No dia 31 de maio: Dia Mundial
sem Tabaco, AMRIGS alerta para riscos de inovações da indústria tabagista, mas
que fazem tão mal quanto o cigarro tradicionalNCM AMRIGS
O tabagismo é uma doença causada pela dependência química da
nicotina e que, há muito tempo, vem sendo combatida pelos médicos. Apesar de
haver muito trabalho no esforço de conscientização por entidades médicas e
profissionais, há uma nova preocupação no cenário atual que é o cigarro
eletrônico, que vem sendo amplamente usado, especialmente por jovens e que
acabam servindo como porta de entrada para o fumo tradicional.
Segundo artigo feito por pesquisadores da Coordenação de
Prevenção e Vigilância do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o uso de cigarro
eletrônico aumenta em mais de três vezes o risco de experimentação de cigarro
convencional. Pelo menos 1 a cada 5 jovens de 18 a 24 anos usa cigarros
eletrônicos no Brasil, ou seja, 19,7%
“A diferença é que no cigarro eletrônico a nicotina é
volatilizada enquanto no cigarro tradicional há a queima, feita por combustão.
Porém em ambos os casos acontece a absorção da nicotina que vai trazer
malefícios. O cigarro eletrônico está proibido no Brasil. Porém, é facilmente
encontrado e percebemos um número muito grande de jovens aderindo, o que nos
preocupa muito. E não se enganem: o aroma mais agradável não impede a ação da
nicotina sobre nosso organismo”, alertou o médico cirurgião oncológico, diretor
de comunicação da AMRIGS, Marcos André dos Santos.
As sociedades médicas brasileiras esperam que a Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) decida ainda este ano manter proibida a
importação e venda de cigarros eletrônicos no Brasil. Em 2009, a agência
publicou resolução proibindo os chamados Dispositivos Eletrônicos para Fumar
(DEFs), que agora passam por processo de discussão e atualização de informações
técnicas.
A AMB, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e entidades médicas,
como a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), têm se unido em
torno da proibição do comércio dos cigarros eletrônicos. Essas entidades
alertaram a Anvisa sobre os prejuízos desse aparelho e têm lutado contra a
informação falsa dos fabricantes, que afirmam que o cigarro eletrônico é
alternativa mais saudável ao cigarro convencional.
Esse tipo de cigarro, chamado de vapers pelos fabricantes, na
intenção de associar à figura do cigarro, contém uma série de substâncias
nocivas e cancerígenas. Eles trazem, em sua composição, substâncias como
nicotina, propilenoglicol e glicerol, ambos irritantes crônicos; acetona,
etilenoglicol, formaldeído, entre outros produtos cancerígenas e metais pesados
(níquel, chumbo, cádmio, ferro, sódio e alumínio). Para atrair consumidores,
são incluídos aditivos e aromatizantes como tabaco, mentol, chocolate, café e
álcool.
“Todos nós sabemos os malefícios que o tabagismo causa à nossa
saúde. O cigarro, independente de sua característica, é um fator promotor de
tumores malignos. Entre os mais comuns estão o câncer de boca e de laringe.
Além disso, causa uma série de complicações pulmonares como enfisema pulmonar e
doenças cardíacas. Portanto, estamos falando de um sério problema de saúde
pública”, finalizou.
Orientação para quem
quer parar de fumar
A Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), em parceria
com a Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Rio Grande do Sul, reforça
algumas orientações para quem está tentando parar de fumar. Os sintomas de
abstinência do cigarro são transitórios e passageiros. A síndrome de
abstinência da nicotina é um sinal de que o organismo está voltando a funcionar
normalmente.
Você poderá sentir dor de cabeça, irritabilidade, dificuldade de
concentração, ansiedade, alteração do sono e aumento de apetite. Segundo o
Instituto Nacional de Câncer (INCA), a intensidade dos sintomas de ficar sem o
cigarro variam de pessoa para pessoa, considerando também o nível de
dependência. Mas eles passam e são parte do caminho na luta de quem quer parar
de fumar.
Dicas do INCA para lidar com a síndrome de abstinência:
🚭 Não ter cigarro em
casa;
🚭 Evitar álcool e café;
🚭 Fazer exercícios e se
alimentar bem;
🚭 Pensar nos benefícios.
Ao parar de fumar, os benefícios à saúde são quase imediatos,
conforme explicado pelo INCA:
✅ Após 20 minutos, a
pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal.
✅ Após 2 horas, não há
mais nicotina circulando no sangue.
✅ Após 8 horas, o nível
de oxigênio no sangue se normaliza.
✅ Após 12 a 24 horas, os
pulmões já funcionam melhor.
✅ Após 2 dias, o olfato
já percebe melhor os cheiros e o paladar já degusta melhor a comida.
✅ Após 3 semanas, a
respiração se torna mais fácil e a circulação melhora.
✅ Após 1 ano, o risco de
morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade.
✅ Após 10 anos, o risco
de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram.
Escolha uma melhor qualidade de vida! Diga NÃO ao tabaco 🚭