Realizado em 27
países, estudo mostra que características mais comportamentais estão à frente
das físicas
Para que uma pessoa seja considerada bonita, as
características comportamentais podem ser mais importantes do que os atributos
físicos, de acordo com a pesquisa Ipsos Global Attitudes Toward Beauty, que
ouviu mais de 19 mil homens e mulheres em 27 países.
O estudo pediu aos entrevistados que ranqueassem o
grau de importância de 19 atributos de beleza. As características que lideram a
lista são as mesmas para homens e mulheres, com diferenças apenas de ordem. A
beleza masculina depende da Gentileza (73%), Dignidade (71%), Inteligência
(71%), Alegria (69%) e Autoconfiança (68%), enquanto a feminina tem como principais
características a Gentileza (71%), Alegria (71%), Dignidade (70%),
Autoconfiança (69%) e Inteligência (66%).
Quando isolamos o Brasil, a Autoconfiança e a
Dignidade aparecem como os atributos mais importantes, tanto para a beleza
feminina como para a masculina. Para elas, essas características são apontadas
por 79% dos entrevistados. Para eles, os dois atributos, empatados ainda com a
Gentileza no topo do ranking, são citados por 78%.
Globalmente, Força é o único atributo físico que
está entre os dez mais importantes citados pelas mulheres em relação à beleza
masculina. No top 10 da beleza feminina, os homens consideram, ainda que no fim
da lista, Força, Sensualidade e Aparência do Rosto.
"O Brasil segue a mesma tendência do resto do
mundo. Esta é uma percepção bastante positiva e generosa do que significa
beleza, onde valores intrínsecos e comportamentais se destacam", diz
Miriam Steinbaum, diretora na Ipsos.
No entanto, também é preciso considerar que as
respostas levam em conta um pensamento mais abstrato e racional. "Quando
as coisas parecem distantes, tendemos a pensar mais abstratamente e usar um
processo mental mais racional e lógico. Mas, quando estamos vivendo algo na
prática, pensamos mais concretamente. Se alguém pergunta o que a pessoa quer em
um parceiro, estamos em uma situação abstrata – de modo que características
menos aparentes tendem a ser mencionadas: “ele tem que ser gentil”, “tem que
ser inteligente”, “tem que ter bom-humor”, comenta Greg Gwiasda,
vice-presidente do Centro de Ciência Comportamental Global da Ipsos.
“Já quando a pessoa está, na prática, escolhendo um
parceiro, num aplicativo de relacionamento, por exemplo, há uma necessidade
muito imediata e termos mais concretos e relacionados à aparência podem se
destacar – “um sorriso bonito”, “olhos sedutores” e “um tanquinho definido”
podem acabar se tornando novas prioridades.”, completa Gwiasada.
Outra constatação da pesquisa, quando o assunto é
beleza, é a de que as mulheres são mais influenciadas por pessoas próximas do
que pela mídia em geral. Para 49% das mulheres, as mães são grandes
influenciadoras de suas rotinas de beleza, seguidas por amigas (48%) e irmãs
e/ou outra parente (45%). Ao mesmo tempo, 34% se consideram influenciadas por
vídeos online, 33% por revistas e material impresso e 31% por perfis do
Instagram e outros sites de compartilhamento de fotos. “Se sentir-se bela (o) é
componente vital da nossa autoestima, parece-nos bastante relevante que a
proximidade, a identificação, despontem como parte desta construção do que é
beleza para cada um de nós”, diz Miriam Steinbaum.
A pesquisa on-line foi realizada com 19 mil
entrevistados em 27 países, incluindo o Brasil, entre 19 de abril e 3 de maio
de 2019. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 p.p.
Ipsos Brasil - New, Fresh & Digital https://youtu.be/AWD_nwkXrpM;
Ipsos Brasil - Diferenciais https://youtu.be/gSWOO5KunKI e
Ipsos Brasil - Curiosidade https://youtu.be/eEm9dve420s
Ipsos Brasil - Diferenciais https://youtu.be/gSWOO5KunKI e
Ipsos Brasil - Curiosidade https://youtu.be/eEm9dve420s
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