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quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Pesquisa da Ipsos aponta Gentileza, Dignidade, Inteligência, Alegria e Autoconfiança como atributos de beleza mais importantes


Realizado em 27 países, estudo mostra que características mais comportamentais estão à frente das físicas


Para que uma pessoa seja considerada bonita, as características comportamentais podem ser mais importantes do que os atributos físicos, de acordo com a pesquisa Ipsos Global Attitudes Toward Beauty, que ouviu mais de 19 mil homens e mulheres em 27 países.

O estudo pediu aos entrevistados que ranqueassem o grau de importância de 19 atributos de beleza. As características que lideram a lista são as mesmas para homens e mulheres, com diferenças apenas de ordem. A beleza masculina depende da Gentileza (73%), Dignidade (71%), Inteligência (71%), Alegria (69%) e Autoconfiança (68%), enquanto a feminina tem como principais características a Gentileza (71%), Alegria (71%), Dignidade (70%), Autoconfiança (69%) e Inteligência (66%).

Quando isolamos o Brasil, a Autoconfiança e a Dignidade aparecem como os atributos mais importantes, tanto para a beleza feminina como para a masculina. Para elas, essas características são apontadas por 79% dos entrevistados. Para eles, os dois atributos, empatados ainda com a Gentileza no topo do ranking, são citados por 78%.

Globalmente, Força é o único atributo físico que está entre os dez mais importantes citados pelas mulheres em relação à beleza masculina. No top 10 da beleza feminina, os homens consideram, ainda que no fim da lista, Força, Sensualidade e Aparência do Rosto.

"O Brasil segue a mesma tendência do resto do mundo. Esta é uma percepção bastante positiva e generosa do que significa beleza, onde valores intrínsecos e comportamentais se destacam", diz Miriam Steinbaum, diretora na Ipsos. 

No entanto, também é preciso considerar que as respostas levam em conta um pensamento mais abstrato e racional. "Quando as coisas parecem distantes, tendemos a pensar mais abstratamente e usar um processo mental mais racional e lógico. Mas, quando estamos vivendo algo na prática, pensamos mais concretamente. Se alguém pergunta o que a pessoa quer em um parceiro, estamos em uma situação abstrata – de modo que características menos aparentes tendem a ser mencionadas: “ele tem que ser gentil”, “tem que ser inteligente”, “tem que ter bom-humor”, comenta Greg Gwiasda, vice-presidente do Centro de Ciência Comportamental Global da Ipsos.

“Já quando a pessoa está, na prática, escolhendo um parceiro, num aplicativo de relacionamento, por exemplo, há uma necessidade muito imediata e termos mais concretos e relacionados à aparência podem se destacar – “um sorriso bonito”, “olhos sedutores” e “um tanquinho definido” podem acabar se tornando novas prioridades.”, completa Gwiasada.

Outra constatação da pesquisa, quando o assunto é beleza, é a de que as mulheres são mais influenciadas por pessoas próximas do que pela mídia em geral. Para 49% das mulheres, as mães são grandes influenciadoras de suas rotinas de beleza, seguidas por amigas (48%) e irmãs e/ou outra parente (45%). Ao mesmo tempo, 34% se consideram influenciadas por vídeos online, 33% por revistas e material impresso e 31% por perfis do Instagram e outros sites de compartilhamento de fotos. “Se sentir-se bela (o) é componente vital da nossa autoestima, parece-nos bastante relevante que a proximidade, a identificação, despontem como parte desta construção do que é beleza para cada um de nós”, diz Miriam Steinbaum.

A pesquisa on-line foi realizada com 19 mil entrevistados em 27 países, incluindo o Brasil, entre 19 de abril e 3 de maio de 2019. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 p.p. 






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