Embora o digital esteja em crescimento, ele veio
para somar à experiência de compras do consumidor na loja física
Apesar de todas as previsões tenebrosas sobre o
desaparecimento do varejo físico, os dados da consultoria Statista mostram que
apenas 11,5% de todas as transações nos EUA foram realizadas via e-commerce no
último trimestre de 2019. Embora o comércio eletrônico continua em plena
expansão em todo o mundo, as lojas físicas ainda têm um papel de destaque para
os varejistas e continuarão a fazê-lo por um longo tempo.
Mas é consenso que a aparência das lojas e a forma
como os clientes interagem com elas continuarão a evoluir à medida que o
comércio eletrônico continua seu rápido crescimento. Além disso, as exigências
dos consumidores com as marcas continuarão a crescer. Pelo menos é o que revela
uma pesquisa do Instituto Locomotiva. O levantamento indica que 81% dos
entrevistados dizem estar mais atento a qualidade dos produtos, enquanto 83%
querem ser mais ouvidos pelas empresas varejistas.
E continuaremos a ver os limites entre varejo
físico e comércio eletrônico desaparecerem. Então, como será a loja do futuro?
Respondo essa questão listando os 4 passos que todo varejista deve seguir para
inserir sua marca no varejo do futuro.
Vending machines
Mais frequente encontradas nos principais
aeroportos, o modelo vending machines, ou máquinas de venda
automáticas, são um exemplo de como os varejistas estão trabalhando para
expandir os pontos onde os consumidores podem comprar seus produtos. Embora os
varejistas não possam estar em qualquer lugar, eles podem ter pequenas
quantidades de estoque, dentro de máquinas de venda automática, acessíveis aos
consumidores. O truque para varejistas e marcas é determinar quais localizações
geográficas são as mais econômicas e onde há mais tráfego de pedestres e quais
locais são reabastecidos com mais eficiência. Os varejistas e as marcas que
resolvem essas equações aumentam suas receitas.
Foco no relacionamento
Assim como o e-commerce não eliminou o varejo
físico, as vending machines também não o fará. No entanto, as lojas
continuarão a evoluir em uma direção diferente. Basta olhar para o setor
bancário e ver como as instituições financeiras reinventaram o atendimento,
focando no relacionamento com o público alvo. Lojas e marcas continuarão a
encontrar caminhos para aumentar seu relacionamento com seus consumidores e
poderemos ver um aumento de oferta de outros serviços dentros das lojas, como
salão de beleza, cafés, entre outros.
Melhorar a gestão do estoque
À medida que as vendas no e-commerce continuam a
crescer, o fluxo do estoque também será mais intenso. Com isso, o aumento de
transações - seja na loja física ou online, o novo desafio para as empresas do
setor será melhorar a gestão do estoque e como o supply chain pode auxiliá-los
na distribuição dos produtos para a loja e no direcionamento para os
consumidores.
Premissa básica: atender às necessidades dos
clientes
O adoção massiva de tecnologia no varejo já é uma
realidade, mas será necessário uma “virada” na mão de obra. A loja do futuro
exigirá uma força de trabalho mais afinada com as necessidades do cliente
final. Os colaboradores deverão ser mais bem treinados para criar maior conexão
com a marca e para assimilar as exigências dos consumidores. A necessidade de
mão de obra qualificada não será limitada à loja, mas também nos armazéns, nas
instalações de fabricação e nos serviços de entrega.
As lojas terão uma aparência diferente no futuro.
Por quê? Nós, como consumidores, estamos colocando uma demanda maior para os
varejistas. Também estamos vivendo uma escalada em termos de relacionamento e
inovação. Marcas e varejistas experientes continuarão trabalhando para
transformar suas lojas e suas cadeias de suprimentos para não apenas atender,
mas superar nossas necessidades.
Antonio Brito - Sr Principal, Digital & Value
Engineering, Infor LATAM
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