Cerca
de 50 milhões de mortes acontecem por ano em decorrência da obstrução da
artéria do pescoço
A
estenose da carótida é uma doença que ocorre quando as artérias carótidas,
principais responsáveis pela irrigação do cérebro, se tornam estreitas
reduzindo o fluxo sanguíneo e aumentando o risco de microembolizações. Esta é a
terceira maior causa de acidentes vasculares cerebrais (AVC), levando a mais de
50 milhões de mortes por ano em todo o mundo.
De 2 a 5% das mulheres e 2 a 8% dos homens
com mais de 60 anos apresentam estenose da carótida em grau moderado ou
grave. Quanto mais grave for a obstrução da carótida, maior é o risco de
AVC e morte.
A
estenose carótida é causada principalmente pelo acúmulo de placas de gordura
nas artérias carótidas, processo conhecido como aterosclerose.
Por conta desta obstrução promovida pelas placas, as artérias tornam-se
rígidas e estreitas, dificultando a passagem do sangue, oxigênio e nutrientes
para as estruturas cerebrais. Com a
estenose, também há a formação de um turbilhão no fluxo sanguíneo com formação
de pequenos coágulos (êmbolos), assim como pode haver o desprendimento de
fragmentos das placas produzindo um quadro conhecido como “embolia”, onde há a
migração destes fragmentos para os pequenos vasos dentro do cérebro, produzindo
o acidente vascular (AVC) ou “infarto cerebral”.
De
acordo com o radiologista intervencionista da CRIEP -
Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa, Airton Mota Moreira, dados científicos têm demonstrado que
tanto a cirurgia para retirada de placas (endarterectomia) como o tratamento
minimamente invasivo da estenose de carótida com implante de stent tem produzido
semelhantes resultados a longo prazo para pacientes com estenose das carótidas.
Todavia o risco de AVC e morte durante ou imediatamente após o procedimento,
ainda é superior com a técnica de implante de stents.
“Nas
mãos de um profissional treinado e obedecendo as indicações corretas, a
angioplastia com stent apresenta menor complexidade aliada a uma maior
facilidade de execução. Atualmente, a angioplastia com implante de stent pode estar
justificada para pacientes que apresentem sintomas neurológicos com lesões da
carótida não favoráveis para ser operadas, estreitamentos induzidos por
radioterapia ou nos pacientes onde o risco para uma cirurgia é muito elevado”,
comenta o médico.
Pode
ser feita sob anestesia local com o uso de fluoroscopia para monitorar e
orientar o processo. O radiologista
intervencionista realizará a punção da artéria na virilha ou
braço, navegando pelo interior dos vasos com um cateter até alcançar a artéria
carótida. Após cruzar a zona da lesão, filtros de proteção poderão ser
utilizados para minimizar o risco de AVC e o implante de um stent poderá ser realizado. O stent permanecerá no lugar
mantendo a passagem de sangue livre no interior da artéria”, explica Moreira.
Dr. Airton Mota Moreira, médico da CRIEP - Carnevale
Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa - iniciou sua formação no estado do Piauí, onde completou graduação em
Medicina no ano de 1990 pela Universidade Federal (UFPI),
tem residência médica credenciada pelo MEC em Cirurgia
Geral e Cirurgia Vascular Periférica. Obteve o título de especialista em
Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia pela Sociedade Brasileira de
Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice) e é Doutor em Medicina pela USP.
Instagram: @clinicacriep
Facebook:
@criep.com.br
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