Dia Nacional de Combate ao Fumo alerta sobre
os riscos do tabagismo
Em 29 de agosto é celebrado o Dia
Nacional de Combate ao Fumo. A data, instituída em 1986, foi criada pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de conscientizar e mobilizar
a população sobre os riscos decorrentes do uso do cigarro. “Diariamente, no
mundo, cerca de 16 mil pessoas morrem devido ao tabagismo. E mais 8 milhões de
indivíduos irão a óbito até 2018 se o número de fumantes continuar o mesmo”,
alerta o médico Marcos Chesi, cirurgião torácico do Hospital VITA.
O cigarro é responsável por uma série
de problemas de saúde e é fator determinante das duas maiores causas de morte
por doença em todo o mundo: problemas cardiovasculares e câncer. Estudos
apontam que existem 56 doenças relacionadas ao tabagismo. Cerca de 90% dos
casos de câncer de pulmão, 30% dos demais tipos de câncer, 85% das doenças
pulmonares obstrutivas crônicas, 45% das doenças coronarianas e 25% das doenças
cérebros-vasculares são atribuídas ao hábito.
O tabagismo é uma doença e segundo a
OMS é classificada como dependência da droga nicotina, presente em qualquer
derivado do tabaco: cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo, cigarro de palha,
fumo de rolo ou narguilé. A substância provoca dependência e chega ao cérebro
mais rápido que a cocaína, entre 7 e 19 segundos, liberando substâncias
químicas para a corrente sanguínea que levam a uma sensação de prazer e
bem-estar. “Essa sensação faz com que os fumantes usem o cigarro várias vezes
ao dia. Por sentir prazer, a pessoa busca o cigarro em situações de estresse
para relaxar”, explica o médico.
Em cada tragada são inaladas 4.700
substâncias tóxicas, dentre elas, além da nicotina, destacam-se o monóxido de
carbono e o alcatrão. O monóxido de carbono (CO) - o mesmo que sai do cano de
escapamento dos carros - associado à hemoglobina do sangue (responsável pelo
transporte de oxigênio) acaba reduzindo a oxigenação sanguínea no corpo. “É por
causa da ação do CO que alguns fumantes ficam com dores de cabeça após passar
várias horas longe do cigarro”, destaca Chesi. O médico explica que nesse
período de abstinência o nível de oxigênio circulando pelo corpo volta ao
normal e o organismo da pessoa, que não está mais acostumado a esse “excesso”,
reage por meio das dores de cabeça. Já o alcatrão reúne vários produtos
cancerígenos, como polônio, chumbo e arsênio.
Curitiba - É a capital com maior
índice de adultos fumantes no Brasil. O dado foi divulgado em pesquisa
realizada pelo Vigitel, sistema de vigilância por inquérito telefônico do
Ministério da Saúde que investiga hábitos de vida e fatores de risco de doenças
crônicas. De acordo com o levantamento, 14% da população que vive na cidade
(cerca de 265.160 pessoas) tem o hábito do tabagismo. Na análise anterior,
feita em 2015, a capital paranaense ocupava a quarta colocação no ranking
nacional. Agora está a frente de Porto Alegre (13,6%) e São Paulo (13,2%).
Tratamento - Atualmente há métodos
específicos e eficazes para tratar o tabagismo, como medicamentos, adesivos e
chicletes que contêm nicotina. O tratamento medicamentoso consiste na
diminuição dos sintomas de abstinência, os adesivos fazem a liberação lenta de
nicotina e concomitantemente o paciente pode mascar e absorver a nicotina
liberada.
Cristina Sório
Fonte: Smartcom
Fonte: Smartcom
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