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sexta-feira, 28 de maio de 2021

Como amenizar a psoríase em períodos de baixas temperaturas

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Aumento da inflamação que ocorre nesta época se deve à menor exposição da pele aos raios do sol

 

Uma doença inflamatória, não contagiosa e crônica da pele e das articulações chamada psoríase, pode ser agravada com a aproximação do frio. Já são cerca de 125 milhões de indivíduos com psoríase em todo o mundo e mais de 5 milhões apenas no Brasil. Segundo a médica dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Clarissa Prati, um dos principais fatores para o aumento da inflamação que ocorre nesta época é a menor exposição da pele aos raios do sol que atuam como anti-inflamatórios.

“As lesões pioram pelo ressecamento da pele como um todo que ocorre nos meses mais frios. Além disso, os pacientes que utilizam medicamentos tópicos tendem a reduzir seu uso. É importante hidratar a pele sempre após o banho e intensificar o tratamento da doença, especialmente para aqueles pacientes com gravidade menor, que apenas utilizam cremes e pomadas”, afirma.

Causada por fatores hereditários somados a gatilhos ambientais, como o estresse, tabagismo, infecções e uso de certos medicamentos, a psoríase possui quadros que podem variar de gravidade ao longo da vida, sobretudo quando questões emocionais estão envolvidas. A forma mais frequente da doença é a psoríase em placa, que ocorre em 80% a 90% dos pacientes, com lesões que podem surgir em qualquer parte da pele, sendo mais frequentes no couro cabeludo, cotovelos, genitais e joelhos. A doença não é frequente na infância - representando menos de 4% de todas as doenças da pele, mas quando ocorre é mais comum ser do tipo em placas.

“Há manifestações características da fase, especialmente nos menores de dois anos, como placas vermelhas com pouca ou nenhuma descamação na área de fraldas, periumbilical, face e unhas. De modo geral, os tratamentos estão cada vez mais eficazes. Hoje, o objetivo é chegar na remissão máxima da doença, que é manutenção do seu controle. Assim, é possível alcançar uma pele sem lesões ou com o mínimo delas”, diz.

Pelo SUS, o Protocolo de tratamento foi atualizado em 2019 e, em fevereiro deste ano, o Rol da Agência Nacional de Saúde também sofreu alterações. Agora ambos incluem o manejo da psoríase com imunobiológicos, além das tradicionais medicações sintéticas. A psoríase afeta a qualidade de vida dos pacientes, interfere nas suas relações familiares, sociais e de trabalho além de, em alguns casos, ser sugerido acompanhamento psicológico.

“Por ser doença aparente, há sempre alguém para sugerir algum tratamento. Mesmo que seja feito com boa intenção, pode ser interpretado como julgamento. Assim, o paciente se isola para evitar os comentários o que piora o emocional e pode levar a transtornos como depressão e ansiedade", finaliza.

 


Fernanda Calegaro


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