Proximidade dos pés da criança ao aro da roda
traseira da bicicleta
traz riscos
de sérios acidentes
Divulgação
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Lesões podem
envolver perda de pele, fraturas e até amputações; ABTPé faz alerta
O verão se aproxima e o passeio de pais levando os
filhos na garupa da bicicleta se torna ainda mais comum. Com um dia de sol, nas
praias, nos parques ou nas ruas bloqueadas para lazer, a cena é extremamente
frequente. É preciso, porém, muito cuidado para que o agradável momento em
família não se transforme em uma situação de perigo. Isso porque os pés da
criança ficam muito próximos ao aro da roda traseira da bicicleta, que em
movimento, é capaz de provocar ferimentos graves e até amputações, sobretudo se
a criança estiver com os pés descalços. “Os ferimentos causados podem ser
de gravidade variável, desde uma escoriação até lesões mais graves com
exposição de tecidos profundos, fraturas e amputações”, fala o presidente da
ABTPé, Dr. Marco Tulio Costa.
Nas chamadas lesões de partes moles (grupo de
tecidos localizados entre a epiderme e o osso, ou seja, tendões, ligamentos e
músculos), as mais frequentes são as escoriações e lacerações, com perda parcial
da cobertura cutânea. Geralmente, elas ocorrem ao nível do tornozelo, calcanhar
e dorso do pé. “Já quando o acidente causa fratura, as partes mais acometidas
são os ossos da tíbia e fíbula (ossos do tornozelo e perna), os metatarsianos
(ossos do “peito” do pé) e as falanges, que são os ossos dos dedos do pé”,
explica o especialista.
Para que o passeio possa ser feito de maneira
tranquila, o ideal é que seja colocada uma proteção plástica no aro da
bicicleta e na correia. Além disso, as crianças devem estar sempre calçando
sapatos fechados ao realizar esses passeios.
Outra medida importante é a instalação de uma
cadeirinha adequada ao tamanho e peso da criança que será transportada, uma vez
que a maioria desses itens já vem com uma área protegida para as extremidades
inferiores.
“Com a bicicleta ganhando cada vez mais adeptos, é
importante que sejam feitas campanhas de esclarecimento para conscientização do
transporte de crianças na garupa, bem como exigir a obrigatoriedade da
colocação de protetores nos aros, pois, como já mencionamos, há riscos de
acidentes graves e que podem deixar sequelas definitivas”, conclui o Dr. Marco
Tulio.
Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do
Tornozelo e Pé - ABTPé
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