O uso de porta corta-fogo em condomínios é fundamental. Apesar de serem utilizadas em prédios desde 1970, a sua obrigatoriedade veio somente no ano de 1983, para edifícios com mais de quatro andares.
Apesar de obrigatório e um item necessário para conseguir a certificação do AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), a grande quantidade de condomínios residenciais, torna ineficiente o controle ou fiscalização sobre o uso adequado e manutenção desse item tão importante.
Em São Paulo, um caso chamou a atenção, durante o incêndio em um condomínio residencial, duas pessoas morreram por inalação de fumaça. Segundo os bombeiros, o motivo foram as portas corta-fogo que estavam abertas, o que possibilitou que a fumaça chegasse até outros andares do prédio.
A falta de informações, muitas vezes é um dos
grandes fatores para fatalidades como essa, por isso separamos aqui alguns
cuidados para evitar que situações assim ocorram. Veja:
Regras para adquirir uma porta corta-fogo
Ao adquirir uma porta corta-fogo, é necessário ficar atento sobre a qualidade e especificação do item. Isso porque há empresas não regulamentadas que comercializam esse tipo de serviço sem se atentar para as regras exigidas.
Apesar dos valores menores, não há garantia de segurança, resistência e eficácia em caso de incêndio. Pesquise muito bem a empresa antes de comprar.
As portas que seguem as normas de segurança
necessárias, recebem o selo ABNT 11742 (ABNT- Associação Brasileira de Normas
Técnicas). Esse selo garante ao comprador que a porta está em plenas condições
de funcionamento.
Manutenção
A manutenção periódica é fundamental, pelo menos a cada 3 meses é necessário verificar a condição das molas. Elas são responsáveis pelo fechamento completo das portas. Caso esse item esteja desgastado, pode comprometer a eficiência da porta em conter a propagação do fogo ou fumaça.
Em caso de dano, é necessário que a empresa que fez
a instalação seja acionada, para que os reparos ou substituição seja feita de
forma segura.
O que não fazer
A porta corta-fogo é um item planejado para ganhar
tempo em casos de incêndio, elas bloqueiam o fogo, calor e a fumaça, permitindo
que os moradores do local saiam em segurança. Por isso, eles jamais devem:
- Estar
trancadas
- Estar
Abertas (portas escancaradas)
- Ter
objetos decorativos na frente
- Ter
vasos com plantas próximos
- Entulhos
ou matérias de construção alocados na escada impedindo a abertura total
das portas
As rotas de fuga devem ter passagem livre.
O que pode fazer
Agora alguns exemplos que devem ser seguidos:
- Placas
de sinalização indicando a direção das portas
- Placas
com avisos sobre manter as portas fechadas (não trancadas)
- Manter
as portas fechadas
- Manter
as portas destrancadas (sem cadeados ou chave, que impossibilitem a
passagem)
- Manter
a manutenção em dia
- Orientar
os moradores sobre a importância das portas corta-fogo, e das regras de
utilização da mesma.
Agora que vimos algumas dicas de como manter a
segurança em relação a esse item, cabe aos síndicos buscarem as medidas necessárias
para manter o condomínio seguro. E cabe aos moradores fiscalizar para ter
certeza que o uso seja feito de maneira correta.
Jose R. Iampolsky - CEO da Paris condomínios,
empresa criada em 1945 para administrar condomínios e alugueis. www.pariscondominios.com.br
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