Cada vez mais
pessoas jovens, na faixa dos 30 a 35 anos de idade, chegam ao consultório da
neurocirurgiã Danielle de Lara. Considerado por alguns especialistas como um
dos males do século, o esquecimento tem afetado os mais jovens sobretudo como
consequência do estresse e do cansaço. Esses lapsos de memória podem ser
provocados pela sobrecarga de atividades, ansiedade, falta de um sono adequado,
uso de entorpecentes, entre outros fatores relacionados ao cansaço. “A pessoa
que trabalha, cuida das atividades domésticas, dos filhos e enfrenta os
problemas do cotidiano, muitas vezes sente um cansaço mental que acarreta os
lapsos de memória. Mas, isso não quer dizer que ela tenha uma doença cerebral”,
alerta a especialista.
Danielle explica que
lesões ocasionadas por acidentes de automóvel, carência de vitaminas e
problemas na tireóide são alguns dos casos que também podem afetar a memória.
Em muitos casos, é possível prevenir a perda de memória. Exercícios simples,
como montar quebra-cabeças, fazer atividades físicas, experimentar novas
atividades relacionadas a dança, pintura ou jardinagem, por exemplo, podem ser
uma boa opção para quem quer evitar esse problema. Atualmente, existem até
aplicativos na internet que oferecem exercícios para a memória. A médica afirma
que estimular o cérebro é a melhor forma de evitar a perda de memória. Por
isso, jogos como caça-palavras ou palavras cruzadas só são válidos neste caso
se forem realmente desafiadores.
Quando é hora de
procurar um especialista?
A dúvida de muita
gente é quando saber se é hora de procurar ajuda. A neurologista Danielle de
Lara observa que, se o problema de memória estiver comprometendo as atividades
diárias, a pessoa deve procurar um especialista para uma avaliação. Quando
acontece de forma persistente, por um longo período de tempo, se estiver
afetando o trabalho ou a relação familiar, é hora de ir ao médico. O
profissional poderá fazer uma avaliação no consultório ou solicitar exames mais
aprofundados como a tomografia axial computadorizada (TAC) ou uma ressonância
magnética (MRI).
A neurologista
destaca, ainda, que em muitos casos a perda de memória é facilmente tratável
quando o problema é diagnosticado precocemente. No entanto, se não forem
diagnosticadas e tratadas, algumas doenças podem progredir e tornar o
tratamento mais difícil.
Danielle de Lara -Neurocirurgiã
em atividade em Blumenau e região
Fellowship em
Neurocirurgia Minimamente Invasiva pela Ohio State University
Professora do curso
de Medicina da Furb (Universidade Regional de Blumenau)
Orientadora da Liga
de Neurociências da Furb (Universidade Regional de Blumenau)
Preceptora da
Residência Médica em Cirurgia Neurológica do Hospital Santa Isabel
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