Otorrinolaringologistas
do Hospital Paulista alertam para danos que hábito traz à saúde dos fumantes
Não é segredo para ninguém que o tabagismo está
diretamente ligado a doenças respiratórias, diversos tipos de câncer e
patologias cardíacas. Mas poucas pessoas sabem que o vício pode estar
associado também à perda de audição.
Para marcar o Dia Mundial sem Tabaco, em 31 de
maio, o Hospital Paulista, referência em Otorrinolaringologia, faz um alerta
para os danos que o cigarro pode causar ao nariz, garganta e ouvido.
Segundo o otorrinolaringologista José Ricardo
Gurgel Testa, a perda auditiva pode se dar por conta da diminuição de fluxo
sanguíneo na cóclea, órgão localizado na parte interna dos ouvidos e
responsável por captar e transmitir os sons ao cérebro.
“O cigarro é composto por uma série de substâncias
químicas tóxicas e altamente nocivas, que impedem a oxigenação do organismo,
causando prejuízos irreversíveis às células do ouvido, como a perda de
audição”, explica o especialista.
Entre os componentes, o médico cita o cianeto de hidrogênio – gás utilizado para matar baratas, cupins e outras pragas e que age exatamente bloqueando a recepção do oxigênio pelo sangue, quando utilizado em altas concentrações.
Riscos à saúde e principais doenças
Considerado um vício de cunho social, o tabagismo é
uma doença causada pela dependência física e psicológica à nicotina, que afeta
não apenas a saúde do fumante, mas também a das pessoas que convivem com ele.
De acordo com o otorrinolaringologista Domingos
Tsuji, o vício pode desencadear alergias respiratórias, dores de cabeça e
irritações nos olhos, entre outros males. Aos fumantes, os riscos são ainda
maiores, podendo causar cerca de 50 patologias diferentes, como doenças
cardiovasculares e câncer, por exemplo.
Considerada uma das doenças mais graves e
enigmáticas da medicina, o câncer está entre as principais causas de
mortalidades para tabagistas.
Entre os tipos mais frequentes, o médico alerta
para o câncer na laringe, que atinge as cordas vocais e a estrutura da laringe,
podendo ser identificado ainda no início a partir de uma rouquidão.
Segundo o especialista, é de extrema importância
buscar um otorrinolaringologista caso rouquidões ou disfonias apareçam, para
que o motivo real do problema seja identificado e tratado.
“Outro tipo de câncer com alta prevalência em
fumantes, e em pessoas que consomem muita bebida alcoólica, é o de boca, que
atinge os lábios e o interior da cavidade oral, incluindo língua, gengiva e
bochechas.”
Tanto em fumantes como em não fumantes que convivem
com o hábito, o nariz é outro órgão bastante afetado. De acordo com o Dr.
Tsuji, a exposição à fumaça do cigarro amplia a irritabilidade do órgão,
aumentando as chances de inflamações e piorando os sintomas clínicos de quem já
tem outros tipos de rinite.
Por fim, tratando-se de um vício com danos sociais,
a halitose – ou mau hálito, como é popularmente conhecida – pode ser agravada
pelo hábito de fumar, quando há uma higiene bucal inadequada ou causas
sistêmicas associadas, como refluxo e doenças pulmonares e de fígado.
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