultado em problemas dermatológicos e até mesmo relacionados com a aparência. Segundo ela, buscar cuidados com o corpo e com a beleza apenas baseados em padrões causa muita frustração, uma vez que é impossível se transformar no outro. “Entendemos como perfeição sermos algo que pertence ao coletivo. As pessoas não visam ser elas mesmas, querem se assemelhar muitas vezes a figuras públicas, tendências, etc. A busca por ser outro individuo bate na não aceitação de si mesmo, gerando angústia, ansiedade e estresse e consequentemente em doenças físicas, principalmente dermatológicas” – afirma a especialista.

Paula explica que após ouvir as queixas dos seus pacientes, inicia uma investigação que inclui perguntas pessoais sobre o meio em que vive, relacionamentos, infância, entre outras questões que apontam muitas vezes uma necessidade de fundo emocional. “Só após entender todo esse contexto é que partimos para o atendimento clínico e sugerimos os procedimentos que atendam a necessidade dele” – explana.

O método de atendimento da dermatologista foi definido por uma experiência particular que a fez mudar todo o seu estilo de vida. Em meados de 2020, não deu atenção ao quadro de acne, queda de cabelo, insônia e palpitação. E em pouco tempo, sofreu uma crise de pânico, com choro incontrolável, medo e necessidade de fuga. Tudo isso foi desencadeado só de pensar em ouvir a voz da sua chefe. Ou seja, sintomas físicos para uma deficiência emocional. Não demorou para o diagnóstico aparecer, Paula estava sofrendo uma crise de Burnout, justamente pela insistência de se encaixar em um padrão de perfeição quase que impossível – a esposa, profissional e mulher perfeita, seguindo o modelo que a sociedade impõe para as mulheres. 

Depois desse episódio, ela ressignificou sua vida e mudou seus atendimentos. De acordo com a médica essa busca pela perfeição trouxe uma profunda infelicidade, sentimento de solidão e angústia, porque nunca era o suficiente. “Quando comecei a entender o que estava fazendo comigo mesma, comecei a galgar esse processo de individuação. Hoje me aceito mais, e me cuido para me sentir bem. Não para que me admirem!” - finaliza a dermatologista.

De acordo com a médica, esse processo de individuação é de extrema importância para que o paciente inicie sua cura. A tecnica foi descrita pela psicoterapeuta Marie-Louise von Franz  e diz que o amadurecimento psicológico que cada um percorre durante a vida, inicia-se enxergando-se como um indivíduo separado dos pais. A partir disso, a convivência com outras pessoas e situações coloca a pessoa em uma perspectiva de conflito e aprendizado, entendendo o ser como membro de uma sociedade, mas ainda assim, como indivíduos únicos.“E entender que somos membros da sociedade, mas que não podemos nos esquecer de respeitar nossos próprios limites. A questão não é ser egoísta e só pensar em si, mas pensar em como poder viver em harmonia consigo mesmo e com os demais” explica.

Engajada em contribuir com a saúde mental e consequentemente física de outras pessoas, a médica escreveu um livro sobre sua experiência – “Um burnout para chamar de seu” que narra com riqueza de detalhes as características do Burnout -  gatilhos, sintomas, crise, tratamento e principalmente as ações para uma nova vida.

Quando a busca pela aceitação dos outros, da perfeição passa sobre os limites pessoais, fazendo com que a pessoa não se aceite, não respeite sua natureza e tenha como modelo comportamentos que não condizem com seus valores, inúmeros problemas físicos e emocionais podem surgir. Esse é o primeiro sinal do processo de violência consigo mesmo, que não tratada, torna-se cada vez mais frequente e intensa, repleta de privações e anulações. “Precisei vivenciar a experiência de fundo do poço para entender que nada do que eu vivia era, de fato, importante para mim. E hoje em dia, percebo que eu vivia irritada, aflita, estressada, reativa. Nada era natural. Nada vinha com naturalidade e espontaneidade. A vida de se adaptar ao outro gera isso” finaliza Paula.

 

Dra. Paula Sian - Dermatologista desde 2007, Paula Sian Lopes é formada pela Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP), onde também fez residência em Clínica Médica e Dermatologia. Especializou-se em Farmacodermia e Dermatoses Imunoambientais na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e em Medicina Chinesa e Acupuntura na Associação Médica Brasileira de Acupuntura (AMBA). Desde 2011, Paula atende em seu consultório próprio com o viés em Dermatologia clínica, estética e cirúrgica, tanto para adultos como crianças. Além disso, a especialista realizou serviços voluntários no ambulatório de alergias da UNIFESP, de 2013 a 2017. A médica também é escritora e acaba de lançar o “Um burnout para chamar de seu”, um livro que relata, pelo ponto de vista do paciente como é conviver com o burnout.
CRM: 111963-SP RQE Nº: 38348
https://www.instagram.com/drapaulasianlopes/

 

Dia do Idoso: como a tecnologia ajuda no bem-estar da terceira idade

Aplicativos de prevenção à saúde podem trazer inúmeros benefícios  

 

Os aplicativos já fazem parte da realidade da população. O volume da utilização da tecnologia aumenta constantemente por conta da facilidade que gera no dia a dia das pessoas. Porém, pensando em quem não nasceu em tempos digitais, qual é o impacto que os apps podem promover? O Dia do Idoso, celebrado no dia 1 de outubro, nos leva a debater sobre a inclusão digital para esse público, que, além de proporcionar contato com o mundo atual, pode trazer grandes benefícios.  

 

De acordo com o IBGE, a porcentagem de idosos no Brasil em 2023 é de 15,1% da população. O aumento da longevidade vem sendo acompanhado por especialistas em tecnologia na saúde, que têm desenvolvido aplicativos pensando também nos benefícios que podem trazer a esse público. A MV, multinacional especializada em transformação digital da saúde no Brasil, por exemplo, desenvolve tecnologias inovadoras como o aplicativo Personal Health, criado pela divisão da empresa Global Health, focada em tratar da saúde e não da doença, com soluções preventivas.  

 

O aplicativo possibilita que o paciente tenha todo o seu histórico patológico na palma da mão e permite o monitoramento da saúde do paciente mesmo após sua saída da instituição de saúde, essencial para as pessoas mais velhas que demandam mais cuidados. Características físicas, comorbidades, lista de medicamentos em uso, indicadores de alergias, sinais vitais e ainda resultados de exames, laudos, procedimentos realizados e agendamento de consultas são algumas das informações integradas ao app. Quanto ao manuseio, é fácil e intuitivo e os próprios profissionais da saúde podem explicar ao idoso como utilizá-lo. 

 

“Com o Personal Health, que reúne as principais informações de saúde em um só lugar, o engajamento do paciente deixa de ser apenas um conceito e passa a ser algo concreto no dia-a-dia das pessoas e seus familiares. Dentre as vantagens, auxilia no agendamento de exames na época adequada, melhora da adesão terapêutica e prediz riscos à saúde do indivíduo”, ressalta Emerson Zarour, diretor de inovação da MV. 

 

Outra tecnologia que pode ser facilmente usada por pessoas com mais idade é a Prescrição Digital. O aplicativo acompanha toda a jornada do paciente, desde o atendimento médico até a compra do medicamento. Agregando na mesma plataforma o prontuário do paciente e a prescrição médica, a tecnologia, ativada por geolocalização, permite a busca pelo medicamento com valores mais acessíveis e farmácias mais próximas, pagamento e o delivery da medicação. Ou seja, o idoso consegue continuar seu tratamento sem sair de casa.  

  

MV - healthtech brasileira que oferece tecnologias que facilitam a rotina de todo o ecossistema da saúde e contribuem para salvar vidas.

 

8 em cada 10 idosos já acessam aplicativos bancários, aponta pesquisa da Serasa

 

  • No Dia do Idoso, neste domingo (1), empresa reforça os cuidados para as pessoas com mais de 59 anos de idade
  • Geração Baby Boomer ainda é a que menos se sente segura diante de serviços online para controle de gastos
  • Especialista oferece cinco dicas para redobrar a segurança contra golpes na internet

 

 A digitalização das finanças já é uma realidade para a geração Baby Boomer, com mais de 59 anos. Impactados com as transformações que aceleram as mudanças de hábitos financeiros, 79% dos idosos já são adeptos a aplicativos bancários para movimentar suas finanças pelo próprio celular, de acordo com pesquisa da Serasa que investigou a diferença entre as gerações na hora de se relacionar com o dinheiro.

 


Nesse cenário em que os meios digitais são priorizados, é preciso redobrar os cuidados para garantir a segurança, conforme mostra a pesquisa “A Relação das Gerações com as Finanças Pessoais”.  Mesmo com o crescimento de usuários nos aplicativos, a geração Baby Boomer ainda é a que menos se sente segurapara utilizar esse tipo de serviço online para controle de gastos (29%).

“São várias as mudanças que contribuem para essa aceleração de adesão aos aplicativos, como o isolamento social causado pela pandemia de Covid-19 e a popularização dos serviços digitais, como o Pix”, afirma Patrícia Camillo, gerente de Prevenção a Fraudes da Serasa. “Ao mesmo tempo, os idosos já acompanharam uma série de mudanças econômicas ao longo dos anos e, por isso, ainda têm menos confiança no digital. O motivo principal é o medo de golpes que causam prejuízos financeiros e, muitas vezes, emocionais”.



Como evitar golpes 

Dessa forma, criminosos exploram a vulnerabilidade entre as pessoas mais velhas e a possível falta de familiaridade com certas tecnologias para aplicar fraudes. Entre os principais golpes, estão e-mails ou mensagens fraudulentas nas redes sociais, que se aproveitam da tática conhecida como phishing para enviar comunicações falsas, projetadas para parecerem legítimas, de bancos ou instituições financeiras conhecidas. “Essas mensagens podem solicitar informações pessoais, como dados, senhas e números de cartão de crédito para roubar informações sensíveis e obter acesso às contas dos idosos”, explica Patrícia.

Para se proteger e evitar situações como essa, a Serasa reforça cinco boas práticas preventivas que ajudam idosos no combate a crimes e golpes financeiros na internet:

  • Crie senhas fortes: ao escolher uma senha, prefira códigos compostos por uma combinação de letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais. Evite senhas óbvias, como datas de aniversário ou sequências numéricas simples, que podem ser alvos fáceis de criminosos.

 

  • Na dúvida, não clique: entender o que é um e-mail falsoé o antídoto para reconhecer sinais de e-mails ou mensagens suspeitas, evitando o phishing. Por isso, antes de clicar, responder ou realizar qualquer transação, verifique a autenticidade das páginas, buscando o “https” no endereço do site e o cadeado na barra de navegação. No caso de perfis nas redes sociais, procure pelo selo de verificação para garantir que se trata de um canal oficial.

 

  • Ative o antivírus e a proteção de segurança: uma boa dica é instalar um programa de antivírus confiável nos dispositivos e atualizar regularmente, para ajudar a detectar e eliminar ameaças. Além disso, também vale realizar backups (cópia de segurança) de dados importantes regularmente, como fotos, documentos e outros arquivos, o que ajuda a evitar a perda em caso de problemas técnicos ou ataques cibernéticos. Caso tenha alguma dúvida, peça ajuda ou busque profissionais especializados nesse tipo de instalação.

 

  • Desconfie de ofertas tentadoras demais: ao receber ofertas ou promoções com preços muito abaixo do mercado na internet, fique alerta. Os esquemas fraudulentos utilizam essa tática para fisgar as vítimas – em especial, pessoas com menos prática e experiência no ambiente digital. Por isso, se receber alguma proposta, oferta ou boleto, revise todas as informações, inclusive, sobre o beneficiário indicado. Para evitar a desconfiança, prefira utilizar os aplicativos oficiais dos bancos ao realizar qualquer transação.

 

  • Monitore seus dados: o acompanhamento regular do CPF é uma estratégia funcional para agir antes que o problema fuja do controle. Para ter mais segurança e tranquilidade, a Serasa oferece seu serviço de assinatura para monitorar o uso dos seus dados e garantir mais segurança. O Serasa Premiumenvia notificações ao usuário sempre que houver consultas ao CPF, abertura de empresas em seu nome, vazamento de dados na Dark Web e acesso a um canal de atendimento exclusivo e consultoria personalizada.  

Para saber mais sobre golpes e conferir outras dicas da Serasa, clique aqui.

 


Serasa
www.serasa.com.br
@serasa

 

Três dicas para envelhecer melhor


Psicólogo diz que as pessoas devem deixar o medo de lado.


Uma das principais dificuldades na vida, para muitos, é aceitar o próprio envelhecimento. O clichê dramático do aniversário de 30 anos vai se acentuando cada vez mais. Mas, o que fazer para lidar melhor com a idade?
De acordo com o psicólogo Eraldo Melo, a vida é feita de etapas e todos temos que passar por elas. “O indivíduo vai passando por fases ao longo da vida. Na adolescência, a pessoa gosta de sair e se divertir. Mas isso vai passando e logo começa a ter uma noção de responsabilidade, que é preciso se virar sozinho financeiramente, então ele busca um emprego e vai construindo seu lar. Ele pode ter uma companheira para a vida, com quem vai estruturar sua família, com filhos ou não. Se ele tem filho, talvez daqui a um certo tempo ele será avô, e por aí vai. Esse é o ciclo da vida”, explica.

Eraldo revela que, não apenas a idade vai passando, mas também os gostos pessoais, que se transformam ao longo do tempo, vão mudando. “Muita gente não gosta de comer tal coisa, mas passa determinado tempo e a comida passa a ser agradável ao paladar. Isso é normal. Inclusive, é saudável permitir que existam essas mudanças no seu comportamento e no seu modo de viver. Muitas pessoas têm receio de mudar e se reprime muito, o que acaba se tornando-a mais triste”, revela. 

Assim, Eraldo listou três maneiras de encarar melhor a idade:


1 – Faça tudo que você puder

Quando a pessoa fica mais velha, os principais arrependimentos são de não ter experimentado algumas situações que poderia ter vivido. E essa lamentação é a pior de todas. Por isso, aproveite as oportunidades que surgem na sua vida. Cada momento é único especial, então é fundamental aproveitá-los.


2 – Não tenha medo

Com certeza você é rodeado de pessoas que te amam e que não se importam com a sua idade. Valorize mais essas pessoas e o tempo que você passa com elas. O medo de envelhecer te prende, causando ansiedade e outros sentimentos ruins. Viva melhor com o que você tem à sua volta.


3 – Seja grato

Gratidão que vem da palavra do latim “gratia”, que significa graça. Tanto as más como as boas experiências trazem aprendizados e tem a sua graça. Dessa maneira, a gratidão passa a ser uma virtude que alimenta um senso de oportunidade para expressar seu agradecimento.

Eraldo também afirma que buscar a felicidade no dia a dia é essencial. “No final das contas, o que vai importar é se você se considera uma pessoa feliz. Então, agarre todas as chances de trazer a felicidade para a sua vida, pois assim você vai envelhecer de uma forma mais saudável, com a mente em harmonia consigo mesmo”, finaliza. 



Eraldo Felipe de Melo - Psicólogo e Psicanalista - CRP:09/009766
contato@eraldomelo.com
www.eraldomelo.com


Dia Internacional do Idoso

No Dia Internacional do Idoso, SBGG reforça apoio ao Estatuto da Pessoa Idosa
 

Entidade participa de publicação comemorativa aos 20 anos da criação de documento propulsor de importantes debates, ideias e ajustes na política para as pessoas idosas
 

No dia 1º de outubro, celebra-se o Dia Internacional e Nacional do Idoso, uma data dedicada a despertar a sociedade para as questões do envelhecimento e da necessidade de promover ações que melhorem e que zelem pela vida da população idosa. É uma oportunidade de destacar a sabedoria, a experiência e a riqueza cultural que as pessoas idosas trazem para nossas vidas. 

Em 2023, comemora-se 20 anos de uma importante conquista legal para a proteção dos direitos daqueles com mais de 60 anos. Trata-se da promulgação da Lei nº 10.741, conhecida, inicialmente, como Estatuto do Idoso, posterior e corretamente alterada para Estatuto da Pessoa Idosa. Os principais pontos desta legislação são: prioridade em atendimentos de saúde, setores públicos e privados, reserva de vagas especiais e descontos ou gratuidades em transportes coletivos e benefícios previdenciários especiais. 

“O Estatuto da Pessoa Idosa veio referendar o conteúdo da primeira política pública voltada à população idosa, elaborada e publicada no Brasil, a Política Nacional do Idoso, de 1994 e a SBGG, como entidade que estimula e apoia o desenvolvimento e a divulgação do conhecimento científico na área do envelhecimento é uma grande incentivadora deste documento”, explica a presidente do Departamento de Gerontologia da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Dra. Naira Dutra Lemos. 

A efetivação desses direitos ainda enfrenta desafios, como a necessidade de implementação adequada das políticas públicas e a conscientização da sociedade sobre a importância de tratar os idosos com respeito e dignidade. Porém, segundo a Dra. Naira Dutra Lemos isso não impede de valorizar o que já foi conquistado: “Certamente, ainda há muito a ser feito quando falamos de direitos das pessoas idosas, nos mais diversos campos e quando pensamos nas possibilidades de construção de novas políticas públicas, mas isto não nos impede de valorizar o que já foi feito, especialmente, enaltecer o Estatuto da Pessoa Idosa, uma grande conquista”. 

De acordo com o censo de 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no Brasil, 15% da população total do país é composta por pessoas de 60 anos ou mais. “Em vinte anos, a população idosa no Brasil dobrou em números absolutos e trouxe novas questões, novas demandas e a necessidade de revisão de conceitos, parâmetros e até de modelos de serviços e programas que pudessem atender de maneira mais efetiva a essa população”, aponta a presidente do Departamento de Gerontologia da SBGG, que pondera: “O Estatuto foi, e ainda é, o propulsor de importantes debates, ideias e ajustes, os quais muitos hoje se encontram consolidados”.

O Presidente da SBGG, Dr. Marco Tulio Cintra, enaltece e parabeniza a população idosa nesta data tão importante: “A SBGG reverencia as pessoas idosas de todo o Brasil, agradecendo-as pela importante contribuição de cada uma. Suas experiências de vida são inestimáveis e suas histórias são um tesouro de conhecimento e sabedoria para a sociedade, além de merecerem respeito e cuidados especiais”.

 

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG



UMA VELHICE SAUDÁVEL PARA HONRAR ESSA VIDA


A alma nasce velha e se torna jovem.
Eis a comédia da vida.

O corpo nasce jovem e se torna velho.
Eis a tragédia da alma.
Oscar Wilde

 

Com a alma rejuvenescida e o cérebro em perfeito estado, às vezes é difícil conviver com as limitações que a vida impõe aos mais velhos durante a caminhada. O importante é resistir e se sentir bem, sem pensar muito na idade, mas tomando todos os cuidados para impedir tropeços e uma jornada perversa, como o avanço de doenças.

Não há como fugir: como todos os seres vivos, a régua da vida um dia se esgota. Até lá, vamos manter o corpo e a alma de bem com a natureza e seguir sempre em busca do que realmente interessa: uma vida longa e saudável.

É bom começar com informações importantes: o avanço da idade provoca alterações no corpo e interfere diretamente na alimentação e no estado de nutrição de uma pessoa. Em consequência, o idoso é menos ativo fisicamente e tende a consumir menos calorias que os mais jovens, o que acelera a deficiência de vitaminas.

Há uma queda na capacidade de transporte de nutrientes e, por isso, uma dieta correta é fundamental para vencer desafios na manutenção da boa saúde. 

Os ventos estão favoráveis: a expectativa de vida ao nascer no Brasil subiu para 75,2 anos, muito em razão dos avanços da medicina. E as recomendações para um envelhecimento saudável e com boa qualidade de vida incluem alimentação apropriada e a prática de exercícios físicos, o que diminui o risco de quedas e fraturas e ainda promove uma convivência mais agradável. Todos esses fatores contribuem para melhorar a autoestima e a autoconfiança, com independência física e psíquica. 

Atividades como caminhadas ajudam a manter a capacidade cardiorrespiratória e diminuem a perda de massa óssea. Mas é preciso se precaver: um idoso sedentário que pretende iniciar um exercício deve se submeter antes a uma avaliação médica. Depois disso, saiba que a atividade física reduz sintomas de depressão e ansiedade e ainda melhora o humor.

E não pense que nada agora será mais possível em razão dos excessos do passado. É possível reverter os desvios da história, levantar a cabeça e recuperar a boa saúde. As pessoas jamais devem se render. Três caminhos podem ajudar bastante: primeiro, uma prevenção severa para evitar a ocorrência de doenças; segundo, ações para detectar problemas de saúde em seu estágio inicial para facilitar o diagnóstico e seu tratamento. Isso evita disseminação e suas consequências, como rastreamento do câncer de mama ou próstata, aumento do risco cardiovascular, etc. E, terceiro, ações com o objetivo de reduzir prejuízos funcionais que decorrem de problemas agudos ou crônicos, incluindo a reabilitação; aí entram o pós infarto ou acidente vascular.

O mais importante de tudo, como se percebe, é a

prevenção. E não há nenhum mistério nessa receita simples:

-- hábitos saudáveis na alimentação;

-- atividades físicas de forma regular;

-- acompanhamento médico periódico;

-- descanso e lazer adequados;

-- estímulo da mente, que deve se manter ativa e produtiva. Programas culturais dão um ótimo suporte a esse quesito.

Uma atenção especial deve ser dedicada ao coração, especialmente depois dos 60 anos. Nessa fase há uma maior incidência de pessoas com problemas cardíacos no Brasil e é preciso ficar atento a pequenos sinais, como o cansaço sem causa aparente. Doenças cardíacas representam o terceiro maior fator de morte no País e qualquer descuido pode ser fatal.

Nesse processo lento do avanço da idade, o desenvolvimento de doenças cardiovasculares é preponderante. Arritmias cardíacas, bloqueios elétricos, estenose aórtica (abertura reduzida da válvula), aneurismas dos vasos (dilatações) ou doenças coronarianas são alguns diagnósticos mais frequentes, pois há maior enrijecimento dos vasos e válvulas, além de distúrbios elétricos que podem levar à diminuição dos batimentos cardíacos.

O coração é bastante afetado na velhice em razão de alterações estruturais e funcionais do sistema circulatório e facilitam o desenvolvimento de doenças cardiovasculares: acúmulo de gordura nos tecidos, perda da elasticidade dos vasos, além de calcificação das válvulas e discreto aumento de volume.

Temos de levar em conta a genética, obviamente - pessoas de uma mesma família com histórico de doenças têm riscos maiores e semelhantes. Porém, não é só. Fatores externos podem e devem ser controlados para melhorar a qualidade de vida do ser humano e prolongar sua longevidade. E entre esses estão o fumo, o estresse, o diabetes, a hipertensão, o estilo de vida e de alimentação, a obesidade, as alterações dos níveis de colesterol e/ou triglicérides (dislipidemia), o sedentarismo (falta de atividade física), entre outros.

Cada um desses itens está ligado diretamente com o desempenho da máquina que bate e bombeia o sangue em nosso peito. Melhor mantê-la em ordem e com a garantia de todas as revisões.

Um dia a caminhada chegará ao fim, é inevitável. O bom senso recomenda seguir sempre em frente, de forma saudável e com dignidade. Nascemos para isso – vamos honrar.

 

Américo Tângari Jr. - especialista em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e Associação Médica Brasileira


Você sabia que sua coluna também envelhece?

Conheça melhor o conceito do "aging spine" e veja como você pode salvar sua coluna


Você já ouvir falar do “aging spine”? O termo se refere ao envelhecimento da coluna vertebral. Apesar dos primeiros sinais do envelhecimento natural serem físicos, ou seja, rugas e cabelos brancos, todo o corpo humano envelhece, inclusive tecidos e ossos.
 
Segundo a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em Pilates e RPG, o envelhecimento da coluna é caracterizado por dois processos paralelos, mas independentes: a redução da densidade mineral óssea e o desenvolvimento de alterações degenerativas.
 
“A combinação da degeneração com a redução da massa óssea contribui, em graus distintos, para o desenvolvimento de uma variedade de patologias dolorosas na coluna, frequentemente, debilitantes”.
 
Para entender melhor a gravidade da situação, basta lembrar que as doenças da coluna são consideradas as principais causas de afastamentos do trabalho e de aposentadoria por invalidez.


 
Desde cedo

E se você acha que o “aging spine” é coisa da terceira idade, saiba que o processo degenerativo tem início cedo, na primeira década de vida. Os discos intervertebrais são os primeiros a sofrer. Por isso, a temida hérnia de disco é uma das doenças mais prevalentes em adultos jovens.
 
“Além dos discos intervertebrais, temos na coluna as articulações entre as vértebras para proporcionar estabilidade na rotação. Com o passar dos anos, essas estruturas sofrem o desgaste natural e resultam na espondilose, que é a osteoartrose que afeta especificamente a coluna. A dor é o principal sintoma”, diz Walkíria.


 
Músculos enfraquecidos

Além dos ossos e articulações, os músculos e ligamentos da coluna também envelhecem. Essas estruturas são responsáveis pela sustentação da coluna e dão estabilidade para os movimentos. Porém, quando enfraquecidos, podem causar dores e prejudicar a movimentação, o equilíbrio e a postura”, diz Walkíria.


 
Desgaste ósseo

A osteoporose é outra consequência do envelhecimento. No Brasil, 1 em cada 3 mulheres com mais de 60 anos tem osteoporose. Já nos homens, a prevalência é um pouco menor, de 1 a cada 5.
 
“A osteoporose é a perda da massa óssea. O osso enfraquece e fica poroso. O grande risco da doença é a fratura na coluna. Muitas vezes imperceptíveis ou não diagnosticadas, podem causar dores, perda da estatura e deformidade da coluna”, comenta a fisioterapeuta.
 
Outro problema comum é a osteofitose, mais conhecida pelo termo “bico de papagaio”. O corpo, na tentativa de estabilizar a coluna, promove um crescimento ósseo nos discos intervertebrais. Nos exames de imagem, esses ossos, chamados de osteófito, lembrar o bico da ave. A dor também é o principal sintoma”.
 
Por fim, a instabilidade da coluna pode levar ou agravar as deformidades, como a cifose, famosa “corcunda”, escoliose e lordose.


 
Inevitável ou evitável?

A grande preocupação dos especialistas é que o aumento da expectativa de vida impacta diretamente no crescimento dos diagnósticos de problemas e doenças na coluna.

Segundo o IBGE, até 2060 a população com mais de 80 anos deve chegar a 19 milhões de pessoas. Mas, o grande desafio não é viver mais, é viver melhor, por meio de um envelhecimento saudável 
 
Embora envelhecer seja inevitável, é possível adotar hábitos desde cedo que podem proteger a coluna durante toda a vida. Contudo, é preciso levar em consideração que as condições médicas que atingem a coluna são multifatoriais, sendo a predisposição genética um fator de risco importante.


 
Por onde começar?

A postura é um dos eixos mais importantes para manter a coluna saudável. “Crianças e adolescentes devem ser orientados pelos pais e educadores em relação à postura na hora de sentar-se na sala de aula, bem como é preciso cuidado na hora de carregar as mochilas, por exemplo”.
 
Ao longo da vida, manter o peso dentro do ideal também irá contribuir para a saúde da coluna, bem como a prática regular de uma atividade física. Mas aqui vai um alerta: é preciso cuidado com o tipo de esporte que irá praticar, pois nem todos podem ser benéficos para a coluna.
 
A prevenção da osteoporose começa na infância, com a manutenção dos níveis de cálcio e vitamina D, cuja deficiência na população em geral é muito comum.


 
Pilates: o melhor amigo da coluna!

Um dos melhores métodos para manter a coluna saudável é o Pilates. Há diversos benefícios comprovados, como fortalecimento dos músculos que sustentam e dão estabilidade para a coluna, melhora da flexibilidade, postura e amplitude de movimento.
 
E aqui vai uma dica super importante: o Pilates é indicado para pessoas de qualquer idade, inclusive para crianças! Portanto, desde cedo é possível prevenir que o envelhecimento da coluna se torne um problema.
 
“O Pilates é um exercício de baixo impacto, que trabalha vários grupos musculares, concentrando-se no centro de força. Trata-se de método que pode ser adaptado para cada paciente, de forma individual, sem contraindicações”, cita Walkíria.
 
Além de contribuir na prevenção, o Pilates é uma das técnicas mais usadas dentro da fisioterapia para quem já desenvolveu problemas na coluna e sofre com dores crônicas. “Os movimentos podem ser adaptados para respeitar as limitações impostas pelo dor. Além de reduzir esses quadros dolorosos, o método pode reduzir a incapacidade e devolver a autonomia para a pessoa retomar suas atividades diárias”, finaliza Walkiria.


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