Com maior
procura por fonte renovável, senadores discutem, em audiência pública nesta
semana, incentivos à produção de energia fotovoltaica no Brasil
A energia fotovoltaica, que é gerada a partir da
luz do sol, é uma boa alternativa para quem quer economizar.
Segundo a
Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o consumidor que
optar por esse modelo poderá ter redução de até 190% na conta de luz. Esse tipo
de fonte, de acordo com a Absolar, é o futuro da matriz energética no Brasil,
uma vez que deve superar a hidreletricidade até 2040.
Com a crescente demanda, o tema de fontes
renováveis entra em pauta no Congresso Nacional. O senador Carlos Viana
(PSD-MG) solicitou a realização de uma audiência pública para discutir
incentivos à produção de energia solar fotovoltaica no Brasil. O debate será
nesta quinta-feira (31) e é necessário, segundo o parlamentar, porque o modelo
atual de barragens hidrelétricas está “esgotado”.
“A energia fotovoltaica é rápida, efetiva e pode
resolver o problema dos vazios de produção de energia elétrica em um prazo
muito curto. Por isso, solicitei uma audiência pública, com a presença de todos
os atores envolvidos nessa questão energética. O objetivo é buscar um
equilíbrio na geração de energia no Brasil em breve. Temos que apostar em uma
energia limpa, renovável e que vai gerar empregos”, defendeu Viana.
A audiência pública, que será realizada às 9h, na
Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, contará com a presença de
representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), do Operador Nacional
do Sistema Elétrico (ONS), de associações de energia solar fotovoltaica,
geração distribuída, distribuidores de energia elétrica e do Ministério de
Minas e Energia (MME).
Redução de preços e poluição
Desde 2012, a procura por energia solar tem crescido
com a possibilidade de o consumidor gerar a própria energia a partir de fontes
renováveis. A vice-presidente de geração distribuída do Conselho de
Administração da Absolar, Barbara Rubin, explica que o setor é promissor e
precisa, cada vez mais, de investimentos.
“Quando a gente pensa na geração distribuída, a
energia solar é uma das fontes mais baratas. Ela economiza água das
hidrelétricas, que é a base da geração no Brasil. Ela é uma fonte mais limpa
que a das termelétricas, que é uma fonte que o governo aciona toda vez que a
gente enfrenta um período de estiagem”, lembrou Barbara.
A representante da Absolar reforça, ainda, que essa
modalidade de geração de energia possibilita uma recuperação financeira mais
rápida para o consumidor que investiu nesse tipo de fonte. “Aumenta a
capacidade de retorno mais rápido do investimento, além da economia que o
investidor vai proporcionar”, completou.
Segundo dados da Absolar, o Brasil possui mais de
93 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e
sustentabilidade ambiental a mais de 116 mil unidades consumidoras. Isso
representa um montante de R$ 5 bilhões em investimentos acumulados desde 2012.
Fonte: https://www.agenciadoradio.com.br/
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