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terça-feira, 30 de junho de 2020

Vacinação dos cães: Você sabe a importância dela?


 Médica veterinária responde as principias dúvidas dos tutores  sobre a imunização dos pets


Os cães são importantes membros das famílias, especialmente no Brasil, onde a população de pets chega aos 54,2 milhões. Mas, apesar do dia a dia cercado de mimos e brincadeiras, a vacinação ainda é uma dúvida recorrente e muitas vezes não faz parte da rotina desses animais, mesmo sendo imprescindível para a segurança e bem-estar dos pets. Afinal, uma série de doenças podem ser evitadas com a imunização adequada.

Para os tutores, os questionamentos são diversos, desde o protocolo adequado, vacinais disponíveis, até a necessidade de revacinação. Pensando em solucionar as principais dúvidas em relação à vacinação dos pets, a médica veterinária e Gerente de Produtos da Unidade Pet da Ceva Saúde Animal, Priscila Brabec, respondeu oito questões sobre o tema. Confira:


1- Quando o cão deve receber a primeira vacina?

Recomenda-se que filhotes iniciem seu esquema de primo-vacinação entre 6 e 8 semanas de vida, com vacinações subsequentes com intervalos de 15 a 30 dias, até que cheguem à idade de 13 a 14 semanas. Atualmente, o guia internacional de recomendação de vacinação (WSAVA Vaccination Guidelines Group - VGG, 2020) sugere que a primo-vacinação seja considerada completa apenas a partir de 16 semanas de vida. Essa recomendação visa imunizar animais com resposta mais tardia e principalmente para minimizar o risco de que anticorpos transferidos pela mãe interfiram na adequada resposta vacinal. A vacinação é extremamente importante para os filhotes, pois será responsável pela resposta imunológica contra os agentes causadores das principais doenças. O tutor deve seguir corretamente o protocolo e o calendário de vacinação determinado pelo médico veterinário.


2 - Existem vários tipos de vacinas para os cães?

Sim! As vacinas consideradas essenciais e recomendadas para todos os cães e que são necessárias para a proteção contra doenças graves ou de potencial zoonótico são: vacinas contra a cinomose (vírus vivo-modificado – VVM ou recombinante), parvovirose (VVM), adenovírus canino tipo 2 (VVM) e raiva (inativada). Vale ressaltar que a vacina antirrábica deve seguir legislações locais, onde no Brasil, seu uso é mandatório anualmente.

Vacinas contra leptospirose, parainfluenza, Bordetella bronchiseptica (principais agentes causadores da tosse dos canis ou traqueobronquite infecciosa canina), e leishmaniose visceral canina, por exemplo, são vacinas consideradas importantes no país e que podem ser recomendadas pelo médico veterinário, levando em consideração os riscos de exposição, o estilo de vida e a faixa etária do animal.


3- Tem problema atrasar a vacina do cachorro?

Para conseguir o nível de proteção desejado, o processo de vacinação deve seguir o calendário estabelecido. No caso dos filhotes, por exemplo, algumas vacinas exigem múltiplas doses para completar o ciclo de imunização. Não seguir o processo corretamente pode acarretar uma série de problemas, como, por exemplo, a redução na eficácia da proteção do pet.


4- Meu cão foi vacinado quando filhote, preciso imunizá-lo novamente?

A revacinação dos animais adultos deve ser feita anualmente ou, de acordo com os riscos de exposição (desafio), o estilo de vida e a faixa etária do animal, conforme recomendação do médico veterinário. O reforço vacinal será responsável pela manutenção da proteção contra essas importantes doenças infecciosas. Esse é um ponto importante, que muitos tutores esquecem, mas é preciso estar atento, pois sem a imunização correta, o animal ficará vulnerável a uma série de doenças.


5- O animal precisa ser examinado antes de tomar vacina?

Sim, a avaliação do médico veterinário previamente a vacinação é muito importante para verificar o estado geral de saúde do cão e verificar se ele está apto ou não para receber a vacina. Algumas vacinas só devem ser aplicadas após a realização de teste sorológico que sugira ausência de infecção, como a de leishmaniose, por exemplo. No caso dela, somente animais assintomáticos e negativos devem ser vacinados. Por isso, é imprescindível que o animal seja examinado antes da imunização.


6- Não sei o histórico de vacinação do pet, e agora? 

Caso o tutor tenha resgatado ou adotado um animal sem que se tenha conhecimento quanto ao histórico de vacinação, é imprescindível realizar a imunização do pet considerando que não tenha sido vacinado anteriormente. Nesse caso, o veterinário irá estabelecer o protocolo ideal de acordo com a idade do cão. Além disso, é importante realizar um check-up para avaliar a saúde completa do cão antes de se proceder a sua vacinação.


7- As vacinas oferecem algum risco para o pet?

As vacinas são responsáveis pela imunização adequada dos pets, com o intuito de protegê-los contra as principais doenças infecciosas. Para tanto, os produtos disponíveis no mercado seguem a regulamentação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e devem apresentar estudos de segurança e eficácia para a espécie a qual se destina o uso. Vale ressaltar que o processo de vacinação deve ser realizado por um médico veterinário.


8- A vacina causa alguma reação no pet?

Alguns cães podem ser mais sensíveis devido a resposta individual. Após a vacinação, o pet poderá apresentar uma reação inflamatória no local da vacinação, o que pode causar dor, apatia, diminuição do apetite, e até febre. A reação é semelhante ao que ocorre em crianças quando vacinadas. Caso ocorra, o médico veterinário pode indicar procedimentos que aliviem a dor ou sintomas apresentados pelo pet. Ainda, embora sejam de rara ocorrência, há animais que apresentam quadros mais importantes (alérgicos e/ou anafiláticos), os quais devem ser imediatamente levados para atendimento veterinário.



Ceva Saúde Animal


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