Como
diz o poeta Caetano Veloso: “É proibido proibir!” Todos temos o
direito à escolha, inclusive de participar do grupo de mais de 200 mil pessoas
cuja morte seria plenamente evitável.
A
Organização Mundial de Saúde (OMS) diz que o tabagismo é um problema de Saúde
Pública, diante dessa realidade, desde 1986, todo dia 29 de agosto, comemora-se o Dia
Nacional de Combate ao Fumo, graças à lei nº 7488, criada com o
intuito de conscientizar e mobilizar a população sobre os riscos decorrentes do
consumo do tabaco. Temos dois tipos de fumantes: os ativos e os passivos.
Fumantes Ativos pessoas que consomem o tabaco
diretamente, a causa mortis mais frequente está vinculada a: infarto do
miocárdio, enfisema pulmonar, derrame e alguns tipos de câncer, tais
como: traqueia, laringe, brônquio e pulmão. Esse último é responsável por 90%
da mortalidade, pois destaca-se que as chances de cura são bastante reduzidas.
Outras complicações também importantes: impotência sexual no homem,
infertilidade da mulher, hipertensão e diabetes.
Já,
os Fumantes Passivos sofrem com o
risco aumentado de desenvolverem câncer de pulmão e doenças cardiovasculares e
respiratórias (asma e pneumonia). Mulheres fumantes podem ter partos prematuros
e seus recém-nascidos com baixo peso.
Isso
todo mundo sabe!
Sim,
todo os habitantes do planeta Terra, a partir da adolescência sabe.
Apesar
das campanhas conscientizadoras, das leis de restrição do Ato de Fumar em
ambientes públicos.... Evidencia-se em muitas residências o ALTO índice de
poluição resultantes da fumaça oriunda de objetos fumantes, de tabaco e outras
drogas fumáveis.
Graças
à Droga Psicoativa, conhecida como Nicotina, o vício começa - principalmente na adolescência - com a
experimentação, camuflagem de medos e inseguranças, busca pelo prazer e pelo pertencimento. O
aroma e o sabor são vinculados intrinsicamente ao gozo, sensação de bem-estar,
de poder, em alguns fumantes até melhoria na concentração. Evidencia-se que o
ato de fumar relaciona-se a questões sociais.
Lembro-me
do filme Titanic, após o jantar, os homens se reuniam para fumar
charutos, cachimbos, tomar o licor e dialogar sobre questões financeiras e
pessoais.
Vemos
o mesmo processo de socialização – atualmente - nos espaços reservados para os
fumantes, os fumódromos, momento de diálogo, relaxamento e diversão
compartilhado com outros dependentes.
É
sabido que a nicotina atua no cérebro semelhantemente à cafeína, as reações e
quadro de dependência diferem em relação aos níveis consumo do cigarro.
Talvez
você já tenha ouvido estas frases: ‘Eu
fumo, mas paro, quando eu quiser, não sou viciado.’ ‘Fumar não vicia, relaxa.’
‘Eu não paro de fumar, para não engordar.’ ‘Fumar me relaxa, quando eu fumo
fico mais criativo!’
Se
você não é um Fumador Ativo, deve se perguntar: “Como pode ser tão bom e fazer tanto mal?”
Caro
leitor, não há nada bom, saudável, positivo em consumir Tabaco; o ato de fumar
é chamado de patógeno comportamental, ou seja, um conjunto de
comportamentos/hábitos vinculados ao estilo de vida, 100% prejudicial à saúde
de quem fuma e de todos os que o cercam, pessoas, animais, plantas, pintura nas
paredes, objetos decorativos.
O
Fumador estabelece um vínculo de personificação com o cigarro, charuto,
cachimbo... Nesse processo o objeto fumável torna-se o maior e melhor
companheiro de todas as horas, aquele que dá forças e alívio nos diversos
momentos (crise e sucesso, perdas e ganhos). Diante desse quadro, o nosso papel
(psicólogo e coach) é construir um processo de Superação do Vício do
Tabagismo, viabilizar a compreensão de que todas as emoções e sentimentos
de força, coragem, apoio originam-se na própria pessoa.
Diante da abstinência da
nicotina, o corpo reage imediatamente com: nervosismo
e irritação, aumento dos batimentos
cardíacos, sensação de boca seca que podem avançar para
quadros de insônia e depressão leve – quando a abstinência torna-se mais
prolongada. Esse é o motivo que fazem com que muitas
pessoas – no início do processo terapêutico – voltem a consumir o tabaco.
Outro fator importante a
ser comentado é que essa busca incansável de prazer cuja preocupação consiste
no fato de que pessoas fisica e psicologicamente dependentes de uma substância
carregam consigo maior probabilidade de se tornarem dependentes de outras
drogas, tais como: álcool, maconha, heroína, cocaína.
Libertar-se da dependência
do Tabaco é possível, é necessária, é uma ATITUDE
de CORAGEM e AUTOESTIMA em prol da própria vida. Em meus processos de Psicoterapia e Coaching de Superação do
Tabagismo, 8 atitudes são imprescindíveis:
1. Descobrir e entender os acionadores do
desejo de Fumar.
Autoconhecimento viabiliza a descoberta dos motivos
subjetivos que levou a pessoa ao vício é um processo doloroso, mas libertador,
porque a partir dessa descoberta e compreensão, você pode propiciar o
contra-comando cerebral, diante do start: Hora de fumar. Você pode desenvolver
o contra-comando, através de ferramentas da PNL.
2. Compreender os espaços vazios na
rotina diária preenchidos pelo cigarro.
A compreensão dos vazios preenchidos
pela fumaça é outro passo importante, pois viabiliza que a pessoa encontre
preenchimentos saudáveis, ou conviver com os vazios de maneira qualitativa,
desenvolvendo Alta
Performance,
usando técnicas da Inteligência
Emocional.
3. Estabelecer o motivo da Liberdade.
Entender o passo do processo de
libertação:
1) Qual o motivo de se libertar?
2) Para que se libertar?
3) Como se libertar?
4) Quanto custa se libertar? (emocional e
financeiramente)
5) Quando será o início da liberdade?
6) Quem é o responsável pela libertação?
4. Livrar-se dos objetos referentes ao
consumo.
Quando a pessoa se liberta dos
objetos, produtos relacionados com o vício, principia o processo de
autolimpeza, de desapego.
5. Distanciar-se de pessoas que possuem o
mesmo vício.
Os amigos são importantes, mas os
companheiros de vício não são motivadores para a libertação, esse é o motivo do
distanciamento saudável, mudar as companhias é imprescindível. Melhoria Contínua é o entendimento de que a mudança
efetiva é um processo, não acontece da noite para o dia.
6. A hora da troca saudável.
A abstinência é real, forte e virá
exercer o seu poder sobre você. Nesses momentos, você deverá assumir o comando,
dizendo ao seu cérebro quem manda, por exemplo: Diante da vontade de fumar,
você diz: “Eu entendi a sua mensagem, mas somente – a partir – de agora,
farei diferente.” Ao invés de fumar, beba 1 copo com água,
coma uma fruta fresca ou desidratada (ameixas, damascos secos, uvas passas), ou
nozes, castanhas, amendoim.
7. Fazer atividades prazerosas.
Eleja atividades singelas e cotidianas
que propiciem prazer, relaxamento. Busque dialogar sobre outros assuntos com os
novos companheiros.
8. Solicitar ajuda da família, parentes e
amigos.
A família, os parentes e amigos são
pessoas que nos amam, que querem o nosso bem, muitos podem ajudar a pessoa no
processo de libertação; outras não, por estarem igualmente dentro do contexto
do vício. Contudo, tornar a SUA DECISÃO conhecida, pública, traz para você
Autoridade e liderança sobre sua própria vida.
Todos
vamos morrer, isso é inevitável.
Agora
está na sua mão o poder de evitar a morte pelo tabagismo.
O
seu querer tem o PODER de libertar-se das estatísticas.
Melcina Moura Moreno - Professional
& Personal Coach, Psicóloga e Pedagoga, Melcina Moura Moreno é analista
comportamental e de 360º. Fundadora do Instituto Moura Moreno, a profissional
tem doutorado em: Neurociências (Harvard), Psicologia Clínica (Pontifícia
Universidade Católica - PUC), além de Comunicação e Semiótica (PUC). Precursora
em treinamento de PNL, é trainer no assunto e colunistas dos sites O Segredo e
Somos Todos um.
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