O
Governo Federal anunciou ontem (23), que vai liberar o saque de contas do
Programa Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do
Servidor Público, para homens a partir de 65 anos e mulheres a partir de 62
anos. O pagamento será iniciado em outubro. A medida é um estimulo para
aumentar o consumo no comércio e varejo, prolongando o folego da economia, após
os saques das contas inativas do FGTS, explica o professor de economia da
Universidade Presbiteriana Mackenzie, Agostinho Pascalicchio. “A liberação dos
recursos do fundo de garantia é um valor significativo e será distribuído para
todo o país e deve beneficiar prioritariamente a área de varejo, movimentando o
setor de consumo e ajudando a população a sanar dívidas atrasadas”, analisa o professor.
Pelos
cálculos do governo, a liberação deve injetar cerca de R$ 16 bilhões na
economia, o que representa 0,25% do Produto Interno Bruto do País (PIB) do
país. A medida vai atingir 8 milhões de pessoas. E caso o titular tenha
falecido, o beneficiário poderá sacar os valores disponíveis.
Pascalicchio
ressalta que esse valor colabora para manter a economia dinâmica, mantendo o
consumo das famílias ativo. Além disso, esse item juntamente com o aumento real
do salário mínimo, os recursos do FGTS, a safra que geraram benefícios que
migraram do campo para a cidade, garantem aumento do consumo e beneficiam o
aumento do PIB. “Vale lembrar que esse recurso é descentralizado e atinge de
forma positiva a economia local de pequenos comunidades e municípios”.
O especialista explica ainda
que o governo está aumentando os seus gastos e essa decisão de uma forma ou de
outra beneficiará um pouco a população. “A questão é como esses recursos são
administrados pelos congressistas. Infelizmente não temos uma transparência
clara sobre onde serão destinados os recursos, mas a princípio é um aumento de
gastos que poderá beneficiar também o crescimento econômico. A estimativa
inicial do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles era de R$ 136
bilhões de reais e será injetado quase R$ 25 bilhões”, afirma Pascalicchio.
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