Estamos em um momento em que o digital conquistou
quase todos os espaços. As tecnologias entraram nos lares de uma forma como
nunca um livro entrou. Não é mentira dizer que as pessoas estão lendo mais do
que antes com os novos recursos. Famílias carentes, que nunca tiveram um livro,
com a internet na palma da mão, estão lendo todos os tipos de informação.
Acontece que o livro também tem um aspecto que a tecnologia nunca vai ter: o
valor afetivo.
Uma coisa é oferecermos uma leitura para uma
criança pequena ou um adolescente em um tablet ou celular, outra é ele ir
descobrindo, página a página, e, mesmo sabendo que a continuação está na página
seguinte, manter a surpresa e ir descobrindo aos poucos. A dimensão gráfica, as
características visuais, as ilustrações e principalmente o cheiro do livro não
podem ser substituídos. A peça do livro, seu formato, sua anatomia, é
instigante.
O livro cria vínculos afetivos, aproxima famílias.
O momento em que uma mãe lê para o filho antes de dormir, o momento em que a
professora lê para a criança em sala, são momentos mágicos. Ali ele descobre o
nome das estrelas, as casas dos animais, amigos... a leitura é a descoberta de
um mundo novo. Quando a professora fala que alguém bateu à porta e os alunos
vêem a imagem no livro, eles gritam vendo o lobo mau, mesmo que não saibam ler.
São coisas que a tecnologia talvez nunca consiga alcançar, dar esse ar mais
afetivo, de construção afetiva. Com o livro, essa criança pode manusear,
folhear e ter contato com o mundo escrito de certa forma que é estimulada a ter
interesse pela leitura, pela escrita e pelos estudos.
O livro amplia o horizonte tanto da escola quanto
das crianças, que se abrem para novas possibilidades. Vemos transformações de
creches e de escolas fantásticas. O mundo das letras existe, mas alguém precisa
mostrar para as crianças que ele está ali, simplesmente à distância de um virar
de página. A tecnologia ajuda, mas precisamos resgatar essências fundamentais
na escola e na sociedade, e o livro é uma dessas essências. Por mais que hoje
tenhamos tudo disponível na internet, são tantos sites, tantos gadgets,
tanta tecnologia, que a literatura fica escondida. Escondida dentro de nossos
celulares, de nossos tablets, de nossos computadores. Que enxerguemos e
sintamos mais os livros e que, para que eles continuem sendo parte dessa nossa
cultura tão rica, façamos nossas crianças amá-los como devem ser amados.
Pedro Lino - mestre em Educação e especialista em
Gestão Escolar. Supervisor pedagógico da Área Pública da Editora Aprende
Brasil, do Grupo Positivo.
Obrigado. Seus e-mails me ajudaram muito.
ResponderExcluirMeu ex voltou e agora estamos mais felizes do que nunca. Adicionamos um novo membro à família (menino de 1 ano) ��
e estamos prontos para mudar para nossa nova casa.
Obrigado. caso você tenha problemas em seu relacionamento, recomendo estas informações de contato ((templeofanswer@hotmail.co.uk / whatsapp +2348155425481))
Claudia Hall