As complicações de pacientes que procuram
procedimentos estéticos no exterior continuaram a aumentar. Os pacientes devem
ser encorajados a fazer uma cirurgia estética na mesma localidade onde residem
para melhorar os resultados e a satisfação do paciente
Provavelmente,
você já se deparou com uma notícia como essa:
Os
pacientes que viajam para outros países para realizar uma cirurgia estética
correm o risco de complicações sérias e dispendiosas depois de retornarem para
casa, sugere um estudo
publicado no Plastic and Reconstructive
Surgery®, jornal médico oficial da Sociedade Americana de Cirurgiões
Plásticos.
O
tratamento de infecções e outras complicações decorrentes do turismo médico
podem custar ao sistema de saúde americano cerca de US $ 1,3 bilhão por ano, de
acordo com o estudo.
Taxas de complicação e custos de ir para o exterior
Em
uma revisão de 36 meses dos registros em seu centro médico, os pesquisadores
identificaram 42 pacientes com complicações após o turismo médico. Os pacientes
eram 41 mulheres e um homem com idade média de 35 anos. A abdominoplastia foi o
procedimento mais comum, seguido da lipoaspiração, aumento das nádegas e
aumento mamário. A maioria dos pacientes passou por múltiplos procedimentos e
muitos tiveram múltiplas complicações, tais como:
- 30 pacientes tiveram infecção como pelo menos uma de suas complicações, algumas das infecções envolviam tipos de bactérias incomuns (como a Mycobacterium);
- 11 pacientes tiveram abcessos;
- 8 tiveram a reabertura de uma incisão (deiscência);
- Alguns pacientes sofreram complicações relacionadas com coágulos sanguíneos, infecção renal e outros problemas sérios;
- 20 pacientes foram internados no hospital;
- 13 exigiram novas cirurgias.
O
custo médio do tratamento das complicações foi de cerca de US $ 18.000. Os
pesquisadores estimam, de forma conservadora, que o sistema público de saúde
americano, Medicaid, paga cerca de US $ 730 milhões por ano devido a
complicações com o turismo médico em cirurgia plástica, o seguro comercial paga
cerca de US $ 360 milhões.
Nas
entrevistas, oito dos 18 pacientes não ficaram satisfeitos com os resultados
dos procedimentos e a maioria disse que não iria para o exterior para
procedimentos subsequentes. Estima-se que 15 milhões de americanos busquem
cuidados médicos no exterior a cada ano e esse número deverá aumentar no
futuro.
“Além
das complicações identificadas pelo estudo, os pacientes podem receber cuidados
sub-ótimos devido a padrões diferentes no treinamento dos cirurgiões e na
acreditação de instalações cirúrgicas nos países de destino. Mesmo a própria
viagem pode contribuir para riscos de complicações”, afirma o cirurgião
plástico Ruben Penteado, (CRM-SP 62.735), diretor do Centro de Medicina
Integrada.
Segundo
o médico, “os pacientes precisam ser orientados sobre os riscos e as
complicações das cirurgias estéticas, tanto no seu país, como no exterior, para
que possam tomar decisões mais informadas no futuro. Além disso, os hospitais e
a indústria de cuidados de saúde precisam criar incentivos para encorajar
pacientes a buscar procedimentos cosméticos no mercado interno, reduzindo assim
o risco para os pacientes e também minimizando os encargos financeiros do
sistema de saúde”, defende.
Centro
de Medicina Integrada.
Site:
www.medintegrada.com.br
Canal
de vídeos: https://www.youtube.com/user/Medintegrada
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