Pesquisa aponta
que 70% das crianças que tiveram envolvimento com o tema ajudam os pais nas
compras e 98% falam sobre o assunto nas conversas em família
Para
garantir um adulto mais responsável e controlado nos gastos, nada melhor do que
aprender o valor do dinheiro desde cedo. Muitos pais tentam ensinar seus filhos
a economizar e gastar conscientemente desde pequenos, mas existe uma grande
dificuldade para iniciar esse hábito, o que faz com que esses pais acabem
desistindo da ideia.
Outro
agravante é que a cultura brasileira não valoriza a educação financeira
infantil como um tema que deve ser amplamente debatido entre as famílias e,
principalmente, nas escolas. Assim, adultos sem educação financeira têm grandes
chances de se endividar das mais diversas maneiras: cheque especial, cartão de
crédito, boletos bancários e etc.
Uma
pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Educadores Financeiros
(Abefin), em parceria com o Instituto Axxus e o Núcleo de Economia Industrial e
Tecnologia (NEIT) do Instituto de Economia da Universidade de Campinas
(Unicamp), com 750 pais de Goiânia, Recife, Vitória, Rio de Janeiro e São Paulo
mostra que 70% das crianças que têm acesso à Educação Financeira nas escolas
começaram a ajudar os pais nas compras e 98% passaram a tratar do assunto em
casa, durante as refeições. A pesquisa foi feita com 375 filhos que receberam
educação financeira de alguma maneira e 375 que não tiveram esse tipo de
orientação.
Já
as porcentagens das crianças que não têm acesso à Educação Financeira nas
escolas são bem diferentes: nenhuma delas participa de qualquer assunto
relacionado aos gastos familiares; quase metade das crianças que não tem a
disciplina nas escolas pede tudo para os pais quando os acompanham às compras
nas lojas ou supermercados.
No
Colégio Marista Glória, localizado na zona Central de São Paulo (SP), os alunos
do 3º ano de Ensino Fundamental Anos Iniciais participam de um projeto
coordenado pela docente Thays Ferreira Santos que visa educar as crianças para
que lidem com o dinheiro de forma consciente. O tema partiu de uma sugestão dos
pais em uma reunião e os alunos aderiram à ideia.
“Quanto
mais cedo a criança ter consciência do valor das coisas, melhor. Convidamos uma
educadora financeira para ensiná-los a administrar o dinheiro. Estipularemos
metas e objetivos para que eles compreendam a importância de poupar”, explica a
professora.
A
atividade faz parte do Projeto de Intervenção Social (PIS), uma prática pedagógica
Marista que promove o diálogo, permitindo entender as necessidades humanas e
sociais, questioná-las e traçar caminhos para enfrentar as problematizações
contemporâneas.
“É
com a educação financeira que teremos adultos mais conscientes financeiramente
e administrativamente falando”, frisa a docente.
Rede
Marista de Colégios (RMC)
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