As MPE criaram
três vezes mais postos de trabalho do que as médias e grandes empresas no 1º
trimestre de 2021
Entre janeiro e março deste ano, as micro e
pequenas empresas criaram 587 mil novos postos de trabalho com carteira
assinada no Brasil. Esse número representa 70% do total de empregos gerados no
período. Por outro lado, as médias e grandes empresas (MGE) foram responsáveis
por 190 mil ocupações formais. As MPE criam três novos postos de trabalho a
cada um gerado pelas MGE, conforme levantamento
feito pelo Sebrae com base nos dados do Caged do Ministério da Economia.
Na visão do presidente do Sebrae, Carlos Melles, os
resultados positivos do 1º trimestre de 2021 refletem claramente a importância
dos pequenos negócios na economia brasileira e o potencial para retomada do
crescimento. “A receita das MPE para combater a crise causada pela pandemia é a
geração de empregos. Quando comparamos com o 1º trimestre de 2020, os dados do
Caged apontam que a evolução dos empregos gerados teve aumento de 400%. São
números extremamente representativos da força dos pequenos negócios” destacou.
O setor de serviços foi o que mais criou vagas
entre as micro e pequenas empresas entre janeiro e março deste ano, com 224,3
mil novos empregos formais. As cinco atividades que apresentaram maior saldo
líquido na geração de emprego foram transporte rodoviário de carga, serviços de
escritório e apoio administrativo, locação de mão de obra temporária, serviços
de engenharia e serviços para apoio a edifícios. Em 2º lugar na geração de
novas vagas ficou o setor da Indústria, com 152,8 mil postos de trabalho,
seguido do Comércio, com 105,1 mil, depois a Construção Civil, com 75,3 mil e
por último, a Agropecuária, com 23,9 mil.
Recorte estadual
Os estados brasileiros que proporcionalmente mais contrataram graças aos
pequenos negócios foram Mato Grosso, que lidera com 56,1 novos postos de
trabalho a cada 1.000 já existentes; seguido do Rio Grande do Norte, com 49,7 e
Santa Catarina, com 48,9. No outro extremo, o Amazonas teve saldos negativos em
janeiro e fevereiro, mas recuperou em março. Mesmo assim, o estado continuou
com 3,3 novos empregos gerados a cada 1.000 já existentes. Em números
absolutos, o estado de São Paulo lidera com 135 mil novas vagas no 1º trimestre
deste ano.
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