O distúrbio pode ser
causado pela base genética, clima ou estresse, que colabora para o surgimento,
retorno ou agravamento da doença
Dia
29 de outubro marca o Dia Mundial da Psoríase, doença imunoinflamatória crônica
com manifestação repentina na pele. Não contagiosa, a enfermidade é considerada
uma patologia de causa não totalmente esclarecida, porém sabe-se da influência
de múltiplos fatores, incluindo a genética.
A
Psoríase pode atingir toda parte do corpo, sendo muito comum no couro cabeludo
e unhas. A doença pode desencadear ainda a aterosclerose, que é o entupimento
das artérias e pode implicar na maior incidência da obesidade, hipertensão,
dislipidemia e risco de infarto. Segundo o dermatologista do Hospital e
Maternidade São Cristóvão, Dr. Bruno Tegão, a doença não tem cura, mas tem
tratamento: “O especialista vai avaliar o grau e comprometimento físico/psicológico
do paciente e indicar desde medicamentos tópicos, como cremes e pomadas
específicas, fototerapia, ou até remédios via oral ou injetáveis.”
Algumas
pessoas podem não perceber de imediato que tem a doença, por ser crônica e
inflamatória, ela tem períodos de melhora e piora devido a influência de
diversos fatores, como frio, traumas físicos, infecções, tabagismo, álcool,
alguns medicamentos, alimentos gordurosos, entre outros. Diante disso, muitas
pessoas se questionam como saber se os sintomas são de Psoríase ou de uma
alergia, por exemplo. “A doença causa lesões avermelhadas com alguns pontos
esbranquiçados, em alguns casos, a pele descama e coça.”, explica o
especialista.
Outro
fator pouco conhecido que pode colaborar para o surgimento, retorno ou
agravamento da doença é o estresse. Então, além do tratamento com o
dermatologista, indica-se a busca por uma ajuda psicológica, como explica a
psicóloga do Hospital e Maternidade São Cristóvão Saúde, Aline Cristina de
Melo: “É muito importante que além do tratamento clínico, o paciente dedique
atenção aos aspectos emocionais. O estresse se trata de um estado emocional que
a pessoa sente a possibilidade de estar em perigo (físico ou psicológico).
Permanecer neste estado com crises recorrentes desgasta o organismo, tanto em
seus processos físicos como emocionais, deixando o paciente mais suscetível ao
aparecimento da enfermidade.”, disse.
“Muitas
vezes o aparecimento das lesões na pele pode ocorrer por uma soma de emoções.
Esse acúmulo não ocorre de maneira consciente e consiste na dificuldade de
suportar emocionalmente uma experiência afetiva projetando-a de maneira não
intencional ao corpo, que pode resultar no surgimento ou retorno da Psoríase”.
Há
alguns fatores que melhoram a Psoríase, como a ingestão de alimentos ricos em
Ômega 3, beber ao menos dois litros de água por dia e tomar sol. “Grande parte
dos pacientes com psoríase melhoram à exposição solar, quando moderada e
programada, isso acontece devido a diminuição da proliferação das células. Mas
é importante ressaltar que há exceções.”, finalizou o dermatologista Dr. Bruno.
Grupo São
Cristóvão Saúde
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