A
campanha de 2019 foca na prevenção e as possíveis sequelas causadas pela doença
O Acidente
Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) é a segunda maior causa de mortes e a
primeira de incapacidade no Brasil. A cada 5 minutos um brasileiro morre em
decorrência do AVCI, contabilizando mais de 100 mil mortes por ano. Por isso,
ficar alerta aos sinais é fundamental para prevenir a doença. No dia 29 de
outubro, Dia Mundial de Combate ao AVC, são realizadas campanhas em
todo o mundo para conscientizar a população a respeito dos problemas causados
pela doença, hoje considerada uma epidemia global.
A
campanha deste ano “Não Deixe que Seja Você” (Don’t be the One), foca na
prevenção ao AVC e tem o objetivo de explicar o risco individual e também de
informar ao máximo as pessoas sobre ferramentas que possam prevenir e salvar
vidas. Uma análise recente da World
Stroke Organization (WSO) mostra
que o risco de AVC ao longo da vida aumentou e agora é de 1 em cada 4
indivíduos. Já o estudo Interstroke aponta que cerca de 90% dos casos de
Acidente Vascular Cerebral estão associados a um pequeno número de fatores de
risco facilmente abordados com instruções preventivas.
Na
contramão dos dados negativos, 78% dos pacientes atendidos no Hospital
Anchieta, em 2018, tiveram alta sem sequelas ou com sequelas mínimas. O
resultado positivo se deve à especialização nos atendimentos neurológicos,
neurocirúrgicos e de neurointervenção - expertise da NeuroAnchieta, aliado a
adoção de protocolo de AVCI, incluindo equipe de sobreaviso 24h para garantir
cobertura completa dos pacientes.
Desde
o início do ano, o Hospital passou a ter consulta na especialidade de
Neurologia no Pronto-Socorro. O Pronto-Atendimento Neurológico é o primeiro do
Distrito Federal e mais um diferencial proporcionado pelo Anchieta, onde
um especialista em Neurologia fica à disposição em consultório de segunda
a sexta, das 9h às 19h. “A equipe dentro do pronto-socorro traz mais
eficiência no serviço que já oferecemos hoje. Com a presença do neurologista de
plantão, é possível proporcionar um tratamento cada vez mais especializado aos
nossos pacientes”, reforça
a coordenadora da Neurologia do Hospital Anchieta/NeuroAnchieta, Dra.
Priscilla Proveti.
Vida
após o AVC
O
reconhecimento dos sinais de alerta do AVC e o rápido tratamento de urgência em
um centro especializado diminui a chance de sequelas. Atualmente, 80 milhões de
pessoas são sobreviventes da doença e para muitos, a vida pode ser diferente.
“Aceitar e ajustar suas vidas após o AVC é fundamental para a recuperação e
qualidade de vida. Encontrar o seu “novo normal” não acontecerá de uma hora
para outra. Com um trabalho intenso com a equipe de saúde, desenvolvendo novas
rotinas e atingindo os objetivos um de cada vez, o paciente obterá o progresso
desejado”, explica a neurologista.
Exames auxiliam o diagnóstico
Os exames de imagem possuem como finalidade, entre outras, a
exclusão de sangramentos e a avaliação da extensão do AVC. De acordo com o
responsável técnico do Anchieta Diagnósticos, Dr. Anderson Benine Belezia,
tanto a tomografia computadorizada quanto a ressonância magnética podem ser
utilizadas e a escolha depende do protocolo de cada serviço.
Cada exame possui uma vantagem específica. “A tomografia, por
exemplo, consegue captar mais rapidamente as imagens, enquanto a ressonância
magnética possui maior sensibilidade, ou seja, maior capacidade de detectar
isquemias recentes, principalmente as menores”, explica o médico. Ainda segundo
o especialista, no Anchieta Diagnósticos o protocolo indica que os pacientes
realizem primeiramente o estudo por ressonância magnética com posterior
avaliação da circulação arterial pela angiotomografia.
Novidades na área
De acordo com o responsável técnico do Anchieta Diagnósticos, um
dos novos recursos na área da neuroradiologia é a avaliação da parede vascular.
O especialista falou sobre o tema durante o XII Congresso Brasileiro de Doenças
Cerebrovasculares, realizado entre os dias 16 e 19 de outubro. “Essa avaliação
é feita pela ressonância magnética dos vasos cervicais e/ou intracanianos em
aparelhos de alto campo (3 Tesla) e é capaz de fornecer informações a respeito
do comprometimento da parede das artérias em diferentes processos vasculares,
tais como doença aterosclerótica, vasculites e aneurismas, que podem ser
responsáveis pelo desenvolvimento de AVCs, tanto hemorrágicos quanto
isquêmicos”, explica.
A novidade, segundo ele, é que anteriormente só havia informações
a respeito do interior dos vasos e a parede arterial só podia ser avaliada por
meio de biópsias ou em estudos de autópsia/necropsia. Agora, com as recentes
publicações científicas sobre o tema, a técnica vem ganhando espaço. “A
avaliação pode ser realizada em pacientes com suspeita de vasculite tanto para
diagnóstico quanto para acompanhar o tratamento, em pacientes com
comprometimento por doença aterosclerótica para verificar risco de
desenvolvimento de trombos e êmbolos que podem levar a AVCs e em estudos de aneurismas
indicando maior ou menor risco de roturas e sangramentos”, aponta.
Prevenção ao AVC
-
Faça atividades física e evite o sedentarismo
-
Tenha uma alimentação saudável
-
Evite fumar e ingerir bebidas alcoólicas em excesso
-
Procure sempre um médico para fazer check-up e saber como andam as taxas de
colesterol no sangue, pressão e verifique possíveis doenças cardíacas.
Sinais de alerta do AVC
-
Boca torta, peça para a pessoa dar um sorriso e observe se ela consegue
-
Perda de força, peça para elevar os braços e tentar abraçar
-
Dificuldade na fala, peça para a pessoa repetir a frase de uma música
-
Alteração na visão, perda repentina da visão em um ou nos dois olhos
-
Formigamento no rosto, braços ou pernas de um lado do corpo, vertigem ou
dificuldade de caminhar, desmaios ou convulsões também devem ser observados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário