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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

. Campeãs de queixas em prontos-socorros, dores nas costas e no pescoço podem ser evitadas com medidas simples




70% das pessoas do mundo terão essas dores uma vez na vida


 A dor é uma sensação que faz parte do ser humano. Ela tem a função de proteger seu corpo contra um dano, seja ele produzido por uma agressão ou por mau uso do seu próprio corpo.

Segundo a literatura mundial, cerca de 70% das pessoas do mundo terão dor nas costas ou no pescoço uma vez na vida. “É a queixa mais comum dos prontos-socorros do mundo, tamanha é a incidência de dor das costas da população”, comenta o Dr. Marco Prist, neurocirurgião do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim. 

O Dr. Marco Prist explica que as cervicalgias e as lombalgias são doenças muito comuns nos dias de hoje por conta do sedentarismo e algumas posturas viciosas.  “Se, por exemplo, você malhar de uma maneira intensa e eventualmente um exercício mal feito, suas costas poderão doer, como um alerta enviado pelo corpo, de que ele está sendo usado mais do que está acostumado”, orienta. 

A lombalgia se manifesta como dor na região lombar, ou seja, na parte inferior da coluna, próximo à bacia. Já a cervicalgia se apresenta como uma alteração na mobilidade do pescoço e a dor durante a palpação da musculatura podendo também abranger a região do ombro. Em casos mais graves ou prolongados irradiando para todo o membro superior.

Outro motivo para o surgimento desses problemas são as posturas incorretas no ambiente de trabalho. ”Se você digita demais com a mão fora da posição habitual, senta torto ou mantém o pescoço em posição errada, provavelmente terá dores. Os movimentos repetitivos crônicos podem afetar sua região lombar ou cervical”, explica o especialista. 

Um exemplo muito comum para os dias de hoje são os atletas de final de semana. No futebol, por exemplo, esporte que requer preparo físico e tem alta demanda cardíaca, é muito comum surgirem lesões nas regiões lombar e cervical. “Antigamente, os trabalhos eram mais manuais, que de certa forma davam mais preparo físico para o ser humano. Hoje, a nossa vida mais urbana e social nos torna mais sedentários”, explica. 

Essas doenças podem levar a degenerações, como o aparecimento de hérnias de disco, escorregamentos vertebrais, bicos de papagaio, desgaste dos ligamentos e articulações.  

Para evitar essas lesões, o Dr. Marco explica que as pessoas precisam reaprender a sentar, levantar e até mesmo andar da maneira correta, como se carrega um peso ou se empurra um objeto, por exemplo. “Um exemplo típico é quando se arruma a cama, as pessoas normalmente dobram a coluna, quando na verdade o joelho é a dobradiça do nosso corpo. As pessoas deveriam se atentar a coluna reta e dobrar apenas os joelhos”, orienta.  

O ideal é que as pessoas mudem de tempo em tempo os aparelhos na mesa de trabalho e até mesmo os móveis, para que o nosso corpo faça movimentos diferentes do que já está acostumado. 


Tratamento

Durante a primeira consulta, os especialistas precisam investigar o surgimento da doença. Seja um erro de postura durante o dia a dia ou até mesmo um forte impacto na região da coluna, por exemplo. Após isso, ele pode decidir tratar com medicamentos, atividades físicas programadas ou até fisioterapia ou RPG, e fazer uma investigação mais aprofundada a partir de exames de raio-x, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Esse processo é chamado de medida clínica conservadora. 

Somente em último caso ou em quadros mais avançados os especialistas optam por procedimentos cirúrgicos, como as retiradas das hérnias ou correções por meio de cirurgia. “É importante ressaltar que para cada paciente há um tratamento diferente, seja na intensidade ou na forma de fazê-lo”, finaliza o especialista.




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