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segunda-feira, 29 de junho de 2020

Em meio à pandemia, confiança do empresário registra a terceira queda consecutiva


De acordo com a FecomercioSP, não há expectativa de recuperação rápida; fechamento de 2020 deve sofrer o pior desempenho da história


Com a retomada parcial das atividades e com menos tempo para as vendas, a confiança dos empresários sofre a terceira queda seguida desde o início da crise causada pela disseminação do covid-19 (-35%), ao passar de 93,8 pontos, em maio, para os atuais 61 pontos, o menor patamar da série histórica, iniciada em 2011. Diante desse cenário, a intenção de investir e contratar do empresariado caiu 28,3% – o Índice de Expansão do Comércio (IEC) passou de 87,5 pontos, em maio, para 62,8 pontos, em junho, também o menor nível da série histórica, iniciada em 2011. Seguindo a tendência de quedas, o Índice de Estoque (IE) caiu 15%: de 109,6 pontos, em maio, para os atuais 93,1 pontos, seu menor nível desde maio de 2016, quando chegou a 87,4 pontos.

Segundo a FecomercioSP, não há expectativa de recuperação econômica a curto prazo, visto que as famílias tiveram seus poderes de compra reduzidos com a alta do desemprego. Assim, a intenção de realizar financiamentos e adquirir bens também caiu, uma vez que os consumidores estão majoritariamente em busca de itens essenciais, como alimentos e remédios. Por isso, a estimativa é que o fechamento de 2020 registre o pior desempenho da história.

A Entidade recomenda que os empresários mantenham um planejamento financeiro estruturado, negociem com os fornecedores e tenham controle rígido do estoque. Para isso, ainda é preciso muita atenção na logística, com o objetivo de não encarecer as operações. Além disso, a Federação sugere digitalizar os processos e trabalhar com etiquetas inteligentes para facilitar a gestão, principalmente na geração de relátorios, o que auxilia a monitorar o momento de fazer novos pedidos e realizar promoções. Os pequenos estabelecimentos também podem se organizar para fazer compras conjuntas, na tentativa de conseguir preços melhores nas mercadorias.
 

ICEC

O Índice de Confiança do Empresário (ICEC) registrou a terceira queda seguida (-35%) – de 93,8 pontos, em maio, para os atuais 61 pontos. Em relação ao mesmo período do ano passado, o recuo foi de 47,9%.

Os três quesitos que compõem o indicador registraram baixa em junho: o Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio caiu 53,5%; o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio recuou 34,5%; e o Índice de Investimento do Empresário do Comércio registrou retração de 20,5%.
 

IEC

O Índice de Expansão do Comércio (IEC) apresentou a sexta queda consecutiva (-28,3%): de 87,5 pontos, em maio, para 62,8 pontos em junho. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a baixa foi de 40,8%.

Os dois itens que o compõem também caíram: o índice Expectativas para Contratação de Funcionários baixou 29,2%, e o Nível de Investimento das Empresas recuou 27,2%, na passagem de maio para junho.
 

IE

O Índice de Estoque (IE) caiu 15% – de 109,6 pontos, em maio, para os atuais 93,1 pontos. Em relação ao mesmo mês de 2019, registrou baixa de 21,8%.

A proporção dos empresários que consideraram os estoques adequados caiu 8,3 pontos porcentuais (p.p.), na comparação com abril, e 13,1 p.p. em relação a junho do ano passado.
 

Notas metodológicas


ICEC

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) contempla as percepções do setor em relação ao seu segmento, à sua empresa e à economia do País. São entrevistas feitas em painel fixo de empresas, com amostragem segmentada por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis) e por porte de empresa (até 50 empregados e mais de 50 empregados). As questões agrupadas formam o ICEC, que, por sua vez, pode ser decomposto em outros subíndices que avaliam as perspectivas futuras, a avaliação presente e as estratégias dos empresários mediante o cenário econômico. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, contudo sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.


IEC

O Índice de Expansão do Comércio (IEC) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011, com dados de cerca de 600 empresários. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, desinteresse e interesse absolutos em expansão de seus negócios. A análise dos dados identifica a perspectiva dos empresários do comércio em relação a contratações, compra de máquinas ou equipamentos e abertura de novas lojas. Apesar desta pesquisa também se referir ao município de São Paulo, sua base amostral abarca a região metropolitana.


IE

O IE é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011 com dados de cerca de 600 empresários do comércio no município de São Paulo. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total. Em análise interna dos números do índice, é possível identificar a percepção dos pesquisados relacionada à inadequação de estoques: “acima” (quando há a sensação de excesso de mercadorias) e “abaixo” (em casos de os empresários avaliarem falta de itens disponíveis para suprir a demanda em curto prazo). Como nos dois índices anteriores, a pesquisa se concentra no município de São Paulo, entretanto sua base amostral considera a região metropolitana.


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