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segunda-feira, 31 de maio de 2021

Alerta para fumantes e não fumantes: preste atenção ao seu pulmão

Durante a pandemia, câncer de pulmão é desafio para os médicos, pois os sintomas são semelhantes aos de Covid-19 e o vírus pode agravar a doença 


 

Atrás apenas do câncer de pele não melanoma, o câncer de pulmão é o segundo tipo mais comum no Brasil e também é o que mais mata. O tabagismo é apontado como o principal fator de risco: as estatísticas indicam que 85% dos casos estão associados ao hábito de fumar, mas esse índice tem sido reduzido, conforme relatos de especialistas. Apesar de o dia 31 de maio ser o Dia Mundial Sem Tabaco para alertar sobre mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo, os médicos também precisam estar atentos aos casos de pacientes não fumantes que chegam aos serviços de saúde com tumores já em estágio avançado. É o que alerta a presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, Marlene Oliveira.  

 

A exposição passiva ao tabaco, doenças pulmonares, histórico familiar de câncer de pulmão e avanço da idade são alguns dos fatores que devem ter a atenção também dos não fumantes. Além disso, exposição recorrente a altos níveis de poluição do ar, gás radônio e amianto — encontrado em locais de atividades de mineração — também são considerados fatores de risco da doença. “Hoje, os consultórios médicos já registram índices próximos a 20% dos novos casos de câncer de pulmão em pacientes que nunca fumaram. Isso reforça a necessidade do diagnóstico precoce e do conhecimento específico da doença, para elevar o potencial de cura" reforça o Dr. Igor Morbeck, oncologista e membro do comitê científico do LAL. 

 

De acordo com o INCA, apenas 16% dos cânceres são diagnosticados em estágio inicial (câncer localizado), para o qual a taxa de sobrevida de cinco anos é de 56%. É importante ter consciência do corpo e procurar atendimento médico se algo sair do comum, alerta a presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, Marlene Oliveira. "É preciso enxergar a importância de criarmos um vínculo com a nossa saúde para que o diagnóstico de doenças como o câncer de pulmão ocorra no início e, assim, possamos mudar o curso da história a favor da vida", destaca. O aumento do número de diagnósticos precoce pode diminuir o número de mortes e contribuir para a qualidade de vida do paciente que enfrenta a doença. A detecção do câncer de pulmão pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos.  

 

Durante a pandemia de Covid-19, a progressão do câncer é três vezes mais rápida. Para se ter uma ideia, só no serviço privado, o diagnóstico precoce de câncer de pulmão geraria economia de R$3,42 bi/ano, o que equivale a R$1.122/minuto, segundo pesquisa do instituto IQVIA em parceria com o LAL. “A falta de diagnóstico precoce já era um problema antes da pandemia. Precisamos enfatizar a importância de manter as consultas em dia, mesmo durante o distanciamento social, porque a interrupção do tratamento faz o tumor evoluir de forma mais veloz de um estágio para o outro”, afirma Marlene. 


 

Sintomas 


Tosse persistente ou com sangue, falta de ar, dor no peito, rouquidão, fadiga, perda de peso, perda de apetite, pneumonia recorrente ou bronquite, sentir-se cansado ou fraco e, nos fumantes, ritmo habitual da tosse alterado com crises em horários incomuns são sinais para de atenção.  

 

 


 

Instituto Lado a Lado Pela Vida (LAL)   

https://ladoalado.iweventos.com.br/

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