A vivissecção vem do latim
vivus (vivo) e sectio (corte). O organismo dos mais diversos tipos de animais
não é igual entre si. Ou seja, experimentos feitos, por exemplo, com
camundongos e ratos não terão necessariamente os mesmos resultados. Isto foi
comprovado em um teste realizado em 1999, onde camundongos e ratos foram
utilizados em um teste que tinha a finalidade de determinar o efeito
cancerígeno do flúor. Nesse teste, os camundongos não foram afetados, já os
ratos foram afetados por câncer na boca e nos ossos. Então é visível que muitos
experimentos além de machucar e matar os animais, eles prejudicam os seres
humanos.
Segundo Vininha F. Carvalho,
editora da Revista Ecotour News ( www.revistaecotour.tur.br),
- “a crítica com relação ao uso de animais seja para aulas práticas com animais
sedados, e logo depois de sacrificados, ou para experiências em animais vivos,
crescem mundialmente”.
As Ongs de Proteção Animal
argumentam que o uso de qualquer animal em testes é uma enorme crueldade. Em
Israel, a principal linha aérea se nega a transportar primatas para serem
usados em experiências e em todas as escolas governamentais a dissecção foi
proibida. Segundo o ministro da Saúde, - "é mais importante ensinar aos
alunos israelenses a compaixão pelos animais, pois este sentimento certamente
criará maior compaixão por seres humanos", declarou.
Já nos Estados Unidos a
grande maioria das escolas de medicinas não usam animais, como a Columbia
University College of Physicians and Surgeons, Harvard Medical School, as
universidades de medicina de Miami, Michigan, Texas, Washington, Iowa e mais
dezenas de outras. Na Europa a mobilização contra este tipo de aula tem a mesma
força.
O curso de medicina
veterinária da Faculdade das Américas (FAM) é o primeiro no Brasil a utilizar
modelo canino sintético para aulas de anatomia, fornecido com exclusividade
pela empresa brasileira Csanmek, especializada em sistemas e soluções para o
mercado educacional. A aquisição segue a tendência mundial de eliminar o
sacrifício e o uso de animais em salas de aula.
Chamado de Syndaver Canine,
o cachorro sintético será utilizado para simulações cirúrgicas e treinamentos
de habilidades. O modelo é desenvolvido com textura e densidade similares às
estruturas anatômicas reais e contém todos os sistemas e órgãos do corpo
canino, permitindo a realização de cirurgias, dissecações, entubações e demais
procedimentos veterinários.
O cachorro sintético integra
o sistema multidisciplinar da FAM para o ensino da veterinária e será utilizado
junto com a Plataforma 3D de simulações de anatomia, desenvolvida pela Csanmek.
O equipamento funciona como uma mesa que exibe modelos tridimensionais
altamente detalhados e anatomicamente corretos de todos os sistemas do corpo
canino, que permite aos alunos realizar dissecações virtuais e ter acesso a locais
que dificilmente teriam em um cadáver real.
O simulador 3D utilizado na
FAM possui ainda uma ferramenta de integração entre hospitais e salas de aula e
oferece aos alunos a possibilidade de estudar casos clínicos e exames reais de
animais, pois permite que os professores convertam tomografias e ressonâncias
magnéticas em 3D, com acesso total e irrestrito a anatomia real.
“É importante que pessoas
que trabalham na área de pesquisa, estudantes de biologia, veterinária,
zootecnia e outros, contribuam da sua melhor maneira para desestimular este
tipo de tortura. Todos juntos devemos ter um só objetivo: salvar esses seres
inocentes e indefesos de tanta crueldade”, enfatiza Vininha F. Carvalho.
A
sociedade terá muito a ganhar com o fim da dissecção, impedindo assim, que a
doutrina médica insista em tentar promover a saúde, sendo instrumento de
sofrimento e morte desnecessária.
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