Mais de 70% das crianças que têm educação financeira
nas escolas ajudam os pais a comprar de forma consciente.
Se haviam dúvidas sobre a importância da educação
financeira nas escolas, a 1ª Pesquisa Nacional de Educação Financeira nas
Escolas revelou números que comprovam as mudanças na vida das famílias. Ela foi
realizada em parceria entre o Instituto Axxus, o Núcleo de Economia Industrial
e da Tecnologia (NEIT) do Instituto de Economia da UNICAMP e a Abefin
(Associação Brasileira dos Educadores Financeiros).
Para que fosse possível traçar uma análise ampla,
foram entrevistados 750 pais, sendo metade deles pais de alunos que estudam em
escolas que adotam educação financeira e a outra metade, pais de alunos que
estudam em escolas que não adotam a educação financeira. As cidades
contempladas pela pesquisa são Recife, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia e
Vitória.
Um dos dados mais impactantes diz respeito à
resposta dos pais à seguinte pergunta: “se partir de hoje você não recebesse
mais o seu ganho mensal, por quanto tempo manteria seu padrão de vida atual?”
Entre os pais dos alunos que não tiveram educação financeira, só 3%
conseguiriam manter seu padrão de vida por até um ano ou mais, enquanto 53%
manteriam por até seis meses e 44% por apenas um mês.
Já entre os pais com filhos que tiveram educação
financeira, 25% conseguiriam manter seu padrão de vida por mais de um ano, 73%
por até seis meses e apenas 2% por apenas um mês. O resultado impressiona por
evidenciar o quanto o tema consegue fazer a diferença na vida da família dos
alunos, possibilitando a conscientização sobre a importância de se ter reservas
financeiras.
Da mesma forma, quando o questionamento é sobre o
quanto as crianças têm consciência sobre as limitações financeiras da
família, fica claro que as educadas financeriamente tem maior conhecimento.
Em 33% dos casos, as crianças educadas financeiramente conhecem parcialmente a
situação da família, enquanto 67% conhecem totalmente as limitações. Por outro
lado, entre as crianças não educadas, 43% não conhecem nada da situação, 51%
conhecem parcialmente e apenas 6% conhecem totalmente.
Além disso, enquanto 98% dos alunos com educação
financeira se reúnem com a família para conversar sobre dinheiro, apenas
33% dos que não têm se reúnem.
"Tais dados evidenciam o quanto o contato com
o tema melhora a situação financeira das familias e gera maior diálogo em casa,
resultando em maior compreensão dos filhos sobre a situação que a famíia
atravessa", afirma Reinaldo Domingos, presidente da Abefin. Outro importante
dado da pesquisa diz respeito a forma como as crianças usam o seu próprio
dinheiro.
81% dos alunos educados financeiramentes gastam
parte do que recebem e guardam outra a parte para os sonhos, enquanto 19% guardam tudo – o algo que não é o correto, pois é preciso
ter equilibrio entre consumir e poupar. Por outro lado, nas famílias sem
educação financeira, 15% dos pais não sabem como os filhos gastam e 66% afirmam
que os pequenos gastam seu dinheiro rapidamente, enquanto apenas 11% gastam
apenas uma parte e 7% gastam tudo.
Com apenas alguns dados desta extensa pesquisa é
possível perceber o quanto a educação financeira nas escolas é um conteúdo
transformador, que possibilita a todos que fazem parte do cotidiano dos alunos
melhorias na adiminutração das finanças e maior foco na conquista dos sonhos,
fomentando hábitos de consumo consicente.
Reinaldo
Domingos é doutor em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira
de Educadores Financeiros (Abefin – www.abefin.org.br) e da
DSOP Educação Financeira (www.dsop.com.br).
Fonte: DSOP Educação Financeira
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