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terça-feira, 29 de outubro de 2019

O quanto nossos jovens costumam ler?

Divulgação


No Dia Nacional do Livro, escritora mineira Isabela Freitas incentiva seu público alvo



O Dia Nacional do Livro surgiu em homenagem à fundação da Biblioteca Nacional do Livro, em 1810, pela Coroa Portuguesa. Na época, D. João VI trouxe para o Brasil milhares de peças da Real Biblioteca Portuguesa, formando o princípio da Biblioteca Nacional do Brasil. Por ter sido fundada em 29 de outubro de 1810, se tornou data símbolo na literatura brasileira.

Nos dias atuais, o grande desafio é fazer com que os mais jovens continuem motivados pela leitura. As redes sociais, os serviços de streaming e os podcasts ocupam cada vez mais espaço no cotidiano juvenil.

A cada 4 anos, o Instituto Pró-Livro desenvolve uma pesquisa nacional chamada Retratos da Leitura no Brasil. O objetivo é saber o quanto o brasileiro lê e considera “leitor” aquele que leu pelo menos um livro nos últimos três meses – inteiro ou em partes. Os dados da última pesquisa em 2016 revelam que o brasileiro lê em média 2,43 livros por ano.

Crianças e adolescentes concentram as maiores proporções de leitores na população. Na faixa de 5 a 10 anos, 67% são leitores. O topo do índice está na faixa de 11 a 13 anos, com 84%, e diminui para 75% entre os jovens de 14 a 17 anos.

Apesar da forte concentração de crianças e adolescentes, o índice de leitura ainda é muito baixo e muito motivado pela questão educacional. Fora da escola se lê menos e cabe aos autores do universo infanto juvenil, criarem histórias que cative esse público alvo.

É o caso da escritora Isabela Freitas de Juiz de Fora, Minas Gerais. Aclamada pelo público infanto-juvenil e com mais de dois milhões de livros vendidos com a trilogia “Não Se Apega, Não”. Isabela também se tornou influenciadora nas redes, mas não deixa de incentivar os seus fãs para a praticarem a leitura.

“Desligue seu celular, deixe-o de lado por algumas horas. Você vai ver a ansiedade que te domina se esvaindo de você. Leia um livro, entre em outro universo que não seja o seu. Esqueça dos seus problemas por um tempo. Se permita viver um amor de tirar o fôlego, ou investigar um misterioso assassinato na casa da colina. Viaje para outros países, conheça outras culturas, seja introduzido a novas pessoas. Tudo isso através de um livro. Ler é viver muitas vidas e histórias em uma só. É incrível. Se permita sair do chão. Vai valer a pena”, aconselha a escritora.


Isabela afirma ter o costume de ler um livro por semana. E quando era mais nova lia três livros por semana. A escritora também relembra os benefícios da leitura como um ponto de incentivo até mesmo para quem deseja seguir a carreira de autor.

“Gosto de dizer que sou uma leitora que virou escritora. De tanto ler, imaginar, sonhar, torcer, e criar histórias impossíveis na minha cabeça, senti necessidade de escrever também. A leitura te possibilita isso. É incrível demais. Fora que expande seu vocabulário, seu conhecimento, sua vivência.”
Os livros de Isabela são intitulados como autoajuda e a escritora conta que já salvou vidas através da escrita.
"Muitas vezes nos meus autógrafos já vieram pessoas que falaram comigo que eu salvei a vida delas. Disseram que tentavam se matar todos os meses, e que após meus livros, recuperaram a vontade de viver, o amor próprio, e conseguiram acreditar na vida novamente. Esses casos me marcam muito. Eu nunca imaginei que poderia salvar vidas com minhas palavras. Isso é muito forte."

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