Quanto
mais cedo iniciar o plano de previdência privada, maior será o rendimento
Para garantir o futuro dos
filhos, muitos pais começam a poupar desde cedo. Seja ao nascer ou maiorzinho,
logo uma poupança é criada para eles com o objetivo de pagar uma faculdade, um
carro aos 18 anos, montar um negócio próprio, ou até mesmo apenas para ter um
patrimônio, entre outras finalidades. A previdência privada, apesar de ser um
termo muito conhecido para quem pensa na aposentadoria, também cobre essa
frente. Assim, é classificada como: “Previdência Privada Infantil”.
Formada com base nas
contribuições feitas pelo titular, a previdência privada, como o próprio nome
sugere é mantida por uma instituição particular. Ao aderir a um plano, o cliente
escolhe o valor e a periodicidade da contribuição. Dessa forma, é possível, por
exemplo, contribuir uma única vez ao ano ou em parcelas mensais.
O retorno é proporcional ao
investimento. Ou seja, quanto maior for a contribuição, maior vai ser o
dinheiro recebido no futuro. Isto é, o valor acumulado no período de
contribuição mais os rendimentos gerados.
“O plano de uma previdência
pode ser iniciado em qualquer idade, mas quanto antes, melhor. Se começar na
fase do berço, a contribuição mensal pode ser bem mais baixa já que haverá
muito mais tempo de contribuição. Se o plano iniciar na adolescência, o valor
acumulado será menor, exigindo aportes maiores caso queria melhores resultados.
O ideal mesmo é que a aplicação dure muito anos”, explica Carlos
Alexandre, diretor executivo da San Martin Seguros.
Carlos explica que as taxas
de administração podem variar entre 0,7% e 2%, dependendo do volume aplicado –
quanto maior, menor a cobrança – e da empresa escolhida.
Para
ser proprietário do plano, o recém-nascido precisa ter um CPF próprio, e o pai
ou mãe responde pelo investimento até o filho completar 16 anos. A partir desta
idade, o pai é responsável com a anuência do adolescente, e aos 18 anos, ele
assume a administração do plano, podendo resgatar o valor quando quiser ou
continuar investindo por conta própria.
Modalidades
A previdência é dividida em
duas modalidades, o VGBL e o PGBL. A vantagem do primeiro é que a dedução dos
impostos, na hora do resgate, acontece apenas sobre o rendimento, enquanto, no
segundo, a dedução é feita sobre o valor total que houver em conta. O PGBL, porém,
tem a opção de ser abatido na declaração anual do Imposto de Renda, o que faz
com que acabe sendo vantajoso para um público específico, de pessoas que fazem
a declaração do IR pelo modelo completo.
“Para quem opta por fazer o
plano no nome dos filhos, enquanto eles são menores os pais ficam como
responsáveis legais, o que lhes dá o direito de fazer as movimentações na
conta. Nesse caso, a melhor opção é o VGBL. Entretanto, os pais podem ainda
aderir o plano em seus nomes e incluir os filhos como beneficiários. Essa
alternativa tem a vantagem de não precisar de uma conta para cada irmão, já que
todos podem ser incluídos como beneficiários na mesma, a qualquer momento. Além
disso, os pais que fazerem a declaração do IR pelo modelo completo através do
PGBL, podem abater do imposto parte ou a totalidade de tudo o que aplicar ano a
ano naquela conta (o limite de abatimento é de 12% da renda total anual)”,
detalha o diretor.
O grande diferencial da
previdência privada, porém, está na possibilidade de chegar a um desconto menor
de IR, de 10% na hora do resgate. É o que acontece para as opções que adotam a
tabela regressiva de imposto: por ela, a cobrança de IR varia de 35%, para
resgates feitos antes de dois anos, até os 10%, nos resgates após dez anos ou
mais.
Quais as taxas
cobradas nesse tipo de investimento?
“São duas! Uma delas é a taxa
de administração que é usada para cobrir os custos de gerir o dinheiro
aplicado no fundo, e assim é cobrada anualmente sobre o valor total do
patrimônio aplicado. Já a outra é a taxa de carregamento, que neste
caso, serve para cobrir custos de administração e corretagem, recaindo sobre
cada depósito ou aporte realizado no plano — normalmente não ultrapassa 5%
sobre o valor. Mas vale à pena pesquisar. São muitas as empresas e bancos que
já não cobram a taxa de carregamento constituindo-se em um importante
diferencial entre marcas. Por isso, o indicado é analisar as propostas e
escolher aquela que seja mais interessante para o seu investimento, com o menor
custo possível”, finaliza o Carlos.
San
Martin Seguros
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