Dados comprovam que o desconhecimento da
sociedade gera demora no diagnóstico, dificuldade em encontrar tratamento
adequado e preconceito em relação à doença
Pesquisa
realizada pelo Instituto Datafolha, encomendada pela Roche Farma Brasil, líder
mundial em inovação em saúde, comprovou que 46% dos brasileiros não conhecem a esclerose múltipla,
uma doença neurológica crônica que atinge cerca de 35 mil¹ pessoas no país e
que não tem cura nem prevenção.
O
desconhecimento é tanto que, ao serem questionados, quase metade dos
entrevistados não soube relacionar nenhuma palavra à doença. A falta de debates
sobre a esclerose múltipla e seus sintomas é um dos principais fatores que
geram desinformação, o preconceito e ainda dificultam o diagnóstico precoce,
importante para que a doença não se agrave.
A
pesquisa também mostrou que a população se confunde quanto aos sintomas da
esclerose, o que atrasa ainda mais o encaminhamento do paciente para o médico
especialista responsável pelo diagnóstico e para o tratamento da enfermidade.
Entre os entrevistados, 55%
acreditam que os portadores de esclerose múltipla apresentam problemas de
memória e 46% que o sintoma mais comum é dor de cabeça. No
entanto, a realidade é outra: dentre os sinais que caracterizam a doença, os
mais comuns são, alterações fonoaudiológicas - como fala lenta, voz trêmula e
dificuldade para engolir -, visão dupla ou embaçada, problemas de equilíbrio e
coordenação, sensação de queimação ou formigamento em parte do corpo e fadiga
desproporcional à atividade realizada.
Grande
parte dos brasileiros também não sabe qual faixa etária e sexo são mais
atingidos. Os dados da pesquisa comprovam que 39% acham que a doença acomete mais idosos,
quando na verdade as primeiras manifestações acontecem na fase mais ativa da
vida, entre 20 e 40 anos. Além disso, 27%
não sabem qual sexo é mais prevalente e 25% acreditam que independe.
Entretanto, a esclerose múltipla atinge principalmente mulheres² em uma
proporção de 2 diagnosticadas para cada homem afetado.
De
acordo com o Dr. Jefferson Becker, presidente do Comitê Brasileiro de
Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla e Doenças Neuroimunológicas
(BCTRIMS), quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances da
personalização do tratamento, o que evita consequências mais danosas ao sistema
nervoso. ”Com a terapia correta é possível reduzir a atividade inflamatória e
os surtos, diminuindo o acúmulo de incapacidades durante a vida do paciente”,
explica o especialista.
Quando
questionados sobre tratamento, 86%
dos brasileiros acreditam que tomar medicamentos ajudam e 69% deles dizem que estas drogas estão
disponíveis pelo plano de saúde. “Realmente, as terapias
medicamentosas são as responsáveis por diminuir os surtos e retardar a
progressão da doença”, conta Dr. Jefferson. “A dificuldade enfrentada pelo
paciente está na personalização do tratamento, uma vez que o Brasil segue
diretrizes já estabelecidas que nem sempre atendem a real necessidade”.
Outro
obstáculo que acomete o paciente é o preconceito. O portador de esclerose
múltipla é estigmatizado como incapacitado e 60% dos entrevistados acreditam que o paciente deve
parar de trabalhar. Entretanto, quando tratado corretamente,
ele pode ter uma vida saudável e ativa.
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