Veterinário dá dicas sobre frequência de banhos, cuidados, atividades físicas e alimentação para os dias frios
Embora o inverno ainda não tenha
começado, os dias frios já anunciam que teremos uma estação rigorosa pela
frente. E assim como os tutores, os pets podem sentir muito frio,
principalmente de acordo com a idade e a pelagem: cães filhotes e idosos, assim
como as raças que apresentam pelo mais curto - como Chiuahua, Pug, Bulldog,
Boxer, Pinscher e Fox Paulistinha -, são mais suscetíveis ao frio e precisam de
alguns cuidados especiais.
De acordo com o veterinário e proprietário do Clube de Cãompo, Aldo Macellaro
Jr, medidas simples como colocar uma roupa no pet e aquecer sua pequena cama
com mantas e cobertores podem ajudá-los a sentir menos frio, entretanto, a
rotina de cuidados vai um pouco além disso. Pensando na saúde e bem-estar dos
animais nesse período, a seguir, o especialista destaca uma série de dicas como
orientação aos tutores.
Cachorro toma banho no inverno?
Os banhos no inverno podem acontecer com menos frequência, o que pode variar de
acordo com a raça e ambiente que o pet habita. Em média, os banhos nesse
período podem ser dados a cada 30 dias em cães de pelagem mais curta e que
vivem em áreas externas. Já os cães de pelagem longa e que vivem dentro de
casa, podem tomar banhos a cada 15 dias. "O mais importante é preservar a
saúde do animal, eles não precisam estar sempre perfumados. Caso o tutor opte
por uma frequência de banhos mais espaçada não há problema, mas alguns cuidados
precisam ser mantidos como a limpeza dos ouvidos, escovação dos dentes e da
pelagem, principalmente em cães de pelo longo que costumam sofrer com nós.
Animais que tomam banho em pet shops não costumam ter problemas nesse período,
mas caso o tutor opte por dar banho em casa, é muito importante escolher um
horário mais quente do dia, evitar banhos ao ar livre, usar água morna, secar
bem os pelos e proteger os ouvidos, para que não entre água. Cães da raça
Cocker Spaniel, por exemplo, precisam de cuidados redobrados nesse sentido,
pois apresentam problemas auriculares com maior frequência", explica Aldo
Macellaro Jr.
Alimentação deve ser balanceada
Os pets devem receber uma alimentação balanceada ao longo do ano,
independentemente das estações. Porém, com o inverno o animal acaba se
exercitando menos e, consequentemente, gastando menos energia, o que pode levar
ao aumento de peso. "Esse ponto merece bastante atenção, pois muitos
tutores acabam compartilhando suas refeições, o que pode ser muito prejudicial
para a saúde do cão. No inverno a dieta precisa ser seguida com ainda mais
rigor, pois a obesidade abre portas para outras doenças mais graves",
destaca o veterinário.
Está muito frio para fazer um passeio?
Mas saiba que a atividade física é essencial para a saúde física e psicológica
do cão. Além de ajudar a controlar o peso, proteger de doenças cardíacas e
articulares, os cachorros precisam estar em movimento, interagindo com outros
animais e explorando novos ambientes. "Apesar do frio, os passeios
precisam ser feitos pelo bem do pet. Quando eles passam muito tempo trancados
em casa podem ficar ansiosos e até agressivos por manter a energia contida.
Pode ser uma voltinha rápida pelo bairro e depois, complementar com mais alguma
brincadeira de interação entre o pet e o tutor", exemplifica o
especialista.
Vacinas precisam estar em dia
A vacinação do pet é fator importante para preservar sua saúde e deve estar
sempre em dia. Mas no inverno, com as temperaturas mais baixas e possíveis
quedas na imunidade, algumas doenças respiratórias infecciosas acometem os
animais com mais frequência como a tosse dos canis, também conhecida como
traqueobronquite infecciosa canina, e a vacinação é a melhor forma de
prevenção. "Essa infecção pode ser causada por vírus ou bactérias e
costuma apresentar sintomas como tosse frequente, espirros, secreções no nariz,
boca e olhos, chiado na respiração, febre e vômitos. A tosse pode ser
confundida com engasgos, por isso é preciso estar atento, alguns casos podem
evoluir para pneumonia. As vacinas hoje disponíveis são indispensáveis para
evitar essas contaminações e complicações", ressalta Aldo Macellaro Jr.
Frio, dor ou ambos?
Este é um ponto que requer muita atenção, especialmente quando diz respeito aos
cães com idade mais avançada, que possuem massa muscular e camada de gordura
reduzidas, um processo natural do envelhecimento. "Pode ser que o pet com
mais idade durma por mais tempo e com o frio fique mais encolhido. Quando ele
acorda, pode ser acometido por fortes dores articulares e agravar os casos de
artrite e artrose, por exemplo. Nesses casos, é preciso estar atento ao que
parece ser uma preguiça e ajudar o animal a se movimentar, para evitar que
chegue a quadros mais críticos de dor e desconforto. Em alguns casos é preciso
buscar ajuda veterinária para a realização de exames, diagnóstico e tratamento
mais adequado", conclui Macellaro Jr.
Clube de Cãompo
Nenhum comentário:
Postar um comentário