Um
dos métodos mais seguros para prevenir uma gravidez indesejada, a pílula
anticoncepcional passou a ser usada por milhões de mulheres no mundo todo. No
Brasil, ela também é bastante popular e vem sendo cada vez mais aceita.
Mas
o que poucas mulheres sabem é que algumas alterações comuns do organismo e a
ingestão de outras medicações podem alterar a absorção dos hormônios
anticoncepcionais e comprometer a efetividade da pílula. Na lista dos remédios
que exercem influência sobre a eficácia do método contraceptivo, estão alguns
antibióticos, anticonvulsivantes, antidepressivos e antirretrovirais – por
isso, é tão importante buscar orientação médica antes de fazer uso de qualquer
medicamento.
Algumas
doenças inflamatórias do trato gastrointestinal – como retocolite ou a Doença
de Crohn – também podem alterar a absorção dos componentes das pílulas
anticoncepcionais pelo organismo. Felizmente, elas são raras, e nesses casos,
as pacientes podem fazer uma mudança de estratégia e optar, por exemplo, pelo
Dispositivo Intra-Uterino, o DIU.
É
importante ressaltar que nem a pílula nem outros métodos são totalmente
seguros. O que nós, médicos, costumamos fazer é escolher a opção mais indicada
para cada paciente, pensando em oferecer o melhor benefício com a menor
possibilidade de risco. Todavia, cada organismo tem características próprias e
diferentes necessidades.
Se
você tem dúvida quanto ao uso dos anticoncepcionais, o ginecologista é o melhor
profissional para te orientar. Não deixe de consultá-lo para que, juntos,
encontrem o tratamento mais adequado para você.
Dr. Gilberto Nagahama - ginecologista e
coordenador do Pronto Socorro Ginecológico do Hospital San Paolo, centro
hospitalar localizado na Zona Norte de São Paulo.
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