Segundo o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística, de cada 100 jovens, 75 não conseguem emprego e, muitos, não são
nem chamados para uma entrevista. Ainda assim, quem é convocado para uma
dinâmica sofre com o momento, pois, além da pressão por sair da taxa de desocupação,
também há o nervosismo natural de se apresentar em público e expor as
vivências passadas. Há também a questão da insegurança, comum aos mais novos e
inexperientes. Com isso, fica a pergunta, “os jovens são confiantes na hora do
processo seletivo?”. Essa pergunta foi feita em um estudo realizado pelo Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios
com 37.299 participantes de 15 a 28 anos em todo o país. Grande parte se
mostrou retraído com a situação.
Com uma visão positiva 45,05%, ou 16.803
pesquisados, entre 30 de setembro e 11 de outubro, disseram: “sim! Isso me
ajuda muito!”. Além disso, 17,83% (6.652) enfatizaram: “sim, mas procuro não
demonstrar para os outros”. Para a analista de recrutamento e seleção do Nube,
Giulia Forte, quanto mais decidido o candidato estiver, maior será a
tranquilidade com a seleção. Porém, excesso de determinação também pode ser
prejudicial, pois a linha entre firmeza e arrogância é tênue. Logo, deve-se
prezar pelo equilíbrio. “O importante é não se preocupar com os demais e ser
transparente. Se o perfil apresentar a confiança como característica,
escondê-la atrapalhará o próprio desenvolvimento, afinal, essa pessoa estará se
esforçando para ser quem não é”, assegura.
Contudo, apesar da maioria se mostrar positiva
frente às entrevistas, uma parcela considerável apontou problemas com o
momento. Assim, 29,96% (11.173) pontuou: “um pouco, sempre fico receoso”. De
acordo com a especialista, isso é normal, pois a ocasião não é rotineira e vivida
constantemente. “Pintam as dinâmicas como um bicho de sete cabeças, todavia, é
uma etapa necessária, cujas cobranças serão em cima de vivências passadas.
Logo, a preocupação do jovem não deve ser com o momento em si, mas com a
evolução a longo prazo, buscando cursos extracurriculares, melhoria do
português, práticas em atividades acadêmicas e voluntárias, por exemplo”,
explica. Segundo ela, quantos não fogem de apresentações de trabalhos em suas
universidades e perdem a chance de treinar sua fala em público e performance.
“Viver essas situações, certamente, auxiliará na vida profissional”, garante.
Outros 5,94% (2.216) disseram: “não, meu nervosismo
acaba me prejudicando” e 1,22% (455) revelaram: “não, sou muito pessimista”.
Para esses, a dica é sempre se preparar. “Se conhecer é essencial, pois somente
assim será possível pensar na melhor forma de agir”, ressalta. Fora isso,
entender quais são os objetivos e como traçará a carreira até eles é peça chave
para combater os pensamentos ruins. “Afinal, entender os pontos de melhorias e
quais são os obstáculos é o caminho para evoluir e acabar com inseguranças”,
avalia.
No mais, apostar na comunicação, tomar cuidado com
vícios de linguagens e ficar atento a postura, também é valioso. “O Nube
disponibiliza alguns cursos on-line gratuitos capazes de auxiliar
no preparo para o processo seletivo. Os interessados podem acessar pelo link:
www.nube.com.br/ead.
Tire um tempo do seu dia para esse tipo de atividade e, certamente, tudo ficará
mais fácil”, finaliza.
Fonte: Giulia Forte, analista de recrutamento e seleção do Nube
Nube
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