Presumo que todos
nós já perdemos alguém querido. Mas como digerir o luto? É difícil, mas é
preciso passar por essa fase. O luto tem um ciclo que deve ser respeitado e uma
dor que precisa ser sentida. E cada pessoa tem um tempo diferente para superar
uma perda. Pressionar alguém a voltar a ter uma vida normal, sem dar seu tempo
necessário, implicará em outros problemas ou reações negativas. Não se deve
esconder seus sentimentos e tampouco querer passar a imagem de que está tudo
bem. Exteriorizar as emoções é a melhor forma de aliviar a dor e enfrentar o
luto.
Cada pessoa tem
uma maneira própria de lidar com dores, fracassos, frustrações. Há quem tenha
mais facilidade para superar a perda. Outras, precisam de um suporte maior para
restabelecer o equilíbrio emocional e até mesmo evitar possíveis traumas. São
aquelas que demonstram raiva ou hostilidade excessiva, não expressam nenhum
luto, ou apresentam mudanças significativas de comportamento, a ponto de
interferir nas atividades cotidianas. Estas devem ter um acompanhamento com um
profissional o mais rápido possível, antes que haja uma sucessão de gatilhos
emocionais que, certamente, serão ainda mais difíceis de se controlar.
Vale lembrar que,
como todo ciclo, é necessário que o luto tenha um fim. Olhar para a morte como
um ponto final é esquecer tudo de maravilhoso que se viveu ao lado de quem
partiu. É mergulhar na tristeza e se entregar ao sentimento de perda e de
ausência. Não permita que isso aconteça. Viva seu luto, mas saiba a hora de
seguir em frente, ainda que a saudade te acompanhe. Reconstruir sua vida será o
grande próximo desafio. Conte com amigos e familiares para este recomeço. Se
não for o suficiente, aposte na terapia. Ela irá reestruturar suas emoções e
seu equilíbrio interior, te impulsionando a um novo ciclo.
Alexandre Pedro - Psicanalista pela Sociedade
Internacional de Psicanálise de São Paulo; Master Practitioner de PNL filiado
ao NLP Academy; Hipnoterapeuta filiado ao International Board of Hipnosys e ao
National Guild of Hipnotists
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