Mais comum em
cadelas do que em mulheres, o câncer de mama em animais também merece atenção.
Atualmente o câncer de mama é a doença mais comum
entre as mulheres, chegando a cerca de 25% de novos casos todos os anos,
segundo ao INCA (Instituto Nacional de Câncer). Mas o que nem todo mundo sabe é
que a incidência da doença está maior em cadelas do que em humanas. Atrelada
muitas vezes a gravidez psicológica, essa disfunção hormonal que ocorre nas
cadelas é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença.
Apesar de não haver como evitar a doença, estudos
comprovam que cadelas castradas antes do primeiro cio apresentam apenas 0,05%
de chances de desenvolver a doença. Após esse período, as chances aumentam
entre 8% e 25%, ou seja, caso não haja a intenção de procriar, a principal
orientação é que os tutores castrem as cadelas fêmeas. “Além disso, nos momentos
de afago, sempre oriento os tutores a passarem as mãos pelas tetinhas do animal
e ao menor sinal de alteração, mesmo que sinta um caroço do tamanho de um grão
de arroz, procure rapidamente um profissional de confiança” – explica Carol
Mouco Moretti médico veterinário do Grupo Vet Popular.
O diagnóstico do câncer de mama é feito através de
inúmeros exames, como raio-x do tórax, ultrassonografia do abdômen, exame de
sangue e de toque. Entre seus principais sintomas estão inchaços, aumentos,
caroços na região das mamas ou próximo a elas, dores e também a presença de
secreções. Por se tratar de um tumor, seu crescimento muitas vezes se dá de
forma rápida, podendo sucumbir outros órgãos. O tratamento além de cirúrgico
pode ser associado a remédios quimioterápicos que causam nos pets os mesmos efeitos
que nos humanos, como quedas de pelo, crises de enjoos, diarreia e até vômito.
Dependendo do grau de avanço do câncer, é necessário realizar a mastectomia,
resultando na retirada de uma mama ou de todas.
Afinal, assim como se dá o processo de prevenção e
acompanhamento da doença em humanos, no mundo animal não é diferente. “Esteja
em dia com os exames do seu animal, faça consultas periódicas e nunca se
esqueça que a prevenção ainda é a melhor maneira de evitar que a doença se
espalhe e seja necessária a intervenção cirúrgica e medicamentosa” - finaliza.
Grupo Vet
Popular
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