Especialista do
H.Olhos Paulista orienta sobre os principais cuidados
ao limpar os olhos
ao limpar os olhos
A limpeza da região ocular, além do fator estético,
é fundamental para retirar o acúmulo de oleosidade e evitar quaisquer tipos de
infecções no local. Entretanto, muitas pessoas não se atentam a essa
higienização ou a realizam de maneira incorreta. Essa falta de cuidado pode
causar inflamações ou até mesmo um quadro clínico mais grave, comprometendo a
visão. Com o objetivo de alertar e prevenir problemas, o Dr. Ibraim Viana
Vieira, oftalmologista do H.Olhos Paulista, elenca sete importante dicas para a
correta limpeza dos olhos. Confira.
1) Lave cílios e
pálpebras com água, soluções para limpeza ocular ou xampu neutro
A higienização externa, compreendendo cílios e pálpebras,
é importante para remover a oleosidade em excesso produzida pelas glândulas da
borda palpebral, pois o acúmulo de gordura leva à inflamação local, risco de
obstrução dessas glândulas (hordéolo/terçol) e aumento do número de bactérias.
O oftalmologista recomenda apenas o uso de soluções oculares específicas ou
xampu neutro, pois agridem menos os tecidos dos olhos.
2) Remova sempre toda
a maquiagem
Dormir de maquiagem ou mantê-la na região por
períodos muito prolongados facilita a obstrução das glândulas de gordura
palpebrais e pode gerar inflamação local, irritação da conjuntiva e da córnea.
A remoção deve ser realizada com produtos adequados para não afetar os olhos.
3) Evite colocar as
mãos nos olhos, principalmente sem lavá-las ou depois de utilizar álcool gel
A mão pode trazer diversos corpos estranhos aos
olhos, desde agentes alergênicos (poeira e pelos de animais), passando pelos
agentes químicos (ácidos e álcool), até contaminantes, como vírus e bactérias.
Não coçar os olhos com as mãos sujas é um fator importante para diminuir o
risco de infecções.
4) Colírios podem
manter a lubrificação da superfície ocular, mas só o oftalmologista pode
identificar o tipo e a frequência adequados
É imprescindível consultar um oftalmologista antes
de utilizar qualquer tipo de colírio, seja do tipo lubrificante sem
conservantes, lubrificante com conservantes ou vasoconstritores. Estes últimos
são muito usados para reduzir o aspecto avermelhado dos olhos por contrair os
vasos sanguíneos da região, mas sua utilização em longo prazo pode trazer
efeitos colaterais. A automedicação e o uso indiscriminado desses colírios
podem levar o paciente a ter conjuntivite química e ceratite medicamentosa.
Efeitos mais graves como olho vermelho crônico por efeito rebote e
hipertensão arterial também podem ser observados.
5) Evite compartilhar
objetos de higiene pessoal, como lenços e toalhas de rosto
Existem doenças que podem ser transmitidas dessa
forma, como as conjuntivites virais e bacterianas, nas quais a transmissão
ocorre por contato, e o compartilhamento de objetos pessoais, inclusive de
colírios, favorece o contágio.
6) Evite a aplicação
de água boricada e soro fisiológico na superfície ocular
O ideal é sempre optar pelos produtos mais semelhantes
possíveis à lágrima. A água boricada não deve ser utilizada, pois apresenta
ácido bórico em sua composição e pode gerar uma piora dos sintomas de
inflamação em alguns pacientes. O soro fisiológico, apesar de se parecer mais
com a lágrima, ainda pode ser lesivo à mucosa ocular e à córnea, sendo
preferível a utilização de colírios lubrificantes.
7) Tenha cuidado com
o manuseio de lentes de contato. Lave-as apenas com soluções adequadas e
respeite o tempo de troca.
Existem produtos específicos para higiene das
lentes que permitem a retirada de resíduos que causam irritação ocular e
eliminam bactérias, fungos e protozoários que podem causar infecções graves.
O grande perigo devido ao mau uso das lentes é a
infecção por acantameba, protozoário encontrado na água de torneira ou em
soluções de soro fisiológico (após um período de abertura da embalagem) não
armazenadas adequadamente e que muitas vezes são utilizadas de maneira
incorreta por usuários de lente de contato. A ceratite por acantameba normalmente
envolve um tratamento longo, de no mínimo seis meses, e pode levar à redução
significativa da visão do paciente.
Um
ponto de atenção é em relação ao tempo de troca, que deve ser realizada
conforme a orientação do fabricante. Usá-las por um período prolongado aumenta
os riscos de infecção e de “rejeição” à lente em longo prazo. Mais um destaque
é que lentes de ciclo mais curto reduzem o risco de infecções.
H.Olhos Paulista
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