Apoio de
familiares e amigos, assim como a externação de sentimentos podem tornar a
experiência menos dolorosa.
Ao mencionar a palavra luto,
logo vem à mente o sentimento de tristeza, no entanto ele não é o único a se
manifestar durante esse processo, afinal lidar com a perda de um ente querido
causa uma série de sentimentos muitas vezes difíceis de descrever. Por esse
motivo é necessário que o enlutado se abra e vivencie todas as etapas dessa
fase.
“Negação, raiva, barganha,
depressão e aceitação são as principais fases que a pessoa que está enfrentando
um luto, costuma passar. E se tudo funcionar corretamente, ao chegar no estágio
da aceitação que é o último, a pessoa automaticamente saiu da fase do luto e
terá um misto de boas lembranças com saudade, mas sem sofrimento. Mas, se essa
fase demorar para chegar é possível que a depressão tome conta e será preciso
intervenção clínica e psicológica” - pontua o psicólogo cognitivo
comportamental Emerson Viana.
Ainda de acordo com a
psicologia, não existem regras e períodos pré-determinados para essa vivência,
uma vez que o processo de superação do luto é diferente de pessoa para pessoa e
varia inclusive, da maneira como aconteceu. Pais que enterram filhos, por
exemplo, possuem uma vivência diferente daqueles que chegam ao fim da vida, de
maneira natural, sem sofrimento.
Porém, o sentimento de culpa
por não ter feito o suficiente pelo falecido, costuma ser muito comum. Por
isso, é primordial que o enlutado externe os seus sentimentos. O choro, por
exemplo, torna-se uma ferramenta importante, pois bloquear o sentimento pode
ser perigoso, ocasionando até mesmo em uma depressão. Já a sensação de solidão
quando acompanhada por um sentimento de saudade, torna-se natural e importante para
a superação da perda.
O apoio da família e de amigos
durante o processo de luto é fundamental já que este é um momento de extrema
solidão e vulnerabilidade para quem está sofrendo. “Neste período delicado é
importante que se tenha apoio emocional, pois é comum que a pessoa se sinta
perdida e desamparada. No entanto, é preciso manter o bom senso já que qualquer
palavra mal colocada pode tornar a dor ainda pior. Por isso evite palavras
como: “Foi melhor dessa maneira” ou “Ele já viveu demais”, afinal essas são
algumas palavras que de certa maneira desautorizam a pessoa a sofrer. Por isso,
atitudes acabam sendo muito mais eficazes e acolhedoras, como um abraço
sincero, ouvir sem julgamentos o enlutado ou ajuda-lo com tarefas simples
acabam surtindo efeitos mais positivos” - completa o psicólogo cognitivo
comportamental Emerson Viana.
Emerson Viana
- (CRP 06/148754) é
psicólogo formado pela Universidade Metodista de São Paulo. Neste período,
estagiou em importantes centros de atendimento psíquico ampliando o seu
conhecimento e adquirindo experiência no desenvolvimento pessoal de
adolescentes e terceira idade. Atualmente, além de fundador e diretor clínico
da Clínica Viva Psicologia também atua no atendimento de temas relevantes, como
crises entre casais homo e heterossexuais, convivência e sucesso com trabalhos
em grupo, problemas na adolescência como transformação hormonal e da própria
mente, escolha vocacional e organização empresarial. Saiba mais em: www.clinicavivapsicologia.com.br
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