Pesquisar no Blog

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Por que nem todos têm acesso ao ensino superior?


 A graduação não é barata e se torna um desafio para as classes de baixa renda


A formação universitária é essencial para o mercado de trabalho. Contudo, nem todos têm oportunidade de se desenvolver em uma instituição de ensino. Os motivos são variados e vão desde a falta de recursos, até acesso limitado, por conta da falta de transportes públicos e vagas suficientes.

Segundo o Mapa do Ensino Superior no Brasil 2019, realizado pelo Semesp, a média da mensalidade de um curso de graduação presencial no país é de R$ 1,2 mil. Já nos ensinos a distância, o valor gira em torno de R$ 444. Com base no levantamento do primeiro semestre de 2019, esses índices tiveram um aumento de 3,9% em comparação a 2018. A elevação foi de 6,2% para EAD e 3,3% para quem comparece a sala de aula.

Logo, conquistar o diploma não é barato, especialmente em uma população com 55 milhões de pessoas consideradas sem recursos e, dessas, 15,2 milhões vivendo abaixo da linha da extrema pobreza. Esses são os últimos dados divulgados pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Ou seja, por aqui, os 10% mais ricos acumulam 43% do total de recursos, quando, em contraponto, os 40% mais carentes detêm apenas 12%.

Pensando nesse cenário, qual seria a saída para quem busca uma vaga na universidade? Um dos caminhos é o estágio. Permitido para quem está regularmente matriculado no ensino médio, técnico, superior ou tecnólogo, incentiva o aluno a continuar estudando, enquanto oferece uma bolsa-auxílio, cujo valor proporciona condições para esse educando se manter.

Não há uma remuneração mínima estipulada pela lei 11.788/08. Porém, a legislação também impõe a necessidade da organização conceder um auxílio-transporte, o qual possibilita ao estagiário se locomover de sua residência ou universidade até o local de atuação. Os benefícios não param por aí, pois o colaborador dessa modalidade também tem direito a um seguro contra acidentes pessoais, recesso remunerado e uma carga horária de 6 horas diárias e 30h semanais.

O ato escolar educativo supervisionado não cria vínculos empregatícios, logo, a corporação fica isenta de encargos fiscais como o pagamento de INSS, FGTS, 13º salário, além de multas por rescisões contratuais. Outro ganho é a proatividade dos estagiários, os quais estão sedentos por novos aprendizados, a fim de colocar em prática a teoria aprendida em classe. São talentos sem vícios do mercado e prontos para serem treinados e desenvolvidos para ocuparem cargos de confiança no futuro.

Portanto, investir nessa mão de obra é apostar em um Brasil melhor para todos!




Seme Arone Junior - presidente da Abres - Associação Brasileira de Estágios


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados