De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de
mortalidade da meningite, caso a doença não seja tratada corretamente, é de 70
a 90% dos casos. Mesmo com tratamento adequado, entre 5 a 10% vão a óbito. “As
meningites bacterianas são mais graves que as virais e podem trazer risco de
morte”, alerta a infectologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Dra.
Andreia Maruzo Perejão.
A especialista explica que a doença é uma inflamação nas meninges –
membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal. É causada por algumas
bactérias ou vírus, sendo principalmente pelas bactérias meningococo,
pneumococo e hemófilos. “Quem contrai a doença, normalmente sente febre, dores
de cabeça e vômitos”. Porém, em casos mais graves, pode evoluir para convulsão,
rebaixamento do nível de consciência, vasculites (inflamação dos vasos
sanguíneos), levando à necrose dos membros e, algumas vezes, até necessidade de
amputação.
O tratamento das meningites bacterianas é feito com antibióticos, já as
virais somente com medicações sintomáticas. “Para diagnosticar, além de análise
clínica, é necessário confirmação com exame de líquor (punção de líquido da
coluna)”, esclarece a infectologista. Quanto à prevenção, existem vacinas para
os principais tipos da doença bacteriana. “Algumas vacinas muito importantes,
principalmente para as crianças, estão disponíveis apenas na rede privada, como
a Meningite B e a ACWY. Na rede pública, há somente a Meningocócica C, que faz
parte do Calendário Básico de Vacinação da Criança do Programa Nacional de
Imunização, sendo composta por duas doses, aos três e cinco meses de vida, com
reforço entre 12 meses a quatro anos”, informa. É essencial que bebês e
crianças tomem a vacina, já que a maior parte dos casos notificados ocorre em
menores de cinco anos de idade.
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