Consultora
da GUM, explica que o vício em cigarros pode colaborar com o desenvolvimento de
doenças periodontais
Realizado em 31 de
maio, o Dia Mundial sem Tabaco é uma data criada pela Organização Mundial da
Saúde para conscientizar a população sobre o risco de doenças e mortes
relacionadas ao tabagismo. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a
dependência em nicotina, presente em produtos à base de tabaco, é reconhecida
como uma doença crônica, capaz de desencadear graves problemas respiratórios,
cardíacos e pulmonares, além de propiciar o desenvolvimento de câncer nos mais
variados órgãos do corpo humano.
Ainda de acordo com
dados do Instituto, o tabagismo está associado a 90% dos casos de câncer de
boca. Queren Azevedo, consultora da GUM , marca americana
de cuidados bucais, explica que isso acontece, porque, ao inalar a fumaça,
as substâncias químicas presentes no fumo têm o primeiro contato com a boca e a
garganta, antes mesmo de chegar aos pulmões. "Assim, a exposição à
nicotina leva as células saudáveis da cavidade oral a sofrerem mutações, onde
sua composição genética é alterada, acelerando sua reprodução", informa.
Além das consequências
apresentadas, a especialista ressalta que o consumo de cigarros, charutos e
cachimbos também colaboram com o surgimento de doenças periodontais. Queren
informa que componentes do tabaco penetram no esmalte dentário, causam mau
hálito e diminuem a vascularização da gengiva, ocasionando em uma doença
silenciosa ao redor dos dentes. "Os componentes nocivos atingem o sistema
imunológico e minimizam a capacidade das células de defesa combaterem infecções
e cicatrizarem a região, deixando o fumante suscetível a bactérias, vírus e
fungos na cavidade oral", revela.
Segundo a consultora,
o cigarro contribui para mudar a coloração do sorriso, deixando-o amarelado,
além de propiciar a manifestação do tártaro e gengivite. "A nicotina forma
uma camada de resíduo na língua e dentes, atingindo a mucosa da boca. Dessa
forma, as substâncias podem diminuir a sensação das papilas gustativas, impedir
a circulação do sangue na região e gerar dores nos ossos que compõem a arcada
dentária", aponta. A cavidade oral é tão prejudicada, que o paciente pode ter suas
glândulas salivares destruídas e o paciente desencadear um quadro de perda dos
dentes até câncer de boca.
Logo, o hábito de
fumar pede por uma limpeza bucal redobrada. A consultora indica apostar na
escovação da língua, utilização do creme dental com flúor e, principalmente,
não esquecer do fio dental para impedir o avanço das doenças mencionadas.
"O acompanhamento frequente com o dentista também se torna mais necessário
que nunca, já que o tratamento periodontal exige muitos cuidados dentro do
consultório. Ainda assim, a melhor solução para todos os problemas decorrentes
do tabagismo, é parar de fumar", conclui.
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