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quinta-feira, 31 de julho de 2025

Agosto Branco: Cerca de 25% das mortes por câncer no mundo são decorrentes do câncer de pulmão

Dia Mundial de Combate ao Câncer de Pulmão é celebrado em 1º de agosto


 O Dia Mundial do Combate ao Câncer de Pulmão, celebrado em 1º de agosto, abre um mês de campanha destinada a orientar e conscientizar sobre o tipo mais letal da doença. Cerca de 25% das mortes por câncer no mundo são decorrentes do pulmão, de acordo com a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, da Organização Mundial da Saúde. Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam para quase 30 mil mortes a cada ano no Brasil – mais de 90% dos diagnósticos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ocorrem em estágios avançados.

A campanha Agosto Branco destaca a alta letalidade da doença e também seu principal fator de risco, o tabagismo. O oncologista Fernando Medina, do Centro de Oncologia Campinas, lista alguns dos principais riscos associados ao vício do cigarro. Segundo Medina, o tabagismo é responsável por 80-90% dos casos de câncer de pulmão.

“Fumantes têm de 15 a 30 vezes mais chances de desenvolver câncer de pulmão do que não fumantes. A fumaça do cigarro contém pelo menos 70 substâncias cancerígenas conhecidas. Estudos apontam que o risco para o câncer do pulmão aumenta 20% a cada 5 anos de tabagismo”, lista o especialista. “Fumantes pesados, que consomem mais de 20 cigarros ao dia por mais de15 anos, têm risco 4,55 vezes maior que fumantes leves”, acrescenta.

Outro dado importante fornecido pelo oncologista é que parar de fumar pode reduzir o risco para o câncer de pulmão em 30% a 50% após 10 anos de cessação do vício. “Embora outros fatores possam contribuir, o tabagismo permanece como a causa predominante de câncer de pulmão, reforçando a importância da cessação do tabagismo na prevenção”, acrescenta.

No Brasil, de acordo com levantamento do INCA, o câncer de pulmão é o segundo tipo mais comum. São mais de 44 mil diagnósticos a cada ano, diante mais de 38 mil óbitos, o que comprova a alta letalidade da doença. É o segundo tipo de câncer mais comum em homens e o quarto em mulheres.


 Rastreamento

Tosse persistente, fadiga, rouquidão e perda de peso são sinais de alerta para vários tipos de doença, incluindo o câncer de pulmão. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, apenas 16% dos cânceres de pulmão são diagnosticados em estágio inicial (sem metástase), para o qual a taxa de sobrevida de cinco anos é de 56%. Nos demais estágios, a sobrevida média em cinco anos cai para 18% (15% para homens e 21% para mulheres).

No Brasil, o INCA estima 32,5 mil novos casos por ano da doença para o triênio de 2023 a 2025, o que representa um risco de 15 casos a cada grupo de100 mil habitantes. Destes, quase 30 mil resultarão em óbito.

A alta letalidade do câncer de pulmão se deve ao diagnóstico tardio da doença. Medina explica que o rastreamento é um tema importante na medicina preventiva e que contribui com a melhora de prognósticos.

Segundo ele, devem realizar exames preventivos adultos de 50 a 80 anos, com histórico de tabagismo de pelo menos 20 maços ao ano e que atualmente fumam ou pararam de fumar nos últimos 15 anos.

“O método de rastreamento mais indicado é a tomografia computadorizada de baixa dose (TCBD) anual”, aconselha. “O benefício do rastreamento está associado a uma redução na mortalidade por câncer de pulmão”.


 Tipos

O câncer de pulmão não pequenas células- (CPNPC)- representa quase 85% de todos os casos. Dentro desses, cerca de 25 a 30% são diagnosticados no estágio III. O primeiro estágio é um câncer localizado (apenas 16% dos diagnósticos ocorrem nesta fase). No segundo estágio, o câncer se espalhou para os nódulos linfáticos próximos, e o quarto representa metástase para regiões distantes do corpo.

“No estágio III, o tumor já se espalhou para os nódulos linfáticos locais ou tecidos próximos ao pulmão, mas não para partes distantes do corpo. É inoperável quando o tumor está muito próximo de estruturas vitais ou espalhou-se demais localmente, inviabilizando a retirada cirúrgica”, esclarece Fernando Medina.

Como não é possível a retirada cirúrgica do tumor, prossegue o médico, o tratamento padrão é a quimioterapia e radioterapia combinadas. “A quimioterapia ajuda a destruir células cancerígenas que podem ter se espalhado pelo corpo, enquanto a radioterapia é direcionada à área do tórax para destruir o tumor localmente”, informa.

O prognóstico do estágio III inoperável é mais reservado do que quando há possibilidade de cirurgia. A taxa de sobrevida em cinco anos é baixa, fica em torno de 15%. “Porém, os tratamentos atuais de rádio e quimioterapia estão melhorando o controle da doença e a sobrevida”, assegura.

“Apesar de desafiador, o tratamento combinado ainda pode oferecer chances de controle do câncer de pulmão não pequenas células estágio III inoperável. O acompanhamento multidisciplinar é essencial para maximizar os resultados”, informa.

Já o câncer de pequenas células de pulmão (CPCP) representa menos de 20% dos casos. É o mais agressivo de todos os tumores malignos de pulmão e em mais de 60% dos casos, o paciente já se apresenta com doença avançada ao diagnóstico. Dessa forma, os prognósticos são pessimistas. A média de sobrevida dos casos avançados é de apenas três meses. Esse tipo de neoplasia tende a se disseminar precocemente.


 Parar de fumar

A principal orientação do especialista, contudo, é para que fumantes atuais recebam aconselhamento para parar de fumar e sejam conectados a recursos de cessação. “Parar de fumar pode reduzir o risco de câncer de pulmão em 30 a 50% após 10 anos”, observa.

O percentual total de fumantes a partir dos 18 anos de idade no Brasil é de 9,5%, segundo dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Os homens respondem por 11,7% do total e as mulheres, por 7,6 %.

O alcatrão deixa um rastro de problemas por todo o caminho que percorre no corpo humano e não apenas no pulmão, diz Medina.  Laringe, faringe, boca, esôfago, pâncreas, fígado e bexiga são os principais órgãos afetados pelo tabaco. “São todas as áreas onde a fumaça do cigarro ‘toca’.

O vício do cigarro, lembra o oncologista, é tão nocivo quanto difícil de abandonar. “Vemos garotos de 12, 13 anos, experimentando cigarro. Mesmo passando mal, eles continuam e levam esse mau hábito para o resto da vida”, compara, afirmando que a conscientização sobre os malefícios tem de começar ainda na infância. “Educar é a melhor forma de prevenir o surgimento de novos fumantes”, garante.



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Maioria das gestantes brasileiras recebe orientações superficiais sobre amamentação, aumentando riscos à saúde de mães e bebês

 

Envato: Por lulu8206

Alerta da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) aponta para a necessidade de incluir informações aprofundadas sobre lactação na rotina de pré-natal 

 

Embora as estatísticas mostrem que entre 60% e 84% das gestantes brasileiras recebem informações sobre amamentação nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) alerta que estas orientações têm sido superficiais e insuficientes. De acordo com Mayka Volpato, responsável pelo Departamento de Aleitamento Materno da SBM, são muitas as mulheres que chegam ao consultório de mastologia com complicações mais graves relacionadas à amamentação, como mastite, formação de abscessos, fissuras que não cicatrizam e dor crônica, justamente pela falta de orientação adequada no pré-natal sobre as peculiaridades e implicações do aleitamento materno.

“Costumo dizer que toda paciente grávida precisa de um pré-natal de amamentação”, ressalta. A ponderação da mastologista da SBM tem uma razão: sem a preparação adequada, as mulheres acabam vivenciando experiências negativas durante a lactação, com grande prejuízo nutricional para o recém-nascido, com impacto direto em sua saúde, além de aumentar o impacto emocional do puerpério.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida. O leite materno é rico em vitaminas e minerais, carboidratos, ferro, gorduras, hormônios, enzimas e anticorpos que atuam contra microorganismos e agentes infecciosos, garantindo proteção à criança. Entre os nutrientes também estão proteínas como a lactoalbumina.

Mesmo com um alto índice de mulheres informadas sobre amamentação nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), a representante da SBM pontua que esta orientação é realizada de forma superficial.

A gravidade da situação é exemplificada por um estudo realizado com mulheres com diabetes gestacional em que o acesso à informação foi reduzido. “Até 25% não recebe qualquer orientação”, enfatiza dra Maika. A médica destaca ainda as disparidades regionais. Em municípios menores, a situação é ainda mais grave, com levantamentos indicando que a falta de informações pode atingir até 22% das gestantes.

Todas as mulheres que passam pelo pré-natal, na visão de Mayka Volpato, deveriam questionar ativamente seus médicos sobre amamentação, procurar orientações com o pediatra que vai acompanhar o bebê e buscar informações em grupos de apoio de amamentação do SUS (Sistema Único de Saúde). “Na falta dessas instruções no pré-natal, é importante que elas recebam, antes da alta hospitalar, orientações sobre a ‘pega’ correta para alimentação do bebê, o melhor posicionamento do recém-nascido e o que está por vir em casa na rotina de amamentação”, complementa a médica.

É no ambiente doméstico que dificuldade e complicações surgem, impactando na jornada da amamentação. Entre elas, a mastologista destaca o ingurgitamento mamário (“leite empedrado”) e a mastite, que atinge de 3% a 20% das lactantes. Fissuras que não cicatrizam e dores crônicas também são relatadas com frequência. “Quando orientadas previamente a manejar essas situações, as mulheres tendem a passar pelo período de amamentação com mais tranquilidade”, afirma Maika.

Ao reforçar a importância da amamentação, Mayka Volpato reitera que o aleitamento materno é a forma natural de estabelecimento de vínculo e afeto entre mãe e bebê. “Como estratégia de nutrição, contribui para a saúde da criança e da lactante e a redução da mortalidade infantil no Brasil”. A SBM defende, portanto, que a qualidade e aprofundamento das orientações sobre lactação e amamentação no pré-natal são essenciais para garantir um futuro mais saudável para os brasileiros.

 

Passeios e acidentes com arraias: o que fazer quando a diversão termina em dor?

Especialista em feridas alerta para os riscos das ferroadas e explica por que a cicatrização precisa de atenção especializada 

 

O clima mais ameno do inverno não afasta os turistas das praias de água doce, que seguem movimentadas nessa época do ano. Em regiões como o Centro-Oeste e o Sudeste, os rios continuam sendo um dos principais destinos de lazer durante as férias. Mas, em meio ao descanso e à diversão, cresce também a incidência de acidentes com arraias, animais que, ao se sentirem ameaçados, usam um ferrão venenoso para se defender, causando ferimentos graves e extremamente dolorosos.

A Dra. Bianca Oliveira, médica especialista em feridas e CEO da rede de franquias Cicatriclin, explica que as ferroadas de arraia podem evoluir para quadros graves se não forem tratadas corretamente desde o início. “É um ferimento profundo, com dor intensa e risco de necrose. O grande problema é que muitas pessoas tentam tratar em casa, com métodos caseiros, o que pode só agravar a lesão e aumenta as chances de infecção”, alerta.

Ao pisar acidentalmente em uma arraia, a vítima sente dor imediata e precisa de atendimento o quanto antes. As primeiras medidas são simples, mas devem ser seguidas à risca: não esfregar o local, lavar com água limpa e morna e procurar ajuda médica rapidamente. No entanto, o cuidado não deve parar por aí.

“Mesmo após o socorro inicial, o acompanhamento especializado é fundamental. Utilizamos terapias avançadas como laserterapia, curativos inteligentes e técnicas específicas para acelerar a cicatrização e evitar complicações, como infecções e cicatrizes inestéticas”, explica a médica. Segundo ela, o ideal é iniciar esse tratamento nos primeiros dias após o acidente, garantindo uma recuperação mais segura e eficaz.

 

Cuidados com a pele dos bebês: o que evitar e o que realmente protege


Divulgação


Dermatologista explica os principais erros e acertos na rotina de higiene dos pequenos e dá dicas práticas para quem está passando pela maternidade 

 

A pele do bebê é mais fina, delicada e ainda está se desenvolvendo. Por isso, é mais fácil de irritar, principalmente na região da fralda, onde o contato com umidade, calor e atrito é constante. Nessa fase, alguns cuidados simples fazem toda a diferença: desde a escolha dos produtos até a frequência das trocas de fralda. Saber o que realmente funciona ajuda a prevenir desconfortos como assaduras, brotoejas e até reações alérgicas.

 

Segundo o Dr. Raul Cartagena Rossi, Médico membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e consultor de TheraSkin®, a pele dos bebês ainda está em formação, e isso a torna naturalmente mais vulnerável. “A pele dos bebês ainda não possui todas as defesas igual a de um adulto. Por isso, é fundamental escolher produtos adequados para o uso diário, que respeitem essa delicadeza e ajudem a proteger sem agredir”, explica.

 

Um cuidado essencial nesse processo é o uso da pomada para assaduras, especialmente durante a troca de fraldas. “O ideal é aplicar uma camada fina do produto a cada troca, mesmo que a pele esteja saudável. Dessa forma, a pomada forma uma barreira protetora contra a umidade e o atrito da fralda, ajudando a prevenir irritações desde os primeiros sinais”, orienta o dermatologista. Ele reforça que o importante é evitar o acúmulo excessivo, garantindo uma aplicação leve, com boa espalhabilidade e remoção fácil, o que facilita o cuidado contínuo.

 

Outro ponto que merece atenção é a limpeza na hora da troca. Muitos pais recorrem aos lenços umedecidos pela praticidade, mas nem sempre eles são a melhor escolha, principalmente quando a pele já apresenta sinais de irritação. “Nesses casos, o melhor é lavar com água morna e um sabonete líquido suave, com pH fisiológico e desenvolvido para bebês. Isso ajuda a limpar bem e sem agredir a pele sensível da região”, orienta Dr. Rossi.

 

Com a chegada do outono e as oscilações de temperatura, outro problema comum que pode ocorrer é o surgimento das brotoejas - aquelas bolinhas vermelhas que aparecem principalmente no tronco ou onde a pele fica abafada. “Elas são causadas pelo calor e pela transpiração acumulada, muitas vezes por excesso de roupas. É muito comum os pais se preocuparem com o frio e vestirem os bebês com muitas camadas. O ideal é observar se o bebê está suando, irritado ou com a pele quente. Roupas leves, tecidos naturais e deixar a pele respirar ajudam a evitar esse tipo de irritação”, completa o especialista.

 

Para ajudar, o Dr. Rossi lista alguns mitos e verdades que ainda geram dúvidas entre pais e cuidadores:

 

A troca de fraldas deve ser frequente.


Verdade. Mesmo que o bebê tenha feito só xixi, a umidade constante e o contato prolongado com a urina pode irritar a pele. O ideal é trocar com frequência e sempre garantir que a região esteja bem limpa e seca antes de colocar uma nova fralda.

 

Pomada boa é aquela que deixa uma camada branca espessa.


Mito. O ideal é aplicar só uma camada fina, o suficiente para proteger. Pomadas com boa espalhabilidade funcionam melhor e são mais confortáveis para o bebê — além de serem mais fáceis de remover, sem deixar acúmulo de produto.

 

Toda vermelhidão é assadura.


Mito. Nem sempre. A vermelhidão pode ser sinal atrito, infecção fúngica ou até reação alérgica a algum produto. Observar o local, o tipo de irritação e se há outros sintomas ajuda a entender o que está acontecendo.

 

É importante deixar a pele “respirar” entre uma troca e outra.


Verdade. Sempre que possível, deixar o bebê sem fralda por alguns minutos ajuda a ventilar a área e evitar o acúmulo de umidade, especialmente em dias quentes ou quando há sinais de irritação.

 

Na rotina de cuidados, escolher produtos pensados para a pele sensível do bebê é essencial. Para prevenir e tratar assaduras, Cetrilan® Creme é uma boa opção. Com Cetrimida e óleo de calêndula, o produto ajuda a proteger, acalmar e hidratar a pele com suavidade. Ele tem textura leve, é fácil de espalhar, seca rápido e sai com facilidade na hora da limpeza.

 

Quando surgem as bolinhas vermelhas ou sinais de umidade excessiva, Amilia® Talco Líquido ajuda a absorver essa umidade e traz alívio imediato. Já Amilia® Repair é uma loção hidratante que cuida da pele mais sensibilizada, ajudando a recuperar a barreira natural e reduzindo a vermelhidão.

 

Cuidar da pele do bebê é um gesto de carinho e também de atenção. Com pequenas mudanças na rotina, observação e os produtos certos, é possível manter a pele dos pequenos sempre saudável, protegida e confortável.

 



¹Dr. Raul Cartagena Rossi (CRM/SP: 224.016), Médico, Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Farmacêutico Especialista em Farmacologia.



TheraSkin®
http://loja.theraskin.com.br



Sinais de alerta: o que o seu corpo está te dizendo sobre a saúde da bexiga?

Câncer de bexiga atinge três vezes mais homens em comparação às mulheres e tem 70% de chance de cura em casos superficiais
 

O primeiro sinal do câncer de bexiga é a urina de coloração avermelhada, que também pode ser acompanhada de dor, ardência e aumento da frequência urinária. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 110 mil casos foram registrados desde 2019 e os homens com mais de 60 anos são os mais afetados. Nesse cenário, o tabagismo está associado a mais de 50% dos quadros, sendo a principal causa do tumor. Outro fator de risco é a exposição ocupacional a corantes e tintas em determinados trabalhos da indústria. 

Segundo o levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia, entre 2019 e 2022 foram registrados mais de 19.160 óbitos no Brasil por conta da doença. Diante disso, mesmo que os sintomas apareçam de forma pontual, é recomendado procurar um especialista imediatamente. A partir da avaliação médica, o diagnóstico acontece de três formas:

  • Exame de urina convencional: detecta pequenos sangramentos ocultos não aparentes;
  • Ultrassom de abdome: identifica pólipos ou espessamentos da parede da bexiga;
  • Cistoscopia: considerado o principal exame confirmatório, funciona como uma endoscopia do trato urinário - uma pequena câmera é introduzida pela via urinária para visualizar o interior da bexiga e colher amostras de lesões que serão analisadas no microscópio. 

Segundo o Dr. Antônio Cavaleiro de Macedo, médico oncologista responsável pela coordenação do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Santa Catarina - Paulista, quando a identificação da condição acontece precocemente, as taxas de cura do câncer de bexiga chegam a 70% em casos de tumores superficiais, principalmente com a potência dos novos tratamentos. “Os casos superficiais costumam ser retirados de forma minimamente invasiva por meio da cistoscopia. Muitas pessoas fazem tratamento na bexiga através de uma sonda com vacina BCG, reduzindo o risco de recaída da doença. Já os tumores mais profundos podem ser tratados com cirurgia mais ampla, reconstrução da bexiga ou radioterapia”, explica o especialista. 

Em caso de metástase, os pacientes recebem uma combinação de imunoterapia e drogas de alvo-molecular, sem necessidade de quimioterapia. De acordo com o médico, os resultados a longo prazo são superiores e, em alguns casos, atingem remissões duradouras. De modo geral, para se prevenir do tumor é essencial abandonar o tabagismo. Por ser a principal causa, os indivíduos que param de fumar reduzem o risco de diagnóstico pela metade. Além disso, também é necessário tratar infecções urinárias crônicas, evitando uma possível evolução para o câncer. 

 

Hospital Santa Catarina - Paulista


Atrofia Muscular Espinhal: o que é fato e o que é mito sobre a principal causa genética de mortalidade infantil

A Atrofia Muscular Espinhal (AME) é uma doença genética com incidência aproximada de 1 em cada 11.000 nascimentos vivos. É a maior causa genética de mortalidade infantil, uma doença progressiva e incapacitante que compromete a mobilidade, a respiração e a deglutição, além de gerar um impacto psicológico profundo para pacientes e familiares. Atualmente, estima-se que a prevalência da AME Tipo 1 e 2 é de 100.000 pessoas no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. 

Sem os cuidados adequados, a AME pode comprometer significativamente a qualidade de vida e autonomia dos pacientes, com potencial de ser letal. A raridade da doença, contudo, gera um desconhecimento entre a sociedade, e até mesmo entre profissionais de saúde.

 

“A AME é uma doença genética rara”. 

VERDADE. A AME afeta aproximadamente de 1 em cada 10.000 nascimentos vivos, portanto, é considerada uma doença rara. As pessoas que vivem com AME têm a ausência ou a deficiência de um gene chamado SMN1, portanto não conseguem produzir a proteína SMN adequadamente, o que leva à morte dos neurônios motores. 

Os neurônios motores são as células que controlam as atividades musculares essenciais como andar, falar, engolir e respirar, e precisam da proteína SMN, que é o seu “alimento”. No organismo, o principal responsável por produzir a proteína SMN é justamente o gene SMN1.

 

“A AME só afeta bebês e crianças”. 

MITO. Embora a AME seja frequentemente diagnosticada em bebês e crianças devido à gravidade de alguns tipos da doença, a condição pode se manifestar em qualquer fase da vida. O diagnóstico em idades mais avançadas costuma ser mais desafiador, pois os sintomas podem ser mais sutis e confundidos com outras condições neuromusculares.

A AME é classificada em cinco tipos (0, I, II, III e IV), de acordo com a idade em que os sintomas se desenvolvem e de acordo com o máximo marco motor alcançado. Nos casos mais graves (tipos 0 e I), problemas motores e respiratórios se desenvolvem já nos primeiros meses de vida. 

Na AME tipo 3, que representa cerca de 13% dos novos portadores da mutação, o surgimento dos sintomas acontece após os 18 meses de idade e, em alguns casos, durante a vida adulta. Essas pessoas adquirem a capacidade de ficar em pé e andar, mas devido à progressão da doença, podem perder essa habilidade ao longo da vida. Os principais sintomas podem incluir fraqueza muscular, dor muscular e escoliose. 

Já a AME tipo 4, por sua vez, é marcada por uma progressão lenta dos sintomas, que tendem a aparecer somente na vida adulta.

 

“É importante que a AME seja diagnosticada o mais cedo possível”. 

VERDADE. Com o avanço da ciência, surgiram terapias para a AME que podem alterar o curso da doença. 

Esses tratamentos são mais eficazes quando iniciados o mais cedo possível, antes que ocorra uma perda significativa de neurônios motores. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maior a chance de preservar a função muscular e melhorar a sobrevida e qualidade de vida. Nos casos mais graves, a ausência de tratamento pode levar a uma morte prematura. 

A confirmação da AME só é possível com o teste genético molecular; porém, a investigação começa na triagem neonatal, capaz de detectar a doença ainda na fase pré‑sintomática. O Teste do Pezinho oferecido pelo SUS está sendo ampliado para incluir 53 doenças, entre elas a AME. Alguns estados, como o Distrito Federal e Minas Gerais já incorporam a AME à triagem neonatal, enquanto São Paulo conduziu projetos piloto nos últimos anos. Quando o resultado da triagem é positivo, ele é confirmado por exame genético, permitindo que o tratamento se inicie o mais cedo possível.

 

“Pessoas com AME têm expectativa de vida curta” 

MITO. Essa afirmação já foi uma realidade no passado recente, especialmente entre as pessoas com as formas mais graves da doença, mas os avanços no tratamento da AME mudaram drasticamente esse cenário. 

O diagnóstico precoce e o acesso às terapias modificadoras da doença, além de uma abordagem com equipe multidisciplinar, oferecem a possibilidade de uma vida significativamente mais longa e com melhor qualidade para muitas pessoas com AME. 

Atualmente, a expectativa depende do tipo de AME, da precocidade do diagnóstico e do acesso aos cuidados adequados.

 

“Existe cura para a AME”. 

MITO. A AME não tem cura, e os neurônios perdidos não podem ser regenerados. Apesar disso, os cuidados adequados e no tempo certo podem estabilizar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida e a autonomia do paciente. 

Embora a palavra "cura" ainda não seja uma realidade, é importante reforçar que as terapias atuais oferecem esperança e a possibilidade de uma vida substancialmente melhor para as pessoas com AME.

 

“Existem tratamentos eficazes para AME disponíveis gratuitamente” 

VERDADE. Atualmente, o SUS oferece acesso a três terapias modificadoras da doença que podem melhorar significativamente a qualidade de vida e a sobrevida de pessoas com AME. O acesso a esses tratamentos no SUS segue critérios clínicos definidos em Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDTs), estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

É importante ressaltar que, até o momento, não é possível afirmar que algum tratamento é mais eficaz, visto que não há estudos comparativos entre as terapias ou evidências clínicas que apontem para tanto.

Portanto, é fundamental que pacientes com AME e suas famílias busquem informações, para entender os critérios de acesso e as opções de tratamento disponíveis no sistema público.

 

“Pessoas com AME não podem realizar atividades físicas ou esportes. 

MITO. Pessoas com AME não apenas podem, como em muitos casos, se beneficiam da realização de atividades físicas e esportes adaptados. 

É verdade que, nos tipos mais graves da doença, ou quando os sintomas já avançaram muito, o paciente pode ficar impossibilitado de praticar atividades físicas, mas boa parte das pessoas com AME podem, sim, praticar diversos tipos de esportes. Entre os principais benefícios da atividade física para pessoas com AME, estão a manutenção da força muscular e a melhora da mobilidade e flexibilidade, além da saúde cardiovascular e o bem-estar mental e emocional. 

Há inúmeros exemplos de pessoas com AME que levam vidas ativas e participam de esportes adaptados em diferentes níveis, inclusive profissionalmente. Essas histórias inspiradoras demonstram que, com as adaptações e os cuidados adequados, é possível superar as limitações impostas pela condição e desfrutar dos benefícios da atividade física.


O impacto do envelhecimento na saúde visual e o novo papel das empresas ópticas

 

O envelhecimento da população é um dos fenômenos sociais mais impactantes do século XXI, e seus reflexos vão muito além da previdência ou da saúde pública. O aumento da expectativa de vida e a mudança no perfil etário da sociedade estão transformando profundamente setores como o da óptica, que precisa se adaptar a um novo consumidor e a um novo tipo de demanda cada vez mais complexa, exigente e conectada. 

De acordo com o IBGE, o Brasil já conta com mais de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Esse número deve dobrar até 2050, o que fará do país uma das nações mais envelhecidas do mundo. A consequência imediata disso, no campo da saúde visual, é o crescimento acelerado de diagnósticos como presbiopia, catarata e degeneração macular relacionada à idade (DMRI), entre outros. Mas o impacto vai além do aumento de patologias: ele redefine o que se espera de um produto óptico e do atendimento prestado por empresas do setor. 

A nova geração 60+ está mais ativa, mais conectada e mais consciente do seu papel social. É um público que valoriza a saúde, mas também preza pela estética, conforto e autonomia. Eles não querem apenas enxergar melhor, querem produtos que se integrem ao seu estilo de vida, respeitem sua individualidade e acompanhem sua rotina, seja ela digital, profissional ou culturalmente ativa. É um perfil muito distante do estereótipo passivo que por décadas moldou a oferta de soluções ópticas para esse público. 

Esse movimento também é percebido em outras faixas etárias. O envelhecimento deixou de ser um tema exclusivo dos mais velhos: adultos jovens já se preocupam com o uso excessivo de telas, com o cansaço visual e com o impacto cumulativo dessas práticas no futuro da sua visão. E essa preocupação se estende à infância, momento crucial para o desenvolvimento saudável da visão. O aumento da miopia entre crianças e adolescentes exige atenção redobrada, com lentes adequadas a este erro refrativo e à rotina dos pequenos, que favoreçam uma adaptação rápida, estimulem o uso contínuo e contem com zonas livres estrategicamente posicionadas para acompanhar os movimentos naturais dos olhos em diferentes atividades.
 

Personalização e tecnologia: o novo padrão da saúde visual 

Neste contexto, a personalização tem ganhado protagonismo como um dos pilares da nova saúde óptica. Tecnologias que utilizam dados biométricos, por exemplo, estão revolucionando a forma como se desenvolvem lentes, permitindo correções visuais com precisão milimétrica e proporcionando uma experiência de uso mais confortável e eficiente. 

É o caso das lentes biométricas B.I.G. NORM®️️️, que capturam medições individuais do olho e geram lentes sob medida, respeitando a anatomia única de cada usuário. Não se trata mais de adaptar o consumidor ao produto, mas sim de adaptar o produto ao consumidor. Essa virada de chave é, hoje, um diferencial competitivo e, em breve, será um requisito básico para quem quiser se manter relevante no mercado. 

A personalização não melhora apenas a acuidade visual; ela melhora a qualidade de vida como um todo. Reduz a fadiga ocular, amplia o campo de visão, acelera a adaptação a novos óculos e promove maior adesão ao uso contínuo. E, ao fazê-lo, reposiciona o papel das lentes: de um item corretivo a uma verdadeira extensão do bem-estar e do estilo de vida. 

Esses avanços também estão refletidos nos tratamentos das lentes. As novas gerações de antirreflexo (AR) oferecem não apenas maior transparência e um efeito estético mais suave, mas também múltiplas camadas de proteção contra os raios UV e a luz azul nociva, um escudo essencial para quem passa horas em frente às telas. Além disso, são tratamentos mais práticos, que facilitam a limpeza e a conservação das lentes, prolongando sua durabilidade e mantendo a performance no dia a dia.
 

Um setor em transformação 

Diante desse cenário, as empresas ópticas são chamadas a se reinventarem. O papel do setor passa a ser, cada vez mais, o de antecipar necessidades, muitas vezes antes mesmo de elas se manifestarem. Isso exige investimento constante em inovação, ciência de dados, biotecnologia, usabilidade e também em escuta ativa. Entender o que o consumidor precisa, mas também o que ele valoriza. 

Envelhecer com qualidade visual não pode ser privilégio, mas deve ser parte integrante do direito à saúde e à dignidade. E isso começa desde cedo, com cuidados visuais personalizados ainda na infância. 

O desafio está posto: atender com excelência uma sociedade que envelhece, sem abrir mão da inovação, da ética e do compromisso com a visão das próximas décadas. 

 

Hugo Mota - CEO da Rodenstock Brasil e Master of Business Administration (MBA) at Bergische Universität Wuppertal


Dia do Orgasmo: 5 verdades sobre o prazer masculino

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Fenômeno nas redes sociais, o urologista Dr. Rafael Siqueira compartilha orientações sobre a saúde sexual dos homens

 

Celebrado em 31 de julho, o Dia do Orgasmo é mais do que uma curiosidade do calendário: é uma ótima oportunidade para falar abertamente sobre saúde sexual, prazer e bem-estar, principalmente no universo masculino, que ainda carrega muitos mitos e desinformação. 

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Segundo o urologista Dr. Rafael Siqueira, autor do livro "Tamanho é Documento?" (Ed. Matrix), entender o próprio corpo e quebrar tabus é essencial para uma vida sexual mais leve, segura e prazerosa.

Siqueira, que soma milhões de visualizações com vídeos divertidos e informativos nas redes sociais, lista abaixo alguns dos pontos mais importantes sobre o orgasmo masculino. Confira!

  

1. A pornografia atrapalha mais do que ajuda

Apesar de comum, o consumo excessivo de pornografia pode criar expectativas irreais sobre o sexo. Filmes pornôs vendem uma fantasia: atores  com "membros cinematográficos” e atrizes que simulam orgasmos múltiplos. Essa, porém, não é a realidade da maioria das pessoas.

O problema surge quando o cérebro começa a achar que essa fantasia é o padrão, gerando frustração com o sexo real. Como lembra o Dr. Rafael, 99,9% das pessoas não são atores pornôs e nem campeões olímpicos. São pessoas comuns, e está tudo certo com isso.


2. Masturbação em excesso pode virar isolamento

A masturbação faz parte da vida sexual saudável. O problema começa quando ela se torna uma válvula de escape para todas as emoções, como alegria, tristeza, ansiedade, tédio. “Tem homem que se masturba ao acordar, ao dormir, antes de sair e quando volta pra casa”, alerta o médico.

Com o tempo, esse comportamento compulsivo pode afastar a pessoa de relações afetivas reais. A masturbação em si não é um problema, mas pode se tornar um substituto emocional perigoso quando ocupa todos os espaços.


3. Orgasmo bom é o que dá satisfação, não o que bate recorde

“Quantas vezes um homem precisa ejacular em uma transa?”. Para o Dr. Rafael, a resposta é simples: uma vez apenas está ótimo. A primeira ejaculação do dia é a mais potente, com maior volume e chance de fecundação. Depois disso, vem a queda de energia e até um soninho inevitável.

Homens, ao contrário de algumas mulheres, não foram fisiologicamente desenhados para maratonas sexuais, pois não alcançam orgasmos múltiplos. O que vale é a qualidade, não a quantidade. E, claro, que a outra pessoa também esteja satisfeita.


4. Não existe tempo ideal de duração para o sexo

A famosa pergunta “quanto tempo é considerado ejaculação precoce?” não tem uma resposta exata. Para o especialista, o que importa é a satisfação do casal. Se ambos estão felizes com o tempo e o ritmo da relação, pouco importa se ela durou dez minutos ou duas horas.

Mas se há descompasso constante, com um sempre chega lá muito antes do outro, vale investigar e conversar. A chave está na comunicação e no respeito mútuo.


5. Orgasmo não é só prazer físico, é também saúde emocional

Cuidar da vida sexual é cuidar da saúde como um todo. Disfunções como a ejaculação precoce, a dificuldade de atingir o orgasmo ou a dependência da masturbação para o prazer merecem atenção. O orgasmo é um indicativo de bem-estar físico, hormonal, emocional e relacional. E, para o Dr. Rafael, não existe saúde plena sem saúde sexual.

 

Sexólogos destacam os 5 maiores mitos sobre o orgasmo

Comemorado em 31 de julho, o Dia do Orgasmo inspira reflexão e informação: sexólogos desmistificam crenças que ainda cercam o prazer sexual

 

Apesar dos avanços nas conversas sobre sexualidade, o orgasmo ainda é cercado por tabus, desinformação e expectativas irreais — especialmente quando se trata do prazer feminino. Para jogar luz sobre o tema, os sexólogos Natali Gutierrez e Renan de Paula, fundadores da sextech brasileira Dona Coelha, elencam os 5 principais mitos sobre o orgasmo e explicam por que é tão importante falar sobre isso com naturalidade.


1. Toda relação sexual precisa terminar com orgasmo

Mito! Sexo é conexão, intimidade e prazer — e nem sempre envolve um final “com fogos de artifício”. A pressão por atingir o clímax pode, inclusive, atrapalhar a experiência.


“O orgasmo não é um troféu. Quando o sexo vira obrigação, perde-se o melhor dele: a entrega ao momento”, comenta Natali.


2. Orgasmo vaginal é mais “completo” que o clitoriano

Outro mito comum — e sem embasamento científico. O clitóris é o principal órgão do prazer feminino e está presente na imensa maioria dos orgasmos.


“Não existe orgasmo superior. Essa ideia reforça inseguranças e desconecta as mulheres do próprio corpo”, explica Renan.


3. Vibradores atrapalham a vida sexual

Pelo contrário: vibradores são aliados. São ferramentas de autoconhecimento, autoestima e conexão com o corpo — individualmente ou em casal.


“A mulher que se conhece se comunica melhor com a parceria. O vibrador pode ser um facilitador de prazer, nunca um problema”, diz Natali.


4. Homens sempre têm orgasmo durante o sexo

Nem sempre. Estresse, insegurança, pressões externas ou internas podem interferir. O prazer masculino também merece ser acolhido com empatia.


“É hora de desconstruir a ideia de que o homem é uma ‘máquina’ do desejo. Todo mundo tem dias bons e dias difíceis”, lembra Renan.


5. Falar sobre orgasmo é constrangedor

Só se continuar sendo um tabu. Quanto mais natural for essa conversa, mais leve e saudável será a relação com o corpo, o prazer e o outro.


“O orgasmo é um direito, não um luxo. E conhecimento é o melhor caminho para acessá-lo com liberdade e saúde emocional”, conclui Natali.

 

1/8 – Dia Mundial de Combate ao Câncer de Pulmão

 Apenas 15% dos casos são identificados em estágio inicial 

Radiografia, tomografia computadorizada e biópsia ajudam no diagnóstico

 

Cerca de 32 mil pessoas no Brasil são diagnosticadas com câncer de pulmão, de acordo com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), e o cigarro é apontado como a principal causa em 85% dos pacientes. Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT) também apontam que apenas 15% das pessoas descobrem a doença em estágio inicial, e as chances de cura podem chegar a 88%.

“O diagnóstico precoce desse tipo de câncer é possível em apenas parte dos casos, pois a maioria dos pacientes só apresenta sinais e sintomas em fases mais avançadas da doença”, alerta a dra. Heloísa Carvalho, Diretora do Serviço de Radioterapia do InRad – Instituto de Radiologia do HC FMUSP. Entre os principais sintomas estão tosse persistente, falta de ar frequente, dor na região do peito, cuspir, escarrar ou tossir sangue.

Ainda de acordo com a especialista, é possível fazer o diagnóstico com exames de imagem como radiografia e tomografia computadorizada do tórax, PET-CT e ressonância magnética, além de broncoscopia com biópsia. “A radiografia é geralmente o primeiro exame a ser realizado, capaz de identificar a maioria dos tumores, ainda que alguns pequenos possam passar despercebidos”, avisa a Dra. Heloísa Carvalho.

Já entre os tratamentos para o câncer de pulmão, os pacientes podem ser submetidos a radioterapia, quimioterapia, imunoterapia ou até mesmo procedimento cirúrgico. “A escolha do tratamento, no entanto, depende de alguns fatores como, por exemplo, o estágio do câncer, quais são as condições de saúde do paciente e, por fim, da avaliação da equipe médica”, conclui a Diretora do Serviço de Radioterapia do InRad.


InRad - Instituto de Radiologia

Fontes: Instituto Nacional do Câncer (INCA); Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT).


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